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Mostrando postagens de setembro, 2020

ROMBO NAS CONTAS DO GOVERNO CENTRAL

O Brasil continua descendo a ladeira. Antes da recessão de 2014-2016, quando o PIB caiu por volta de 7% no período, o País estava como a sexta economia mundial. Porém, o pequeno crescimento anual, em torno de 1%, de 2017 a 2019, não permitiu a sustentação do lugar de sexto, no qual outros países o ultrapassaram no ranking mundial. Veio então a pandemia do novo coronavírus em 2020 e o Brasil continuou caindo e hoje em dia é considerada a décima economia mundial, conforme cálculos do PIB, feitos pelo Fundo Monetário Internacional. Sem dúvida, muitos erros acumulados de política econômica neste século XXI, explodiram no final do segundo mandato governo (a partir do segundo trimestre se iniciou a recessão e, naquele ano, o País voltou a ter rombo nas contas públicas: déficit primário), depois de 16 anos de resultados positivos nas referidas contas. De lá para cá, o problema só tem se ampliado e há cálculos de economistas que acreditam que o déficit primário perdurará para além de 2026.

GOVERNO LANÇA RENDA CIDADÃ

Já há algum tempo que o governo federal que substituir o Programa Bolsa Família por outro programa mais abrangente, visando atingir mais famílias pobres, em um cálculo de agregar mais 6 milhões de famílias. Então, ontem, lançou o Programa Renda Cidadã. No entanto, o mercado financeiro viu no citado programa uma piora fiscal ainda mais com a dívida pública subindo 1,56% em agosto, chegando a R$4,412 trilhões, enquanto a projeção de mercado, conforme informativo Focus, semanal do Banco Central, para o PIB é de – 5,04%. Na semana passada era de – 5,05%. Para 2021 o mercado continua projetando 3,5%. Para 2022, próximo de 2,5%. O primeiro mandato do governo de Jair Bolsonaro parece fechar em zero o progresso da atividade econômica. Pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas vieram a público reiterar que, sem resolver a situação fiscal, a economia não terá crescimento sustentável. Por seu turno, a projeção da inflação para este ano, segundo as 100 instituições consultadas pelo boletim Focu

CRESCIMENTO DA POBREZA E DA DESIGUALDADE

Desde 2014 que o crescimento da pobreza e da desigualdade no Brasil tem se elevado, encerrando um ciclo que começou em 2001 e terminou em 2013, quando mais de 24 milhões deixaram a pobreza absoluta como a relativa. O registro é do Banco Mundial (BIRD) divulgado ontem, revelando que a renda média do brasileiro cresceu, mas a dos mais pobres caiu cerca de 1,4% ao ano, de 2014 a 2019. Para ele, a situação brasileira é a pior na América Latina. O cálculo do BIRD considerou que 85 milhões de brasileiros, população correspondente a 40% do total, já poderiam este ano apresentar maior gravidade, perante a pandemia do novo coronavírus. Porém, o auxílio emergencial não tem permitido tal situação, em geral. Já os outros 60% da população já recebiam renda superior ao período anterior à pandemia, tendo obtido crescimento da renda anual de 0,3%, de 2014 a 2019. Os estudos do BIRD levam em conta as Pesquisas por Amostra de Domicílios. Levantamentos recentes apontaram que a parte mais pobre da p

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO COMÉRCIO

A Fundação Getúlio Vargas divulgou que o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3 pontos, na passagem de agosto para setembro, alcançando 99,6 pontos, a quinta alta seguida. Em médias móveis trimestrais, o ICOM teve crescimento de 5,1 pontos. Neste mês, houve melhora da confiança em quatro dos seis principais segmentos do comércio. Assim o Índice de Situação Atual (ISA-COM) na verdade um subíndice do ICOM avançou 4,6 pontos, para 106,6 pontos, o maior nível desde maio de 2013, quando esteve em 107,0 pontos. Por seu turno, o Índice de Expectativas (IE-COM), outro subíndice do ICOM, subiu 1,1 ponto, para 92,4 pontos, abaixo do patamar da pré-pandemia do covit-19. Considerando o início da citada pandemia, o ICOM está apenas 0,2 ponto aquém do resultado de fevereiro. Entretanto, a recuperação é heterogênea entre os segmentos e com diferenças nas expectativas. Ainda neste mês, o ISA-COM mais do que recuperou o que foi perdido na crise. Porém, o IE-COM está abaixo 14,6 pontos,

RECESSÃO ESTIMADA PELO SANTANDER

26-09-2020 O relatório de mercado anterior do Banco Santander previa uma recessão de - 6,4% do PIB. O atual é de – 4,8% do PIB. No ano que vem estava projetado crescimento de 4,2% e agora é de 3,4%. No melhor cenário, o Santander acredita que se retome o nível de atividade econômica de 2019 em meados de 2022. A estimativa daquele banco é de que os déficits primários continuarão até 2026. A dívida pública chegará até 106% do PIB e começará a cair depois de 2026. O mercado de trabalho terá o seu maior desafio, visto que, na medida que cresce o número de pessoas procurando emprego, a taxa de desemprego crescerá até 16,1% no ano que vem e cairá para 15,3% em 2022. Conforme Álvaro Gribel no jornal O Globo, citando a economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi, que já fora recentemente Secretária do Tesouro Nacional: “O crucial é o fiscal. É o que caracteriza a dualidade desses cenários. A gente vê um esforço muito grande dos líderes afirmando a responsabilidade com as contas

PREVISÕES SEMANAIS EM FLUTUAÇÃO

25-09-2020 A estimativa do mercado financeiro para a recessão deste ano, em razão do isolamento horizontal, em face do covit-19, reduziu-se de - 5,11% para - 5,05% do PIB, conforme boletim Focus do Banco Central, que auscultou 100 instituições financeiras. Para 2021, por 17 semanas consecutivas, fora mantida em 3,50%. Em 2022 e 2023, a projeção dos analistas financeiros é de uma expansão de 2,50% do PIB em cada ano. Já a estimativa para a inflação passou de 1,94% para 1,99% neste exercício e de 3,01% para 2021.   O mercado em referência tem uma preocupação básica com o crescente desequilíbrio fiscal. A estimativa é de que no final do ano a dívida pública corresponda a 86% do PIB O risco do País, medido pelos negociáveis CDS está em 231 pontos. A alta do dólar neste exercício está em 33%, em menos de nove meses. A bolsa brasileira recuou em uma semana de 102 mil pontos para aproximadamente 97 mil pontos, o menor patamar desde 3 de julho. Ao nível internacional, denúncias envolve

REVERSÃO DA PESPECTIVA DA MAIOR ECONOMIA MUNDIAL

O IBOVESPA seguiu ontem a tendência de forte baixa na bolsa de valores de Nova York. Fechou abaixo de 96 mil pontos, depois de três meses em menor patamar de quase três meses decorrentes, aos 95.734 pontos, caindo ontem 1,6%, piso do fechamento de 30 de junho. Os indicadores da bolsa noviorquina refletiram as perspectivas de uma recuperação difícil da maior economia mundial. Na Wall Street o índice S & P 500 recuou 2,37%, em razão de a atividade empresarial ter desacelerado em setembro, perante o Congresso de lá não ter aprovado novos incentivos. Hoje, no entanto, a propalada recuperação difícil da maior economia mundial não foi considerada tão difícil pelo mercado financeiro. A cotação do dólar comercial caiu 1% e a bolsa de valores subiu 1,33%, a mais de 97 mil pontos. Estava dada a reversão das expectativas de ontem. Os indicadores da bolsa de Wall Street rondaram por volta de 0,30. Geralmente, desde junho que o mercado financeiro apresenta grande volatilidade. No Bras

PROJEÇÕES DAS RECESSÕES DOS DEZ MAIORES

A classificação do Fundo Monetário Internacional (FMI) dos dez maiores PIBs do Mundo, em razão da pandemia do covit-19, foi divulgada na imprensa. Em primeiro lugar vem os Estados Unidos com um PIB de aproximadamente US$20,3 trilhões, em 2018. Entretanto, deverá ter uma variação de – 5,9% no seu PIB. Em segundo lugar vem a União Européia. Ou seja, uma união política e econômica de 27 Estados, cujo PIB conjunto foi calculado para o mesmo ano de 2018 de US$18,7 trilhões e cuja queda prevista será de – 7,5% do PIB. Em terceiro, vem a China, com PIB de US$13,3 trilhões, que ainda assim crescerá 1,2%. Em quarto, o Japão, US$4,9 trilhões, que decairá – 5,2% do PIB. Em quinto, a Alemanha, US$3,9 trilhões, que mergulhará – 7,0% do PIB. Em sexto, o Reino Unido, US$2,8 trilhão, uma reunião política de quatro Estados, Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, cuja variação será de - 6,5% do PIB. Em sétimo, a França, US$2,78 trilhões, cuja projeção é de – 7,2% do PIB. Em oitavo,

PREVISÕES SEMANAIS EM FLUTUAÇÃO

A estimativa do mercado financeiro para a recessão deste ano, em razão do isolamento horizontal, em face do covit-19, reduziu-se de - 5,11% para - 5,05% do PIB, conforme boletim Focus do Banco Central, que auscultou 100 instituições financeiras. Para 2021, por 17 semanas consecutivas, fora mantida em 3,50%. Em 2022 e 2023, a projeção dos analistas financeiros é de uma expansão de 2,50% do PIB em cada ano. Já a estimativa para a inflação passou de 1,94% para 1,99% neste exercício e de 3,01% para 2021.   O mercado em referência tem uma preocupação básica com o crescente desequilíbrio fiscal. A estimativa é de que no final do ano a dívida pública corresponda a 86% do PIB O risco do País, medido pelos negociáveis CDS está em 231 pontos. A alta do dólar neste exercício está em 33%, em menos de nove meses. A bolsa brasileira recuou em uma semana de 102 mil pontos para aproximadamente 97 mil pontos, o menor patamar desde 3 de julho. Ao nível internacional, denúncias envolvendo grandes

CONFIANÇA DOS EMPRESÁRIOS

21-09-2020 A confiança dos empresários na economia está crescendo bem, sendo revelada em pesquisas nacionais. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo revelou que cresceu 14,4% neste mês, a confiança dos empresários do setor terciário. É a mais alta taxa registrada em um único mês desde que começou a série, em abril de 2011. Contudo, o indicador chegou a 91,6 pontos, em uma escala de zero a 200, ainda 23,1% abaixo do patamar de setembro de 2019. Por seu turno, a recuperação dos industriais está sendo também rápida. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas divulgou a prévia do Índice de Confiança da Indústria em setembro, que se elevou em 7,2 pontos, em relação a agosto, alcançando 105,9 pontos. Se este indicador for confirmado no final do mês, será o melhor resultado desde janeiro de 2013, quando alcançou 106,7 pontos. A pandemia do covit-19 teve forte impacto. Entre maço e abril caiu 39,3 pontos, de 97,5 para 58,2 pontos. Mas veio se

DESEMPREGO CRESCEU 40%

O IBGE divulgou estatísticas do desemprego no Brasil, tomando o período de maio a agosto deste ano, quando o desemprego cresceu 40%, chegando a 13,7 milhões de cidadãos sem emprego formalizado. Esses são os dados PNAD-Covid/19, do desastre que tem sido a pandemia em referência. No início de maio havia 9,8 milhões de desempregados com carteira de trabalho assinada. A taxa de desemprego atingiu nível recorde de 14,3% na quarta semana de agosto, perante 13,2% da semana anterior daquele mês. Conforme o IBGE, a flexibilização das medidas de isolamento horizontal levaram a muitas pessoas a voltar em buscar vaga no mercado de trabalho. No momento de maior epidemia as pessoas se recolheram e não procuraram trabalho. Se não houver uma melhora da economia a expectativa do IBGE é de que a taxa de desemprego cresça, na medida em que mais pessoas busquem trabalho. O desemprego aberto crescente empobrece os brasileiros e muito pior fica a situação dos vulneráveis, cuja a Caixa Econômica te

ESTÍMULO PARA ABERTURA DE CAPITAL

As grandes empresas poderão se tornar corporações e tendem a abrir seu capital nas bolsas de valores pelo mundo. Sem dúvida são elas as responsáveis por puxarem o crescimento econômico devido aos seus elevados investimentos. Ao nível mundial, as taxas de juros básicas estão muito baixas (aquelas reguladas pelos bancos centrais). Por exemplo, para os títulos públicos americanos estão entre zero a 0,25% aao ano. No Brasil está em 2% anuais, com perspectivas de muito tempo assim permanecerem. Dessa maneira, os grandes conglomerados estão se preparando para lançamento de ações em bolsa, para arrecadarem dinheiro para novas inversões ou para o saneamento financeiro. É o que se vê nas bolsas mundiais, salvo melhor juízo, o que indica a recuperação da economia. A pandemia do novo coranavírus tem atrasado, mas não tem evitado os planos de investimentos empresariais. O processo é caro e demorado. Mesmo assim, no caso brasileiro, já são 13 empresas que fizeram IPOs (oferta inicial de a

INSEGURANÇA ALIMENTAR VOLTOU A CRESCER

O IBGE, dentre outros relatórios, produz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada No início deste século no formato anual. Porém, a exigência da política econômica a fez também mensal, PNAD Contínua. Contudo, devido à pandemia do covit-19, passou a chamar-se, mensalmente, desde março, de PNAD covit-19. Em 2004, a PNAD começou a levantar a insegurança alimentar, vale dizer, a carência alimentar, identificando em mais de 3.500 municípios brasileiros, algum grau de insegurança alimentar. Na época em 34,9% deles. Em 2013, o Brasil chegou a sua melhor situação. Por volta de 22,6% dos domicílios estavam em situação de insegurança alimentar e apenas 3,2% se encontravam em situação grave de fome. Não sem motivo, o Brasil vinha crescendo a taxas médias anuais (2004 a 2013) em torno de 4%. Porém, em 2014, o Brasil vem tendo déficit primário, ingressando em forte recessão (2014 a 2016, em 11 trimestres), estacionando em 1% do PIB (de 2017 a 2019) e se pondo em recessã

PISO DA SELIC

Em torno de 45 dias, o Comitê de Política Econômica do Banco Central se reúne para analisar a conjuntura, por dois dias, na terça e na quarta feira, produzindo como principal resultado o percentual da taxa básica de juros do sistema econômico brasileiro, a SELIC. Vale dizer a mantém, aumenta ou diminui o seu percentual.   Semana depois divulga um relatório de tendências econômicas. A SELIC é uma bússola do mercado como um todo (conjunto de mercados). Criada em 1979, como uma taxa de juros, para o sistema de compensação de cheques, hoje é referência para as decisões alternativas entre investir no mercado financeiro ou no produtivo. Em momentos de ataque especulativo à moeda brasileira, durante o segundo mandato de FHC, na tentativa de captar divisas, o governo federal elevou a SELIC até os números estratosféricos de mais de 40% anuais. Situação surreal. Por longo tempo, de 1999 até 2016, a SELIC esteve acima de dois dígitos. Mas, de 14,25% em 2016, começou sua trajetória de qued

PROJEÇÃO DA QUEDA DO PIB MANTIDA

O Ministério da Economia realiza relatórios periódicos de avaliação do aparelho econômico. Devido às respostas de isolamento social e consequente redução drástica das atividades produtiva, a equipe econômica espera severa retração da economia brasileira neste ano. Há dois meses, a recessão deste ano foi estimada em – 4,7% do PIB. No relatório divulgado ontem foi confirmado referido percentual. Faltam um pouco mais de três meses para encerrar o ano e, embora o Ministro da Economia, Paulo Guedes, queira um número que não bata o recorde de Fernando Collor, em 1990, de – 4,3% do PIB ETA sendo muito difícil mudar o cenário, de que ele não ficaria sendo recordista do pior momento econômico brasileiro. Como consolo não se terá dois anos seguidos de recessão. Será um de forte recessão e outro de bom nível de crescimento, sendo assim, a estimativa do mercado financeiro, consultado semanalmente pelo Banco Central. Citado ministério projeta crescimento de 3,20% do PIB em 2021; de 2,50% pa

PRÉVIA DO PIB DO BC

A prévia do PIB mensalmente divulgada pelo Banco Central apresentou alta de 2,15% em julho, em relação a junho, após ajuste sazonal, ou seja, uma variação de preços, por comparar períodos diferentes. A atividade econômica se elevou pela terceira vez consecutiva, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Entretanto, o resultado ficou aquém do que era esperado por analistas financeiros, que era de alta de 3,30%. O reflexo positivo de três meses se deveu à grande retração do PIB dos meses de março e abril, quando fora decretada a pandemia do covit-19 e iniciado o isolamento social, processos que culminaram com forte redução da atividade econômica, em um ano em que janeiro e fevereiro se mostravam indo bem. Semanalmente também o Banco Central realiza enquete com cerca de 100 instituições financeiras. Estas melhoraram a sua estimativa mediana para o PIB em 2020, que passou de – 5,31% para – 5,11% do PIB. Por seu turno, elas elevaram a previsão da inflação p

REFORMAS EM PROFUSÃO E POUCA EFETIVIDADE

A primeira reforma do primeiro ano de governo foi a da Previdência Social. Aprovada e em vigor. Os benefícios virão no longo prazo. Depois de mais de um ano, saiu a segunda, a reforma do saneamento. Aprovada e em trâmite para os leilões de parcerias. Em seguida, a terceira, saiu, mas engatinha, a do gás. Houve somente a continuidade de alguns leilões de poços de petróleo. A quarta, a administrativa, projeto está no Congresso Nacional, depois de 19 meses. A quinta, a tributária, tendo três anteprojetos, um na Câmara, outro no Senado e a proposta do governo de criação de um imposto unindo PIS/COFINS. A sexta, a do pacto federativo, tramitando há cerca de seis meses no Congresso. A sétima, a dos fundos constitucionais, anteprojeto em debate. A oitava, a reforma emergencial, aprovada em parte, relativa à resposta da pandemia do covit-19. A nona, a da regra de ouro, também em debate no Congresso. A décima, a das privatizações. Esta continua no papel e já provocou até a demissão do Secre

SOLUÇÕES PARA VOLTAR A CRESCER

Como de outras vezes, somente relembrando a última vez, a solução para o País voltar a crescer é resolvendo sua crise fiscal irrompida em 2014. A última vez foi quando o governo fez as três fases do Plano Real. A primeira foi o Fundo Social de Emergência Fiscal, aprovado em 1993, para vigorar no início de 1994. A segunda foi a criação da Unidade Real de Valor, em 28-02-1994. A terceira foi o lançamento da moeda Real. Foi um Plano Fiscal e um Plano Monetário. O Plano Cambial foi de um câmbio fixo, o que foi um erro, somente corrigido no segundo mandato de FHC, em 1999. De forma semelhante, agora o País precisa resolver o embrulho fiscal em que está metido. Desde 2014 que vez tentando fazer arremedos, mas continua obtendo déficits primários crescentes, decrescentes e, que agora se tornaram muito mais crescentes, devidos ao enfrentamento da epidemia do novo coronavírus. O déficit de 2014 fora de R$23 bilhões; subiu para R$120 e para 161 bilhões; desceu para 124, 120, 95 bilhões; no

RENDA DO TRABALHADOR CAIU 20,1%

A renda do trabalhador brasileiro é basicamente de salário. Mas, há muitos que tem benefícios atribuídos pelo governo. Se forem tomados os dados dos demonstrativos anuais do imposto de renda pessoa física, sem dúvida, a maioria, será de salários (benefícios recebidos são baixos e se isentam), mas também se terá a renda dos capitalistas como pessoas físicas.Se for tomada a Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios Contínua também será a de renda média do capital e renda do trabalho, juntas.Crê-se que a renda média   captada das referidas enquetes esteja acima de R$2.250,00, conforme já apresentou ambos os órgãos em outras temporadas. Nesta semana, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), através do Centro de Políticas Sociais, divulgou a renda média do trabalhador de abril a junho deste ano. Houve uma queda de 20,1%, relativos a uma renda percebida de R$893,00, quando fora apurada pela mesma FGV, no período de janeiro a março, de R$1.118,00 (superior a um salário mínimo oficial de R$1

MICROEMPRENDEDORES RECEBERAM AUXÍLIO

Em torno de 5,2 milhões de Micro Empreendedores Individuais (MEIs), cadastrados pelo Sistema de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), receberam apoio do governo, através do auxílio emergencial. Eles correspondem a cerca da metade dos MEIs registrados atualmente no Brasil. Tal contingente superou a previsão inicial do SEBRAE, que estimava serem 3,6 milhões os que se beneficiariam, de acordo com os critérios do governo, para receberem R$600,00 mensais por mês, em cinco meses. Provavelmente, poderão receber os R$300,00 previstos pelo governo federal, para os próximos quatro meses. OS grupoS de MEIs que receberam o auxílio são considerados por “empreendedores por necessidade”. Ou seja, são aqueles autônomos que tiveram de restringir ou eliminar sua atuação, em um sem número de atividades, durante o surto de pandemia do novo coronavírus, daquele total de cidadãos autônomos. Conforme o SEBRAE, por volta de 1,3 milhões de MEIs tiveram seus auxílios negados, por não atenderem as

NOVA QUEDA ESPERADA DO PIB

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou em evento do banco Credit Suisse ontem que a queda esperada do PIB para este ano é aguardada entre 4% a 5% do PIB. Novos indicadores de recuperação econômica se apresentam, tais como a geração de novos empregos, embora de forma lenta. Estão vindo mais rápidos do aqueles que ele esperava. O Secretário Especial da Fazenda, Valdery Rodrigues, já tinha declarado na semana passada que iria rever, para baixo, a posição oficial de - 4,7% do PIB. No fundo das percepções o que não se quer é ter a maior taxa já registrada de recessão, de - 4,3% do PIB, no ano de 1990, do governo Collor. Os empresários do mercado financeiro têm declarado que a queda do PIB poderá ser de – 5,31%, neste ano, conforme levantamento do Banco Central desta semana. O Banco Barclays para a América Latina declarou ontem que o valor do dólar pode voltar a R$5,00, em 2021, desde quando a agenda de reformas e o crescimento da economia se sustentarem. O fato de que no

RECESSÃO MENOS SEVERA

De uma forma em geral, as instituições financeiras que previam uma recessão muito severa para o Brasil, chegando o Fundo Monetário Internacional projetar - 9,1% do PIB para este ano, veio agora se referindo à reversão de expectativas, que se deu a partir de julho, com uma lenta recuperação da atividade econômica, embora crescendo muito em relação da base baixa dos meses anteriores. O boletim Focus, levantamento semanal do Banco Central, com cerca de 100 instituições financeiras, de uma projeção de - 5,28% do PIB da semana passada para - 5,31% do PIB nesta semana, praticamente deixou seu indicador estável. A equipe econômica estima retração de - 4,7% do PIB. O seu ministro, Paulo Guedes, já falou que se situaria a queda em torno de – 4%. Entretanto, na maioria das estimativas divulgadas são de que o ano que vem será de forte recuperação, bem acima de 3,5% do PIB. Claro, partindo de base baixa de 2020. Baseadas em Nova York se encontram as três maiores certificadoras de crédito m

ABONO SALARIAL AMEAÇADO

O abono salarial é uma espécie de 14º salário pago aos trabalhadores com carteira assinada. Atende a quem percebe até dois salários mínimos. Varia de R$88,00 a R$1.045,00, a depender do número de dias trabalhados. Se o empregado trabalhou um ano completo recebe o salário mínimo. Referido abono está ameaçado de ser extinto, em face da provável criação do Programa Renda Brasil, que substituiria o Programa Bolsa Família. Este atende um universo próximo de 14 milhões de famílias. Seria substituído por programa mais abrangente e de maior valor médio. A pandemia em curso do covid-19 revelou um número de pessoas vulneráveis bem maiores do que se estimava. Cerca de 67 milhões estão sendo atendidos pelo auxílio emergencial, iniciado em março, mediante cinco parcelas de R$600,00, sendo de R$1.200,00, pra a mulher que tem filhos e é solteira. Citado auxílio está sendo prorrogado em mais cinco parcelas de R$300,00, até o final do ano.   O governo federal tem feito menções de que o Progra

PETROBRAS RETOMA NÍVEL DE PRODUÇÃO

A Petrobras retomou o nível de produção que mantinha na pré-pandemia do novo coronavírus, passado o pior momento da crise do setor de óleo e gás. Não somente o processamento da matéria prima se elevou como o dos derivados de petróleo, voltando ao que era fabricado antes da cotação do petróleo chegar até ter preços negativos do barril do petróleo, embora pela produção em excesso e embarcado, não podendo mais ser estocado (os depósitos estavam cheios). A lista de prioridades da petrolífera voltou a ser o óleo diesel, a gasolina e o gás de cozinha. A utilização da capacidade instalada subiu de 56% em abril, para 75,5%, em junho. Em janeiro esteve em 76,3%. Agora está neste percentual, conforme autorização da Agência Nacional de Petróleo.

PROJEÇÕES DA INFLAÇÃO PARA CIMA

Até o presidente da República, Jair, veio a público pedir aos supermercados que não elevem mais os preços. Um tiro no escuro. Sem dúvida, a forte demanda da China por alimentos brasileiros pressionam os preços das vendas domésticas. Por outro lado, o trigo, que sempre teve parcela expressiva nas importações tem se elevado devido à valorização do dólar. Conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas Sócio Econômicas (Dieese), o pão francês se elevou 9,78%, em média, nos meses de julho e agosto. Já a cesta básica aumentou 16,15% de janeiro a agosto deste ano; se tomada para um ano, a cesta básica aumentou 19,38%, segundo o Dieese. Para o IBGE, que calcula o Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), considerado o indicador da inflação oficial, a inflação em 12 meses estaria em 1,67%. Entretanto, cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que antes estavam considerando o IPCA abaixo de 2%, agora já o projeta para 2,3%. Aproxima-se do piso da meta de 4% menos o viés

SÍNTESE DA BOLSA COM SEU MAIOR INVESTIDOR

No dia de ontem, uma sexta feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,52% a 101.242 pontos. Na semana, ela caiu 0,88%. Nos primeiros quatro pregões do mês registra alta de 1,88%. No ano o recuo é de 12,45%. No início da pandemia do novo coronavírus a bolsa caiu tanto e seu índice chegou a 56% da sua pontuação   de mercado no Brasil. Nesse dia 04 o volume negociado alcançou R$32,8 bilhões. É muito dinheiro em um único dia. A troca de posições dos fundos de investimentos é muito grande. Contudo, existem cerca de 40 grandes empresas, querendo fazer IPO (oferta inicial de ações, tradução do termo em inglês). A dinâmica da bolsa de valores é muito grande em todo o mundo. No Brasil, a bolsa, que era acanhada, disparou no número de investidores. Eram por volta de 800.000 em 2010. Chegou neste ano a 2.500.000 de investidores. Devido à baixa taxa de juros praticada no mercado de renda fixa, em torno da taxa de inflação e, em certos casos, até abaixo dela, provocando perdas dos aplicadores financ

PORQUE GOVERNO QUER BAIXAR A TAXA SELIC

O presidente da República veio ontem a público dizer que a taxa básica de juros, a SELIC, pode baixar mais ainda. Ela está em 2% anuais. Ninguém declarou antes que o Brasil praticaria taxa tão baixa de juros, visto que é um devedor confesso, desde quando Dom Pedro I aceitou a transferência da dívida portuguesa para o Brasil, com o fito de reconhecimento da independência, bem como aumentou essa dívida mediante o pagamento com títulos à Inglaterra, pela guerra de independência com Portugal. O presidente Jair também falou que a decisão é do Banco Central (BC). Disse ele ontem em redes sociais: “Espero que (a SELIC) caia na próxima vez, espero, daqui a uns 30 dias”. Logo, está dado o recado. Ora, fala-se que o BC é independente. Porém, porque existe justamente projeto de lei tramitando no Congresso de independência do BC? O presidente manda sim, de forma velada. Tal como agora, a presidente Dilma também fez aquele absurdo no seu governo, de manipular (veladamente, já que dizia que o BC

PIB TRIMESTRAL EM QUEDA HISTÓRICA

O IBGE divulgou no final do mês de agosto o resultado do PIB trimestral, relativo aos meses de abril, maio e junho. Foi da maior queda histórica já registrada, de – 9,7%. Em relação ao segundo trimestre foi de – 11,41%. No primeiro trimestre deste ano o PIB foi de – 2,5%. No acumulado de 2 meses foi de – 2,2% do PIB. O resultado mostra claramente que o País ingressou em forte recessão no primeiro semestre de 2020. Dois trimestres de PIB negativos são conhecidos pela literatura como de recessão técnica. Examinando o 2º trimestre de 2020, do lado da oferta agregada, a agropecuária foi o setor que cresceu 0,4%, a indústria recuou setorialmente – 12,3%, os serviços – 9,7% do PIB setorial. Do lado da demanda agregada, o consumo das famílias recuou – 12,4%, o consumo do governo, - 8,8% e a formação bruta de capital fixo – 15,4%. Números trágicos como nunca vistos antes no conjunto. O País já está em realidade inversa da apresentada acima, mais de um mês depois das estatísticas divu

CONTAS CONSOLIDADAS DO GOVERNO EM JULHO

  A contabilidade do setor público engloba o governo central, estados, municípios e estatais. Em conjunto registraram déficit primário de R$81 bilhões em julho, conforme informes do Banco Central (BC). Tal cifra corresponde a 86,5% da dívida pública, a qual fechou julho em R$6,210 trilhões. O rombo recorde está relacionado ao aumento de despesas extraordinárias autorizadas para combater a pandemia do novo coronavírus, além da queda na arrecadação pelo isolamento vertical, que paralisou muitas atividades econômicas. No valor em referência não estão incluídos os pagamentos de juros da dívida publica.     Conforme a série histórica do BC, que começou no início de dezembro de 2001, o referido resultado do mês de julho foi o pior em 19 anos. Em julho de 2019, o déficit fiscal foi de R$2,763 bilhões. No acumulado dos sete meses deste ano, as contas do setor público apresentaram déficit primário de R$483,773 bilhões. Ocioso dizer que também é o maior déficit de qualquer ano entre

PROJETO DE LEI DO ORÇAMENTO PARA 2021

01-09-2020 O último dia agosto foi alvo do lançamento do projeto de lei do orçamento para 2021. As principais projeções são de um PIB crescendo 3,30%, sendo o PIB nominal de R$7,66 trilhões. O salário mínimo para R$1.067,00, corrigido de acordo com a inflação, que era de R$1.045,00. Pelo segundo ano seguinte não terá aumento real. A inflação anual de 3,24%. O dólar fechando o ano em R$5,11. A SELIC média de 2,13%. O preço médio do barril de petróleo a US$44,49. As receitas do governo continuarão caindo. Conforme o projeto, a arrecadação federal será de R$1,56 trilhão, correspondentes a 20,4% do PIB projetado. Em 2020, a taxa estimada fora de 21,5%. As despesas obrigatórias estão estimadas em 93,9% e apenas 6,1% serão despesas discricionárias, as quais poderão ser usadas em investimentos, manutenção de prédios públicos, financiamento de pesquisas, hospitais e universidades. Os gastos com previdência social e pessoal somarão R$1,04 trilhão, os quais corresponderão juntos a 75% da despe