ENTREVISTA DE PAULO GUEDES
14-05-2021
Em seu gabinete, em Brasília, no Ministério da Economia, Paulo Guedes afirmou que a moeda brasileira perdeu por volta de 25% do seu valor em 2020, por conta dos efeitos do combate à pandemia do covit-19, bem como em meio à preocupação dos investidores sobre à elevação dos gastos públicos desde março do ano passado.
No entanto, a recente valorização dos preços das matérias primas exportadas pelo Brasil, associada às elevações da taxa básica de juros e uma melhor perspectiva fiscal, colaboraram para que o real estivesse sustentado nas últimas semanas. A moeda nacional apresenta alta de 5,8% desde final de março, mediante o melhor desempenho no mundo.
Referido ministro está prevendo que o País, após uma forte recessão, mas menor do que a dos vizinhos em 2020, poderá geral 1 milhão de empregos de janeiro a abril. Para ele, “muitos países ainda estão no chão, mas o Brasil está de pé e começou a andar depressa”. Para tal contribuíram os programas governamentais para ajudar os vulneráveis e proteger os empregos durante a pandemia. Guedes afirmou que os programas sociais provocaram rombos orçamentários, mas tais despesas não feriram a lei do teto de gastos, segundo ele.
As reformas estão prosseguindo. A reforma tributária, de tão difícil começou a ser fatiada, para sua viabilização. A reforma administrativa já não enfrenta tanta pressão no Congresso. Para Guedes, “na medida em que as reformas vão seguindo, todo mundo vai ver que o câmbio está fora do lugar, que ele vai descer”. Em seguida virão as privatizações.
A crença do citado ministro já está em quase dois anos e meio de governo. Faltando ano e meio, os resultados ainda poderão demorar, não obstante o otimismo do governo.
Por sua vez, o Banco Central apresentou o seu indicador IBC-Br, que cresceu 2,26% no primeiro trimestre, mas no mês de março apresentou recessão. Abril e maio ainda não conhecidos. Fica difícil que a economia irá decolar com a pandemia na sua segunda onda.
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