CAMPEÕES NACIONAIS

A partir de 1953, data da criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), as forças produtivas do País tinham como foco criar e fortalecer as grandes empresas de capital privado nacional e com recursos públicos. Isto predominou até, quando o presidente José Sarney, em 1986, colocou no BNDE o S de Social (BNDES) e aí então ele passou a financiar também as grandes multinacionais no País. Ma, nunca foi usado tanto dinheiro público como no período de 2005 a 2020, quando surgiram e se proliferaram os campeões nacionais. O rol de gigantes brasileiros eram os bancos, as empreiteiras, indústrias e empresas do agronegócio, isto está nos dados coletados pelo Ministério da Economia, agora divulgados, de que os “elevados” custos do País, levaram ao BNDES ter como funding o Tesouro Nacional, bem como fundos públicos como o FAT e o FGTS. O relatório bancário é explicito: “Deve-se salientar que, para se financiar o BNDES, o Tesouro Nacional, se endividou pagando os juros determinados pelo mercado financeiro ... Ao emprestar ao BNDES, os trabalhadores “receberam valores inferiores às taxas de mercado, reduzindo o potencial de ganho dos trabalhadores e, muitas vezes, não garantindo nem o valor real das suas economias”. Ademais, também se turbinou a dívida externa, atualmente por volta de 80% do PIB, o que inviabiliza a capacidade de pagamento do governo, limitada a 60% do PIB. No site de hoje do Poder 360 se observa: “As operações do BNDES custaram R%645 bilhões aos cofres públicos entre 2005 e 2020. O valor é referente às operações contratadas de forma direta e indireta pelo banco. Somente no período de 2007 a 2014, o gasto foi de R$530 bilhões. O resultado mostra que todo o custo de oportunidade dos empréstimos do BNDES, que é pago pelo cidadão brasileiro, equivale, praticamente, ao gasto em 2020 na pandemia, com o auxílio emergencial (R$325 bilhões), transferências a Estados e municípios (R$99 bilhões), benefício emergencial para preservar empregos (R$58 bilhões) e com o crédito emergencial a pequenas empresas (R$58 bilhões)”. Assim, no período do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), seu período áureo foi o referido acima, de 2007 a 2014. Em sequencia, gastou-se bastante com o Plano Plurianual dos Investimentos, mais os gastos com a Copa do Mundo Futebol, em 2014, principalmente com a construção de estádios, muitos estão até hoje praticamente vazios, além dos gastos absurdos com as obras da Olímpiada, em 2016, hoje grande parte abandonadas.

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