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Mostrando postagens de julho, 2014

01/08/2014 - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA ABRIU DIÁLOGOS

Órgão congregado das federações estaduais, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) sediada em São Paulo, no edifício da FIESP, Avenida Paulista, monumento do poder econômico, sediou encontro no dia 30 passado, em que imaginava serem debates entre os três principais candidatos à presidência da República, visto que lhes tinha entregado documento, contendo 42 medidas para aumentar a competitividade do setor industrial brasileiro. Os candidatos se fizeram presentes, em horários distintos, mas o que houve foram diálogos com os industriais presentes. Mesmo com a presença de um candidato oriundo de Pernambuco, Eduardo Campos, as questões regiões do Norte e Nordeste estiveram fora da pauta. Eduardo Campos, o terceiro mais cotado nas pesquisas, conseguiu arrancar aplausos da plateia, defendendo profundas mudanças políticas no País, para fazer frente aos desafios econômicos, acreditando que os seus principais adversários estariam presos a circunstâncias políticas que os impediram de

31/07/2014 - CALOTE ARGENTINO E IMPLICAÇÕES BRASILEIRAS

Pela segunda vez, em treze anos, a Argentina não pagou todas as parcelas renegociadas da sua dívida externa, resultante da moratória de 2001, visto que cerca de 7% da sua dívida está nas mãos de abutres americanos, os quais exigem pagamentos de principal e encargos de forma plena. Isto praticamente representa outra moratória. A Argentina é o caso de um país rico, do início do século XX, que se dirige para a pobreza no século XXI. Em 1929, a Argentina era a sexta economia mundial. Hoje é o 29º global. Em 1940, o PIB da Argentina era de quatro vezes o PIB brasileiro. Hoje é um quinto dele. Depois da segunda guerra mundial, a Argentina desceu ladeira abaixo. Era uma economia basicamente primário-exportadora e teve seus preços deprimidos. A crise econômica decorrente levou a seis golpes militares consecutivos. Mas, mesmo vindo a democracia no final dos de 1970, em 2001, recorreu a moratória, a qual parece ainda não saiu. Em torno de um século, desceu do grau de um país desenvolvido,

30/07/2014 - ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO INVERSAS

Os grandes centros urbanos foram formados a partir do princípio da economia de aglomeração. Isto é, a melhor localização empresarial é aquela em que se reúnem a mão de obra, fontes de matérias primas próximas e centros consumidores, provocando, em seu conjunto, uma redução dos custos de produção. Em outras palavras, o desenho da localização demonstra o local onde é mais barato produzir. Este tipo de economia é de aglomeração. Porém, o agigantamento das cidades, mediante cada vez mais o uso de automóveis, ônibus e caminhões trouxeram o enorme problema dos congestionamentos, gerando as economias de aglomeração inversas, simplesmente chamadas de deseconomias de aglomeração ou de escala. Justamente o contrário do que se objetivava. Estudo anteontem divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) demonstra cálculos nos quais os congestionamentos nos dois maiores centros urbanos do País, São Paulo e Rio de Janeiro, custaram mais de R$98,4 bilhões em 2013, por con

29/07/2014 - PRODUTIVIDADE ESTAGNADA

Ontem, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou estudo no qual afirma que o Brasil está com sua produtividade estagnada. Por isso, não tem crescido de forma adequada nos últimos anos. Uma das formas de medir a produtividade é o aumento da produção com a mesma quantidade dos fatores. Os fatores de produção são natureza, trabalho, capital e capacidade empresarial. Ela pode ser seccionada também por fatores e analisada separadamente. Após o crescimento robusto dos anos 2.000, a produtividade brasileira praticamente é a mesma dos anos de 2010, conforme a OCDE, o que distancia não só o Brasil, mas também os países emergentes dos países avançados. A OCDE chama de BRIICS, um grupo mais ampliado de emergentes, sendo eles Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul. Estes tem nível de produtividade de cerca de 10% da produtividade dos Estados Unidos. No Brasil, esse número caiu de 12,1% em 2000, para 11,1% em 2008, sendo 7,4% no setor industr

28/07/2014 - POLÍTICA EDUCACIONAL

A política educacional brasileira continua empurrada. Isto é, somente vai para frente com empurrão. Melhora lentamente. Assim, ao examinar o relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), observa-se a colocação do IDH nacional em 79º entre 1987 países examinados. Não é uma boa colocação. Porém, de volta para o passado, a média de estudos dos brasileiros até 25 anos, em 1980, por exemplo, era de 2,6 anos. Em 2013, para o cálculo do IDH foi considerado 7,2 anos. Olhando para o futuro, 15,2 anos é a média de anos de estudo esperada pelo PNUD para o Brasil nos próximos anos. Em 1980, a expectativa do PNUD era de 9,9 anos. Observando o que projeta a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) o total de anos esperado de escolaridade é de 16,3 anos. Entre os países componentes dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, a expectativa de escolaridade brasileira (15,2 anos) é a mais elevada, próxima de países como a Suí

27/07/2014 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

  A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula anualmente o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O indicador leva em consideração a renda per capita, a educação e a saúde. Entre 187 países avaliados, o Brasil se situou em 2013, no 79º lugar. No ano de 2012 era o 80º. Em mais de três décadas em que ele é calculado, nota-se que o Brasil avança lentamente. O relatório traz muitas referências ao Brasil, no que tange a área de transferência de renda, principalmente quanto ao Programa Bolsa Família. Na escala de zero a um, o IDH brasileiro subiu de 0,742 para 0,744. Muito pequeno o avanço, em termos numéricos. A ONU classifica os países em quatro grupos. O de desenvolvimento muito elevado, o elevado, o médio e o baixo desenvolvimento. Há cerca de alguns anos atrás o País estava no grupo de médio desenvolvimento, passando ao de elevado desenvolvimento. Se bem que é um dos últimos entre aqueles considerados de elevado desenvolvimento. Nos trinta últimos anos o Brasil subiu de 0,5

26/08/2014 - ENERGIA ELÉTRICA EM SITUAÇÃO CRÍTICA

No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, FHC (1999-2002), a situação dos reservatórios, que servem água para movimentar as turbinas das hidrelétricas, chegou à situação crítica, isto é, em seu nível mínimo de depósito de águas. FHC executou o racionamento de energia em 2001. Sem dúvida, um dos motivos de descontentamento que muito contribuiu para a substituição do PSDB pelo PT na presidência da República. Agora, em 2014, os reservatórios também chegaram ao nível crítico. No entanto, o governo da presidente Dilma optou por usar as termelétricas, quer são movidas a combustíveis, muito mais caras do que as hidrelétricas, ocasionando um rombo nas contas das distribuidoras de energia, que foram obrigadas a comprar a energia mais cara, repassando o prejuízo ao governo, que não o quer assumir, transferindo para contas de empréstimo dos bancos oficiais. Como sempre aconteceu o governo repassou o prejuízo decorrente do fato das distribuidoras aos consumidores de energia elétrica.

25/07/2014 - LUCRO DOS BANCOS EM PLANOS

Existiram Planos Econômicos que trouxeram prejuízos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e nas cadernetas de poupança. Foram eles o Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor e Plano Collor II. Milhares de ações foram impetradas acerca das diferenças inflacionárias, a menor para o FGTS e para os poupadores. Logicamente, quem lucrou foram os bancos. Em 2001, o governo de FHC realizou o chamado “maior acordo da história”, reconhecendo as perdas do FGTS, as quais foram pagas parceladamente, para quem não ingressou na justiça, embora com enormes perdas, bastando requerer à Caixa Econômica Federal, assim como foram as outras perdas pagas integralmente às ações interpostas na justiça e transitadas em julgado. Já as perdas da caderneta de poupança nunca chegaram a transitar em julgado. Referidas ações das cadernetas foram finalmente julgadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 21-05-2014. Aquela Corte determinou que a cobrança de juros de mora devesse ser feita a part

24/07/2014 - POLÍTICA ECONÔMICA EQUIVOCADA

Muitos alunos perguntam se esta coluna é contra o governo da presidente Dilma. É a evidência que se observa principalmente por mostrar a política econômica equivocada. Porém, quem fala isso claramente é o grupo do ex-presidente Lula (também é claro que veladamente há o grupo de Dilma, que se diz ser também de Lula). Comprovando isto, a entrevista do professor Marcos Lisboa, do INSPER, de São Paulo, escola de negócios bem referenciada, à revista Isto é, datada de ontem, cujo título é “O retorno ao desenvolvimentismo deu errado”. Lisboa é ex-secretário de Política Econômica do governo de Lula. Ou seja, foi o segundo homem da equipe econômica dele, o qual “classifica o comportamento da economia brasileira de medíocre e diz que o País deve retomar agenda que antecedeu a 2008” (subtítulo da entrevista). O modelo econômico adotado depois do Plano Real, a partir de 1994, é o mesmo, baseado no tripé do controle inflacionário, câmbio flutuante e superávit fiscal. Este, sem dúvida, tem

23/07/2014 - REAL SOBREVALORIZADO

Cerca de 80% da moeda mundial é o dólar americano, seguem-lhe o euro, aproximadamente 10%, o yen (moeda japonesa), a libra esterlina (moeda do Reino Unido), dentre outras, alcançando tal conjunto 10%. Em face do exposto, a principal cotação da moeda brasileira é em relação ao dólar. Antes do Plano Real, de 01-07-1994, praticou-se historicamente muito mais a moeda nacional desvalorizada, tendo em vista estimular as exportações. O Plano Real igualou um real a um dólar, em seu lançamento. Porém, o real já nasceu valorizado, em razão da Unidade Real de Valor (URV), unidade de conta que durou três meses anteriores, para a transição do Cruzeiro Real, simplesmente para a moeda nova, o Real. O câmbio então daquela época chegou até o dólar custar R$0,83, nos primeiros dias do Plano Real. A valorização monetária tornou-se assim, a tônica da política cambial do primeiro mandato de FHC (1995-1998). Porém, continuados ataques especulativos à moeda brasileira, de 1994 até 1999, obrigaram a qu

22/07/2014 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

O Brasil é a única entre as grandes economias a ter uma prova que mede conhecimento dos alunos de cursos de graduação, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). Inicialmente, ele foi criado com o nome de Prova de Avaliação do Ensino Superior (PROVÃO), que era aplicado anualmente. O ENADE é calculado de três em três anos. Em geral, os resultados mostraram melhorias no ensino superior. As faculdades que ficaram com notas insatisfatórias recuaram de 37% para 30%, de 2009 para 2012. As escolas públicas tem melhor desempenho do que as escolas privadas. Em reportagem principal da revista Exame, datada de 23-07-2014, é citado o colunista da revista Veja, Cláudio de Moura Castro, que calculou a nota média das instituições educacionais consignadas na Bovespa, sendo de 227 pontos, ao passo que as escolas públicas têm média de 265 pontos, no máximo de 500 pontos. Isto é, as escolas públicas ultrapassariam a média de 250, enquanto as privadas não. O melhor desempenho em 2012 foi

21/07/2014 - BRASIL SE FECHA MAIS

No dia primeiro deste mês, a abordagem foi a de que o Brasil pouco se insere nas cadeias globais de produção. Somente 9% dos componentes importados fazem parte das exportações brasileiras. A campeã é a Coréia do Sul com 50% de componentes importados. No grupo emergente brasileiro, por exemplo, a Índia possui 22% e a China 21% de insumos em referência. Outro fato de baixa geração de valor é que o Brasil exporta 60% de recursos naturais em seus produtos, enquanto a Índia exporta 35% e a China 10%. No geral, o Brasil somente realiza 1% das transações internacionais. A economia doméstica se contraiu muito nos últimos anos. Seria normal que as empresas brasileiras batalhassem mais em outros países. Mas, não. Desde 2008 que vem caindo o número de empresas brasileiras que passaram a ter operações em outros países. Por exemplo, em 2004 foram 10 empresas que se internacionalizaram. Em 2008 eram 6 empresas com operações em outros países. Em 2009, 2. Em 2010, 3. Em 2011, 3. Em 2012, 4. Em

20/07/2014 - CHANCE DE 90% DE RECESSÃO

O modelo econométrico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas aponta para o fato de o Brasil já estar em recessão, com 90% de probabilidade. A recessão técnica é considerada quando a economia apresenta crescimento do PIB de dois trimestres negativos. O primeiro trimestre deste ano foi positivo em 0,5%. Porém, dados preliminares do IBGE indicam que o segundo trimestre foi negativo. Diversos indicadores desfavoráveis, divulgados neste julho, estão a induzir a conclusão do terceiro trimestre negativo. As evidências da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias informou que o fluxo de veículos pesados caiu 4,3% em junho. Por seu turno, a Associação Brasileira de Papel Ondulado confirmou queda de 3,3% na expedição de papel ondulado. Já a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores divulgou recuo de 19% n fabricação de veículos neste ano. Quando se retira o Índice de Confiança da Indústria do modelo em referência, a chance do País estar

19/07/2014 - ESTAGNAÇÃO PELAS CONTRADIÇÕES

Cada vez fica mais complicado o “quadro econômico” brasileiro. Tableau Economique é o nome do livro do fisiocrata Francois Quesnay, do século XVIII, anterior a Adam Smith, que pontificou acerca da necessidade da existência segura da contabilidade nacional para a economia ir bem. Coube a Wassily Leontieff desenvolver as matrizes insumo-produto, inspirada no referido francês. Portanto, no século XX, a política econômica passou a ser exercida também para o longo prazo, mediante planejamento estratégico.   A equipe econômica da presidente Dilma não o fez. Preferiu o mundo das contradições que trouxeram a economia à atual estagnação. Pior, mais inflação. Portanto, a combinação se chama de estagflação. Isto é, o crescimento convergindo a zero e a inflação acima do teto de 6,5%, já tendo registrado em junho 6,52% anualizado. Para julho se espera um pouco maior. O atestado disso está sendo dado pela contabilidade do IBGE e do Banco Central, mediante divulgação de suas estatísticas mensa

18/07/2014 - BECO SEM SAIDA NA ECONOMIA

Beco sem saída na economia é o que se encontra o Brasil no atual fim de governo da presidente Dilma. Trata-se da aplicação da teoria econômica convencional na política econômica atual. Isto é, é lei que quando os juros caem a economia se aquece; quando os juros sobem a economia se retrai. Em consequência, há uma tendência de a inflação se elevar, se os juros caírem; há uma tendência da inflação se reduzir se os juros se elevarem. Baseando-se nela, a equipe econômica do atual mandato começou encontrando a inflação se elevando, estando as taxa básica de juros da economia (SELIC) em 10,75% no início de 2011, aumentando a SELIC para mais de 11% anuais. Então a presidente Dilma veladamente afirmou que a SELIC tinha que cair para a economia subir. Não por coincidência o Banco Central começou paulatinamente reduzindo os juros de 11% até chegar a 7,25%, no começo de 2013. O PIB não reagiu. Pelo contrário se contraiu, também, paulatinamente. O que ocorreu? A presidente Dilma acreditou que a

17/07/2014 - PESQUISA FAVORÁVEL DA COPA

O Instituto Datafolha entrevistou 2.209 estrangeiros de mais de 60 países, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, tendo como principal resultado que 83% deles se disseram positivamente surpresos com o bom desempenho brasileiro, em contraste com as notícias muito negativas que circulavam lá fora. Mais da metade deles disse ter ouvido relatos desfavoráveis. Os 98% dos turistas consideraram os brasileiros simpáticos. A hospitalidade dos anfitriões da Copa do Mundo foi o maior destaque, para 95% dos entrevistados. Também para 95% a recepção foi ótima. Segundo a pesquisa, 92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança dos estádios. Para 84% deles o brasileiro é honesto. Já 76% consideraram ótima ou boa a qualidade do transporte até as arenas dos jogos. A organização da Copa teve 83% de resposta positiva dos entrevistados. As atrações turísticas foram muito bem vistas por 84% dos estrangeiros. A pesquisa constatou que 69% dos visitantes g

16/07/2014 - DESEMPENHO CONTINUA BAIXANDO

O noticiário econômico de ontem veio em três direções. Primeiramente, conforme projeções realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), contratada pelo ministério do Turismo, a Copa do Mundo de Futebol deverá somar cerca de R$30 bilhões na economia brasileira, sendo o valor correspondente a 0,6% do PIB brasileiro. Ocorre que o impacto dos 0,6% ocorreu em PIBs de vários anos, desde a aprovação da sede da Copa, em 2007, haja vista que a perspectiva de crescimento deste ano é de incremento de somente 1%, sendo da Copa muito pouco incorporado em termos de valor econômico. O percentual de 0,6% está próximo do que uma Olimpíada costuma agregar ao país sede. A projeção foi baseada no impacto econômico da Copa das Confederações, realizada em junho de 2013, cujo cálculo foi de uma injeção de R$9,7 bilhões no PIB do ano passado. A prospecção se refere aos impactos, diretos, indiretos e induzidos na economia, tendo ouvido a FIPE 17 mil pessoas. Seu cálculo considerou també

15/07/2014 - CAMPANHAS CARAS

A campanha da presidente Dilma (PT) está orçada em um teto de R$298 milhões.   A do candidato Aécio Neves (PSDB) em R$290 milhões. A do candidato Eduardo Campos em R$150 milhões. A previsão de gastos das principais candidaturas, através dos partidos cujas principais siglas são PT, PSDB, PMDB, PSB, à presidência neste ano se aproximam de R$1 bilhão, uma elevação de mais de 100% em relação a 2010. Os custos de campanha são para profissionais especializados, produtoras de tevê, gráficas, banca de advogados, cabos eleitorais, panfletos, viagens, materiais e serviços, uso da internet e das redes sociais. A legislação eleitoral obrigou aos candidatos a apresentarem declarações de bens a preços de mercado. Todavia, causou surpresa os valores patrimoniais apresentados, que não chegaram a R$5 milhões. O maior patrimônio é o do Aécio Neves, em cerca de R$2,5 milhões. Os bens relacionados pela presidente Dilma alcançam R$12,7 milhão. Já Eduardo Campos relacionou bens no valor de R$546 m

14/07/2014 - POUPANÇA EM BAIXA

Sem dúvida, a alta da inflação e o endividamento elevado se traduzem em queda do poder aquisitivo, sobrando pouco dinheiro no final do mês para muitos brasileiros. Conforme o Banco Central, a captação líquida de depósitos na caderneta de poupança, no primeiro semestre de 2014, foi a menor dos últimos três anos, quando o saldo do primeiro semestre de 2011 foi negativo em R$3 bilhões. O saldo de janeiro a junho de 2010 alcançou R$12,2 bilhões; de janeiro a junho de 2012, em R$28,3 bilhões; no primeiro semestre de 2014, em R$9,6 bilhões. A alta de preços, sobretudo dos alimentos, diminuiu o poder aquisitivo da população.   A taxa de juros da SELIC subiu em abril deste ano para 11%. Já a caderneta de poupança apresentou saldo negativo de R$1,27 bilhão naquele mês.   A relação entre elas é direta, a alta da SELIC fez com que a caderneta se tornasse menos vantajosa, assim como os CDBs, em relação aos fundos de renda fixa, letras de crédito industrial (LCI), letras de crédito agríco

13/07/2014 - ARENAS DO DESPERDÍCIO

O circo brasileiro da Copa do Mundo de Futebol, na qual o Brasil foi massacrado na semifinal por derrota de 7x1 gols pela Alemanha e perdeu de 3x0 gols para a Holanda é parecido com a frágil política econômica brasileira. Desaba por falta de competitividade. Objetivava o governo de a presidente Dilma ganhar as eleições no primeiro turno. Para tanto, não mediu despesas,   crê-se que cerca de R$3 bilhões do orçamento, dinheiro do povo brasileiro, o qual lhe deu 53 milhões de votos em 2010, pensando que ela iria lhe poupar. Ou fazer, o Brasil poupar, gerar maior investimento, garantir melhor crescimento do PIB. Quase tudo ao contrário. Ainda ela quer ser reeleita. Pior, é a que mais tem chance hoje. Os resultados da economia de saldos, mesmo que se atingisse o hexacampeonato são de um PIB, que continua um pibinho, previsão caindo pela sexta vez, segundo enquete feita semanalmente pelo Banco Central, visto que crescerá talvez menos de 1%, se crescer, enfim, números econômicos decade

12/07/2014 - DIAGNÓSTICO ECONÔMICO DO PSDB

No curto prazo, semelhantemente com o campo da medicina, em economia também se faz o diagnóstico econômico. Só que nela a síntese é a saúde e na economia é traduzido em dinheiro. De forma semelhante, a solução na medicina é o remédio e a solução na economia é a política monetária, cambial, fiscal, traduzidas também em dinheiro. O prognóstico na medicina é a cura; na economia é o crescimento sustentável, que conduza ao bem estar. No longo prazo, em ambas está a manutenção. Esta, na medicina, é a prevenção; na economia é o planejamento estratégico.   Portanto, primeiro o diagnóstico. No caso se verá o do PSDB. Um retrato significativo foi tirado ontem, por Luiz Carlos Mendonça de Barros, comentarista econômico, por quatro décadas, em coluna quinzenal do jornal Folha de São Paulo, que também foi ministro das Comunicações da gestão de FHC. O título do artigo é “20 anos de Plano Real”. A ordem que se coloca aqui das suas palavras está para fins didáticos, não conforme no texto publicado

11/07/2014 - REAÇÃO DOS ADRs APÓS JOGO HUMILHANTE

Na terça feira passada, dia 8 de julho, o Brasil sofreu a maior derrota de futebol da sua história. Ocorreu 7x1 gols a favor da Alemanha. Perplexidade, pela surpresa. No dia 9 de julho houve a primeira forte reação de expectativas. A derrota para os alemães fez as ações negociações com Recibos de Ações Negociadas (ADRs, sigla em inglês) na bolsa de valores de Nova York. O ADR da Petrobras subiu 4,63%, o do Banco Itaú aumentou 2,82%, o da Vale se elevou 1,27%. O índice ADR Brazil Titans, reunindo os 20 papéis brasileiros mais negociados na maior bolsa do mundo subiram 1,25%. Assim, a reação é especulativa, sendo dado um sinal de mudança, oposto aos dados anteriormente, quando o sólido desempenho da seleção de futebol brasileira era um sentido otimista de subida da popularidade do governo da presidente Dilma, de 34% para 38%. É claro que a seleção de futebol contribui para o humor econômico dos investidores brasileiros. Dizia-se, claramente, que se o Brasil ganhasse a Copa do Mund

10/07/2014 - INFLAÇÃO ALTA REDUZ PROGRESSO

Inúmeros livros existem sobre os malefícios da inflação. Os maiores clássicos sobre o tema são dos anos de 1960, de Ignácio Rangel, tido como economista, escritor de “esquerda”, intitulado por “Inflação Brasileira”, onde a tese central é a resolução dos pontos econômicos estruturais de estrangulamento, bem como dos anos de 1970, de Mário Henrique Simonsen, tido como economista, escritor de “direita”, intitulado por “Inflação: Gradualismo versus Tratamento de Choque”, onde a tese central são a de que existem duas opções radicais de reduzir ao mínimo aceitável a inflação. Nos anos de 1980 até 1991 foram promovidos seis congelamentos, o parcial, da gestão Dornelles (1985), os gerais, do Plano Cruzado (1986), do Plano Bresser (1987), do Plano Verão (1989), do Plano Collor (1990), do Plano Collor II, os quais fracassaram. Somente o Plano Real (1994) venceu a alta inflação, colocando-lhe em vinte anos por menos em um dígito. Em mais de sessenta anos, o Brasil obteve as melhores taxas

09/07/2014 - ECONOMIA PARALISADA

  Vinte anos do Plano Real (dia 1º) coincidem com a Copa Mundial de Futebol e de um atual paradeiro da economia brasileira. Aguardam-se, logo, em outubro, eleições; mais cinco meses novo mandato de governo. Porém, em 2014, não somente o Brasil parou para a Copa. O próprio governo admite taxa de crescimento do PIB por volta de 1%. Há quem fale em zero ou de até pequena recessão. Os números vêm se deteriorando desde o início de 2011. O saldo esperado do Balanço de Transações Correntes é de um déficit de US$80 bilhões. A inflação permanece alta, mas menor do que 7%. Gastos públicos vêm crescendo há anos mais do que o PIB. Investimentos públicos em sentido inverso. No mês de junho empresas, consumidores, investidores decidiram esperar pelos próximos dias, com pioras nos seus números, até pior do ano recessivo de 2009. O Indicador de Confiança da Indústria era em 2009 de 93,6; em 2012, de 103,2; em 2014, de 87,2. O Indicador de Confiança do Consumidor era de 108,3 em 2009; de 123,5 e

08/07/2014 - PROBLEMA ESTRUTURAL DA EDUCAÇÃO

O problema estrutural da educação brasileira se deve ao fato de que o governo federal, aquele que mais arrecada, é o que relativamente investe menos em educação. Basicamente, na educação de ensino superior. Ao ensino fundamental, a educação fica a cargo dos 5.565 municípios, os mais despreparados para formar as bases do alunado. Mesmo assim a nota do último IDEB alcançou 5, na escala de zero a dez. Ao ensino médio, a maior parte cabe às 27 unidades federativas, nível que mais apresenta evasão escolar. Nota média do IDEB de 3,7. Ao ensino superior, a nota média do último ENADE foi de 4,3. No geral, a média das médias é de 4,3. Portanto, reprovado na média geral. Portanto, a federalização do ensino em geral é a solução, já havendo até projeto do senador Christovam Buarque neste sentido. Porém, até o momento não entrou em pauta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes de 15 anos de idade, cuja sigla em inglês é PISA, da

07/07/2014 - CAMPEÃO DE ATRASO

A precariedade da infraestrutura brasileira é um fato agravante, de pelo menos quatro décadas, sendo obstáculo para melhor desempenho da economia. Os reflexos das deficiências se encontram nos atrasos. Estes têm um custo elevado. Uma obra pública iniciada aquece a economia, perante a contratação de mão de obra e na compra de maquinário. Porém, três efeitos perversos nas obras públicas as fazem demorar mais do que deveriam. O primeiro, a mudança de expectativas. Ainda não bem executado o projeto executivo, a empreiteira passa a ver possibilidades de traçar planos de expansão. Propõe alteração no orçamento global, mediante aditivo de elevação do valor contratado. O segundo, o adiamento dos planos. Como a obra se arrasta no tempo, as empresas que irão se beneficiar da infraestrutura retardam os investimentos até que as obras terminem. O terceiro, o risco dos atrasos. Em essência, a demora na conclusão das obras traz maior custo, além de interferência de órgãos públicos, questionando a

06/07/2014 - TRANSAÇÕES CORRENTES EM DÉFICIT

O Balanço de Transações Correntes envolve a soma do saldo da Balança Comercial, que é a diferença entre exportações e importações, mais o saldo da Balança de Serviços Internacionais. Nesta estão contas que o Brasil sempre esteve deficitário, tais como turismo, seguros, fretes, cinema, pagamento de juros, dentre outros itens. Na primeira década deste século houve uma forte elevação das matérias primas exportadas pelo País, ocasionando robustos superávits comerciais. Assim, a balança comercial foi positiva por cerca de dez anos, ajudando a fechar a balança de serviços, historicamente de saldo negativo. Na atual segunda década, os preços das matérias primas têm recuado, assim como o saldo comercial. A fragilidade no comércio exterior começou a ser sentida com mais força no ano passado, quando o superávit comercial fora de US$2,6 bilhões, graças às exportações de sete plataformas de petróleo, no valor de US$7,7 bilhões, plataformas estas que demoraram vários anos para serem feitas,

05/07/2014 - INFLAÇÃO EM ALTA

O índice oficial da inflação é calculado pelo IBGE, mediante acompanhamento de mais de 400 produtos. Daí o seu nome de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado mensalmente. Há mais de cinquenta anos que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula vários indicadores de preços, sendo o mais antigo e que já foi indicador oficial da inflação, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), composto do Índice de Preços ao Atacado (IPA), mais o Índice Geral de Preços (IGM), mais o Índice da Construção Civil (ICC). Derivado do IGP existe também o famoso IGP-M, para corrigir contratos de locação. A FGV também faz uma série de pesquisas nacionais. A mais recente é sobre as expectativas da inflação brasileira para os próximos meses. A sua principal conclusão é que a inflação futura é maior na gestão da presidente Dilma do que no segundo mandato do ex-presidente Lula. Entre as famílias de baixa renda a taxa de inflação esperada é mais intensa do que nos demais grupos.

04/07/2014 - CRESCIMENTO EM DEBATE

O ex-presidente Lula deu uma entrevista ontem a nove correspondentes estrangeiros. Defendeu o governo da presidente Dilma e lançou o repto “quem cresceu mais do que o Brasil?” Referindo-se ao baixo crescimento brasileiro dos últimos anos. Dentro do bloco dos BRICs, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, grandes emergentes, a China cresceu por volta de 7% no ano passado. Na América Latina o Peru está dando um show de bola. Cresce a 7% anuais, em média, desde 2003. O personagem Lula não lê mesmo. Já declarou isto. Fala o que vem na cabeça. O ano de 2003 referido coincide com o início do seu período de dois mandatos (2003-2010). A taxa média dos oito anos dele foi de 4%. Já o período da presidente Dilma tem crescimento do PIB de 2% em média anual. A metade do que alcançou Lula. O modelo econômico de crescimento adotado por FHC, Lula e Dilma é o mesmo. Isto é, o mesmo tripé baseado no sistema de metas da inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal. FHC enfrentou várias crise

03/07/2014 - QUANTIDADE E QUALIDADE NA SAÚDE

A Constituição de 1988 levou à criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Isto é, mediante três princípios básicos: a universalização no atendimento da saúde dos brasileiros, a equidade no tratamento e a integralização das ações. O grande avanço foi perante o primeiro princípio. Antes, quem não possuía instituto de previdência ou carteira de trabalho assinada, não era atendido, a não ser no pronto socorro (último recurso). Porém, hoje se a pessoa não tiver a carteira do SUS não é atendida, já que não há registro no sistema de computação. Uma burocracia própria do país que está em 120º lugar, entre 184 avaliados pelo Banco Mundial, por falta de competitividade. Superada a burocracia, que deve ser superada no próprio posto de saúde (se for o caso na marra, ou fica sem atendimento), os dois outros princípios não são exercidos com eficiência. Dessa forma, são pelo menos doze sérios problemas: 1) filas enormes; 2) prazos muito dilatados de atendimento; 3) desperdícios; 4) maquinário co

02/07/2014 - PLANO REAL SUCESSO

O Plano Real confirmou ontem vinte anos de sucesso econômico, pondo fim trinta anos de economia indexada pela ditadura militar de 1964-1984. A indexação se tratou da correção monetária generalizada dos contratos, através de diferentes índices de preços, conforme o contrato. A correção monetária era diária, embutindo nela a inflação do passado, desde o mais recente ao mais longínquo. Acreditava-se, então, na inflação inercial. A nova moeda brasileira, o REAL, trouxe consigo o fim da correção monetária generalizada, admitindo somente inflação de perspectiva.   Os militares controlaram a inflação até os choques do petróleo de 1973 e 1979, o controle permitia manipulação, a qual se tornou impossível devido aos referidos violentos choques de preços, transmitidos ao sistema econômico. Depois de 1979 a inflação veio a superar a taxa de 91%, anualizada, sendo o principal motivo econômico para o golpe militar de 1964. A inflação passou de 100%, 200%, 1.000%, chegando até a mais de 2.500%

01/07/2014 - CADEIAS DE VALOR

O Brasil faz parte das cadeias globais de produção. Porém, para enriquecer, o País necessita de participar mais das etapas que geram valor. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é um dos países com menor inserção nas cadeias globais de valor. Um dos indicadores da baixa inserção, apontado pela OCDE, é a pequena participação de bens importados nas exportações brasileiras. Isto é, importar componentes, montar e vender o produto final com maior valor agregado para a Nação. O campeão nisso é a Coréia do Sul com quase 50% de importações de componentes. Seguem-lhe, em números aproximados, Alemanha, 30%; Chile, 25%; Índia, 22%; México, 21%; China, 21%; Estados Unidos, 11%; Brasil, 9%. Outro indicador da OCDE é que a maior parte das exportações brasileiras é de insumos básicos, ou seja, do começo da cadeia de valor. O Brasil exporta 60% de recursos naturais e recursos minerais, enquanto a China exporta somente 10%; Cingapura, 20%; Índia, 35%.