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Mostrando postagens de agosto, 2019

31/08/2019 - BOAS NOTÍCIAS VÊM DEVAGAR

A taxa de desemprego vem caindo lentamente há dois anos. Já bateu na casa próxima dos 13%. Nos quatro trimestres de 2018 caiu para a casa dos 12,2%. Reduziu-se para 12% no primeiro trimestre deste ano e agora caiu para 11,8% no segundo trimestre. O aumento da população ocupada aconteceu no segmento que não tem carteira assinada e nos trabalhadores por conta própria. A informalidade já atinge 41,3 milhões, no patamar recorde acima de 40 milhões de almas. São os empregados do setor privado e os trabalhadores domésticos que atuam sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria e empregadores sem CNPJ e aqueles que trabalham ajudando parentes. No semestre deste ano foram criadas mais de 2,2 milhões de vagas de trabalho. Para Cimar Azevedo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, ainda falta trabalho para mais de 28 milhões de pessoas, entre elas, desempregados, subocupados e desalentados. Os dados estão na Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua, encerrada em jun

30/08/2019 - TAXA DE INVESTIMENTO PRIVADO CRESCEU

O IBGE divulgou ontem o PIB do segundo trimestre deste ano, dois meses depois dele ter terminado. A demora fez com que se esperassem notícia ruim, devido às prévias trimestrais, divulgadas pelo Banco Central, sendo as prévias dos dois trimestres calculados por ele negativos, o que fez com que certos analistas econômicos rotulassem a situação do País, como em estado de recessão técnica. Mas, o que o IBGE apresentou foi o crescimento no segundo trimestre de 0,4%, perante – 0,1%, no primeiro trimestre, mediante principalmente crescimento do investimento privado, não obstante retração do investimento público, em razão do ajuste fiscal. Ademais, o resultado da arrecadação de julho também surpreendeu positivamente. Em comparação com o segundo trimestre de 2018 a alta do PIB do segundo trimestre foi de 1%. Nos próximos dias já há quem fale em reversão das expectativas para 2020, com bom crescimento, em razão da reforma da previdência social, da reforma tributária, do ambiente dos negóc

29/08/2019 - MAIS DE 210 MILHÕES DE ALMAS

O IBGE divulgou ontem a sua estimativa da população brasileira, no final de julho, em mais de 210 milhões, distribuída em 5.570 municípios. Em 1970, a população brasileira era de mais de 90 milhões. Há mais de seis décadas que a população brasileira cresce a taxas decrescentes. Fenômeno que ocorreu com os países maduros, isto é, de mais de 500 anos. O Brasil em próximas décadas deixará de ser um país de maioria de jovens e terá como muitos países a população de maioria madura e tal processo é irreversível, na evolução da humanidade, pelo menos até agora. No último ano a população nacional cresceu 0,79. Ano anterior era cerca de 0,80. Decresce em centésimos. Chegará, em duas décadas futuras, a estabilizar sua população e poderá até decrescer. Os quatro Estados mais populosos são: São Paulo com 46 milhões; Minas Gerais com 21 milhões; Rio de Janeiro com 17 milhões; Bahia com 15 milhões. O Estado de Roraima é o de menor população e teve o maior aumento populacional com 5,1% em 1

28/08/2019 - ECONOMIA DA AMAZÔNIA

Possuindo um território brasileiro de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia, sem dúvida, é o maior potencial agrícola do mundo. Mas o mundo tem receio de derrubar a mata nativa, o Brasil, inclusive, receando desequilíbrios ecológicos. Portanto, o seu aproveitamento tem de ser devagar e preservada a sua maior parte. Aí é que vem a cobiça internacional. Não vem de agora, vem de muito tempo. Do final do século XIX, ao início do século XX, Henry Ford, visando exploração da borracha, tentou fazer a Fordlândia. Mas, fracassou. Hoje há resquícios dela, haja vista que a borracha sintética substituiu a borracha natural. Na segunda metade do século XX, outro milionário norte-americano, Daniel Ludwig foi mais além, norteando-se por fabricas de celulose e a criação de uma cidade. Não teve êxito. Depois da segunda guerra mundial, até foi cogitado a criação do Estado de Israel na Amazônia. Consta que o contrabando anda à solta por lá, através de empresas internacionais. Consta que ex

27/08/2019 - RECAÍDA DOS MERCADOS

O dia de ontem demonstrou pessimismo nos mercados. O assunto mais em tela tem sido o presidente Jair Bolsonaro se atritando com o presidente francês, Emmanuel Macron, tendo como pivô a questão das queimadas na Amazônia. O fato foi extrapolado para a reunião europeia do grupo dos G-7. Macron defendeu a criação de um Estatuto Internacional para a Amazônia. A França e demais países do G-7 prometeram uma ajuda financeira substancial para combater as queimadas. Bolsonaro vê que o G-7 continua a tratar o Brasil como se fosse Colônia. Antes já houve a briga de Bolsonaro com a divulgação do INPE de incêndios, sem seu conhecimento prévio, levou a que a ajuda da Noruega e da Alemanha fossem suspensas, atingindo a falta de recursos para ONGs. O fato é que o presidente fez e faz crescer reações fortes com um problema que é cerca da metade do que houve com as queimadas no governo de Lula em 2005. A falta de habilidade e de melhor tratamento das questões nacionais e internacionais tem inibido

26/08/2019 - COMEÇOU HOJE NOVA LINHA DE CRÉDITO

A Caixa começou hoje a oferecer nova linha de crédito com juros variando de 2,95% anuais, este para servidores públicos, a 4,95% ao ano, para quem não for cliente daquele banco, indexado ao IPCA. Na modalidade mudou o comprometimento da renda do mutuário, agora em 20%. Antes era 30%. Em contrapartida, visando captar recursos, a Caixa oferecerá Certificado de Recebíveis Imobiliário (CRI), também indexado ao IPCA e isento de imposto de renda. Referido título terá a mesma sistemática de remuneração do título do Tesouro Direto IPCA+. O título federal remunera de 2,9% a 3,6% ao ano, a depender do prazo de resgate. O CRI pode vir com taxas mais baixas, vista a isenção do imposto de renda. A grande novidade é que a prestação poderá ficar até 35% mais baixa, na primeira parcela do financiamento. Isso facilitará a aquisição da casa própria. Ademais, aqueles que tomarem o financiamento, podendo liquidar antecipadamente terá a grande vantagem. Se a demanda crescer mais isso poderá es

25/08/2019 - RESISTÊNCIAS DO PIB POTENCIAL

Conforme Marcos Lisboa, que foi Secretário de Política Econômica do governo de Lula, o PIB potencial do País é de 1%. É um nível muito baixo, próximo da estagnação. Foi negativo no período de 2014 a 2016. Em meados de 2016, Michel Temer iniciou uma gestão que tirou o Brasil da recessão. Começou com a lei do teto dos gastos, passando por redução de subsídios, a lei da melhor governança das empresas estatais, a devolução de dinheiro do BNDES, que reduziu pressões sobre a dívida pública, além das punições sobre a corrupção e redução da taxa básica de juros para níveis civilizados. Entretanto, a operação Lava Jato já tem mais de cinco anos e as empreiteiras punidas não voltaram às obras púbicas. O recuo da construção civil desencadeou um processo de desemprego, mais do que dobrando de cerca de 6% para mais de 12% da população economicamente ativa. No governo de Bolsonaro se esperava que a economia tomasse nova dinâmica, mediante a reforma da Previdência e o Acordo Comercial da Un

24/08/2019 - GUERRA COMERCIAL SE ACIRRA

Ao enunciar dez princípios de economia, N. Gregory Mankiw, em seu livro de Introdução à Economia, no capítulo 1, p. 17, na tabela 1, “Como as pessoas interagem: 5. O comércio pode ser bom pra todos”. Essa verdade é bem clara e os economistas defensores do livre comércio demonstram que o comércio em muito contribuiu e contribui para o progresso da humanidade. Entretanto, surgiram no mundo países protecionistas, que visam proteger seus mercados, colocando tarifas nas importações. Elas encarecem os produtos vindos de fora e favorecem as compras da economia doméstica. De alguma forma todos os países mundiais exercem proteção do seu mercado interno. Depois da segunda guerra mundial, nos anos de 1940, surgiu a Organização Mundial do Comércio, para resolver os conflitos das trocas internacionais. Mesmo assim, os países fazem acordos por blocos, tais como Nafta, União Europeia, Opep, Mercosul,, ou adotam também acordos bilaterais. Desde o ano passado, assiste-se uma guerra comercial

23/08/2019 - QUESTÃO AMBIENTAL E A ECONOMIA

Trava-se uma luta mundial contra as queimadas na Amazônia. No exterior existem protestos advindos do Secretário Geral da ONU, Antônio Guterres, do presidente da França, Emmanuel Macron, além de manifestações perante algumas embaixadas brasileiras no exterior. No Brasil existe uma guerra declarada entre as ONGs ambientalistas, que têm sido denunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, inclusive, cortando verbas a elas destinadas, tanto pelo governo federal como recusando verbas do exterior. O presidente diz que centenas delas na Amazônia, mas nenhuma no Nordeste, região mais pobre do País. Para o presidente os propósitos das ONGs na Amazônia são outros, tais como contrabando e favorecer empresas da Alemanha, Noruega e Dinamarca que atuam naquela região. Bolsonaro ainda acredita que existem manifestantes ateando fogo em áreas contínuas perto das estradas e também não afasta a hipótese de agropecuaristas aproveitarem a oportunidade para estender as suas pastagens em áreas desmatadas.

22/08/2019 - PRIVATIZAÇÕES ATÉ O FINAL DO ANO

A condução do Brasil se depara com um presidente com fortes tendências autoritárias, eleito democraticamente, mas com uma equipe econômica liberal. Isto tem retardado a retomada do crescimento. Porém, depois de encaminhar a reforma da Previdência, a reforma Tributária e de ter sido aprovada ontem a lei de liberdade econômica. Anteontem, os bancos oficiais, Caixa e Banco do Brasil, anunciaram mudanças no crédito imobiliário, com medidas nítidas de ampliação do financiamento popular e da indústria da construção civil. Ontem, foi a vez de anunciar a privatização de 17 empresas estatais até o final do ano. Quer dizer, está avançando mais rapidamente o caráter liberal das reformas econômicas. A reação imediata foi o forte crescimento das ações delas na bolsa de valores brasileira.   A alta geral foi de 2%, voltando a 101 mil pontos. Por seu turno o dólar recuou 0,5%. Mas ainda acima de R$4,00. A maior empresa de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras, deve seguir o mesmo

21/08/2019 - RETOMADA PELA CONSTRUÇÃO CIVIL

A equipe econômica vem apostando nas reformas estruturais, principalmente da Previdência, na Tributária e na Liberdade Econômica. Ontem, a Caixa Econômica Federal (Caixa) alterou seu esquema de financiamentos dos imóveis, para valer a partir do próximo dia 26. As taxas de juros ainda são altas, próximas de 10% ao ano, perante indexação da Taxa Referencial (TR), próxima de zero, para dizer que não tinha indexação. Na verdade, indexação disfarçada. Depois dos juros básicos da economia cair de 14,25%, com a ex-presidente Dilma, até 6,5%, com o ex-presidente Temer. Agora, neste segundo semestre, o governo Bolsonaro reiniciou nova queda da taxa básica de juros, em direção a juros civilizados, tendendo a 4% anuais. Na medida em que a inflação brasileira está abaixo de 4%, por volta de três anos, com tendência de baixa para 3,5%, em projeções governamentais, até 2030. Então, a Caixa também resolveu baixar os juros, para a faixa de 2% a 4% anuais. Mais a correção inflacionária pelo I

20/08/2019 - FORTE RETROCESSO EM CINCO ANOS

A camada da população chamada de miseráveis caiu de 34%, em 1994, após advento do Plano Real, quando a economia brasileira estabilizou o processo inflacionário, promovendo programas sociais de distribuição de renda, inclusive a forte recuperação do salário mínimo real, para 8% em 2014. Em 1998, o Brasil conseguiu a façanha de superávit primário, por 16 anos, quando em 2014, retornou ao déficit primário. De lá para cá, então houve forte retrocesso na distribuição de renda, na medida em que o PIB caiu fortemente, mais de 7%, a renda per capita, mais do que ele, por volta de 10%. Já há algum tempo que a literatura técnica tem revelado que, após 1994, até 2014, 21 anos, “os pobres ficaram menos pobres e os ricos mais ricos”, na interpretação do jornal londrino The Economist, além da classe média ter crescido menos do que os demais grupos. Após 2014, com o desemprego passando da casa de 6% e ultrapassando 13% (retornou atualmente a casa de 12%), a desigualdade na distribuição de rend

19/08/2019 - CERCA DE UM QUARTO DE DESPROTEGIDOS

Cerca de um quarto dos brasileiros estão desprotegidos de emprego formal ou de previdência social, conforme o sociólogo José Pastore, especialista em economia do trabalho, professor da Universidade São Paulo, com mais de 30 livros publicados, na entrevista de segunda feira, do jornal Folha de São Paulo. Ele defende a tese de que o trabalho flexível cresce no mundo em ritmo acelerado. Nos países desenvolvidos ele verificou a existência de co-participação, na qual o trabalhador paga parte dos custos com o fundo de pensão, em sociedade com a empresa. Segundo ele: “Precisamos encontrar proteção nova para o trabalho. A proteção tradicional está atrelada ao emprego. Quem trabalha sem emprego tem que ter a proteção atrelada a si próprio”.   Para Pastore, todo mundo adoece, envelhece e morre. Ele ainda afirma claramente que: “Nosso mercado de seguros e previdência ainda não despertou para o fato de que 50% da população economicamente ativa está na informalidade. As empresas precisam ofe

18/08/2019 - PROPOSTAS PARA ELEVAR O INVESTIMENTO

A praticamente estagnação da economia, visto que poderá crescer abaixo de 1% neste ano, conforme mais de 100 analistas financeiros consultados semanalmente pelo Banco Central, sendo a mediana deles de 0,8% de incremento do PIB, tem-se colocado propostas de atuação proativa do governo. Ou seja, naquela taxa de 15% sobre o PIB, o governo federal deveria colocar 0,5% de inversões em infraestrutura. Esta é a proposta de Samuel Pessoa, pesquisador da FGV e citado hoje na Folha de São Paulo. Ele foi criticado por ortodoxos, que acreditam que isso irá agravaria a situação fiscal. Ele assim se referiu: “Eu entendo os questionamentos que recebi porque nunca havia defendido isso, mas a sociedade está cansando. A gente está falando da recuperação mais lenta dos últimos 120 anos. Não é um fenômeno corriqueiro”. A grande taxa de desemprego do País está colocando trabalhadores desatualizados e depreciados pelo longo tempo em que não estão trabalhando. Cerca de mais um quinto dos trabalhado

17/08/2019 - RISCO DE GOVERNO PARAR

A economia brasileira não reage e o presidente vem tendo pressões de caixa desde o seu início. O presidente da República diz que há o risco do governo parar. Jair Bolsonaro declarou ontem que os ministros executivos estão receosos disso. Nas suas palavras: “O Exército vai entrar no meio expediente. Não tem comida para o recruta que é filho de pobre. Essa situação que nos encontramos é grave. Não é maldade da minha parte, não tem dinheiro. Só isso”. Admitiu então que sua administração enfrenta uma crise financeira, que vai das bolsas de pesquisas da educação aos soldos dos recrutas. Ele disse ainda que estava fazendo milagre para manter as contas em dia. Continuou: “O Brasil inteiro está sem dinheiro. Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Os ministros estão apavorados. Estamos aqui tentando sobreviver no corrente ano. Não tem dinheiro e eu já saia disso”. O presidente da República disse na semana que precisa melhorar as contas públicas, mediante venda das es

16/08/2019 - DESEMPREGO CAI LENTAMENTE

A economia brasileira não reage e continua praticamente estagnada. O desemprego caiu de 12,7%, do primeiro trimestre, para 12% no segundo, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), fechada em junho deste ano. Existiram, na data da pesquisa, 12,8 milhões de pessoas em desemprego formais, isto é, com carteira assinada. Destes, 26,4%, ou seja, 3,347 milhões, procuraram emprego há pelo menos dois anos. É o maior número deles para o segundo trimestre desde 2012. Maior tempo fora do mercado dificulta reinserção, devido à depreciação do capital humano. Conforme a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy: “A proporção de pessoas à procura de trabalho em tempos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido em períodos mais longos. Parte delas pode ter conseguido, mas outra aumentou seu tempo de procura”. O desemprego recuou em 10 Estados, mas as dificuldades de colocação se tornam maiores porque as pessoas ficam desatualizadas. A Bahia é o Estado

15/08/2019 - SINAIS DE RECESSÃO GLOBAL

A economia é cíclica, alternando-se em ciclos de crescimento e em ciclos de recessão. No vale do gráfico é estagnação; na alta gráfica é o ápice. No primeiro se prepara para subir; no segundo, para descer. Evidentemente, o bom seria sempre crescer, mas, não se pode sempre ser assim. No globo, indicadores de desaceleração divulgados ontem na China e na Alemanha levaram ao pânico no mercado financeiro, pelo motivo de que começaram os sinais de uma recessão mundial se aproximando. No maior centro financeiro do planeta, Nova York, as bolsas de valores recuaram 3%; na Europa, 2%; no Brasil a bolsa caiu também 3%, mostrando quanto reflexivo é o País. O primeiro sinal foi o da China, divulgando que a sua produção industrial cresceu 4,8%, em julho, a menor alta em 17 anos. O segundo sinal na Europa se deu com anúncio na maior economia de lá, a Alemanha, que divulgou que seu PIB recuou 0,1% no segundo trimestre. Quando os capitais saem da bolsa de valores, eles podem ser ancorados

14/08/2019 - CÂMARA APROVA MP DE LIBERDADE ECONÔMICA

Por mais uma votação expressiva, 345 a favor e 76 contra, a Câmara de Deputados aprovou a chamada medida provisória (MP) de liberdade econômica. Referida MP está em vigor e acabaria a sua validade no final do mês na Câmara. Inapropriadamente, porque ela atinge muito pouco a burocracia e reforça a reforma trabalhista aprovada pelo governo de Michel Temer, em vigor, a qual reduziu em mais da metade as questões trabalhistas no País como um todo, além de criar o trabalho intermitente. Acreditava o governo Temer que com a reforma trabalhista tornasse a economia a fazer a recuperação econômica. No entanto, ela se tornou insuficiente. Soma-se a ela a política monetária ortodoxa, que trouxe a taxa SELIC de 14,25% do governo Dilma, para 6%, que ainda não provocou a retomada dos investimentos. Os capitalistas dizem, para desengavetarem seus projetos, esperam ser aprovada a reforma da Previdência, a reforma tributária, a maior abertura da economia ao comércio internacional e a reforma micr

13/08/2019 - PÂNICO NA ECONOMIA ARGENTINA

Na Argentina existe o instituto da reeleição. Lá, o presidente Maurício Macri, candidata-se e foi derrotado nas eleições primárias. As eleições definitivas serão em outubro. Por que isso provocou pânico na economia portenha? Primeiro porque o presidente, um liberal de formação, prometeu recuperá-la. Recorreu ao FMI e recebeu mais de US$50 bilhões de empréstimos para fechar balanços. Não entregou o que prometeu. Ou seja, o crescimento econômico com baixa inflação. Não tem conseguido. Com isso, o candidato da oposição Alberto Fernandez e a ex-presidente Cristina Kirchner, sua vice candidata, estão sendo vistos como virtuais ganhadores, por antecipação. Eles são a volta do populismo, que tanto tem fracassado por lá e com algum êxito como foi no início deste século, com o governo do marido de Cristina. Segundo porque a bolsa de valores ingressou em parafuso e o índice Merval caiu 38%. Por seu turno, a moeda argentina frente ao dólar recuou mais de 15% ontem. O Banco Central elevou a

12/08/2019 - RECESSÃO TÉCNICA

Os economistas costumam se referir a uma recessão técnica quando ocorreram dois trimestres de queda do PIB. Foi o que aconteceu, segundo o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), que foi de – 0,2% no primeiro e de – 0,13% no segundo trimestre de 2019. O IBC-Br é considerado uma prévia do PIB calculado para todo Brasil pelo IBGE. Os dados coletados pelo IBGE são estimativas para todo o País, enquanto os do Banco Central (BC) são de estatísticas, a partir do sistema financeiro, em amostras bem menores da atividade produtiva. Trata-se de uma contração do nível de atividade desde a última no último trimestre de 2016, quando se encerrou a longa recessão de 11 trimestres consecutivos, a partir do segundo trimestre de 2014. Ocorre que no ano de 2018 houve crescimento da economia, de 1,1%. Se tomado o ano de julho de 2018 a junho de 2019, o indicador é positivo, visto que os dados agora divulgados pelo BC são bem diminutos, embora negativos. O fato é que o mercado financeiro vem

11/08/2019 - EXAME DA FOLHA DE 87 INDICADORES

A edição de hoje da Folha de São Paulo traz uma avaliação de seis meses de governo de Jair Bolsonaro, evidenciando 87 indicadores, por ela compilados. Na sua linguagem: “De 87 indicadores oficiais e de estudiosos, 44 pioraram, 15 ficaram estáveis e 28 melhoraram em relação a 2018. Entre os indicadores que apresentaram maior deterioração estão os de educação, saúde e meio ambiente. Piorou a oferta de assistência na atenção básica, com 4.000 médicos a menos no SUS e apenas 1 em 12 índices do MEC teve avanço. O desmate na Amazônia, objeto da polêmica, cresceu 25% em abril, maio e junho. Na segurança, houve melhora: os homicídios dolosos recuaram 22% no primeiro trimestre em comparação com igual período de 2018. Na economia, de 47 indicadores, 20 melhoraram, como Bolsa e emprego. Para ministérios, o governo já adota medidas com potencial de resultado. A Folha trabalhou, no levantamento, com dados oficiais dos ministérios, do IBGE, de órgãos de estudo e de pesquisa e organizações tra

10/08/2019 - GÁS COMPETITIVO

Um dos gargalos da indústria nacional é o alto preço do gás, visto que ele é produzido pelo monopólio da Petrobras. A atual equipe econômica acredita que a abertura da exploração fará o gás ser competitivo. Quando se promove uma competição na oferta, a firma ou firmas que ingressarem vão ter preços menores do que os atuais. O Brasil vem passando por um processo de desindustrialização. A idéia é reverter o processo como uma reindustrialização. Sem dúvida, o gás caro tem contribuído para a indústria vir se minguando. Conforme o diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Cesário Cecchi: “Eu acredito que um ensaio disso vai se dar agora com   o gás que vem da Bolívia, com a chamada pública que a ANP iniciou. O GNL (gás natural liquefeito) está com preços extremamente reduzidos no mercado externo. Hoje o Brasil tem três terminais de regaseificação... Se o gás boliviano não for competitivo, porque nós iremos comprar de lá? Aí, teremos uma primeira sinalização do impacto da c

09/08/2019 - PROJETOS EM CONTA GOTAS

A eleição de Jair Bolsonaro foi principalmente um protesto contra a gastança governamental dos governos do PT, associado ao PMDB. Em 2014, a ex-presidente Dilma não resistiu em esconder os déficits primários, isto é, receitas menos despesas, sem pagar os juros da dívida, porque se fossem contabilizados seriam déficits nominais. Estes, sempre existiram desde que a Nação foi reconhecida como Estado. A partir do Plano Real, implantado em 1994, o País passou a perseguir superávit fiscal. Somente ocorreu em 1998, quando se estabeleceu o tripé da economia. Superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante. Mas, 16 anos depois o País se desorganizou. Rompeu o tripé. O máximo que Michel Temer fez foi tirar o País da recessão e colocá-lo na estagnação, de onde reluta em sair. Na verdade, somente sairá quando forem feitas as reformas econômicas estruturais, o que é consenso nacional. Bolsonaro montou uma equipe econômica respeitada. Mas, ele mesmo atrapalha o bom desempenho dela,

08/08/2019 - ESPERANÇA PERANTE CENÁRIO APERTADO

Ainda que muitos estejam ficando apreensivos com o cenário de guerra comercial, entre os gigantes econômicos Estados Unidos e China, o primeiro impondo tarifas, o segundo desvalorizando a sua moeda, geralmente vem outra reação contrária, como a de que os Estados Unidos iriam baixar a taxa básica de juros de 2%. Agora o presidente do FED disse que não vai mais. Em reação retardada, bancos da Índia, Nova Zelândia e Tailândia baixaram as taxas de juros. Cenário confuso, mas de “guerra”. Quem perde mais no País é a produção de manufaturados, cuja indústria em geral vem decrescendo há décadas. No Brasil, a economia é pouco aberta para a economia internacional. Logo, os efeitos mais importantes vêm das reações aqui dentro. A PEC da reforma previdenciária passou ontem em segundo turno e irá ao Senado, onde tem chances de ser aprovada, segundo pesquisas. O comércio tem reagido, embora estagnado em junho (cresceu 0,1%), mas em um ano cresce 3,2%. No mais, a reforma tributária está

07/08/2019 - GUERRA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Há várias formas de guerra. A guerra armada é a pior. Deixou de existir, a mundial, visto que somente houve duas grandes delas, em 1914 e 1939, em razão da detonação de artefatos atômicos, em 1945, que destruíram duas cidades no Japão. O mundo então poderia ser destruído. Os países atômicos fizeram acordos de não agressão. Porém, ficaram na guerra fria. Ameaças de ataques, que nunca se concretizaram, desde o fim da segunda guerra. Porém, a guerra do comércio internacional sempre existiu, mesmo tendo a Organização Mundial do Comércio. Ora há países defendendo o livre comércio, ora sendo protecionistas. Ondas de taxações de tarifas, que podem ser parciais ou globais acontecem, mesmo com acordos de blocos comerciais de nações, tais como o Nafta, União Europeia, Opep e Mercosul. O governo de Donald Trump, eleito para o período de 2017-2020, tem como lema “America first”, notadamente protecionista de suas empresas, para vendas no mercado interno, ganhando das importações, visto ta

06/09/2019 - RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA OEC E ATVOS

Os braços da Organização Odebrecht, chamados de OEC e de Atvos, ingressaram como parte de um conjunto de empresas da organização (muitas também ficaram fora da concordata, tal como a Braskem), grupo global que já chegou a ter 300 firmas, na maior recuperação judicial no País, calculada em cerca de aproximadamente R$100 bilhões. Recorde-se aqui que, há cinco anos, a operação Lava Jato identificou o cartel das construtoras, cuja liderança era da Odebrecht. Recorde-se também que, do período de 2005 a 2014, o grupo Odebrecht cresceu 10 vezes, tornando-se o maior conglomerado do Brasil. Isto não foi de graça. A empreiteira ingressou de braços dados com os governos do PT, no processo de corrupção sistêmica. Claro, a organização cresceu, desde os anos de 1940, praticando em certas obras públicas de esquemas de corrupção. Mas, nunca no grau em que se envolveu, desde 2005, de uma forma m geral. De construção civil à produção rural, de mineração à indústria petroquímica, da produção de ca

05/08/2019 - ATLAS DA VIOLÊNCIA 2019

O instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), nomeou 12 técnicos para fazer a divulgação do Atlas da Violência de 2019, relativo aos homicídios no Brasil em 2017. Houve 65.602 mortes no ano, o maior número já registrado. Continua mais gente morrendo do que em guerra declarada, tal como a da Líbia. Aqui, a taxa de 31,6 por 100 mil habitantes. As mortes acontecem muito mais na juventude, muito mais do que o dobro da taxa média por habitantes. Taxa de 69,9 por 100 mil cidadãos. Foram 35.783 jovens assassinados em 2017. O aumento foi de 6,7% em relação a 2016 e de 37,5% em relação a 2007. Os piores cenários estavam em cinco Estados, tais como no Rio Grande do Norte (152,3 mortes por 100 mil); Ceará (140,2); Pernambuco (133); Alagoas (128); Acre (126,3) e Sergipe (125,5). A violência armada. 72,4% dos homicídios foram feitos com arma de fogo. O peso da desigualdade. 43,1% foram à taxa de homicídios de declarados negros. 16,0% de homicídios foram dos não negros. Para cada in

04/08/2019 - OPERAÇÃO LAVA JATO TEM RETARDADO A ECONOMIA

A operação Lava Jato tem tido efeito saneador do mercado produtivo. Mas, tem trazido também efeitos ruins, principalmente a o desmontar o cartel das empreiteiras que realizavam obras públicas, a operação Lava Jato desmontou o esquema de corrupção que havia sido instalado de forma sistêmica, gerando desemprego, contribuindo para a recessão de 2014-2016 e pela quase estagnação de 2017-2019. São mais de cinco anos de dificuldades, pelas quais grande parte da população se aflige. O preço está sendo muito caro aos cidadãos, principalmente por ter atingido a Petrobras, que era responsável pela realização de cerca de 30% dos investimentos públicos. Em 2019, a Petrobras vendeu mais de 30% das ações que tinha na distribuidora BR, na bolsa de valores. Fazendo caixa, teve lucro bilionário, além de cortar por volta de 50% das estimativas de seus investimentos, como forma de reduzir seu endividamento. O seu peso na economia caiu muito e isso ajuda a compreender por que a economia nacional es

03/08/2019 - IMPULSO MAIOR NA ECONOMIA

O governo federal calculou que a liberação de recursos do FGTS, do PIS/PASEP poderia impulsionar a economia em 0,35% ainda neste ano. Para a LCA Consultores o estímulo poderá ser maior, por volta de 0,55%, assegurando 1% de crescimento neste exercício e de 2,5% no próximo, contando com a reforma da Previdência. Se a reforma tributária passar, o impulso poderá ser maior. Considerando que os juros básicos da economia iniciaram nova trajetória de queda, havendo quem fale que cairão mais 0,5% na próxima reunião e fechará o ano em 5%, mais as reformas, as projeções do governo federal são de que os capitalistas retirem seus projetos de expansão das gavetas e retornem a investir. Ademais, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil baixaram também os juros para a habitação, segmento produtivo que poderá retornar a crescer ainda que lentamente. Claro, o desemprego aberto está em 12,8 milhões. Mais os subempregados, desalentados, nem querem trabalhar, nem procuram mais trabalho, chegando acerc

02/08/2019 - JUROS REAIS DA ECONOMIA ATUAL

A taxa de juros é a remuneração do dinheiro, do capital, do empréstimo, sobre o aluguel, sobre negócios futuros. Enfim, trata-se de um dos fundamentos da economia. Há dois dias o Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 6,5% para 6% anuais e anunciou tendência de baixa nas próximas reuniões do seu Comitê de Política Econômica. O investimento financeiro é função da taxa de juros. Se ela baixa, o dinheiro irá para a produção ou para bolsa de valores. Este é o raciocínio lógico, do mundo capitalista desenvolvido, onde as taxas de juros estão entre 1% a 2% ao ano, em termos nominais. Considerando a inflação, em certos países a taxa de juros real (1+r = 1+I/1+i, onde r é taxa real de juros; I é a inflação; i é a taxa nominal de juros) é negativa. Ou seja, os aplicadores financeiros não fazem como em outros países, como o Brasil, vivem como rentistas. Naqueles países, os aplicadores financeiros investem suas economias em bolsa de valores. Ocorre, entretanto, que os países desen

01/08/2019 - DESEMPREGO RECUA 0,7% NO SEGUNDO TRIMESTRE

O desemprego recuou 0,7% no segundo trimestre, encerrado em junho, segundo o IBGE, que faz Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e publica resultados mês a mês. O dado é muito relevante, visto que, pelo terceiro mês consecutivo cresce o emprego brasileiro. A taxa de desemprego ficou em 12,0% no segundo trimestre encerrado. O resultado mostra que ainda existem 12,8 milhões de pessoas em desemprego aberto no Brasil. A quantidade de pessoas desempregadas caiu 5,3% no segundo trimestre de 2019, em relação ao final de março, que fora de 12,7%. Assim, segundo o IBGE, 621 mil pessoas deixaram a condição de desemprego no Brasil, do primeiro para o segundo trimestre. É menor também do que os 12,4% do mesmo trimestre de 2018. Conforme o coordenador de trabalho e rendimentos do IBGE: “Há um efeito sazonal nesse processo, sempre do primeiro para o segundo trimestre vai ter redução da desocupação. Mas, o crescimento da população em idade de trabalhar foi de 1%, e a ocupada cre