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Mostrando postagens de setembro, 2019

30/09/2019 - NO NONO MÊS HÁ LENTA RECUPERAÇÃO

Hoje, no nono mês do governo Bolsonaro, os sinais da economia são de que o País não voltará para a recessão, passando praticamente à estagnação, mediante três anos de crescimento por volta de 1% ao ano, ensaiando timidamente o pequeno crescimento econômico para 2020, em torno de 2% ao ano. Surpreendeu ao mercado, que acreditava em crescimento pior, no segundo trimestre deste ano, ao registrar 0,4%, o que representaria crescimento anual projetado de 1,6%. No mês de agosto foi o melhor resultado na geração de empregos desde 2013, formalizando 121,4 vagas. A taxa de desemprego caiu para 11,8%, em relação ao mesmo período do ano passado de 12,1%, Como se observa caiu pouco em um ano, havendo 12,6 milhões em estado de desemprego aberto; 38,8 milhões em trabalho informais; em trabalho formalizado estariam 54,8 milhões; população ocupada de 93,6 milhões, 44,6% da população total de 210 milhões. Os dados preliminares para o trimestre que ora se encerra sugerem que o desemprego cairá len

29/09/2019 - PODERES GASTAM MUITO E GASTAM MAL

Sabe-se que há décadas em que a taxa de crescimento das despesas públicas tem sido maior do que a taxa de crescimento do PIB. Os poderes executivo, legislativo e judiciário gastam muito e gastam mal. No artigo de hoje, de Elio Gaspari, na imprensa nacional (vários jornais), ele se refere à “Farra dos Desembargadores”, em São Paulo. Deverá parte aqui ser transcrito para exemplificar como se gasta mal neste País. “A menos de um quilômetro de distância do pedaço do Vale do Anhangabaú, onde as filas de desempregados se formam ao amanhecer, o Tribunal de Justiça de São Paulo quer construir duas torres de 24 andares com seis subsolos para 1300 vagas de estacionamento. Coisa estimada em R$1,2 bilhão. Esse assunto rola desde 1975, e por ora o tribunal trata do projeto executivo da obra, que poderá custar até R$26 milhões. Deve-se à desembargadora Maria Lucia Pizzotti o bloqueio da farra. Se ninguém mais puser a boca no mundo, esse negócio vai adiante. Vai aos poucos, mas vai. Quem houv

28/09/2019 - EMPREGO NO BRASIL

A População Economicamente Ativa (PEA) brasileira é de 63% da população nacional, segundo o IBGE. Como hoje está em torno de 210 milhões, a PEA é de aproximadamente 132 milhões. O conceito de PEA é aquele no qual estão as pessoas inseridas no mercado de trabalho e aquelas que querem se inserir nela. São aquelas pessoas de 15 anos a 60 anos. A População Economicamente Inativa (PEI) é aquela constituída de aposentados, encostados, menores de 15 anos, trabalhadores domésticos não legalizados, donas de casa que não exercem funções remuneradas e aqueles que não querem trabalhar. Teoricamente, seriam 78 milhões. Dos 132 milhões, 20%, ou seja, 26 milhões estariam no setor primário; 21%, ou seja, 28 milhões estariam no setor secundário; 59%, ou seja, 78 milhões estariam no setor terciário. Na medida em que um país se desenvolve mais pessoas estão no setor terciário. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 70% da PEA estão no setor terciário. Quer dizer, há muito ainda a percorrer no P

27/09/2019 - CESSÃO ONEROSA DO PETRÓLEO

Em 2010, a União promoveu leilão de uma área na bacia petrolífera da camada do pré-sal, calculada em 5 bilhões de barris, cedida à Petrobras, que, em troca, passou ações à União. Hoje, depois de iniciada a exploração e após pesquisas, vê-se que a jazida era o triplo do que fora cedido à Petrobras. Tal excedente estimado em 10 bilhões de barris será levado à leilão, provavelmente, ainda neste ano, no qual tomarão partes empresas privadas. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou que irá tomar medidas inéditas para elevar a competitividade. A União, por seu turno espera arrecadar R$106,5 bilhões. A esse respeito, tal valor deverá ser dividido entre União, Estados e Municípios. Porém as regras ainda não estão definidas. No dia de hoje, o Congresso Nacional promulgou uma emenda constitucional que viabiliza referido leilão, que poderá ser realizado ainda neste ano. Os pagamentos serão feitos à Petrobras, que repassará ao governo. Conforme dito aqui antes, a recuperação da eco

26/09/2019 - ECONOMIA COMEÇOU A REAGIR

Na Comissão Mista do Orçamento, ontem, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de audiência pública, na qual disse que a economia começou a reagir, mas que há o desafio das contas públicas, reforçando que há necessidades de limitações dos gastos federais. Ele voltou a defender o plano da sua equipe para reduzir as despesas obrigatórias. Ou seja, desobrigar, desvincular e desindexar o orçamento. Disse: “A economia já está se movendo. Isso leva um tempo, mas ela começou a se mover. Os resultados já estão vindo acima do esperado nas receitas, nos impostos. Agora, continuamos com o desafio do dinheiro carimbado. E esse dinheiro carimbado esvaziou as atribuições da classe política”. Em outras palavras, quando se refere a economia se mover, Guedes quer dizer as estatísticas dão conta de melhora na produção; igualmente, as receitas cresceram fortemente em agosto e crescerão de forma semelhante, quando ingressarem os recursos dos leilões e das privatizações, coisas que não tem

25/09/2019 - PARTO DIFÍCIL É A REFORMA PREVIDENCIÁRIA

Considerada como a primeira reforma estrutural do governo Bolsonaro, a reforma previdenciária patina no Congresso Nacional. A operação tem sido retaliada. Passou por votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), duas votações finais na Câmara de Deputados e está no Senado, tendo sido adiada a votação da CCJ daquela Casa, por represália ao Executivo, que mandou a Polícia Federal vasculhar gabinetes de corruptos investigados.   Em conclusão, eles estão olhando mais para o umbigo do que para a situação difícil das contas públicas, que espera alívio paulatino depois de aprovada referida reforma. O receio do Planalto é de que os líderes do Senado reduzam mais uma vez a receita a ser poupada com a referida reforma. De mais de um trilhão de reais do projeto de lei, foi reduzido para 900 bilhões, para 800 bilhões de reais e hoje nem se sabe e isso seria para ser alcançado em dez anos. Enquanto isso, o presidente da República fez um discurso ontem na abertura dos trabalhos da O

24/09/2019 - RELATÓRIO DA CORRUPÇÃO E EVOLUÇÃO

Foi divulgado ontem o “Barômetro Global da Corrupção – América Latina e Caribe 2019”, realizado pela ONG Transparência Internacional, entrevistando cidadãos de 18 países. No caso do Brasil, os nacionais consideraram o governo corrupto ou o mais corrupto do mundo, já que 90% assim o fizeram e 54% acreditam que ele piorou de um ano para cá. Pesquisas de opinião são importantes, mas será que as pessoas estão esclarecidas que foi justamente o combate a ela, principalmente desde 2014, que colocou a nus escândalos de propinas na Petrobras, no sistema elétrico, no sistema financeiro, em fundos de pensão, dentre outros órgãos, que, ao combater os corruptos, derrubou a economia nacional para a forte recessão e hoje praticamente estagnação? Ao contrário do pessimismo dos brasileiros houve avanços recentes, tais como a delação premiada, a prisão em segunda instância de figurões e de que ninguém rouba como a impunidade de outros tempos? Também ontem a força tarefa da Polícia Federal, ope

23/09/2019 - FINANCIAMENTOS DE POLÍTICOS

Por que os políticos precisam de financiamentos de suas campanhas? Nenhuma dúvida, os políticos vão para os poderes constituídos, na União, Estados e Municípios, porque representam ou irão representar o poder econômico das suas regiões. É atribuída a Keynes que teria dito que por trás de todo político há um economista morto. Ou, em outras palavras, o político tem por trás de si interesses econômicos. Claro que há exceções. Porém, quando são obrigados a fidelidade partidária, as exceções são mínimas, por chamada independência. No Brasil existem 33 partidos. Mais de 60 queriam ainda obter legenda. Deve ser bom mesmo, para eles. O grosso do financiamento, até 2015, quando o Supremo Tribunal Federal proibiu, era o financiamento empresarial de campanha. O exemplo mais notório ocorreu em 2014, quando a JBS doou R$400 milhões a cerca de 2.000 políticos, identificados na operação Lava Jato como propina disfarçada, pelas delações premiadas. Mais como é o Legislativo que aprova leis, d

22/09/2019 - POLÍTICA ECONÔMICA EMPACA COM GASTOS DO GOVERNO

Artigo de Marcos Lisboa, atual presidente do INSPER, que fora Secretário de Política Econômica do primeiro mandato de Lula, no período de 2003 a 2005, na Folha de São Paulo de hoje (ele escreve aos domingos) entende que a política econômica empaca com gastos do governo ou dos governos nos seus três níveis. Há uma tradição no Brasil dos governos gastarem mais do que arrecadam. Começa assim o artigo: “Os gastos obrigatórios, aqueles determinados por lei, crescem acima do PIB há 30 anos e atualmente consomem 93% das despesas federais. A consequência tem sido o aumento da carga tributária e da dívida pública, a mais alta entre todos os países emergentes. Esses gastos financiam a remuneração dos servidores públicos, principal responsável pela crise dos Estados, benefícios e subsídios para setores específicos, além das despesas com previdência. Cabe ressaltar que, enquanto o setor privado pode enfrentar uma recessão e desemprego, os servidores têm estabilidade e reajustes salariais. O

21/09/2019 - BOLSA SUBIU. DÓLAR CAIU

Nesta semana, a bolsa de valores de São Paulo subiu 1,27% e o dólar caiu 1,26%, cotado o comercial a R$4,15. Trata-se de maior alta da bolsa em dois meses. Isto porque o Banco Central reduziu a taxa SELIC para 5,5% e pela disparada dos preços do petróleo. Está próxima de 105 mil pontos, sendo o recorde de 106 mil pontos, operando descolada da bolsa de Nova York. Explicações para a alta também foram da escolha do Secretário da Receita Federal, um nome da área, como auditor fiscal aposentado. As explicações parecem lógicas, porque a conjuntura bursátil diária está à mercê de especulações. Há também o chamado carry trade. Ou seja, o ganho que ocorreu na diferença do câmbio (1,26%) e os juros básicos que se reduziram (a SELIC caiu 0,5% de 6,0%. Portanto, o percentual de queda é de 8,3%). A redução na taxa de juros nominal deixou aplicações menos atrativas para o capital estrangeiro. Estes poderão sair do País e quererão trocar reais por dólares. A diferença entre juros das aplica

20/09/2019 - RISCO DA SELIC BAIXA É A INFLAÇÃO

O governo de Michel Temer pegou a SELIC, de Dilma, de 14,25%, anuais, fazendo com que o Banco Central (BC) a deixasse em 6,5%. A menor da história. A economia não reagiu bem. Jair Bolsonaro, também através do BC, já a rebaixou duas vezes, de 6,5% para 6,0% e, nesta semana, de 6,0% para 5,5%, prometendo continuar a rebaixando. Quem sabe para 5,0% ou 4,5%? A inflação brasileira está por volta de 3,5%. Ora, a diferença de 1,0% está bem pequena e, se a inflação se elevar rapidamente, será perdido o ganho real e, quem sabe, poderá haver rendimento real negativo. Aí, os investidores deixarão de financiar o governo federal, além do que este tem uma dívida pública muito grande, que vem sendo rolada pelos banqueiros, em nome dos aplicadores financeiros. O risco é do rumo da economia e da inflação entrar em parafuso. Relembre-se aqui como Dilma se perdeu, quando baixou os juros para a casa dos 7,0%, com inflação em elevação. Depois, teve que crescer os juros e os deixou em 14,25%, com a e

19/09/2019 - INVESTIDORES NA AMAZÔNIA

Sabe-se que milhares de investidores e governos internacionais demonstram interesses na região amazônica, tendo buscado financiar inúmeras Organizações Não Governamentais (ONGs). Nada de novo. Sempre houve a cobiça daquela região, dita como rica principalmente em minérios. A ONG Ceres, americana, bem como a sociedade Principles for Responsible Investment, divulgaram documentos com investidores baseados em 30 países, composto por 230 instituições que aplicam recursos em diferentes nações, que, segundo elas, são responsáveis pela gestão de US$16,2 trilhões de ativos. O referido texto assim se expressa: “Estamos preocupados que empresas expostas ao potencial desmatamento em suas operações no Brasil e em suas cadeias de suprimento vão enfrentar dificuldades crescentes de acessar os mercados internacionais.” Não ficam claros quais são as operações que financiam em terras brasileiras. Mais adiante se referem: “É com profunda preocupação que acompanhamos a crescente crise de desmatamen

18/09/2019 -  ENDIVIDAMENTO INFLEXÍVEL

Um país como o Brasil, que já nasceu devendo, visto que Portugal, para concordar com a independência política de 1822, transferiu sua dívida para que o País passasse a pagar a Inglaterra. A Inglaterra concordou, não somente porque via o País com mais riquezas naturais, bem como porque queria receber as dívidas das guerras da independência brasileira. Desde então o Brasil vive com este garrote vil, o maior problema econômico brasileiro. Se paga a dívida, continua tendo crédito. Turbina os gastos, já que é tradicional no governo ter taxa de gastos públicos maiores do que as taxas de receitas. Vem incorrendo secularmente em déficit nominal, quando, mesmo com superávit primário, para pagar juros e só tem conseguido pagar parte do principal da dívida, ainda continua existindo certo déficit nominal. Depois do Plano Real, passaram-se quatro anos até a União conseguir superávit primário, que durou 16 anos, de 1998 a 2014. Porém, em 2014, voltou-se ao déficit primário crescente e o défic

17/09/2019 - MERCADO IMOBILIÁRIO

Desde 2014 que houve uma retração no mercado imobiliário. Cinco anos de crise geral no País. Acredita-se que a reativação começa, em primeiro lugar, nos Estados mais ricos como é São Paulo. Depois se estende para os outros Estados. Poderá estar em curso melhor taxa de crescimento do País, nos próximos anos. No caderno Mercado/Painel, da Folha de São Paulo de hoje o registro é de “Pressa. O mercado imobiliário está tão aquecido na Faria Lima (avenida do capital financeiro), uma das regiões mais valorizadas da capital paulista, que a prefeitura espera vender R$1 bilhão de títulos que permitem investimentos na área. O leilão de Cepacs, recurso que permite as incorporadoras construir acima do limite do terreno, está sendo preparado para outubro com a possibilidade de parcelamento em até dez vezes, mas a expectativa que a alta demanda faça os compradores levarem tudo à vista. Garantido. A lei estabelece ao comprador contratar uma carta de fiança bancária nas operações do tipo, um de

16/09/2019 - ARÁBIA SAUDITA ATACADA

No dia 14, anteontem, a estatal petrolífera Saudi Aramco, a maior do mundo, foi atacada por drones do grupo houthi, do Iêmen, alinhado ao Irã. A perda estimada com o ataque é de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia, equivalentes à metade da produção do reino e 5% da produção mundial. A produção brasileira não chega nem as perdas citadas. Os ataques foram a duas instalações no centro da indústria, Abqaiq e Khurais. A Agência internacional de Energia afirmou que está monitorando de perto a situação e que os mercados internacionais estão abastecidos com amplos estoques comerciais. Contudo, a petrolífera informou que podem levar semanas para que a produção volte ao normal. A Saudi Aramco pretende restaurar um terço da produção ainda hoje, interrompida devido as agressões. Pensava-se que a recuperação seria mais rápida. Enquanto não se restabelece a produção, a Arábia Saudita pretende ampliar a produção de outras unidades não atingidas e usar estoques estratégicos. No centro

15/09/2019 - SEMANA DO BRASIL

Neste domingo, 15, termina a Semana do Brasil. Evento que foi programado para estimular as compras, com promoções e descontos especiais, gerando resultados positivos para a economia brasileira. Em quatro dias, as vendas no varejo em todo o País registraram um crescimento nominal de 12%, conformes a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. O incremento foi registrado de 6 a 9 deste mês. No conjunto, mais de 4,5 mil empresas de setores varejistas, imobiliário, de publicidade e de comunicação participaram da iniciativa. Nestes dias estão sendo liberados R$500,00 do FGTS e a população mais pobre saiu às compras. Contudo, o fluxo é só de uma vez e o aperto irá continuar. Nestes 2019, não se farão o PIB crescer mais de 1%. Até agora não foram efetivadas aas reformas e a da Previdência só ocorrerá em outubro. Não dará para reativar. As promessas de um ano não se concretizarão neste. Nem com uma Semana do Brasil.

14/09/2019 - PETROBRAS FIM DE UMA ERA NA BAHIA

A criação da Petrobras na Bahia se iniciou em 1950 com o início d Refinaria Landulpho Alves, a primeira do País. Nela são refinados, diariamente 3 tipos de produtos, como GLP, gasolina, diesel e lubrificantes. Em 1970 foi criada a Petrobras Distribuidora. Em 1971, surgiu a Nitrofertil, atual Fafen, começando suas atividades de fertilizantes nitrofertilizados, a partir do gás natural dos campos produtores da Bahia e de Sergipe. Agigantou-se a estatal na química, petroquímica e atividades afins. O que ninguém esperava foi o primeiro choque do petróleo, em setembro de 1973, fruto das divergências e guerras entre árabes e israelenses. Os preços do petróleo subiram enormemente e encareceu custo de vida do mundo inteiro. Pensou-se que os preços dele recuariam. Mas, não, em setembro de 1979, veio o segundo choque de petróleo, o que turbinou a riqueza mineral. Já em 1974, a Petrobras partiu fortemente para a produção petrolífera na plataforma marítima. Aos poucos este tipo de riqueza fi

13/09/2019 - REFORMA TRIBUTÁRIA DESANDADA

Na democracia brasileira, o Legislativo é um poder constituído muito dividido. Muitas vezes quebra a harmonia entre os três poderes. Nele existem 35 partidos aprovados e mais de 50 querendo legendas. Uma torre de babel, já que falam muitas línguas e faltam os entendimentos, para aprovação de projetos de leis, que ficam postergados, demoram muito ou são arquivados. O ritual tem, idas e vindas, que levam vários anos para que os projetos importantes de reformas sejam aprovados. A reforma da Previdência, na Nova República (1989) não foi ainda aprovada. Na era FHC (1995 a 2002) tramitou e foi derrotada na Câmara por apenas um voto. Na era Lula (2003 a 2010) não logrou aprovação de uma reforma, só retalhos. Na época de Dilma (2011 a 2016) nem chegou a ser apresentado. No período de Michel Temer (2016 a 2018 também não. No momento de Bolsonaro (2019, que se iniciou), o projeto de lei se debate no Congresso e a esperança é de que seja aprovado neste ano. A reforma tributária é ainda

12/09/2019 - MARCO DAS TELECOMUNICAÇÕES

Em 1997 foi aprovada a lei que criou o marco regulatório das telecomunicações. Após nove meses de tramitação, ontem, a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovou novo projeto que pretende recriar o citado marco. O texto seguiu para apreciação daquela Casa. Indo, depois, à sanção presidencial. A expectativa é de que as empresas da área façam pagamentos de mais R$34 bilhões com movimento das teles. O projeto é visto como novo fôlego para a situação da operadora OI, que se encontra em processo de recuperação judicial, arrastando-se desde 2016, que necessita de novos investidores para competir com as operadoras Vivo, Claro e Tim. Quatro empresas na área dariam ensejo a acreditar em oligopólio na área. No entanto, existe a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) que as regula. O projeto começou a tramitar na Câmara há três anos, permitindo que as empresas de telefonia fixa migrem do regime de concessão para o de autorização, no qual há preços livres, como funciona na te

11/09/2019 - FETICHE DA INDUSTRIALIZAÇÃO

A frase de fetiche da industrialização foi cunhada por Roberto Castelo Branco, presidente da Petrobras, em recente debate sobre mineração, em congresso em Belo Horizonte, ontem. Aqui, é interessante recordar-se de que Karl Marx, em seu livro O Capital, que se referia ao fetiche da moeda. Castelo Branco, que já foi diretor da Companhia Vale, a maior mineradora do País, queixava-se de que a Vale foi indicada pelos governos do PT, para ingressar em outros segmentos industriais, tal como a siderurgia e a metalurgia, visando gerar maior valor agregado, próprio da industrialização, fato que não prosperou naquela companhia. Além de defender-se das críticas de que a Petrobras está se desfazendo de investimentos em comércio de derivados de petróleo, refinarias e na petroquímica. Até agora já vendeu de ativos nas áreas R$65 bilhões. Recorde-se aqui o fato de que a Petrobras ingressou fortemente, nos governos petistas, na produção de navios e plataformas para a exploração de petróleo, que

10/09/2019 - QUARTA REUNIÃO SUL-SUDESTE

Os sete Estados que compreendem as regiões Sul e Sudeste do País são responsáveis por 71% do PIB. Pela quarta vez se reuniram em Vitória os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, quando fizeram um documento consensual: “Para crescer e gerar empregos”. A essência do documento é a seguinte: “O Brasil vive um momento de transformação que exige reformas estruturais no plano federal e medidas essenciais ao equilíbrio fiscal da União, estados e municípios... Entendemos que o objetivo final das reformas é a retomada do crescimento econômico e da geração de empregos em bases sustentáveis, regionalmente equilibradas, social e ambientalmente justas... Em primeiro lugar, faz-se urgente resgatar a confiança dos empresários e investidores externos e internos na capacidade do País superar as dificuldades que hoje impedem o pleno aproveitamento dos nossos recursos e do nosso potencial. É unânime compreensão de que pa

09/09/2019 - PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

O Programa Bolsa Família foi criado em 2003, em substituição ao Programa Bolsa Escola, cujo objetivo é o de diminuir ao máximo a miséria e a pobreza no País. Desde 2014, quando apareceu o déficit primário, após 16 anos de superávit primário, que o programa passou por um pente fino nos benefícios e ficou estagnado. A classificação do Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é a 79ª posição entre 189 países pesquisados. Trata-se de 3 anos na mesma posição. Para a ONU existem no Brasil 13,2 milhões de pessoas em extrema pobreza. Estão assistidos no Programa Bolsa Família cerca de 14 milhões de famílias. Se cada família tem 4 membros, 56 milhões de brasileiros são contemplados. O orçamento do Programa continua sendo de R$30 bilhões, não podendo ser elevado, pela lei do teto de gastos federais. A média do benefício seria de R$535,71 por habitante. Claro que o valor médio é bem menor, haja vista que existem os custos a

08/09/2019 - CARTA DA INFRAESTRUTURA

Publicação da Inter B Internacional, a Carta da Infraestrutura, revela que o Brasil aplicou 1,82% do PIB em obras públicas em 2018. A aplicação de 2019 poderá ser de 1,87%. De 2000 para cá, a média anual é de 2%. O texto demonstra cálculos de que deveria ser mais do que o dobro (4,15% do PIB). Está no Congresso projeto de lei que altera a regulação do setor, tornando mais flexíveis as exigências, a exemplo dos aeroportos, cujas regras de concessão foram mudadas em 2017. Naquele ano foram 38% dos R$970 milhões dos recursos aplicados na área. Em 2018, subiram para 77% de R$2,14 bilhões. A maior atração foi dos fundos de capitais estrangeiros, cujas leis de concessão foram para 12 aeroportos. Os marcos regulatórios do saneamento, da energia, de estradas, portos e aeroportos tem que estabelecer regra mais flexíveis. Os fundos de pensão e as grandes empresas internacionais acreditam que a atração maior pode ser feita se também a Amazônia for mais bem cuidada e a questão dos direit

07/09/2019 - BOLA DE CRISTAL

No curso de Doutorado em Economia na USP, o professor José Juliano de Carvalho Filho dizia, há mais de três décadas, que os economistas deixaram de trabalhar com a estrutura e passaram a examinar somente a conjuntura. Diziam “é o que interessa”. Para estes, a economia vive de sinais. O inverso daqueles economistas de ala não ortodoxa da escola de Chicago, que dizem que a economia vive de incentivos (freakonomics, economia esquisita, nos livros de Steven Levitt). Um parêntesis para o óbvio. Há inúmeras alas de economistas.   Pois é, os maiores capitalistas do Brasil, os bancos, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander (que comprou o Banespa), tem equipe de economistas para analisar o dia a dia. No governo se tem o Banco Central, por exemplo. Hoje o jornal Folha de São Paulo, que tem economistas jornalistas, noticia que os referido Bradesco já prevê que a economia brasileira em 2020 crescerá menos de 2%. “Se o cenário se concretizar será o quarto ano consecut

06/09/2019 - SUGESTÕES PARA REDUÇÃO DO DESEMPREGO

Desde 1979 que o sistema de planejamento brasileiro abandonou o plano de longo prazo, conforme ocorreu de 1949 a 1979. Os governos de então passaram a trabalhar com “pacotes”, para provocar choques de estímulos. Atualmente, foram 10 sugestões de banqueiros e empresários seletos (não revelados os quais), com o fito de reduzir a taxa de desemprego no Brasil, as quais caíram no colo do Ministro da Economia. Vejam-se as intenções deles. Especulações que poderão passar do Executivo para o Legislativo. O problema é a demora que levam para ter ação. Qualquer projeto de lei tem um rito enorme nos poderes em referência. Primeira. Troca R$65 bilhões de depósitos de sentenças trabalhistas por seguros colocar tal dinheiro para capital de giro empresarial. Claro, com baixas taxas de juros. Segunda. Dividir o seguro-desemprego para readmitir o empregado. Fonte de renda para criar agência de emprego. Esta ajudará na realocação. Terceira. Qualificar desempregado pelo sistema S ou de fi

05/09/2019 - REGRAS IMPOSTAS À UNIÃO

O Congresso Nacional impõe uma série de regras para que o governo federal não use o dinheiro público sem critérios. Antes de 1964, o presidente quando não tinha dinheiro fazia emissões de moeda. O regime militar criou o Banco Central (BC) com suas regras sobre a existência dos meios de pagamento e as emissões adicionais de moeda deixaram de existir. Isto é, quando o governo tinha esgotado o orçamento fazia emissões, conforme queria gastar. Foram aperfeiçoados os mecanismos do BC e isso se tornou impossível. O Tesouro Nacional então passou a emitir títulos da dívida. Isto também foi limitado pelo Congresso. Após a redemocratização, em 1989, foram criadas leis de responsabilidade monetária, cambial e fiscal. Assim existem três regras básicas que não podem ser ultrapassadas: 1ª) Lei de diretrizes Orçamentárias. Indicador que examina receitas e despesas, para eu haja equilíbrio entre ambas. O objetivo seria gerar superávits primários para reduzir a dívida pública. Entretanto, des

04/09/2019 - RAZÕES DA QUEDA DE PRODUTIVIDADE

Tese de Pedro Loureiro, na Universidade de Cambridge, em Londres, Reino Unido, ano passado, aborda que a chamada “onda rosa” latino-americana, assim chamada da existência de governos de centro esquerda, no entorno de 20 anos, antes e depois do ano 2.000, aproximadamente, fixando-se no período de 2003 a 2013, quando se efetuaram o crescimento econômico com redistribuição de renda, beneficiando os mais pobres, como não se viu em cinquenta anos. O problema é que tal modelo levou à queda relativa de produtividade da economia. Quer dizer, reduziu as possibilidades de maior crescimento no longo prazo, reduzindo a eficiência econômica, quando comparados aos padrões empresariais de proa em todo o mundo. A estratégia escolhida por referidos governos levou a um retrocesso da estrutura produtiva, ao impulsionar setores atrasados, em termos de valor agregado, tecnologia e produtividade. As economias latino-americanas são muito dependentes das exportações de commodities e de segmentos econôm

03/09/2019 - BOLETIM FOCUS REVERTE PIB

Pela 36ª edição, o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, relativo de 23 a 30 de agosto, divulgado nas segundas feiras, ontem, por exemplo, consultou cem analistas financeiros sobre as perspectivas da economia brasileira, acerca de PIB, balanço de pagamentos, resultados das conas públicas, inflação, índices de preços, taxa básica de juros e taxas do dólar. Os principais economistas considerados pelo BC melhoraram suas previsões sobre IPCA, IGP-M, e PIB; já, pioraram referentes ao valor do dólar, a balança comercial e o balanço de transações correntes. Os projetistas ainda mantiveram estimativas para investimento direto no País, produção industrial, meta da taxa SELIC, taxas de preços administrados pelo governo, resultado nominal das contas públicas, dívida líquida do setor público e déficit primário. O destaque foi referente ao PIB de 2019, cujas quedas ocorreram sem parar desde as primeiras estimativas do ano, sendo a penúltima de 0,8% para este exercício, em qu

02/09/2019 - FRAUDES NOS PROGRAMAS SOCIAIS EM 2018

O Brasil é considerado, pela ONG Transparência Internacional, um dos países onde existe uma das maiores práticas de corrupção no mundo. Não é sem motivo que, nos últimos anos, a operação Lava Jato mostrou a enormidade dela. As correções na área da construção civil estão sendo implementadas. Há correções também na área financeira e em outras áreas. Porém, os raios delas são muitos amplos ainda. Um dos principais motivos da corrupção é a impunidade. As leis penais no Brasil são muito brandas. Não é à toa que o Ministro da Justiça no Brasil é o ex-juiz federal Sérgio Moro, que mais punições sentenças prolatou pela operação Lava Jato. É óbvio que ele se confronta com muitas resistências para alterar leis brandas. Também é obvio que a corrupção diminui a taxa de crescimento do PIB brasileiro. Enfim, existem as corrupções generalizadas em milhares de cartórios País afora. A informação de hoje vem do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou indícios de irregularidades em b

01/09/2019 - ECONOMIA ABAIXO DO POTENCIAL

Decorridos 20 trimestres do início da recessão (2º trimestre de 2014), passando pela estagnação de 2017 ao primeiro semestre de 2019, a atividade econômica está 4,8% abaixo do que era. Depois do segundo trimestre, crescendo 0,4%, as sugestões de recuperação melhor taxa de crescimento aconteceram no País. Os economistas defendem incentivos por lado da oferta; outros, do lado da demanda; outros, de ambos os lados. Assim, do lado da oferta (em outras palavras, do lado do PIB), pergunta-se: é preciso fazer as reforma da previdência social e tributária, pelo menos? Sim; o Banco Mundial mostra ineficiências diversas do ambiente geral dos negócios. (2) É preciso abrir mais a economia? Sim (As importações mais o PIB são a oferta agregada). O Brasil é a segunda economia mais fechada do planeta, só perdendo do Sudão. Do lado da demanda, pergunta-se: é preciso ampliar o investimento público? Sim. Principalmente em educação e infraestrutura. Em educação, o País é considerado pela OCDE como