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Mostrando postagens de dezembro, 2017

31/12/2017 - DESEMPREGO IGUAL HÁ UM ANO

A taxa de desemprego deste ano é igual aos 12% do ano passado. Ou seja, a recessão que se iniciou no segundo trimestre de 2014 veio trazendo desemprego até início deste ano e em 2017 se iniciou a recuperação da economia com um incremento de 1% no PIB, estimado por inúmeras fontes de projetistas. O fato é que há ainda 5,5 milhões de desempregados. O Brasil empobreceu. Vários projetistas calculam que o crescimento de 2018 somente baixará a taxa de desemprego para 11%. O PIB brasileiro foi ultrapassado pelo da Índia. Lá a economia cresceu por volta de 7%, depois das reformas econômicas. O PIB brasileiro está em 8º lugar no mundo. O mesmo lugar que os militares deixaram em 1984. O País somente terá pouco mais de uma década de bônus demográfico, quando a maioria da população comporá a população economicamente ativa. As reformas por aqui demoram muito de acontecer. O Estado paquiderme sustentando um enorme esquema de corrupção que parece estar sendo desmantelado. Porém a justiça brasi

30/12/2017 - RANKING DOS INVESTIMENTOS EM 2017

Investimentos mesmo são aqueles realizados nas empresas, sejam diretamente, sejam nas bolsas de valores. Eles implicam no crescimento do PIB, que está projetado para crescer em torno de 1% neste ano, seja por que o mercado financeiro assim projeta, seja pelo que indicam os cálculos já apresentados e projetados do IBGE, para o PIB trimestral. Já divulgados 3 deles e falta para o quarto trimestre. Ora, os fundos de ações indexados cresceram 31,6%. A bolsa de valores, onde são negociadas as grandes empresas, subiu 26,9%. Em 2016, ela subiu 38,9%. Por que esse disparate entre a projeção de 1% e os negócios de bolsa próximos de renderem 30%? O mercado financeiro tem a máxima de que a bolsa sobe no ato e cai no fato. Em 2016, bateu no fundo do poço. Em 2017, iniciou a recuperação. Certamente, podendo ainda ter fôlego, a bolsa de 2018 poderá cair pela realização de lucros. Chamam também de investimentos as aplicações financeiras das poupanças. Então são simplesmente poupanças. O ano

29/12/2017 - CARGA TRIBUTÁRIA EXCESSIVA

Há muitos estudos sobre a carga tributária em relação ao PIB. Alguns a colocam em 34%, outros em 35%, outros em 36% do PIB. A Receita Federal a coloca por volta de 32% do PIB. Por certo não inclui, por exemplo, taxas que são cobradas amiúde pelos municípios. De qualquer maneira é excessiva. Ou seja, cerca um terço da riqueza do País vaza para os governos sob a forma de tributação. A Constituição de 1946 disciplinou tributos e a carga tributária era de 16% do PIB. De lá para cá eles cresceram cerca do dobro. A razão, sem dúvida, é o forte custo da dívida pública também crescente nestes anos todos, em relação ao PIB. O próprio orçamento público a ser executado coloca cerca 50% para honrá-la. Desde a Independência, que o País já nasceu devendo e a dívida governamental não para de crescer. Em certos momentos de sufoco o governo federal fez moratória, sem êxito, em reduzi-la no tempo. A Receita Federal divulgou estudo no qual a carga tributária atingiu em 2016 o maior patamar desd

28/12/2017 - RENDA MÉDIA DO TRABALHO

Dados do IBGE, relativos de agosto a outubro deste ano, contidos no editorial da Folha de ontem, sobre a renda média mensal do trabalho indicam que os grupos de (1) informais percebiam de forma per capita R$1.253,00; os (2) celetistas, R$2.048,00; os (3) brasileiros em geral, R$2.127,00; os (4) os servidores públicos, R$3.290,00; os (5) empregadores, R$5.492,00. No que se refere a cada servidor federal aposentado, a percepção média de rendimento foi nestes 11 meses do ano de R$8.126,95. O repasse deste ano é superior a 2016. No global, as transferências aos servidores federais aposentados representaram 13 vezes as feitas aos aposentados do INSS. As transferências dos Estados aos aposentados foram de 8 vezes aos do setor privado. Depois de sete meses de alta, o Brasil perdeu 12.292 postos de trabalho em novembro, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (CAGED). A esse cadastro toda empresa registrada na junta comercial tem obrigatoriam

27/12/2017 - DEFICIT PRIMÁRIO É O MAIOR EM 11 MESES

De janeiro a novembro deste ano o déficit primário alcançou R$102 bilhões, sendo o maior em 20 anos. Na verdade, de 1998 a 2013, houve 16 anos de superávit primário. Porém, em 2014, ano em que a ex-presidente Dilma fora reeleita, houve déficit primário. Em sua campanha ela dizia que as contas estavam equilibradas. Mas, não. Havia empréstimos ou adiantamentos dos bancos federais, disfarçados, para fechar as contas nacionais. Isso foi chamado de pedaladas fiscais. O Tribunal de Contas da União recomendou o acerto e isso levou a déficits primários crescentes, que não pararam em quatro anos. Isto porque a economia entrou em recessão no segundo trimestre de 2014, caindo severamente a arrecadação. Somente em 2017 a recessão parou, mas não foi suficiente ainda para recuperá-la. Neste exercício houve o bem sucedido leilão das hidrelétricas, em setembro, que garantiu ao Tesouro Nacional ingresso de R$12 bilhões em novembro, permitindo superávit mensal de R$1,348 bilhão, o melhor resul

26/12/2017 - LÍDER EM CONCENTRAÇÃO DE RENDA

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), criada depois da segunda guerra mundial, objetivando fazer estudos e recomendar políticas públicas para o desenvolvimento econômico da Região, divulga anualmente o Panorama Social da América Latina. Na edição 2017, que analisou 22 países, concluiu a CEPAL que o Brasil é o líder em concentração de riqueza nas mãos de 1% da população. Ou seja, 27,8% da renda total do País estão em poder de 1% rico. O estudo apresenta cálculos de uma média aritmética da distribuição de renda, entre 1990 a 2015 e os números disponíveis de 2016. A pesquisa se utilizou da rede internacional de pesquisadores World Wealth and Income Database, acerca de informações colhidas no imposto de renda, para calcular as desigualdades nos níveis de renda dos países selecionados. Depois do Brasil vem a Colômbia, onde a parcela mais rica da população concentra 20,4% da renda daquele país. Estados Unidos

25/12/2017 - BOAS NOTÍCIAS NA ECONOMIA

Quem diz isso é Élio Gaspari, jornalista consagrado, mas olhando só a superfície: “O Planalto está panfletando uma página com 16 itens ilustrativos do progresso ocorrido durante o governo Temer. Alguns, como os indicadores de emprego são tênues. (A população ocupada passou de 89,9 milhões de pessoas para 91,3 milhões). Outras são bolas divididas, tamanha era a desgraça na base da comparação. (A produção industrial passou de uma contração de 9,8% para uma expansão de 1,6%). Depois de um ano de um PIB negativo, – 5,4%, no primeiro trimestre de 2016, em relação ao mesmo período de 2015, houve uma expansão de 0,3% no segundo trimestre de 2017, em relação ao mesmo período de 2016. Mixaria. Cinco itens são indiscutivelmente positivos. A inflação de 9,28% caiu para 2,54% e a taxa SELIC de 14,25% está em 7,5% (Desinformado ele, no aspecto, está em 7%). A safra de grãos passou de 185,8 milhões de toneladas para 242 milhões. O risco Brasil, número astrológico que orienta o mercado, era de

24/12/2017 - PRÊMIO DE ANCESTRALIDADE

Como soe acontecer, o jornal Folha de São Paulo, de hoje, traz desde a primeira página, estudo sobre o desempenho dos estudantes em escolas públicas paulistas. Os descendentes de japoneses (e orientais) têm um desempenho melhor nas escolas do que os descendentes de ibéricos. A isso creditam existir um PRÊMIO DE ANCESTRALIDADE. Foram exemplificadas características comuns nos descendentes de orientais, que não constam nos descendentes de ibéricos e de mestiços. Na primeira página se encontra que: “Descendentes de japoneses citaram como possíveis causas para o desempenho superior o medo de decepcionar os pais, a obrigação de ir bem na escola, a possibilidade de melhorar de vida e o interesse natural pelos estudos, de acordo com o especialista em políticas públicas, Geraldo Silva Filho. Apurar hipóteses é o próximo passo dos pesquisadores. Entre elas está a de que algumas culturas ao menos imediatistas – aceitam sacrifícios no presente por resultados no futuro”. Traduzindo, em termo

23/12/2017 - CANDIDATOS À PRESIDENTE E A ECONOMIA

Os candidatos à presidência no próximo ano pouco tem falado sobre a economia. O mais citado, com 36% das intenções de voto, ex-presidente Lula, já está em campanha pelo Brasil, sem lançamento e sem permissão oficial. Lula não disse o que faria com a economia. No seu período de governo, de 2003 a 2010, fez o inverso do que prometeu em campanha. Prometeu uma auditoria da dívida e não fez. Pelo contrário aumentou substancialmente a dívida pública. Foi ortodoxo no seu primeiro mandato e heterodoxo no segundo mandato. Nas suas investidas de agora está se proclamando salvador da pátria, dizendo que vai desfazer a lei do teto dos gastos, a lei da reforma trabalhista e as parcerias público-privadas com contratos de hegemonia da Petrobras. Na verdade, quer ser mais heterodoxo, mediante mais intervenção do governo. Está ameaçado de não tornar-se candidato, no caso de ser condenado pelo Tribunal da Justiça Federal, em Porto Alegre, no dia 24. O segundo colocado nas pesquisas, Jair Bolso

21/12/2017 - MAIOR PESQUISA SOBRE EDUCAÇÃO

A história das nações mostra que um país desenvolvido é um país educado. Ou seja, a maioria da população concluiu seus estudos, do fundamental, ao médio, ao superior. O Brasil luta há séculos para sair do grau de subdesenvolvimento. Aliás, hoje, permite-se dizer que é um país emergente. Porém, não está na crista da onda. Por que maior pesquisa sobre educação? Por que é a mais abrangente. O estudo da Pesquisa de Amostra por Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE abrange mais de 95% da população brasileira. Debruçado sobre ele que o MEC traduz suas principais políticas públicas. O levantamento do ano de 2016 veio a lume ontem. As principais constatações são as de que 51% dos brasileiros com mais de 25 anos não concluíram o ensino fundamental. Existiam naquela data 7,2% de analfabetos de 15 anos ou mais. Outrossim, 26,3% tinham o ensino médio completo. Ademais, 15,3% possuíam superior completo. Ou seja, 49% concluíram o fundamental + 26,3% do ensino médio + 15,3% do ensino superior

21/12/2017 - CONTROLE DOS MEIOS DE PAGAMENTOS

Os meios de pagamento são os diferentes tipos de moeda, conforme o prazo. M zero é a base monetária, de forma imediata, ou seja, papel moeda em poder do público mais depósitos à vista nos bancos. M1 são os meios de pagamento à vista. M2 são os de curto prazo. M3 são de médio prazo. M4 são de longo prazo. Se os meios de pagamento estiverem livres, eles se multiplicam ao infinito, conforme multiplicador (M) do dinheiro, que é inverso da taxa de depósitos compulsórios (r). Assim, M = 1/r. O controle dos meios de pagamentos ocorre pelo Banco Central. A partir de 5 de janeiro vindouro, o Banco Central (BC) reduzirá o depósito compulsório sobre depósitos à vista, de 45% para 40%. Já sobre os depósitos a prazo reduzirá o compulsório de 36% para 34%. Portanto, injetará mais dinheiro na economia, visto que o compulsório deixa o dinheiro paralisado. Cálculos do BC são de que o afrouxamento injetará logo R$6,5 bilhões. O BC, fazendo assim, estará atendendo ao pedido da Federação Brasile

20/12/2017 - CONSUMO DAS FAMÍLIAS

A teoria econômica demonstra que quem puxa a economia doméstica é a demanda agregada. Isto é o consumo, o investimento e o gasto do governo. A correspondência é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Ou, simplesmente, crescimento econômico. O País tem alta propensão a consumir e baixa propensão a poupar. Por isso, mesmo costuma o consumo puxar mais o aparelho produtivo. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) calcula mensalmente o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF). O ápice do ICF se deu em setembro de 2010 aos 143,4 pontos. O ponto mais baixo aconteceu em maio de 2016 aos 68,7 pontos. Ou seja, queda vertiginosa de 66,4%. Desde então veio se recuperando, até atingir 81,7 pontos. Ainda a 56,9% do pico. Quer dizer, muito longe do máximo. Porém, uma recuperação de 18,9% em 7 meses. O índice reforça a estimativa da CNC de que o Natal de 2017 será o primeiro com crescimento desde 2014. A CNC afirmou que houve aceleração do consumo ao longo deste ano, nas princi

19/12/2017 - INCENTIVOS SÃO PEDRA DE TOQUE PARA DESENVOLVIMENTO

Os dirigentes brasileiros têm buscado a solução para a saída da armadilha da renda média, característica pela qual a ONU acredita esteja o Brasil há muitas décadas. Deixou de ser do grupo dos pobres, que possuem renda per capita abaixo de US$6 mil. Porém, está o País na faixa de US$6 mil a US$16 mil, até agora, sem referidos gestores terem encontrado a saída. Se ultrapassar US$16 mil ingressará na faixa de país rico, sendo o que o Pais almeja há muito tempo. A classificação em referência é da ONU. Considerado economista brilhante nos Estados Unidos, Steven Levitt, da Universidade de Chicago, uma das que mais receberam Prêmio Nobel de Economia, assim escreveu no seu livro Freakonomics (considerada ‘economia excêntrica’, na visão da tradutora do livro dele, Regina Lyra): “Os incentivos são a pedra de toque da vida moderna. Entendê-los, ou, na maior parte das vezes, investigá-los, é a chave para solucionar praticamente qualquer enigma, dos crimes violentos à trapaça nos espo

18/12/2017 - CLASSES “D” E “E” LIDERAM INADIMPLÊNCIA NO CARTÃO

As classes D e E lideram inadimplência no uso do cartão de crédito, conforme levantamento da Boa Vista SCPC. São justamente os pobres os que estão nas classes D e E. São aqueles que têm renda até três salários mínimos. Os ricos são a classe A. Eles ganham mais de 15 salários mínimos e concentram apenas 1% dos atrasos nas faturas dos cartões. A classe média alta é a classe B. A classe C é a classe média. As classes D e E representam 80% daqueles que atrasam pagamentos da fatura do cartão de crédito. O gasto com itens de primeira necessidade é o principal uso que o brasileiro faz do cartão de crédito. Pesquisa da Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços mostra que os alimentos aparecem nas faturas de 50% dos consumidores. Em seguida vêm os produtos farmacêuticos com 37%. O uso do cartão de crédito é um recurso que se utiliza principalmente os desempregados para complementarem os seus gastos de consumo. Porém, devido a essa própria natureza, os utilizadores chegam

17/12/2017 - PRESOS BRASILEIROS

As maiores deficiências são encontradas no sistema de carceragem brasileiro, além dos dispêndios públicos exagerados com os presos no País, cujo número cresce exponencialmente. Um preso em média custa R$4 mil. Ou seja, mais de quatro salários mínimos. Salário mínimo este que é a moda estatística dos salários nacionais. O presidiário geralmente não trabalha no Brasil. As cadeias são pública, com uma burocracia enorme. A promiscuidade é certa, devido ao fato de colocarem vários detentos em celas, geralmente com superlotação, tanto em presídio masculino como feminino. Além do mais, existem as caríssimas prisões públicas de segurança máxima. As condições de higiene e humanitárias são péssimas. Há tráfico de drogas, entorpecentes, estupros. Quadrilhas que comandam dos presídios o crime fora das cadeias. Presos que avolumam sem julgamentos. Presos que deveriam estar soltos, mas não obtiveram alvarás de soltura. De 1990 a 2017 o número de presidiários se elevou em 800%, estando hoje

16/12/2017 - NOVAS PREVISÕES OFICIAIS

Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, anunciou a revisão oficial do principal indicador econômico para este e para o próximo exercício. As estimativas subiram de 0,5% para 1,1% e de 2% para 3%, respectivamente. Mais do que dobraram. Suas palavras: “O PIB caiu muito em 2016 e está subindo bastante em 2017. Mesmo que haja uma ascensão grande este ano, há um carregamento do ano passado que influencia a média para baixo”. Na verdade, o PIB caiu muito também em 2015 (era - 3,8%, mas o IBGE reviu para – 3,5%, igual à queda de 2016). Em 2014 ficou em 0,1%. Portanto, foram três anos praticamente de fortíssima recessão (ela começou no segundo trimestre de 2014). Meirelles tem informações de que as empresas e as famílias começaram o processo de desalavancagem no segundo semestre do ano passado, ao mesmo tempo em que o Banco Central baixou a taxa básica de juros, acompanhando a queda vertiginosa do processo inflacionário. A sua percepção é que as empresas começaram a investir mais e

15/12/2017 - PIBS DO BRASIL

O IBGE demora em divulgar retratos da renda do Brasil, visto que as estatísticas têm que ser bem apuradas, devido ao grande número de variáveis e de particularidades de cada região. Ademais, os cálculos nem sempre são fáceis. Dessa maneira, o IBGE veio divulgar esta semana os PIBS do Brasil, em 2015. Ano de forte recessão. Aliás, os - 3,8% só perdem para os - 4,35% de 1990, recessões anuais sem igual, das últimas décadas. Pode parecer surpreendente o fato de que Brasília tenha o terceiro maior PIB, justamente ela que produz só serviços governamentais e coisas excêntricas. Entre os 10 PIBS nacionais, São Paulo liderou disparadamente. Seguiu-lhe Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Osasco, Salvador, Fortaleza. Sim, Osasco é o oitavo PIB. Faz parte da região metropolitana paulista, sendo sede do Bradesco. Os dez menores PIBS brasileiros são dos municípios de números 5.561º a 5.570º, a saber: Parari (PB), Zabelê (PB), Olho D’Água (PI), Anhanguera

14/12/2017 - BRASILEIRO NÃO É PREVIDENTE

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mediante apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou um indicador inédito de bem estar financeiro. Os pesquisados responderam a questionamentos sobre uma vida financeira bem administrada, quanto a tudo que se requer. Porém, isso não acontece com 63% dos consumidores pesquisados, que revelaram que não sabem lidar com imprevistos financeiros e apenas 12% disseram ter capacidade de lidar com despesas inesperadas. A proteção contra imprevistos é um dos quatro pilares que sustentam o indicador de bem estar financeiro, ao lado do controle sobre as finanças, dos objetivos financeiros e da liberdade de fazer escolhas. O nível de bem estar financeiro de cada consumidor varia de acordo com respostas dadas em dez questões que perpassam pelos quatro pilares referidos. Em escala de zero a 100, quanto mais próximo de 100, maior o nível de bem estar financeiro. Em novembro deste ano, o indicador marcou 47,4 pontos. Calculado desde julho

13/12/2017 - SAFRA DE GRÃOS DO PRÓXIMO ANO

O IBGE divulgou ontem suas previsões para a safra de grãos de 2018. Não causou perplexidade, mas surpresa. Depois de um grande crescimento em 2017, manter a produção é muito difícil, mas seria desejável, visto que a inflação baixou bastante e ajudou o PIB deste ano a crescer ainda que modestamente. Espera=se que tais resultados não sejam ruins para o bom desempenho da economia como um todo no ano que vem. Para este ano, a produção representou um incremento de 30,2%, em relação de 2016, equivalentes a 56,1 milhões de toneladas, assim como um crescimento de 7,2% da área plantada. A produção de oleaginosas, cereais e leguminosas tem estimativa de 219,5 milhões de toneladas, sendo 9,2% menor do que a de 2017. A produção estimada para 2018 de milho é de 15,9 milhões de toneladas e a de soja de 6,8 milhões de toneladas. Vendo 2017, houve um incremento real, em relação a 2016, nas áreas de soja de 2,2%, de 19,2% de milho e de 4,6% de arroz. A região Centro Oeste permaneceu como he

12-12-2017 - TRIBUTOS E CARGA TRIBUTÁRIA

Os tributos são de três tipos: impostos, taxas e contribuições da melhoria. O seu número é de cerca de uma centena. Não se tem ao certo o número porque os municípios criam taxas variadas, já os impostos e contribuições são cobradas pelos poderes federal e estadual. O Instituto Brasileiro de Pesquisas Tributárias calculou seu número outro dia em 92 formas. Em termos de valor é possível sabê-lo. No geral, a carga tributária corresponde a 36% do PIB. Muito elevada. Porém, ela veio crescendo de 16% em 1946 até agora, em razão da crescente distribuição de recursos para pagar a dívida pública e seus encargos. Hoje, os débitos da dívida pública alcançam metade do orçamento público. Não sem motivo, a carga tributária é tão elevada. Para uma boa gestão de caixa os governos deveriam reduzir a dívida. No entanto, historicamente, só tem aumentado. Assim, o Brasil cobra tributos como um país rico e devolve serviços como um país pobre. Daí, a grande insatisfação popular com governantes que

11/12/2017 - ECONOMIA INTERNACIONAL

                                                 As nações que se tornaram ricas combinaram o desenvolvimento da sua economia doméstica com as relações da economia mundial. Os impérios cresciam e anexavam territórios. As transferências de riqueza aconteciam pelas guerras de conquista e no comércio global. A grande potência dos mares foi a Inglaterra, no surgimento e consolidação do capitalismo. Sucedeu-lhes os Estados Unidos da América, pontificando hoje com a maior riqueza mundial. Surgiram também outros países europeus, os tigres asiáticos e nas últimas décadas se agigantou a China, hoje segunda economia global. Dessa forma, uma economia desenvolvida é uma economia aberta. No entanto, isto ainda não aconteceu com o Brasil. Por longo período, o País se colocou como primário exportador (1500-1930), muito sensível às variações das commodities. A sua indústria fora proibida em 1703, pelo Tratado de Methuen. Portanto, a economia nacional sempre teve no Estado o papel de seu prot

10/12/2017 - GANHO REAL OU GANHO NOMINAL

Ganho nominal ou ganho real; juros nominais ou juros reais; lucro nominal ou lucro real; PIB nominal ou PIB real, dentre outras variáveis de medição. O conceito é diferente do outro porque se tem descontada a inflação e não a diferença entre uma e outra variável. A fórmula para calcular a variável juro real (1 + r) é igual a (1 + I) dividido por (1 + i ), onde r = juro real; I = inflação; i = juros nominal. Como exemplo, a inflação neste ano é de 2,5%, de janeiro a novembro, o menor resultado acumulado desde 1998. O rendimento da caderneta de poupança, que é o mais utilizado meio de aplicação financeira, arrecadando qualquer valor de poupança, sendo a menor taxa entre as aplicações tradicionais, conservadoras e que não paga imposto de renda, foi de 6,41% no mesmo período. Aplicando a fórmula, o rendimento real foi de 3,82% no mesmo intervalo de tempo. Referida taxa real é alta, baixa, moderada, boa ou ruim? Em termos de país com economia estabilizada, isto é, com moeda de confia

09/12/2017 - PREVIDÊNCIA É PROBLEMA SÉRIO

O artigo de Antônio Delfim Netto do dia 6, passado, “Problema Sério” é taxativo: “é absolutamente necessária a reforma da Previdência, sem a qual a destruição da economia brasileira é apenas uma questão de tempo. É preciso repetir: a reforma não é para salvar o governo e muito menos para salvar Temer (que será julgado a partir de 1º-01-2019, sem foro privilegiado). A reforma da Previdência é necessária (ainda que não suficiente) para garantir o controle fiscal nos próximos quatro ou cinco anos e, consequentemente, para que possamos aproveitar a janela de crescimento de 2018. Ela alterará de forma radical o processo de recuperação da economia nacional, condição necessária para a execução de uma política inteligente de estímulo à volta do crescimento inclusivo. Alguns números convencerão o leitor: de 2007 a 2016, a receita da Previdência cresceu à taxa anual de 10,9% (praticamente igual ao PIB nominal) e a despesa cresceu à taxa de 11,2% ao ano (Claro, em termos nominais)... Sem r