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Mostrando postagens de dezembro, 2012

29/12/2012 - LEÃO QUE RUGE

Este ano representou um pífio crescimento da economia, por volta de 1%, com o governo também não alcançando a meta da inflação de 4,5%, embora tenha ficado dentro do viés de alta de 2%. Isto é a inflação oficial cravou 5,8%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), baseada pelo IBGE, como índice preliminarmente divulgado. Já o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas atingiu 7,82%. O primeiro é uma cesta de quase 500 produtos acompanhados semanalmente. O segundo é o indicador que reajusta contratos de aluguéis. Todos os dois fecharam o ano com tendência de alta. Após o Plano Real (1994) o controle da inflação vem se dando pelo Banco Central, aquele mesmo que regulamenta o câmbio. Dessa forma, o câmbio vem sendo valorizado, com poucos momentos de desvalorização. Tal prática de mais de 17 anos, manteve bem comportado o vetor de preços importados e muito tem contribuído para a baixa taxa inflacionária. Diretamente, os preço

28/12/2012 - COPA DO MUNDO

No dia 30 de outubro de 2007 o Brasil foi escolhido para sediar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A primeira e única Copa de Futebol   no Brasil foi realizada em 1950 (62 anos atrás), mesmo o Brasil tendo ganho 5 copas e estar em primeiro na classificação geral em vários anos pretéritos. A preferência da FIFA vinha sendo para países ricos. Decorridos cinco anos da citada escolha, do ponto de vista econômico, os resultados somente começaram a serem sentidos em 2012. Conforme o Banco Itaú o incremento no PIB, pelo efeito dos dois eventos será de 0,5% em cada um dos três anos (2012-2014). Ora, nada desprezível se considerado que neste o PIB crescerá por volta de 1%. Isto é, o efeito da Copa estará sendo a metade do que o Brasil crescerá em 2012. Segundo estimativas do próprio governo serão investidos R$37 bilhões, sendo R$12,7 bilhões em transportes; R$7,2 bilhões em estádios; R$5,3 bilhões em aeroportos; R$4,2 bilhões em telecomunicações; R$4,1 bilhões em se

27/12/2012 - ENDIVIDAMENTO RECORDE

O brasileiro está cada vez mais endividado. Para isto tem muito contribuído a ampla disponibilidade de crédito, menores taxas de juros e prazos mais longos. O percentual da dívida total das famílias em relação à renda anual média bateu todos os recordes, elevando-se   de 44,47% para 44,53%, em outubro, conforme dados do Banco Central, que levanta tais estatísticas desde 2005. Trata-se do décimo mês consecutivo em alta. A tendência é de alta. Após o Natal começaram as ondas de liquidação cujos produtos têm desconto de até 70% em lojas físicas e virtuais. Tal nível de endividamento pode até ser comum nos países ricos, mas o brasileiro sempre balizou um endividamento máximo de 30% da renda média anual. Inclusive os bancos sempre usaram referido parâmetro no Brasil, para atribuição de crédito. Considerando que cerca de 60% da população brasileira não consegue fazer seu salário chegar ao final do mês, é necessário que o salário real continue crescendo. O poder de compra da base da pir

26/12/2012 - PRODUTIVIDADE BRASILEIRA

O brasileiro José Alexandre Scheinkman é professor de Princeton, uma das mais famosas do mundo, residindo nos Estados Unidos desde 1974, estudioso da produtividade. Para ele “aumentar a produtividade significa fazer mais com os mesmos recursos”. Produtividade pode ser do conjunto de fatores de produção ou de cada fator em separado. Produtividade do fator trabalho; produtividade do capital; produtividade da tecnologia; produtividade da natureza; produtividade da capacidade empresarial. Em entrevista à revista Exame, datada de hoje ele assim se referiu: “Um país só enriquece com seus trabalhadores produzindo mais. Ou seja, cada trabalhador gera mais riqueza por hora trabalhada e também mais riqueza ser produzida com base no mesmo capital. O Brasil, nas últimas décadas produziu pouco nesse sentido e, dependendo de como medimos, a conclusão é de que não produziu nada”. Exame – Como assim¿ Não evoluímos nem um pouco¿ “Uma maneira de medir a evolução é comparar a produtividade do país

25/12/2012 - CONFIANÇA DO BRASILEIRO

Anualmente, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública (IBOPE) realiza pesquisa sobre a confiança do brasileiro em suas instituições. O Corpo de Bombeiros continua sendo a principal organização com 83 pontos, numa escala de zero a cem. Os meios de comunicação vêm em segundo lugar, com nota 60. Em terceiro lugar, está o Supremo Tribunal Federal (STF) com nota 54. Com 54 pontos também está o sistema eleitoral. Já a Justiça cravou 47 pontos. Em situação de grande desconfiança está o Congresso Nacional com nota 35. A diferença de 19 pontos entre o STF e o Congresso mostra que a população está em frente de um grande embate entre a posição do STF, em julgar os mensaleiros e condená-los, em relação à posição do presidente da Câmara, que não aceita que o STF casse os deputados. A grande exposição do STF é indicativa de que a população aprovou a atuação firme dos últimos meses. Em 2012, o Brasil progrediu no combate à corrupção e aos desvios da administração pública. As conquistas foram expr

24/12/2012 - POPULARIDADE E ECONOMIA

A presidente Dilma fecha o ano, alcançando 80% de popularidade. Se a eleição fosse agora, ela   ganharia a reeleição no primeiro turno.   O País não está economicamente em crise. Está estagnado. Chegando à metade do seu governo, a presidente tem que reativar a economia, sob pena de seu provável competidor, Aécio Neves, soltar as baterias contra ela. O crescimento medíocre entre 1% e 2% será o principal ponto de embate. A equipe econômica passou o ano inventando incentivos fiscais, que não deram certo. Ademais, eles atacaram as margens de retorno do segmento financeiro, das montadoras, baixaram a taxa SELIC em 10 reuniões consecutivas do Comitê de Política Monetária do Banco Central, para hoje estar em 7,25%, o menor nível anual da história e não recuperou o incremento do PIB semelhante ao período de Lula. Mesmo com o menor índice de desemprego da história, por volta de 5%, a presidente Dilma está queimando a gordura do período de Lula. Ao encerrar o ano, na viagem à Rússia, a presi

23/12/2012 - NÃO FALTOU DINHEIRO

Não faltou dinheiro para investimentos, por parte das grandes empresas brasileiras escolhidas, conforme constatou a revista Exame, datada de 26-12-2012, a da última quinzena do ano, visto que o caixa delas fechou com R$240 bilhões, “voando”, provavelmente em aplicações financeiras, sem que se dirigissem a novas inversões, tão necessárias ao incremento produtivo. O estudo é um trabalho encomendado à empresa de análise financeira Economática, que detectou que 221 empresas negociadas na bolsa de valores de São Paulo estavam encaixadas em novembro com tal dinheiro, em contraste com R$86 bilhões que tinham em 2008, ano em que a economia começava a se desacelerar. Ora, as empresas gigantes da poupança não investiram o suficiente para tirar o País do marasmo econômico porque argumentam não ter condições satisfatórias de acreditar em novos negócios. O sentimento não é nada ingênuo. O que faltou, segundo a referida revista foi “segurança para investir”. Desde quando os capitais precisam de ‘s

22/12/2012 - POUCO FÔLEGO

A economia brasileira vem andando de lado, após o segundo choque do petróleo, de 1979, já que o primeiro choque foi resistido pelo governo Geisel (1974-1979), colocando a economia brasileira “em marcha forçada”. Isto é, resistindo e crescendo muito, por volta de 6% ao ano, quando a maior parte do mundo entrou em recessão. Porém, em 1979, a “conta petróleo” passou a corresponder a 50% das exportações, provocando sérios déficits na balança comercial. A dívida pública brasileira se tornou explosiva. Para piorar o quadro nacional, naquele ano, assumiu a presidência do Banco Central dos EUA (o FED), Paul Vockler, que permaneceu 18 anos no cargo, cuja ortodoxia consistiu em elevar a taxa de juros dos títulos americanos, que ultrapassou até 20% anuais, o que atraiu capitais de todo o mundo e, a escassez provocada, fez o Brasil recorrer a empréstimos de assistência do FMI, os quais colocaram a economia em recessão por quatro anos. Desde então a economia teve baixo crescimento médio, por vol

21/12/2012 - VEZ DA CLASSE D

A consultoria Data Popular, especializada em baixa renda, considera a classe D, com renda média de R$952,00, representa um contingente de 56,8 milhões de brasileiros, cerca de 30% da população. A maioria deles tem salários entre um a dois salários mínimos. A classe E seria 7% da população. A classe C, 52%. A classe B, 7%. A classe A, 4%. A classe D era um segmento em que não se prestava muito atenção. Os analistas ora a incluíam na pobreza absoluta, ora na classe média baixa. Porém, graças ao aumento real de salário, dobrou seu poder de compra em uma década. Assim, coloca-se no mapa de consumo do Brasil e no planejamento estratégico das empresas. Atualmente, a classe C começa a dar sinais de esgotamento. Estudo da consultoria Nielsen de um conjunto de 132 produtos de varejo, em 2011, 46 tiveram vendas muito acima da média, puxados pela classe D. Calcula-se que 70% da classe D se encontram no mercado informal e a maioria ainda usa exclusivamente transporte público. Há sete anos uma fa

20/12/2012 - DESIGUALDADE DE RENDA

Decorrentes dos chamados programas sociais do governo, combinado com a chamada da inflação brasileira para níveis civilizados e elevação do salário mínimo real, desde 1994, a desigualdade na distribuição de renda vem caindo, no geral, para o Brasil como um todo. Por seu turno, a classe média, que era 36%, em 1994, passou para 52% da população em 2011. Entretanto, em uma década, três unidades federativas viram as desigualdades aumentarem em seus territórios, segundo dados do IBGE, divulgados ontem. Quando se observa o rendimento de todas as fontes, o índice de Gini, que mede a distribuição de renda, variando de zero (perfeita igualdade) a um (extrema desigualdade), subiu de 0,592 para 0,598 no Amazonas, de 0,569 para 0,579 em Roraima e de 0,630 para 0,634 no Distrito Federal (DF), o mais alto entre todas as regiões e o único que ficou acima de 0,6. Segundo o diretor de Estudos e Políticas Sociais do IPEA: “O reajuste real do funcionalismo pode ter influenciado no DF, que concentra a

19/12/2012 - SOLUÇOS ECONÔMICOS

O governo federal lançou ontem mais um pacote de medidas da política fiscal. Referida política é um balanço entre receitas (a grande maioria delas de origem tributária) e custos (pagamentos aos órgãos públicos e o que sobrar para investimentos). Ora, orçamento da União é de mais de um trilhão de reais, que daria para fazer bons investimentos. No entanto, o governo secularmente só anda apertado para realizar inversões, desde o Império, quando o País assumiu a dívida portuguesa com a Inglaterra. Não há condições nem de pagar todos os juros, sendo as parcelas de principal roladas. Em decorrência disso, o governo protela a reforma tributária, não quer reduzir a máquina pública partidarizada e faltam recursos completados com impostos, contribuições e taxas. Assim, vem, temporariamente, concedendo incentivos, visto que passa longe reduzir tributos. São soluços visando a retorno de taxas de crescimento elevadas, para melhorar a gestão pública. Hoje, portanto, o Ministro da Fazenda, Guid

18/12/2012 - APAGÃO ELÉTRICO

A presidente Dilma segue a cartilha do ex-presidente Lula, embora travada pelo pífio desempenho da sua gestão econômica. Os insucessos da referida área, depois dos oito anos de Lula, acontecem com os reveses da indústria, principalmente de exportação, a volta da Petrobras em importar substanciais quantidades de petróleo, o fracasso da produção do etanol, estando o Brasil o importando e a falta de confiança dos empresários em fazer investimentos, além de ter muito dispendiosa máquina pública, o que impede o governo de fazer os pretendidos investimentos do PAC. Por outro lado, a “limpeza ética” da corrupção de 20% do ministério herdado por Lula, fazendo os 80% restantes serem cautelosos, retardando os investimentos, somente agrava a situação. Além do mais há travas da gestão ambiental, da burocracia, da repercussão da condenação de 25 réus, a maioria do PT, dentre 39 arrolados. Três anos atrás a Ministra da Casa Civil, assegurou ao País que o sistema elétrico estava recuperado, “mi

17/12/2012 - COMPETITIVDADE RESTRITA

No Dia 23-10-2012 o Banco Mundial divulgou a classificação anual, o que faz tradicionalmente, do Ambiente Geral dos Negócios, com quase todos os países do mundo. A cada ano o País cai na relação. Por exemplo, já esteve recentemente em 120º lugar, depois 124º, descendo para 126º. Agora o resultado deste ano revela queda mais acentuada, de 126º para 130º. O Brasil tem uma imensa economia rígida. Isto é, sem mobilidade para acompanhar nem mesmo os maiores emergentes mundiais, crescendo a menos da metade daqueles que crescem menos. A Confederação Nacional da Indústria realizou uma classificação de competitividade industrial restrita a 15 países. O Brasil se encontra em penúltimo lugar, somente está melhor do que a destroçada Argentina. Desde 2004 que se ouve que o País será o celeiro mundial, durante o reinado do seu agronegócio. Em 2006, o presidente Lula alardeou que o Brasil seria o grande exportador de etanol e de petróleo da camada do pré-sal. Hoje o País importa essas duas maté

16/12/2012 - NÃO GOVERNAMENTAIS

O sistema econômico envolve setores que são as famílias, as empresas, os governos e o resto do mundo. Entretanto, tem milhões de instituições mundiais ou nacionais que são chamadas de Organização Não Governamentais (ONGs). No modelo mais simples elas são chamadas de instituições do terceiro setor, sendo os outros dois as empresas e os governos. Elas surgiram para dar agilidade às ações econômicas, sejam como instituições sociais, sem fins lucrativos, beneméritas, mas muitas são entidades capitalistas mesmo. Devido a sua grande capilaridade, pouco a pouco foram surgindo ONGs laranjas, aquelas que escondem a corrupção, o desvio de dinheiro e longe do alcance da justiça. Fala-se que as ONGs problemáticas são 5% do total no País. Só que 5% de centenas de milhares são números muito expressivos. Ainda mais, 80% delas receberam mais de R$600 mil por ano. No Brasil não é muito diferente de em outras partes do mundo e aqui não são fiscalizadas. De 2008 para cá, do orçamento público já foram

15/12/2012 - EMPREGO E CRESCIMENTO

O menor nível de desemprego da história é o atual, de 5,2% da mão de obra nacional. Há dez anos o desemprego estava perto de 12%. Por volta de 2004, o mundo alcançou grande crescimento, demandando muitas matérias primas brasileiras, além disso o País tinha infraestrutura ociosa e mão de obra excessiva. Assim, o PIB dobrava a sua taxa de crescimento, de 2% a 3%, para 4% a 5%. Mas, o processo de crescimento via incremento do consumo se esgotou por aqui, em 2009, quando o PIB se retraiu 0,3%. Em 2010, o crescimento foi de 7,5%. Porém, desde 2011 que o PIB não repete os anos de 2004 a 2010. A equipe econômica continua insistindo em estimular a demanda agregada e já não a capacidade ociosa de outrora. É preciso elevar a produtividade, que tem sido negativa. Os gargalos da infraestrutura estão no cotidiano, sendo os mais gritantes em energia elétrica, portos, aeroportos, rodovias. É preciso elevar os investimentos. É necessária uma reformulação no aparelho de Estado, para torná-lo ma

14-12-2012 - CRITÉRIO DE ENDIVIDAMENTO

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do IBOPE, com 2.002 entrevistas coletadas entre os dias 16 e 19 de junho, com pessoas com mais de 16 anos, em todas as unidades da federação, intitulada Retratos da Sociedade Brasileira: Hábitos de Consumo e Endividamento demonstrou que na hora de tomar financiamento, o brasileiro em geral olha mais a prestação do que os encargos e prazos. Ou seja, 69% dos entrevistados ainda avaliam que, “mais importante que os juros cobrados ou os prazos é a prestação caber no bolso”, na s palavras do próprio relatório. A razão principal do comportamento irracional se deve a falta de educação financeira da população. Existem inúmeras pesquisas que mostram que antes de terminar o mês, acaba a renda da maioria da população, cerca de 60%. Ora, a ginástica maior é fazer a prestação caber no bolso. Outra explicação consequente é que uma maioria da população que historicamente sempre foi pobre desenvolveu o sentido aguçado de privilegiar o cons

13/12/2012 - PIB DOS MUNICÍPIOS

O IBGE calculou o PIB dos 5.565 municípios brasileiros, baseado em dados de2010. Mais uma vez pequenas cidades, com grandes empreendimentos industriais, nas áreas de petróleo, energia e automóveis estão entre as de maior renda per capita. O campeão é o município baiano de São Francisco do Conde, R$296,9 mil, equivalente a renda mensal de R$24,7 mil. Ocorre que o Índice de Desenvolvimento Humano o coloca entre os 2.000 municípios nacionais. Lá está sediada a Refinaria Landulpho Alves, segunda maior do País. Quem conhece a cidade sabe que é grande a pobreza, havendo favelas, faltando saneamento, escolas, saúde. Portanto, é grande a concentração de renda. Em seguida, vem Porto Real, no Rio de Janeiro, onde se encontra instalada uma montadora de veículos. A renda per capita dela é de R$290,8 mil. Depois, vem Louveira, em São Paulo, renda per capita de R$239,9 mil, polo de centros de distribuição. Completando o quadro vem a mineira Confins, onde fica o maior aeroporto do Estado, renda pe

12/12/2012 - LICENÇA AMBIENTAL

Conseguir licença ambiental no Brasil é processo muito mais burocrático e demorado do que em vários outros países. É preciso consultar 20 repartições aqui, enquanto, por exemplo, na Dinamarca são cinco órgãos. O tempo médio para obter licença no Brasil é de 24 meses. Nos Estados Unidos, 12. Na Argentina, 6. Na Holanda, 6. Na Dinamarca, 5. Em órgãos como o IBAMA, em 2007, havia 980 projetos em análise. Em 2012, são 1.557. O estoque não para de crescer. Os empreendimentos que mais demoram em obter licenças são as hidrelétricas. Quatro fases exaustivas. (1) Concessão do Termo de referência, o prazo previsto pelo IBAMA é de 70 dias. Porém, demora 394 dias. (2) Concessão de licença prévia, para o IBAMA, 210 dias. Na prática 345 dias. (3) Concessão de licença de instalação, para o IBAMA, 75 dias. Na realidade, a média é de 132 dias. (4) Concessão de licença de operação, para o IBAMA, 45 dias após a conclusão de obras. Na realidade, 1.100 dias. Em suma, o tempo previsto pelo IBAMA é de 400

11/12/2012 - COMBATE AO MARASMO

As medidas anunciadas na semana passada de estímulos, tais como R$100 bilhões de crédito do BNDES, para inovações e a compra de bens de capital, a uma taxa de juros de longo prazo mais baixa, de 5,5% para 5% anuais, subsídio este de mais de 2%, visto que o BNDES capta o dinheiro referido através de títulos públicos, os quais pagam o mínimo de 7,25% ao ano, além de R$54 bilhões para a ampliação e modernização dos portos, espera-se que convençam o setor privado a voltar a investir. Recentemente, o governo desonerou a folha de pagamento da construção civil, ao invés de recolher 20% sobre citada folha, os empresários da área pagarão 2% do faturamento. Em 10 reuniões sucessivas do COPOM, a taxa de juros caiu 5,25%, de 11,5%. Além do mais a prorrogação do imposto reduzido para as compra de automóveis, produtos da linha branca e móveis passaram a existir durante este ano, que ainda vai findar em 31-12. É preciso reagir. Pelo segundo ano consecutivo o governo somente reeditou baixo crescimen

10/12/2012 - BALANÇO DO PAC

A última avaliação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi em 19 de novembro. Criado em 21-01-2007, dezenas de obras foram selecionadas nas áreas de portos, aeroportos, estradas, energia, saneamento, investimentos antigos e novos foram se agregando ao PAC. O que se destampou foi uma panela de pressão de imensas carências de infraestrutura. Pouco a pouco, todos os Estados e municípios apresentaram obras para o PAC. Assim, de dezenas, passaram a centenas, depois milhares. Hoje existem 22.000 obras listadas. Nestes quase seis anos, os órgãos públicos já gastaram, inclusive estatais, R$1 trilhão. Grande parte de dinheiro não foi para infraestrutura. No geral, 63% das obras públicas, privadas e das estatais. Mas, 37% foram para a habitação, crédito imobiliário e subsídios para o Minha Casa, Minha Vida. O Ministério do Planejamento afirma que 7% estão concluídas, 31% estão no prazo, na maioria obras em estágio inicial. Porém, 62% estão atrasadas, tais como rodovias, ferrovias, p

09/12/2012 - VALOR DE MERCADO

J. Paul Getty era o homem mais rico do mundo. O americano do petróleo dizia que o melhor negócio do mundo era até o décimo lugar as empresas petrolíferas. No centro do capitalismo já não é mais assim. Durante o exercício de 2011 a Apple superou a Exxon e se tornou a empresa mais valiosa do mundo. O valor de mercado da Apple é de US$550 bilhões. O valor de mercado da Exxon é de US$398 bilhões. A taxa de lucro sobre o patrimônio da Apple é de 43%.Já a sua lucratividade sobre as vendas é de 53%. A Exxon tem taxa de lucro inferior a 6%, que é a referida taxa da Petrobras. Em novembro a Ambev ultrapassou a Petrobras. Seu valor de mercado é de R$249,2 bilhões, enquanto o da Petrobras é de R$245,6 bilhões. Há dez anos atrás o Petrobras valia quatro vezes o da Ambev. Quer dizer, que tecnologia e alimentos trazem mais resultados hoje em dia do que as tradicionais petroliferas. A relação de rentabilidade sobre o patrimônio das 14 maiores é a seguinte: Apple, 43%; Ambev, 34%; Microsoft, 24

08/12/2012 - PORTOS

O governo da presidente Dilma resistiu mais de ano para tomar medidas que não fossem ortodoxas, tais como são os incentivos fiscais promovidos para a indústria automobilística, para eletrodomésticos e para construção civil. Viu que a taxa de crescimento do País caiu de 7,5%, em 2010, taxa esta que cresceu no vácuo deixado pelos – 0,3% de 2009, para 2,7%, em 2011, para provável 1% de incremento do PIB em 2012, não obstante ela ter forçado a barra para que os bancos reduzissem as suas taxas e do Banco Central reduzir, por dez reuniões consecutivas, em 5,25%, a taxa básica de juros da economia (SELIC), sem que a retomada do desenvolvimento fosse realizada. Há muito tempo que os empresários vêm falando em iniciativa de investimentos públicos com investimentos privados (muito mais destes). O presidente Lula atuou na concessão de algumas rodovias. A presidente Dilma, somente no inicio deste ano privatizou três aeroportos, mesmo criando mais uma estatal para supervisioná-los. Em face das

07/12/2012 - PRIVILÉGIOS

A herança mais perniciosa do colonialismo é a existência de privilégios, muitos dos quais até hoje existem. Os extintos, como a nobreza, foram substituídos pela formação de categorias de beneméritos, os quais foram ampliados em números no curso do Império, República Velha, Revolução de 1930, Estado Novo, República Nova, Ditadura Militar, Nova República. Aquele que nunca deixou de existir e é o maior em número são os cartórios. Praga que torna a burocracia sufocante. O exemplo mais gritante é o reconhecimento de firma. Este deixou de existir a partir de 1979, mas pouco a pouco voltou como exigência, hoje dia mais burocrático ainda. Fila, senha, perda de tempo e raiva: é para quem perde uma manhã e até um dia para a tarefa. Mas, de todas as heranças que foram deixadas pelos colonizadores está o Estado pesado, cheio de mordomias nos poderes constituídos e, o que pior, ao invés de diminuírem, crescem. Brasília é o principal centro das vantagens dos funcionários públicos. A sua renda pe

06/12/2012 - INCENTIVOS FISCAIS

A política econômica do governo federal é reconhecida como ortodoxa. Vale dizer, a direção da economia é feita pelas políticas monetária, cambial e fiscal. Ou seja, Banco Central, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento, componentes da chamada de equipe econômica. Isto acontece no Brasil desde 1994, com a implantação do Plano Real. Desde aquela época que deveriam ter sido realizadas as reformas estruturais. Não foram feitas até agora, a economia brasileira continua patinando no crescimento medíocre de 1% do PIB e não há perspectiva disto melhorar tão cedo, visto que a política monetária é de combater a inflação, via rígido controle monetário; a política cambial é de câmbio flutuante, o que   permite ou não ao Banco Central   comprar ou vender moeda, quando a divisa sobe, ou, vice-versa, prejudicando a indústria, tanto a exportadora, que perde competitividade, como a do mercado interno, que não tem condições de concorrer com produtos importados mais baratos, visto que a i

05/12/2012 - ARMADILHA DA RENDA MÉDIA

O Banco Mundial classifica os países em três grupos. Pobres, aqueles de renda per capita inferior a US4 mil. Emergentes, aqueles de renda per capita entre US$4 mil a US$12 mil. Avançados, aqueles de renda per capita superior a US$12 mil. O PIB brasileiro de 2011 foi de US$2,2 trilhões. Com a população de 192 milhões, o PIB per capita seria de US$11,458.00. Isto é bem perto do Brasil ser considerado desenvolvido. Analisando um grupo de 101 países considerados na faixa de renda média citada, no período de 1960 a 2008, o Banco Mundial constatou que somente 13 países conseguiram ultrapassar a faixa de US$12 mil por habitante. Aqueles países que ainda não saíram da referida faixa se encontram na armadilha da renda média. São países que tiveram grandes ganhos de produtividade, na passagem de economias rurais para economias urbanas. Quando se iniciou o planejamento brasileiro (1949), menos de 50% da população estava nas cidades. Hoje são 84%. As razões para que países ultrapassassem a arm

04/12/2012 - REFORMAS ESTRUTURAIS

O capitalismo é um sistema que precisa se reformular de tempos em tempos, devido ao ciclo econômico, para que a tendência seja o progresso. Desde o primeiro plano econômico de 1949, o Plano SALTE, até o Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento (III PND), em 1979, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo, de 1950 a 1980. A renda per capita do brasileiro em 1950 era de 15% da renda do americano. Em 1980 chegou a 31%. Entretanto, após cerca de três décadas, o PIB per capita despencou para 23% do PIB estadunidense. Para fins comparativos, a Coréia do Sul, em 1950 tinha renda per capita de 9% da do americano. Em 1980, era de 19%. Hoje, é de 60% da renda do americano. Naqueles 30 anos, o Brasil conviveu com sete planos econômicos. Depois dos anos de 1980, o País fez oito planos de estabilização e não fez nenhum plano de desenvolvimento. Portanto, não realizou em mais de três décadas nenhuma reforma estrutural. Dos sete planos de 1950 a 1980, o Plano de Ação Econômica do Governo (P

03/12/2012 - ECONOMIA À FRENTE

Na edição comemorativa de 45 anos da revista Exame é possível ver que “O Brasil retratado por Exame nos primeiros anos de vida não existe mais. Nossa economia foi multiplicada por 7, temos agora o sexto PIB do mundo. A frota nacional de veículos é mais de 30 vezes superior. No ano em que Exame foi lançada (1967) vivíamos apenas 48 anos, em média, o correspondente à expectativa de vida atual do Chade. Hoje vivemos 74 anos. O analfabetismo atingia 40% dos adultos, ante menos de 9% atualmente. O número de universitários cresceu 17 vezes. São todas essas indicações de que o Brasil subdesenvolvido ficou para trás”. O retrato exposto de que o País é um emergente deveria passar por considerações de que outras nações chegaram bem mais na frente, tal como é o caso do Japão, da Coréia do Sul, da China. Hoje, em ascensão mais rápida no curso do tempo de 45 anos. Em aproximadamente cinco décadas, o mundo que era dividido entre socialismo, comunismo, capitalismo, viu este último sistema tri

02/12/2012 - ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA

Estagnação econômica. Este é o estágio atual da economia brasileira. O ciclo econômico tem fases definidas. 1. Crescimento. 2. Paralisação em alta, menos mal e até é bom se a taxa for acima de 4% ao ano. 3. Paralisação em baixa, preocupante. 4. Estagnação, dificuldades. 5. Recessão, doença. 6. Depressão, tendência à morte. Desde que assumiu a presidência, Dilma prometeu taxas elevadas de crescimento, acima de 4%, média que alcançou o ex-presidente Lula. No entanto, somente tem conseguido colher espinhos. Na política, está tendo que desmontar vários ninhos de corruptos, inclusive na sua própria residência, que é o palácio do Planalto. Na economia, está sendo incapaz de reverter à tendência de baixa. O IBGE divulgou ontem o número de crescimento do PIB, no terceiro trimestre, de 0,9%. Antes, tinha divulgado para o segundo trimestre 0,2% e, para o primeiro trimestre, 0,1%. Logo, a expectativa matemática é de crescimento por volta de 1% em 2012. Como a população cresce a 1,3% ao ano

01/12/2012 - PROGRAMAS SOCIAIS

Em economia, quando não se consegue o melhor, parte-se para a teoria do “second best”, tradução literal de “segundo melhor”, mas isto quer dizer mais: é fazer o que é mais fácil ou mais barato. O Brasil fez planejamento econômico verdadeiro, isto é, planejamento global de longo prazo, envolvendo metas para serem cumpridas e acompanhadas, de 1949 a 1979, com quinze planos de desenvolvimento. Dois governos ficaram célebres no assunto, o governo de JK, que criou o Plano de Metas (1956), vale dizer, 30 metas em segmentos econômicos inteiros e a construção de Brasília, o qual obteve inegáveis êxitos no cumprimento das metas fixadas, bem como o governo Geisel, que criou o II PND, Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (1974), que enfrentou a recessão mundial, em face ao primeiro choque do petróleo, mantendo metas globais de segmentos produtivos, que alcançaram taxa média de crescimento de 6% do PIB. Mas, de 1979 para cá, nenhum plano de desenvolvimento foi editado. O máximo que se