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Mostrando postagens de novembro, 2020

PREVISÕES FINANCEIRAS DE 2020 E 2021

O Banco Central (BC) divulgou ontem, último dia de novembro, as estimativas do mercado financeiro para 2020 e 2021. A principal previsão é a do PIB, que mudou da água para o vinho. Em janeiro se previa que o PIB cresceria por volta de 3%. No entanto, em 16 de março, a Organização Mundial da Saúde decretou a epidemia do covit-19. Fora decretado isolamento social e redução drástica da produção mundial. As previsões para o produto chegaram até os impressionantes – 9,1% feita pelo FMI. O mercado doméstico já fez previsões na casa de - 6%, - 5% e há um mês está na casa de - 4,5%. Na semana passada fora - 4,55%, era a um mês de - 4,81%. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos do covit-19 voltou a subir. Pelo menos, o Estado de São Paulo colocou um pé atrás, decretando até início de janeiro a fase amarela de combate ao vírus. A previsão para 2021 desde janeiro fora em torno de 3%. Há um mês era de 3,34%, há uma semana fora de 3,40% e nesta está em 3,45%. A projeção

PANDEMIA LEVA A AUMENTO DA DESIGUALDADE

O cargo mais alto no Fundo Monetário Internacional (FMI) é o da diretora-gerente, sempre ocupada por um cidadão ou uma cidadã da Europa. O cargo mais alto do Banco Mundial é geralmente exercido por um americano. No caso do FMI, Kristalina Georgieva declarou ontem estar muito preocupada com   a crise da covit-19, que tem elevado a desigualdade social. Falou ainda que trabalhos técnicos produzidos pelo Fundo tem revelado isso, tanto para Sars, H1N1, Zika e agora covit-19 tem contribuído para a elevação da desigualdade econômica e social. Ademais, referiu-se a que a covit-19 pode ser pior do que todas as outras pandemias, porque houve uma saída em massa das crianças das escolas. Parra ela: “Essas crianças dificilmente vão voltar para a escola depois. Também estamos vendo uma dificuldade no acesso delas à internet, o que se traduz no longo prazo na perda da sua capacidade de serem produtivas. Nos últimos anos nós vimos que a desigualdade entre os países vem se reduzindo, mas intern

INFLAÇÃO DO ALUGUEL

29-11-2020 O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) é usado nos contratos de aluguel. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas que o faz em pesquisas de preços no Rio de Janeiro e em São Paulo, considerados Estados que refletem mais a inflação brasileira. Os dois mais populosos. O IGP-M reflete os preços tanto do mercado doméstico como do mercado internacional. Neste ano o dólar disparou cerca de 40%. A FGV afirma que o dólar influencia cerca de 30% do indicador. Neste ano acumula o IGP-M alta de 24,52%. Em setembro fora de 3,23% e em outubro de 3,28%. O indicador vem sendo puxado pelas commodities agropecuárias, tais como o milho, trigo e bovinos. Maior do que o IGP-M de outubro foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, de 4,26%. O Índice que mede o varejo é o Índice de Preços ao Consumidor, ficando em outubro em 0,72%. Já o Índice Nacional do Custo da Construção subiu 1,29%. A Fundação também o Índice de Confiança da Indústria, que cresceu 1,9% em outub

VISÕES ECONÔMICAS OU POLÍTICAS

28-11-2020 Quando você faz graduação, bacharel, você aprende muito de quase nada. Ao fazer mestrado, você sabe um pouco de pouco conhecimento científico. Ao fazer doutorado, você procura saber, e sabe, de um tema específico. Pós-doutorado é uma filigrana. Não acrescenta quase nada. Se acrescentando, pode ser uns dólares a mais. A explicação de ter-se criado o economista foi a de entender-se a esfera monetária com a esfera produtiva se relacionando. O que Karl Marx chamou de M = M; M = D = M; D = M = D = M = Delta D. Então, os ciclos se tornaram infinitos. Para ele, o capitalismo. (M é mercadoria; D é dinheiro). A notícia de que ingressaram na bolsa de valores em novembro de capital estrangeiro, R$30 bilhões, pode parecer grande coisa. Mas, para um economista se trata de menos de 10% do dinheiro agora negociado em novembro. Foram 15 dias de pregão do Ibovespa em 27 dias do mês (1/15). É bom? E ruim?   O jornal Estado de São Paulo refere-se a que a bolsa brasileira nunca viu

ROMPIMENTO SUTIL DO TETO DOS GASTOS

A equipe econômica tem declarado que não quer o rompimento da lei do teto dos gastos, o que já Ocorreu espetacularmente neste ano, após aprovação pelo Congresso Nacional de decreto governamental de estado de calamidade pública. De déficit aprovado para este ano de cerca de R$124 bilhões, o governo poderá atingir por volta de R$850 bilhões, pelo combate à pandemia do covit-19 e pelo isolamento social daí realizado. A economista-chefe do Azimut Brasil Wealth Management, Helena Veronese, declarou ontem que um rompimento “sutil” no teto dos gastos em 2021, num contexto de aprovação de reformas não provocaria uma deterioração acentuada dos mercados financeiros do Brasil, visto que tal fato já está acontecendo. O enfrentamento da referida pandemia ainda não se completou dado que a vacina contra a covit-19 ainda não está disponível. Mais algum tempo ocorreram às restrições de enfrentamento da pandemia. Não fazer novo auxílio emergencial tornaria a situação muito difícil para o exércit

RISCO DE HIPERINFLAÇÃO

26-11-2020 Há 15 dias que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma declaração forte de mau desígnio. Ou seja, de o País correr o risco de hiperinflação porque não está conseguindo resolver a situação de desequilíbrio fiscal, no caso de não conseguir refinanciar a dívida pública. A reação dele foi exagerada, assim como no início do governo se referiu ao fato de chegar ao fim do primeiro ano com déficit primário zero. Na verdade, desde 2014 que o Brasil voltou a ter déficit primário e, nesse ano, devido às medidas adotadas de combate à pandemia do covit-19, o rombo federal se aproximará de R$850 bilhões, quando forem fechadas as contas do governo central. Não poderia ser diferente haja vista que o desemprego de muitos milhões de brasileiros obrigou o governo a fazer o auxílio de emergência, além de financiamentos às empresas, renúncias e postergações fiscais e queda da arrecadação, para atingir um contingente de 67 milhões de brasileiros, mediante doação de dinheiro vivo. Não

RISCO DE UMA SEGUNDA ONDA

25-11-2020 Enquanto a bolsa de valores brasileira praticamente está chegando a eliminar as perdas desde o início da pandemia, com mais de 90% da recuperação, o risco de uma segunda onda do covit-19 traz apreensão, ao tempo em que as farmacêuticas internacionais estão informando, como a Pfizer, declarando que tem 95% de chance de cura e pediu registro da vacina no Brasil. O problema é que ela tem que ser refrigerada a – 70º e é muito mais cara do que a vacina da Oxford, que pode ser acondicionada em refrigerador comum. A eficácia da vacina londrina é de mais de 90%. Agora vem a Rússia revelar também que a sua vacina Sputinik 5 tem 95% de eficácia. O repique da covit-19 exige que a população seja vacinada. Como o Supremo Tribunal Federal é chamado a decidir muita coisa, em voto sobre a vacinação, o ministro Ricardo Lewandowski concluiu ontem o voto na ação que quer que o governo federal seja obrigado a apresentar em 30 dias o plano de vacinação contra a covit-19. Há quatro ações no

QUEDA MENOR DO PIB É ESPERADA

24-11-2020 As medianas das estimativas das 100 instituições financeiras consultadas pelo Banco Central prevêem queda menor do PIB em 2020. Na semana passada as projeções eram de – 4,66%, nesta semana passaram a – 4,55% do PIB. Na semana que se encerrou o mercado financeiro também subiu a elevação do PIB em 2021, de 3,31% para 3,40%. Já a inflação prevista subiu de 3,25% para 3,45% neste ano. A pandemia do covit-19 teve seu foco maior no segundo trimestre do ano. Assim, - 9,7% fora a queda do PIB naquele período. De abril a junho, devido à paralisação de várias atividades econômicas, o mercado financeiro tinha baixado a perspectiva da inflação para a casa de 2%. Já no terceiro trimestre, com a alta do dólar e a flexibilização das atividades econômicas a inflação passou da casa de 3%. Como visto já é estimada em 3,45%. Em setembro, a inflação avançou 0,64%. Foi a maior alta já registrada para o mês desde 2003. Em outubro, a elevação foi de 0,86%, a maior alta desde 2002. A previs

G-20 SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO

23-11-2020 Em reunião virtual, a partir de Riad, na Arábia Saudita, os líderes das 20 maiores economias mundiais, afirmaram que a pandemia do covit-19 derrubou a produção mundial, de crescimento médio de 3% do PIB era estimado, para uma recessão global bem acima de – 3% do PIB, havendo necessidade de uma ação global coordenada, solidariedade e cooperação multilateral entre os países que reúnem mais de 80% do PIB mundial. Longe ainda do fim da pandemia, os líderes dos 20 países citados, propugnam a união de forças para superar os desajustes da conjuntura internacional. O G-20 defende criar oportunidades para todos. Em comunicado eles afirmaram que é preciso uma formação de uma forte etapa após o covid-19, inclusiva, sustentável e equilibrada. Na verdade são declarações para reversão de expectativas. Nos Estados Unidos está sendo autorizado pela Food and Drug Administration, órgão gestor que regulamenta o uso emergencial do coquetel produzido pela farmacêutica Regeneron, que fo

DESACELERAÇÃO DO COMÉRCIO MUNDIAL

A Organização Mundial do Comércio declarou que o comércio internacional de bens e serviços se recuperou fortemente no terceiro trimestre, em resposta aos isolamentos sociais provocados pelo covit-19. Entretanto, a OMC prevê uma desaceleração no final de 2020. A OMC possui um termômetro para o comércio mundial, que subiu pata 100,7 pontos, perante uma elevação das encomendas de exportação, em relação ao recorde mínimo de 84,5 pontos assinalados em agosto. A propalada segunda onda do novo coronavírus não permitiu àquela Organização a previsão de melhorias nos fluxos de comercio internacional. No Brasil não se trabalha com uma segunda onda do coronavírus. O PIB estimado pelo mercado financeiro de uma forma em geral se aproxima de 3% em 2021. No dia 20 passado o Brasil superou 6 milhões de casos do covit-19, após diagnósticos positivos desde o início da pandemia. Por sua vez o número de óbitos da citada pandemia se aproxima de 170 mil.

REDUÇÃO DA PREVISÃO DO DÉFICIT

21-11-2020 O Ministério da Economia, em sua previsão bimensal das contas do governo registrou mais uma vez que o déficit primário poderá ser de R$844,5 bilhões. As estimativas anteriores foram a de R$861 bilhões e de R$880,5 bilhões. O novo cálculo considera uma retração de 4,5% do PIB. A projeção anterior fora de 4,7%. Mais uma redução da previsão e a recessão poderá não a maior da história. Até agora é aquela de – 4,3% do PIB de 1990, quando Fernando Collor sequestrou 80% do dinheiro dos brasileiros. O Congresso tinha aprovado um déficit primário para este ano de R$124,1 bilhões. No início do ano, o Parlamento brasileiro aprovou um orçamento de emergência que autorizou ultrapassar o citado déficit aprovado. Tratou-se da aprovação do decreto de calamidade pública pelo Congresso, para combater os efeitos nocivos da pandemia do covit-19, autorizando o governo a gastar muito mais. Por seu turno, o governo federal não trabalha com a possibilidade de prorrogação do auxílio emergenc

MONITOR DO PIB DA FGV

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) se antecipa a apresentação das estatísticas por parte do IBGE, que as apresentará na primeira semana de dezembro. O Monitor do PIB não tem se diferido muito das estatísticas do IBGE. Quando se observa a oferta agregada, em comparação com o segundo trimestre deste ano, o terceiro trimestre cresceu 7,5%. Isto reverteu em parte à queda de 9,7% do segundo trimestre, pico do combate à pandemia do covit-19, em abril, maio e junho, quando as atividades econômicas foram muito desativadas, mas a projeção do mercado financeiro de recessão de 2020 está por volta de – 5% do PIB. A reação da economia tem sido muito desigual. Enquanto a indústria recuperou 13,4%, o setor de serviços recuperou somente 5,5% no terceiro trimestre. Claro, o isolamento social tem muito prejudicado o setor terciário. A flexibilização do referido isolamento não foi capaz de dinamizar o setor que mais contribui para a formação do PIB. Àquele maior empregador e mais diversificado. A ag

LEI KANDIR

Antônio Kandir, nascido em São Paulo, engenheiro mecânico, mestre e doutor em economia, filho de armênios, participou das equipes econômicas que estiveram no poder nos anos de 1990. Eleito deputado federal, celebrizou-se por relatar projeto de lei, de 1996, aprovado pela Câmara, agora aprovado pelo Senado, de reposição das perdas dos Estados pela União, que isentou de ICMS as exportações deles, visando estimulá-las. A matéria chegou ao Supremo Tribunal Federal, devido aos longos trâmites de cerca de 24 anos. Agora, ontem, o Senado aprovou o projeto de lei complementar 133/2020. A matéria segue para a Câmara de Deputados. Difícil dizer o que acontecerá doravante. Mas, espera-se que seja resolvido. Referido projeto prevê o pagamento pela União de R$62 bilhões às 27 unidades federativas, relativo à compensação das perdas dos Estados e do Distrito Federal de arrecadação de anos pretéritos. O acordo tem o objetivo de fazer o ressarcimento pela União de R$58 bilhões até 2037. Outros

INEDITISMO NO MERCADO FINANCEIRO

Lugar comum era dizer-se que, no Brasil, quem poupava e aplicava no mercado financeiro quase sempre lucrava. A situação inédita no mercado financeiro é de, neste ano e no próximo, o ganho nas aplicações financeiras de renda fixa (atual e projetada) trazerem perdas reais para os investidores, em termos gerais. Perdas reais são aquelas decorrentes da diferença negativa entre a taxa de juros da renda fixa, descontada a inflação (não é menos a inflação, erro comum visto na literatura não técnica). Na história brasileira, pelo menos desde 1979, quando a SELIC passou a ser a taxa básica de juros, esta geralmente era maior do que a inflação. Já, em 2012, o governo da Dilma alterou a remuneração da caderneta de poupança, a 70% da variação do CDI, que tem provocado perdas reais. Mas, agora, as aplicações financeiras de renda fixa promovem prejuízos. Exemplificando, a SELIC deste ano ficou estabilizada em 2,00% e a inflação está projetada em 3,20% ao ano. Para 2021, a SELIC está projetada

NOVA VACINA PARA A COVID-19

A farmacêutica Moderna anunciou ontem que sua vacina atingiu 94,5% de eficácia num teste clínico em estágio final. Estatisticamente, trata-se de uma muito boa performance dentro de uma curva normal, chamada de Gauss, que tem a concavidade semelhante a um sino, sem tocar no eixo dos x, que tendem a menos infinito e a mais infinito. Figura hiperbólica e cientificamente acreditada. A vacina da Moderna pode ser armazenada a 20 graus negativos, temperatura de um freeser, o que o que facilita o armazenamento e a distribuição. Comparada com a vacina da farmacêutica Pfizer, que revelou 90% de eficácia em teste clinico da mesma espécie, ela é melhor. Ademais, a vacina da Pfizer é armazenada a 70 graus negativos, o que dificulta o seu cuidado e manejo. As duas vacinas usam a tecnologia do RNA mensageiro, considerada por muitos como a mais moderna possível. Tal notícia de ontem trouxe euforia ao mercado mundial de ações. O índice da bolsa brasileira encerrou ontem a 106.430 pontos, com al

INÍCIO DO PIX

Inicia-se hoje um sistema de pagamentos imediatos, 24 horas por dia, em qualquer dia, chamado de PIX. Na compra e venda, o pagamento instantâneo é a garantia de segurança do negócio. O modelo do PIX trará economias de escala. A redução do dinheiro em circulação será muito grande, fazendo com que o Tesouro Nacional economize bastante nas emissões de moeda. Por outro lado, crescerá a velocidade de circulação do meio circulante, ampliando os negócios. Para o sistema bancário haverá maior competição, menores custos e maior inclusão financeira. Ao usar o PIX, a pessoa física nada pagará. Já a pessoa jurídica terá custo na operação. A maior implicação será com a elevação da produtividade financeira. As alterações microeconômicas se darão em profusão. Grande economia terá o empresário individual, aquele que deixa de fazer negócios porque as taxas dos TED e dos DOC lhe pesam no bolso. Milhões deles passarão a fazer pequenas transações econômicas. Em resumo, os custos financeiros im

REINGRESSO DE CAPITAL ESTRANGEIRO

Neste ano saíram da bolsa de valores brasileira R$90 bilhões. Agora, em 13 dias de novembro ingressaram R$15 bilhões. Claro que a maior demanda faz com que os preços dos ativos subam. Se em nove pregões se negociaram uma média de R$20 bilhões seriam R$180 bilhões. O valor dos estrangeiros não chegou nem a 10% do total negociado. Os corretores da bolsa nacional acreditam que as ações estão baratas e as taxas de juros estão baixas e até negativas em certos casos.   A confiança que a bolsa brasileira inspira é de que 50% dos papeis são de bancos, da Petrobras e da Vale, conjunto de empresas lucrativas. O fluxo de capitais estrangeiros vem em direção aos países emergentes da Ásia e México. O Brasil parece ter recebido a maior parte. Porém, para referido fluxo se manter é necessário que o governo federal persiga o ajuste fiscal e realize as reformas estruturais. No caso da economia americana, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, declarou que há estímulos para voltar a pro

SAINDO DA RECESSÃO

O governo federal acredita que a economia está saindo da recessão devido aos resultados preliminares de avaliação do PIB do terceiro trimestre do ano. Sabe-se que o IBGE somente divulga os resultados dois meses depois da coleta de dados. Ou seja, na primeira semana de dezembro. Entretanto, o Banco Central (BC) calcula a prévia do PIB. Para o terceiro trimestre do ano o IBC-Br subiu 9,47%, mostra grande recuperação, mas sobre um trimestre anterior em recessão técnica. Sim, dois trimestres anteriores juntos caracterizam a recessão técnica, a qual a economia está fora do seu raio. Todavia, comparando julho a setembro de 2020 com julho a setembro de 2019, o referido indicar foi de – 3% do PIB. Mediante o quinto mês consecutivo de melhora na atividade econômica, o BC fez uma projeção para a atividade produtiva doméstica em 2020 de – 5,00 do PIB. Os dados se encontram no Relatório Trimestral de Inflação do BC. Semanalmente, o BC consulta 100 instituições financeiras. Nesta semana,

SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS

O IBGE divulgou ontem a Síntese de Indicadores Sociais de 2020. Nesta coluna, como acontece diariamente, far-se-á exame de alguns indicadores escolhidos. O que todo mundo presume é que o Estado de São Paulo tem o maior número de pobres: 6,017 milhões. Claro, é o Estado mais populoso do Brasil com população por volta de 45 milhões de habitantes. Em segundo lugar ficou Salvador com 6,006 milhões de baianos pobres. Já o Estado da Bahia possuía cerca de 15 milhões de habitantes. Quer dizer, o número de pobres nos dois Estados é muito próximo de 6 milhões de cidadãos, mas São Paulo tem 3 vezes mais número de habitantes. Na Bahia, 40,4% da população estavam abaixo da linha de pobreza em 2019. O IBGE calculou que 4 em cada 10 baianos do Estado viviam com até R$428,00, naquela data. Já 12,5% da população baiana estavam abaixo da linha de pobreza. Percebiam dinheiro até R$148,00 em 2019. Ou seja, 1,853 milhões de pessoas foram consideradas extremamente pobres na Bahia, para não chamar d

ALIMENTOS SÃO 60% DA INFLAÇÃO DOS POBRES

Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a alta nos preços dos alimentos correspondeu a 60% da inflação dos mais pobres, segundo o Indicador por Faixa de Renda, divulgado ontem pelo IPEA. As famílias de renda mais baixa acumulam uma taxa inflacionária de 3,53% em 2020 e de 5,33% em 12 meses. Por seu turno, na faixa de rendas mais altas existem os benefícios na queda dos preços dos serviços. Em 2020, até outubro, a inflação para estes corresponde a 1,04% e de 2,48% em 12 meses. O levantamento daquele Instituto levou aos cálculos para seis grupos de renda familiar: renda menor do que R$1.650,50 é considerada muito baixa; entre R$1.650,50 a R$2.471,09, renda baixa; entre R$2.471,09 a R$4.127,41, renda média baixa; entre R$4.127,41 a R$8.254,83, renda média; entre R$8.254,83 a R$16.509,66, renda média alta; acima de R$16.509,66, renda alta. Somente em outubro, no conjunto de alimentos e bebidas, sobressaíram-se: o tomate com elevação de 18,7%; o óleo de soja co

PANDEMIA E CUSTOS DO PRIMEIRO SEMESTRE

Segundo o Tesouro Nacional, ontem, os custos totais do governo federal totalizaram R$1,73 trilhão, aumentando 70% no primeiro semestre de 2020, em comparação com igual período de 2019. As causas foram decorrentes do alcance da pandemia do novo coronavírus, a partir de 16 de março deste ano, quando fora decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os custos totais do governo central é o conjunto dos gastos dos três poderes da União e do Ministério Público Federal, com mão de obra, funcionamento, insumos, gastos financeiros, desvalorização do patrimônio, além da repartição de receitas com estados, municípios e organizações sociais ligadas á União. Dentre os maiores custos estão os gastos com a Previdência Social, com o funcionalismo e com o auxílio emergencial. Ademais, o governo federal suspeita que quase 4 milhões de beneficiados com o auxílio emergencial o receberam de forma irregular, dentre os mais de 67 milhões de benefícios pagos. A irregularidade contemplou cerca

EUFORIA NAS BOLSAS

Bolsas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa tiveram ontem um dia de forte otimismo devido à divulgação pela farmacêutica americana Pfizer, de uma vacina contra a pandemia do covit-19, cuja eficácia é de 90%, que deverá ainda ter aprovação dos órgãos de saúde locais. A empresa pretende pedir autorização para usar o imunizante ainda neste mês nos EUA. Ademais, surgiu a expectativa de que a política econômica dos Estados Unidos poderá mudar com a eleição do democrata Joe Biden, que já assinalou que não fará mais a guerra comercial com a China e voltará a participar do acordo de Paris sobre o meio ambiente. A bolsa brasileira subiu 2,57%, a 103.515 pontos. Na cotação máxima de ontem chegou a 105.147 pontos, quando subiu mais de 4,00%. É a maior pontuação desde o início da pandemia do covit-19, quando em 6 de agosto, bateu em 104.125 pontos. O pico do Ibovespa foi ao início do ano, antes da decretação da pandemia, a 119.528 pontos. Depois do dia 16 de março caiu violentamente até

INDICADOR ANTECEDENTE DE EMPREGO

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula mensalmente o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp). O mercado de trabalho continuou se recuperando, mas em uma menor intensidade agora em outubro. Conforme o economista da FGV, Rodolpho Tobler; “o resultado de outubro confirma o cenário de recuperação do mercado de trabalho. Apesar da sexta (alta) seguida, a melhora tem sido mais tímida com o passar dos meses e o nível atual ainda e encontra consideravelmente abaixo do período pré-pandemia. A incerteza que ainda se mantém elevada e a proximidade do período final de ajuda do governo parecem contribuir para uma maior cautela dos empresários”.O IAEmp antecipa os destinos do mercado de trabalho nacional. Medido em pontos, subiu 2,9 pontos em outubro, passando para 84,9 pontos. Foi o sexto mês seguido de elevação.        Há também o acompanhamento da FGV do Indicador Coincidente do Emprego semelhante à taxa de desemprego que calcula o IBGE. Pelo segundo mês o referido indicador ficou estável

CADERNETA DE POUPANÇA

08-11-2020 Até 2012 a caderneta de poupança rendia 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada há muito tempo. Aqueles depósitos feitos até aquele ano continuam rendendo 0,5% ao mês. A remuneração da citada caderneta, para depósitos feitos depois daquela data passaram a render 70% do certificado de depósito interbancário (CDI). A poupança passou a ser uma das piores aplicações financeiras. Com a inflação acelerando em outubro, ficando acima de 3%, o CDI seguindo a taxa SELIC de 2% ao ano, a caderneta mais uma vez ficou sem ganho real no mês, acumulando nos últimos 12 meses, descontando o IPCA do período, perdas de 1,40%, conforme levantamento da consultoria Economática. A remuneração negativa da citada caderneta de 1,40% de outubro é o pior resultado para a poupança em 12 meses, desde dezembro de 2015, quando o resultado negativo fora de 2,28%. O sistema financeiro apresenta rentabilidade negativa em muitas aplicações de renda fixa. A pandemia do covit-19 levou

PIB 2018

O IBGE calcula o Produto Interno Bruto (PIB) e o divulga de forma trimestral. Trata-se de proxy da realidade. Até porque a realidade não é captada. Existe um PIB informal. Aquele que as estatísticas não conseguem perceber. Assim, o PIB é abstração. Aliás a economia é uma ciência imperfeita porque lida com abstrações. Para que serve então? Trata-se de um retrato desfocado, mas que permite ver bastantes situações. Então o PIB é uma verdade relativa. A esse respeito, o IBGE se permite fazer três correções do PIB anual. Dessa vez o fez relativo ao PIB de 2018. Antes divulgado em 1%, agora é de 1,8%. A última correção. Claro, isso distorce muita coisa. Muitos cálculos e muitas previsões. Interessante é que o IBGE mostra quase sempre o cálculo para cima. Para este ano, o FMI já previu recessão de – 9,1%. Reviu para a casa de 5%. Os cálculos do Ministério da Economia já foram além de - 5% e hoje está em - 4,7% do PIB. O ministro Paulo Guedes acredita que será – 4% do PIB. Uma questão

INFLAÇÃO EM ALTA

O IBGE divulgou ontem o IPCA de outubro. Alta de 0,86%, depois de subir 0,64% em setembro. Em doze meses a inflação está bem próxima do centro da meta de 4,00%. Chegou a 3,92%. A agência de notícias Reuters estimava em 0,83% com inflação anualizada de 3,90%. A Fundação Getúlio Vargas calcula o Índice de Preços ao Consumidor para pessoas de baixa renda, o IPC-C1. Baixa renda aqui quer dizer é o rol de pessoas com até 2,5 salários mínimos. Este foi de 0,71% em outubro. Mas, neste ano, em 10 meses, está em 3,86%. Em 12 meses já se encontra em 4,54%. Historicamente, os preços dos alimentos e de outros produtos para as pessoas de baixa renda vão à frente da alta inflacionária. O Ibovespa de ontem subiu 2,95%, voltando a 100.751 pontos, no terceiro pregão seguido de alta, acumulando 7,2%. Em Nova York os indicadores de bolsa subiram também. Por seu turno, o banco central americano reitera que continuará com sua política de afrouxamento monetário e a economia capitalista como um tod

INFLAÇÃO MONETÁRIA

Há 12 semanas que a inflação vem crescendo, conforme o boletim Focus, semanário do Banco Central, que ausculta 100 instituições financeiras. Se a economia está em recessão neste ano, como pode a inflação estar subindo? Para os economistas monetaristas, desde o início da pandemia do covit-19 que o governo reduziu os depósitos compulsórios, o que implicou em elevação do meio circulante, bem como ampliou a oferta de crédito e fez auxílios emergenciais para desempregados e empresas em dificuldades. Mais dinheiro, mais velocidade de circulação da moeda, se a produção mesmo, que não corresponda, a resposta é a elevação geral de preços. Isto é definido na celebre equação quantitativa da moeda (MV = PY). Ademais, ontem foi um dia marcado pelo otimismo de muitos, devido à mudança esperada da eleição presidencial, que trocaria o republicano Donald Trump pelo republicano Joe Biden. Não foi ainda decidido. Porem, os mercados acreditam que Biden fará acordos com os chineses, para impulsionar

PERSPECTIVA DE ALTA DA INFLAÇÃO

A pesquisa semanal de mercado do Banco Central (BC) revelou que a mediana das 100 instituições financeiras consultadas elevou a inflação prevista deste ano de 2,99% para 3,02%, enquanto a SELIC ficou estabilizada em 2% anuais. Assim, as aplicações financeiras indexadas à SELIC estão dando prejuízo como nunca se tinha verificado antes. O preocupante mesmo é que a inflação está se insinuando para cima. A taxa inflacionária de 3,00% está dentro das faixas de 2,50% a 5,50%, previstas pelo Conselho Monetário Nacional, que fixou o centro da meta em 4,00%. De certa maneira, o País vive forte recessão em 2020, contrariando a teoria econômica, que diz que a retração da demanda agregada levaria a retração dos preços dos bens e serviços. Os motivos da elevação inflacionária têm dois principais motivos: os aumentos expressivos dos preços dos alimentos e a alta de mais de 40% do dólar neste ano, que tem repercussão de cerca de 30% no IPCA, que é o índice oficial de inflação. O Comitê de P

FMI RECOMENDA CONTINUIDADE DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

A aprovação pelo Congresso Nacional de estado de calamidade pública do Brasil, após o dia 16 de março, quando fora decretada pela Organização Mundial da Saúde a pandemia do covit-19, fez com que o governo federal fizesse uso de auxílio financeiro para aqueles cidadãos que ficaram desempregados, que estavam desempregados ou reduziram bastante a sua carga de trabalho. Mais de 67 milhões de cidadãos e cidadãs vieram a receber o auxílio emergencial, com valor de R$600,00 (o dobro para a mãe solteira) de abril a agosto e de R$300,00 de setembro a dezembro deste ano. Os beneficiários do Programa Bolsa Família poderiam optar por receber seu benefício ou o auxílio em referência. A grande maioria optou pelo maior valor, que é do auxílio, visto que a média do Programa Bolsa Família é de R$190,00. O valor estimado de gastos da União para este ano, mediante concessão do referido benefício é de R$321bilhões. Ultrapassou em quase três vezes o déficit primário aprovado antes da citada pandemia,

DÉFICIT PRIMÁRIO ATÉ 2027

A Secretaria Especial da Fazenda do Ministério da Economia refez as contas públicas, em razão das despesas com o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, adiando o superávit primário para 2027. Desde 2014 que há déficit primário. Com isso, a dívida pública continuará crescendo e ultrapassará 100% do PIB. Para este ano, o déficit estimado é de R$905,4 bilhões, englobando as contas da União, dos Estados, municípios e estatais. O saldo negativo representará 12,7% do PIB. O orçamento deste ano previa um déficit primário de R$118,9 bilhões. O prejuízo deste ano será quase sete vezes mais. Ademais, houve queda na arrecadação neste ano pela redução de atividades econômicas. No acumulado dos nove meses de 2020, as contas do setor público apresentou resultado negativo de R$635,926 bilhões. O resultado é o pior Pa a série histórica realizada pelo Banco Central. Em 12 meses de 2019, o déficit primário foi de R$61,87 bilhões. Isto representou 0,85% do PIB. Foi o sexto ano de prej

SEM EMPREGO

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), datada de agosto deste ano, relativa ao trimestre, revelou que estavam sem emprego 33,3 milhões de brasileiros. Correspondem a mais de 30,6% da força de trabalho. Força de trabalho são pessoas maiores de 18 anos e menores de 60 anos, sendo o potencial mais forte do País. Trata-se da maior participação já catalogada pelo IBGE. No trimestre anteriormente encerrado eram 27,5%. De um para outro trimestre em torno de 3 milhões de pessoas ficaram nesse exército. Sem emprego estão as categorias de desempregados, subocupados e desalentados.    Por sua vez a taxa de desocupação de 14,4% representava 13,8 milhões de pessoas. Também a maior desde que se divulga a PNAD Contínua. No ano anterior era de 11,8%. Isso é infelicidade. Mais de 4 milhões de pessoas que tinham alguma ocupação passaram a não ter. A população ocupada de 81,666 milhões é a menor de toda a série da PNAD Contínua. A regressão é muito ruim. A dois me