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Mostrando postagens de março, 2017

31/03/2017 - CONTRABANDO EM 2016

A Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando e a Falsificação, mais o Movimento Nacional em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, em parceria com o Ministério da Justiça, fizeram o cálculo de perda de arrecadação de R$130 bilhões. Apenas com tais recursos poderiam ser construídos 1.100 hospitais, 65.000 creches ou 25 mil escolas públicas, conforme cálculo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteira. Os mercados ilegais são impulsionados, principalmente, pelo comércio de cigarros produzidos pelo Paraguai, proibido no Brasil. Os cigarros representam 67% de tudo que é contrabandeado para o País. Além deles, há tráfico de drogas e tráfico de armas, geralmente, correlacionados. Do total de mercadorias contrabandeadas do Paraguai, 40% passam pelo trecho de 170 quilômetros do Rio Paraná e do Lago de Itaipu, entre Foz do Iguaçu e Guaíra. Em 2016 foram apreendidos na região, de mercadorias contrabandeadas, o equivalente a US$67,5 milhões, ou R$216 milhões. Ou se

30/03/2017 - ROMBO PRESUMIDO A SER COBERTO

O orçamento federal aprovado prevê déficit primário de R$139 bilhões. Na época de projeções de receitas e despesas, até agosto de 2016, a União acreditava que o País cresceria 1,6%. Nove meses depois, o governo reconheceu que o País cresceria 0,5%. O descompasso gerou um rombo de R$58,2 bilhões, por frustrações de receitas e aumento de despesas, principalmente de aumentos salariais dos servidores, autorizados por Temer, dizendo que isso estava contratado. Decidiu, então, a União ontem a não criar novos impostos ou altas das alíquotas tributárias, impingindo cortes vigorosos nas despesas públicas de R$42,1 bilhões, distribuídos por ministérios, R$20,1 bilhões, mas na saúde e na educação serão preservadas as aplicações mínimas obrigatórias; por emendas parlamentares, R$10,9 bilhões; em obras do PAC, R$10,5 bilhões. Os R$16,1 bilhões relativos as elevações de Receitas, mediante vendas de 4 usinas devolvidas pela CEMIG, avaliadas em R$10,1 bilhões; retirada de benefícios fiscais par

29/03/2017 - “NÃO EXISTEM ATALHOS PARA O DESENVOLVIMENTO”

Por Fernando Veloso, do IBRE/FGV, um dos artigos de ontem no blog da instituição. “Uma ideia que tem tido papel central nas políticas adotadas no Brasil desde o pós-guerra é a de que existem atalhos para o desenvolvimento. Em particular, o caminho para a elevação da produtividade seria a adoção de incentivos e mecanismos de proteção para setores específicos. Esse diagnóstico fundamentou a política de substituição das importações entre 1950 e 1980 e, recentemente, as políticas industriais implantadas sob a Nova Matriz Econômica. A agenda de crescimento deve consistir na revisão dessas políticas, como tem sido feito por meio da redução das desonerações tributárias e do crédito subsidiado, assim como através das mudanças da política de conteúdo local que acabou de ser divulgadas. No entanto, para que a produtividade possa crescer de forma sustentada, será necessário um diagnóstico mais abrangente dos entraves específicos que precisam ser removidos. Os dados mostram que a produt

28/03/2017 - DOZE MESES DE RECEITAS FEDERAIS

De março de 2016 a fevereiro de 2017, as receitas caíram muito, sete meses seguidos, a saber, em bilhões de reais e percentual respectivo da queda: 95,779, - 6,96%; 110,895, - 7,10%; 95,219, - 4,81%; 98,129, - 7,14%; 107,416, - 5,80%; 91,808, - 10,12%; 94,770, - 8,27%. Então veio a repatriação de ativos e a receita federal subiu em outubro para 148,801, 33,24%. Desde aquele mês as receitas federais pararam de cair, a exceção de novembro, embora com pequena queda, a saber, de novembro a fevereiro de 2017: 102,245, 0,11%; 127,607 – 1,19%; 137,392, 0,79%;   92,358, 0,36%.  A relação é com o mesmo mês do ano passado. Os dados estão a sugerir que a recessão parece que passou, mas a economia ainda está estagnada. Como o déficit primário de R$139 bilhões foi subestimado, a União agora se defronta com um rombo adicional de R$58,2 bilhões, conforme relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. Como irá isso acertar? As notícias preliminares dão conta de que irá usar prec

27/03/2017 - RELATÓRIO DE MERCADO FOCUS

O Banco Central divulgou hoje o seu relatório de mercado Focus, relativo à pesquisa semanal feita no dia 24, passado, consultando mais de 100 especialistas econômicos. A mediana do indicador de inflação oficial, o IPCA, está em 4,12%, no final do ano, abaixo do centro da meta de 4,5%. Tal perspectiva abre mais espaço para reduzir a taxa básica de juros, a SELIC, hoje em 12,25%. Para o final do ano a perspectiva é de 9% anuais. Para 2018, a estimativa é o centro da meta de 4,50%. A previsão da taxa de câmbio é de estabilidade em R$3,28, no final de 2017. A projeção do PIB recuou um pouco, para 0,47%. Os especialistas não creem em melhorias até o final do ano. Está muito difícil ampliar o investimento privado ainda mais quando o governo federal acena com elevação de impostos, para cobrir rombos no orçamento. Para este ano o déficit primário aprovado pelo Congresso é de R$139 bilhões. O governo está às voltas com mais R$58,2 bilhões de frustração de receitas. O déficit de R$197,2 b