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Mostrando postagens de novembro, 2015

30/11/2015 - MAIOR PROBLEMA DO PAÍS

Secularmente, no País, fala-se que o maior problema é a educação. Mas, é mesmo. Só que estrutural. Sempre existiu e existe. O problema é social. No entanto, o maior problema da economia brasileira é a dívida pública, que também é estrutural. Conjunturalmente, quanto mais afligem aos cidadãos, saúde, segurança, educação, desemprego, saneamento, não necessariamente nesta ordem, ocuparam o primeiro lugar. Mas, com certeza, a saúde sempre esteve em primeiro nas pesquisas. Enquete da FSP, entrevistando 3.541 pessoas, nos dias 25 e 26 deste mês, pela primeira vez, elencou o maior problema do País como a corrupção, para 34% dos consultados. Em segundo lugar, a saúde, com 16%. Em terceiro, o desemprego, com 12%. Em quarto, a educação e a violência, com 8% cada uma. Tratando-se de amostra expressiva de brasileiros, vê-se que a população vem sendo bombardeada todos os dias, desde março de 2014, através dos meios de comunicação, acerca dos desvios de conduta investigados pela operação Lava-

29/11/2015 - DEUSAS CAÍDAS DE DIFÍCIL RETORNO

As deusas caídas de difícil retorno são as grandes corporações que formaram um cartel de empreiteiras, propineiras, recebendo de órgãos públicos e pagando a políticos, lobistas e servidores, para que colocassem empecilhos aos acertos feitos pelo cartel, que atuava em obras públicas e, ainda atuam em contratos ilesos às investigações, bem como pretendem voltar a atuar, mediante contratos de leniência e de delações premiadas dos seus dirigentes. O poder das grandes construtoras representava cerca de 5% do PIB. Porém, após as investigações da Polícia Federal, através da operação Lava-Jato, foram colocadas em cheque, ficando praticamente imobilizadas e desmoralizadas pelas prisões dos seus dirigentes, muitos dos quais assumiram culpabilidade e fizeram delações premiadas com o fito de reduzir suas penas. O prejuízo causado até agora pelas empreiteiras ultrapassa 1% do PIB. São 29 gigantes grupos de empresas que formam o cartel. Somente a Odebrecht controla um raio de 300 empresas

28/11/2015 - DÉFICIT PRIMÁRIO POR TRÊS ANOS

Não fica difícil de acreditar que poderá haver três anos consecutivos de déficit primário. Em termos simples, déficit primário é quando o governo arrecada de tributos menos do que gasta no ano. Não sobrando dinheiro, não se paga “nada” de juros da dívida pública. Há ainda o déficit nominal, que é a economia para pagar “todos” os juros da dívida citada. Depois de 18 anos, em 2014, o Brasil teve déficit primário de R$35 bilhões. Poderia ser maior, se fossem contabilizadas as “pedaladas fiscais” (artifícios contábeis que escondem despesas), por volta de R$100 bilhões, pelo Tesouro Nacional. Em face do exposto, a equipe econômica mudou, colocando no Ministério da Fazenda um ortodoxo, Joaquim Levy, para fazer o ajuste fiscal. Isto é, colocar as contas no azul, mediante protesto do PT, visto que tal ajuste colocaria a economia em recessão, gerando desemprego e corte de benefícios sociais. Este começou o ano, prometendo superávit primário de R$68 bilhões. Aumento de tributos e corte de

27/11/2015 - SABOTAGEM DESMANCHADA NA LAVA-JATO

Sem dúvida, os impasses entre o Legislativo e o Executivo são cheios de percalços. Uma página deles, que começou a ser desmanchada, é a sabotagem na operação Lava-Jato, na 21ª fase, a chamada de Passe Livre, investigando principalmente José Carlos Bumlai, preso, sem prazo determinado, que tinha livre acesso ao Planalto, na época do ex-presidente Lula, mas que se extrapolou, chegando ao senador Delcídio Amaral, o primeiro parlamentar do Senado a ser preso, no exercício de sua atividade na história brasileira, por sabotagem. Líder do governo Dilma e do PT, exposto por fitas gravadas por Bernardo Ceveró, nas quais o senador mostra abertamente como se faz a corrupção, acreditando na impunidade, além de dizer que ia “centrar fogo no STF”. Quer dizer, tentando no Supremo Tribunal Federal (STF), que não fosse aprovada a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró, pai do referido Bernardo, mediante financiamento de um grande banco, cujo dono também foi preso. Nesse caso,

26/11/2015 - EFEITOS COLATERAIS DO AJUSTE FISCAL

O ajuste fiscal em curso tem pelo menos cinco efeitos colaterais. 1º) Da elevação de tributos sobre combustíveis. Encareceu a vida de todos. Em resposta, no início deste mês, caminhoneiros começaram a bloquear estradas em 14 Estados. A surpresa ficou por conta da mobilização através das redes sociais e lideranças de fora da direção dos sindicatos da sua área. O governo federal reagiu energeticamente, colocando a repressão da Polícia Federal e elevou as multas a valores muito elevados. A greve arrefeceu e acabou. Eles queimaram pneus, provocaram engarrafamentos, dificultaram abastecimentos, causaram prejuízos para segmentos tais como leite e carnes. Chegaram até a pedir a renúncia da presidente Dilma. As razões dos protestos decorreram da forte retração por transportes de cargas, em recuo de 3,3%. Nos dez meses do ano, os fretes subiram 10%, acompanhando a inflação, enquanto os custos operacionais se elevaram em 13%. Por exemplo, o preço médio do diesel na bomba subiu 20%. Tal fa

25/11/2015 - DESEMPREGO CONFORME CAGED E PNAD

Dois indicadores de desemprego são publicados   no Brasil. O do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), através do Ministério do Trabalho, desde 1992, informações reunidas de todas as firmas brasileiras, todo o mês, com funcionários de carteira assinada, nas seis principais regiões metropolitanas. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife. O outro é da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que passou a publicar desde 2012 a questão do desemprego em pesquisa contínua em 3.500 municípios. Os resultados do PNAD sempre foram de uma taxa de desemprego maior, visto que nas cidades do interior do País, o número daqueles que procuram emprego é maior do que nas seis maiores capitais. Os resultados PNAD são mais realistas porque o IBGE faz estimativas para os 5.565 municípios brasileiros. De acordo com o CAGED, divulgado no dia 20, passado, outubro registrou o pior resultado desde 1992, mês em que deveria haver a

24/11/2015 - BLACK FRIDAY

  Em muitos países é eleito um dia de substancial desconto nos produtos comercializados, chamado de Black Friday. O Brasil está em quinto lugar na generalização desse dia, atrás dos quatro primeiros colocados, que são os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Romênia. No próximo dia 27, será realizado o Black Friday brasileiro. Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Lojistas (CNDL) com 1.794 pessoas nos dias 29 de outubro e 11 de novembro, revelou que 40% dos pesquisados vão conferir se o desconto daquele dia é real. Daqueles que compraram no ano passado, 34% dos entrevistados disseram que irão comprar de novo. Na Bahia, o dia referido está estimado em crescer 12%. Os produtos mais cobiçados são eletrônicos, de informática e eletrodomésticos. No Brasil como um todo, esperam-se vendas de aproximadamente R$1 bilhão. A população vai ficar atenta, visto que o governo elevou as alíquotas de importação do aço, que serve como componente para

23/11/2015 - MERCADO FINANCEIRO PRECIFICA INFLAÇÃO ACIMA DO TETO EM 2016

Como ocorre toda semana, o Banco Central (BC) divulga as principais previsões da economia brasileira, após ouvir cerca de 100 personalidades do mercado financeiro. Mesmo {antes de começar 2016, já estimam que o BC não coloque a inflação dentro do teto da meta, que é de 6,5%. A média projetada é de 6,64% para 2016 e de 5,10% para 2017. Para 2015, a estimativa piorou para 10,33%. As pesquisas dão a entender que os preços continuam subindo no curto prazo, principalmente dos preços administrados pelo governo, projetados para este ano em 17,43%. As projeções deles para 2016 e 2017 ficaram em 7%. A previsão dos analistas ainda é de que o PIB recue 3,15% neste exercício. Na reunião de amanhã do Comitê de Política Monetária do BC, a previsão dos consultados é de que a taxa básica de juros fique inalterada em 14,25% ao ano. Não se arriscaram a fixar um prazo de redução das taxas, vem que a inflação continua alta e há indefinições do Congresso Nacional, na aprovação das medidas restant

22/11/2015 - JOGOS DE SORTE

Geralmente, referem-se como jogos de azar. É o “avesso do avesso do avesso”, conforme Caetano Veloso disse sobre São Paulo. Um grande cassino. São Paulo representa 32% do PIB brasileiro. Na verdade, os jogos são de sorte. Emblemático é o filme “Uma mente brilhante”, no qual o protagonista interpreta John Nash, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia de 1991, no qual ele diz claramente que não acredita em sorte. Não jogava em jogos de azar, vez que ele morreu em estúpido acidente de automóvel recentemente. O que isto tem a ver com a economia do governo? A legalização dos jogos no Brasil provavelmente vai passar na Câmara. Espera-se também no Senado. Esta seria uma fonte de receitas fundamental no atual quadro do ajuste fiscal. A Caixa Econômica Federal é monopolista em jogos. O prêmio acumulado nesta semana baterá um recorde de R$170 milhões. Porém, o que está clandestino no País é de bilhões. Logo, será tributado, legalmente. O que será bom para pelo menos os três lados

21/11/2015 - SINAIS DE MELHORIA, MAS NÃO LUZ NO FIM DO TÚNEL

A ânsia é tão grande de sair-se dessa situação vexatória, que se procura identificar sinais de melhoria na economia. O primeiro sinal tem sido dado pelo levantamento semanal do Banco Central, o informativo Focus, que prevê inflação menor, bem menor do que a deste ano, que está por volta de 10%, mas de 6,5%, em 2016, que é o teto do sistema de metas, mais 2% de viés de alta. O segundo sinal é as queda dos juros futuros, que desde 23 de outubro se mantém, mostrando que o mercado financeiro acredita em reversão de tendência, em longo prazo. Por exemplo, a NTN-B, negociada no Tesouro Direto, título público que é atrelado à inflação, está oferecendo juros abaixo de 7%, fato que não ocorreu por todos os 11 meses deste ano. Terceiro sinal se deve a que dólar se estabilizou, em faixa inferior a R$4,00, com tendência de queda ou de estabilidade. Quarto sinal se percebe pela manutenção dos vetos principais da presidente Dilma, que previam gastos estratosféricos, pelas ameaças de pautas-bo

20/11/2015 - ANTECIPAÇÃO DO PIB

O IBGE demora bastante para divulgar o PIB trimestral, sendo previsto para início de dezembro, algo como 70 dias, a divulgação do PIB do terceiro trimestre deste ano. Todo cuidado é pouco. Mesmo assim, o IBGE revisa todo ano, nesta época, o PIB anual, de dois anos atrás, de forma definitiva, secula seculorum.   Assim, o PIB de 2012 passou de 1,8% para 1,9%; o PIB de 2013 passou de 2,9% para 3,0%; como o PIB de 2011 não pode ser mais alterado, ficou em 3,9% e o PIB de 2014 se reduziu – 0,1%. A média do governo de Dilma não se alterou, ficando em 2,2%. Ligeiramente menor do que a da era de FHC (1995-2002), de taxa média anual de 2,3%. Já a média de Lula (2003-2010) se situou em 4,0%. O Banco Central (BC) tem seu próprio índice de atividade (o IBC-Br), desde 2010, antecipando o resultado trimestral do IBGE, entre 20 a 30 dias. Não é tão amplo como o indicador do IBGE. Porém, no caso do ciclo econômico em ascensão é só alegria. No caso de recessão é uma crônica de uma morte anunciad

19/11/2015 - ORÇAMENTO ENGESSADO

As despesas obrigatórias do orçamento da União correspondem a 90%, abrangendo previdência social, gastos com pessoal, educação, saúde, sendo estas, cláusulas pétreas da Constituição, isto é, aquelas que deverão ser rigorosamente cumpridas, além de encargos da dívida, contratualmente estabelecidos, obrigações a serem honradas, pontualmente, para obter-se crédito nacional e internacional. Com respeito aos custos das dívidas, vem conseguindo a gestão pública, trocar dívida nova, por antiga, rolando, se não o total, parte dos juros. Porém, existem dívidas que são exigidas, tanto em principal como em acessórios. Ademais, depois de dezoito anos, em 2014, as contas públicas apresentaram déficit primário de R$35 bilhões, déficit este que é conhecido para servir ao pagamento dos encargos da dívida. Isto é, em tese, nem se pagou os juros dela no ano passado. Contudo, ainda há outro maior número, que deveria ser o superávit nominal, que deveria ser perseguido, mas, qual, nem sequer está-se

18/11/2015 - DESASTRAVAR A CRISE ESTÁ DIFÍCIL

Para o experiente político Wellington Moreira Franco (PMDB-RJ), ex-ministro da Aviação do PT, atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, este ano “é um ano que não existiu”. Na verdade, ele quer dizer um ano em que o País está no prejuízo, em forte recessão. Foi ele quem coordenou o trabalho do seu partido, divulgado em outubro, denominado “Uma ponte para o futuro”, sendo discutido ontem em reunião dos dirigentes do PMDB. Para ele: “É hora de discutirmos o papel do Estado. É hora do Estado eficiente, livre de desperdício, intolerante com a corrupção e obcecado por resultado”, em artigo de ontem na FSP, intitulado “Uma ponte para a esperança”. Arrematou ele: “Precisamos formar uma maioria com iniciativa para enfrentar, certamente, a maior crise econômica de nossa história, uma vez que agora sua origem é interna, provocada por mau uso de recursos públicos”. Crê-se que este ano é um dos piores. Mas, não se sabe se será o pior da história, como ele diz. Porém, “agora sua origem

17/11/2015 - PROPOSTAS DO PMDB

O documento divulgado na semana passada do PMDB, intitulado “Uma ponte para o futuro”, a ser debatido hoje, em Congresso do partido, é um conjunto de propostas, visando corrigir os grandes desequilíbrios da gestão econômica, quais sejam a forte volta do desemprego, a explosão dos gastos públicos, o aprofundamento do déficit da previdência e a elevada inflação. De 2011 para 2014, a rota do crescimento se perdeu e o País ingressou em estagnação. Em 2015, iniciou-se o ajuste fiscal, colocando o País em forte recessão, prolongando-a até 2016, para 2017 e 2018, poder retornar-se ao crescimento baixo. Os resultados esperados deste segundo mandato são de crescimento zero. As propostas do PMDB parecem ser a de uma alternativa de assumir o governo com o vice-presidente, Michel Temer. A primeira seria de impor um limite para o aumento dos gastos públicos. No caso presente, supondo-se de crescimento zero ou até de sua retração. A segunda seria de reduzir a inflação para o centro da meta

16/11/2015 - TRABALHAR PARA PAGAR TRIBUTOS

Conforme o Banco Mundial Os 10 países onde MENOS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013: 1. Maldivas, 0 hora. 2. Emirados Árabes Unidos, 12 horas. 3. Bahrein, 36 horas. 4. Qatar, 36 horas. 5. Bahamas, 58 horas. 6. Luxemburgo, 59 horas. 7. Omã, 62 horas. 8. Suíça, 63 horas. 9. Irlanda, 76 horas. 10.Seicheles, 76 horas. Os 10 países onde MAIS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013: 1. Brasil, 2.600 horas (é mais que o dobro do 2º colocado). 2. Bolívia, 1.080 horas. 3. Vietnã, 941 horas. 4. Nigéria, 938 horas. 5. Venezuela, 864 horas. 6. Bielorrússia, 798 horas. 7. Chade, 732 horas. 8. Mauritânia, 696 horas. 9. Senegal, 666 horas. 10.Ucrânia, 657 horas. Carga tributária por grupos de produtos Medicamentos      36% Motocicleta de até 125 cc                      44,40% Luz                   45,81% Telefone            47,87% Motocicleta acima de 125 cc               49,78% Gasolina            57,03% Cigarro             

15/11/2015 - PERSONALIDADE TITUBEANTE NA ECONOMIA

Por que a presidente Dilma está obtendo resultados tão ruins na economia? Provavelmente, ficará na história como, se não a pior, visto que existiu o tristíssimo governo de Fernando Collor, a segunda colocada. A esperança é de que o seu governo não supere o dele, que, aliás, eivado de corrupção, acabou 18 meses antes, por, primeiro, renúncia dele, perante processo de impeachment, também aprovado no Congresso. O espantoso é que o STF o absolveu por “falta de provas”. Se houvesse hoje a aceitação da teoria do domínio do fato, introduzido por Joaquim Barbosa no STF, quando presidente, copiando (aperfeiçoando) dispositivo da Constituição alemã, para condenar os malfeitores do “mensalão”, muito provavelmente Collor seria condenado e não voltaria como senador, hoje, reincidente, envolvido no escândalo da operação Lava-Jato, de ter recebido propina do esquema Petrobras. A propósito, o experiente professor de Administração da Universidade Federal da Bahia, Benedito Brito, em uma das suas

14/11/2015 - AINDA NÃO CHEGOU PONTO DE RECOBRO

O ponto de recobro é aquele em que todo o sistema vivo passa a viver com crescimento. Porém, ainda não chegou este momento no País. A indefinição dos projetos restantes, a serem votados pelo Congresso Nacional, muito provavelmente não serão votados neste ano. Pelo princípio de anualidade, não entrarão em vigor em 2016. Logo, o ajuste fiscal ficará incompleto. O governo fraco e equipe econômica que titubeia frequentemente não geram confiança para os agentes econômicos e a recessão se aprofunda e se prolonga. A respeitável Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto Alemão IFO, desde 1989 calcula o Índice de Clima Econômico (ICE). O ICE de setembro passou de 48 pontos em julho para 44 pontos agora, recuando 8,3%. Trata-se da divulgação do pior indicador desde janeiro de 1989. Os dados fazem parte da Sondagem da América Latina. O ambiente econômico aqui só é melhor do que o da Venezuela, que está em 20 pontos, patamar mínimo atingido até agora pela pesquisa. A FGV

13/11/2015 - BOAS NOTÍCIAS VÊM DO CAMPO

Classicamente, o PIB do País corresponde à média ponderada do PIB agropecuário, do PIB industrial e do PIB dos serviços. O PIB agropecuário brasileiro está estimado em crescer 2% em 2015, em contraste com o encolhimento de mais de 3% do PIB total, enquanto o PIB industrial se reduzirá por volta de 7% em 2015. Se todos tivessem a mesma proporção, o PIB dos serviços recuaria por volta de 2%. Quando se toma a participação relativa de que o PIB agropecuário corresponde a 32%, o industrial a 12% e o dos serviços a 56%, o PIB de serviços recuará 1,66%. Olhando o 2% da agropecuária o número é bom, considerando a economia brasileira em recessão, considerada como um todo. Sem dúvida, é somente no setor agropecuário que há aumento da produtividade. Considerando de 1976 para a atualidade, o volume brasileiro das safras de grãos mais do que quadruplicou, para cerca de 202 milhões de toneladas, enquanto a extensão de terra ocupada não chegou a dobrar, conforme a Confederação Nacional da A

12/11/2015 - COMANDO DA ECONOMIA INEFICIENTE

Ao assumir o poder, o PT colocou no comando da economia, como presidente do Banco Central, que adquiriu status de ministro, um deputado federal, eleito pelo seu partido adversário, o PSDB, na pessoa de Henrique Meirelles, que fora dirigente de banco internacional, tendo permanecido do primeiro ao último dia dos oito anos do presidente Lula. A população ficou perplexa, mas o objetivo de Lula foi procurar agradar também a oposição. Indo contra o que disse em campanha, Lula prometeu respeitar os contratos, gerando confiança dos agentes econômicos, levando a economia a crescer em oito anos, por volta de 4%, em média anual. A maioria dos anos da era Lula foi também de bonança internacional. Finalizando seu governo, foi Lula também quem patrocinou a eleição da presidente Dilma. Esperava ele que ela colocasse Meirelles na Fazenda. No entanto, ela não suporta Meirelles, continuou com um Ministro da Fazenda fraco do governo anterior, Guido Mantega, ficando ela mesma no comando da economia

11/11/2015 - ECONOMIA COMPORTAMENTAL

Adam Smith, considerado o pai da ciência econômica, era um liberal do século XVIII. Karl Marx, considerado o pai do comunismo, defendia a ditadura do proletariado, no século XIX. John Maynard Keynes, considerado o mais famoso neoclássico do século XX, defendeu que as decisões humanas são baseadas no modelo das expectativas racionais. Joseph Aloe Schumpeter, considerado o criador da teoria da “destruição criativa”, criou o modelo de que a economia capitalista sobrevive via pesquisa e inovação, também no século XX. Estes seriam os principais clássicos da teoria econômica. A partir de 1969, quando foi criado o Prêmio Nobel de Economia, mais de 50 célebres economistas receberam citado prêmio. Todos os que receberam o referido prêmio não são marxistas. Em ordem de número de premiados são norte-americanos, europeus e judeus. Sintetizando: a maior simpatia é pelo princípio de que o homem toma suas decisões econômicas de forma racional. Porém, isto em teoria, visto que há também aqueles

10/11/2015 - CICLO DE BAIXA ATIVIDADE NÃO CHEGOU AO FIM

Os ciclos econômicos são representações das atividades econômicas durante os períodos de tempo. Geralmente são longos, visto que, em ascensão, a gestão econômica procura acelerar o crescimento; em recessão, procuram evitar as aceleradas nas decaídas. Portanto, a boa gestão econômica é prover o crescimento sustentável e evitar a recessão. O Brasil está em um ciclo de baixa, ao que tudo parece estar indicando, de forma prolongada e profunda, características da má gestão econômica. Assim, o Banco Central realiza a pesquisa Focus, semanalmente, auscultando 100 respeitadas instituições de projeções econômicas. Pela décima sétima semana consecutiva os números têm vindo à descendente contínua. O PIB destes 2015 está estimado pelos analistas de mercado em – 3,1%; o de 2016, em surpreendente - 1,9%, estimada para mais de um ano à frente. A inflação de 2015 projetada em 9,99%; a de 2016, 6,47%. O dólar poderá fechar este ano em R$4,00; em 2016, entre R$4,00 a R$5,00. O preocupante no m

09/11/2015 - CRESCE NÚMERO DE AUTÔNOMOS

Recentemente, o sistema S, através do SEBRAE, fez mutirões em todo o Brasil, além de permanentemente, procurar formalizar milhões de autônomos, transformando-os em microempreendedores. Conforme o SEBRAE, em setembro último, o número de microempreendedores individuais atingiu 5,45 milhões.   O microempreendedor é o empresário mais só um funcionário, pagando tributos de forma simplificada e barata, podendo emitir nota fiscal e obter crédito beneficiado. Entretanto, conforme a PNAD Contínua o desemprego aberto no País está em 8,7% da população economicamente ativa. Devido à forte recessão é esperado que referida taxa atinja a 10% até o final do ano. Nos doze meses até agosto o total de novos trabalhadores autônomos triplicou, para 927 mil pessoas, segundo a citada PNAD Contínua. Nos 12 meses imediatamente anteriores, o incremento havia sido de 328 mil. O IBGE calculou que o Brasil já conta com um contingente de 22,15 milhões de trabalhadores sem patrão. O IBGE ainda afirma que o nú

08/11/2015 - O DINHEIRO ESTÁ MUITO ESCASSO

A taxa de inadimplência das grandes empresas junto aos bancos privados quase dobrou desde o fim de 2014. Era de 0,8%, em dezembro do ano passado a inadimplência sobre a carteira total do crédito, passando para 1,6%, em junho deste ano. A inadimplência geral   em setembro era de 3,1%. O número de pedidos de recuperação judicial é recorde. Assim, em 2008 era de 312; em 2010, 475; em 2013, 874; em setembro de 2015, 913; sendo 170 grandes empresas. Nos últimos 12 meses houve o fechamento de 1,2 milhão de empregos. Segundo a PNAD Contínua o desemprego era de 6,8% em 2014; em setembro atingiu 8,5%. A projeção é de que atinja 11,5% em 2016 e 13% em 2017. O valor de mercado das empresas na BOVESPA caiu quase 40%, em termos reais, desde 2010. Naquele ano era de R$3,1 trilhões; em setembro de 2015 chegou a R$1,9 trilhão. A rentabilidade das companhias abertas diminuiu de 14,3% em 2010, para 6,2% em setembro de 2015. O número de lojas no País é menor, paras o mês de agosto, de 571.609, quan

07/11/2015 - INFLAÇÃO É O DEMÔNIO DA ECONOMIA

Justamente, a desculpa do golpe militar de 1964 foi de que a inflação ultrapassara a 90%, em direção a mais de 100% e daí se chegaria à hiperinflação. Portanto, um governo autoritário geraria austeridade e reduziria o processo inflacionário. Realmente, reduziu na marra. Mas, indexando a economia. Isto é, os contratos e os preços subiriam de tempos em tempos. Inicialmente, de forma anual, depois, mensal, quinzenal, semanal, diária e até ao over night. A inflação também foi à ruína do modelo militar, na medida em que eles manipularam a inflação, mas não puderam prever os dois choques de petróleo da década de 1970 (1973 e 1979), que trouxeram a inflação para cima de 100% no último governo deles, do general Figueredo (o nome dele é assim). A população fez uma longa marcha pela volta da democracia. Houve eleições indiretas em 1984 e ela foi reestabelecida, mediante eleições diretas para presidente em 1989. Contudo, a economia continuou indexada e a inflação foi retroalimentada. Quer

06/11/2015 - PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL

Outrora, a liderança da produção brasileira de grãos se situava no eixo Sul-Sudeste. Porém, cada vez mais se distancia dele a região Centro Oeste e parte do Nordeste, em áreas de regiões predominantes de cerrados.   A concentração no relativamente novo eixo é tão destacada que o primeiro município paulista da listagem dos 50 maiores está em 36º lugar. O Paraná aparece com o seu campeão em 40ª posição. Já o Rio Grande do Sul compareceu com o seu número um em 42º lugar. A liderança da produção agrícola brasileira está com o município de São Desidério, no oeste da Bahia, conforme estatísticas divulgadas pelo IBGE, relativas ao exercício de 2014. O município baiano contabilizou valor bruto da produção de R$2,3 bilhões, sendo o algodão herbáceo seu principal produto. O segundo lugar está com o município de Sorriso, no Mato Grosso, mediante fatura de R$2,2 bilhões, devido à produção de soja. Em terceiro lugar vem Sapezal, no Mato Grosso, receitas de R$1,9 bilhão. Ainda na classific

05/11/2015 - TOMBO CONTINUADO NA INDÚSTRIA

O IBGE divulgou que no terceiro trimestre deste ano houve um tombo de 9,5%, em relação ao mesmo período do ano passado. O mau desempenho da indústria projeta uma tendência da recessão ser pior do que – 3%. São pesquisados pelo IBGE 26 segmentos industriais, sendo que somente um, o extrativo, devido ao minério de ferro, progredido. Considerando nove meses deste ano, a indústria apresentou a maior perda da série histórica, iniciada em 2002. Se o dólar já se valorizou 68% neste exercício seria de se supor que a indústria crescesse e não recuasse. Porém, a indústria brasileira ainda não adquiriu a competitividade que precisa, ao contrário do agronegócio. Neste momento, é que ela precisa mudar sendo menos dependente do Estado e mais competitiva internacionalmente. Isto somente acontecerá quando houver as reformas estruturais, principalmente a tributária. Ontem, o governo federal entregou a sua defesa sobre as “pedaladas” fiscais ao Congresso Nacional. Nela, admitiu que possuíss

04/11/2015 - PAÍS PEQUENO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A participação do Brasil no comércio internacional foi de 1,19% no ano passado. Em dez meses deste ano as importações caíram 22,4% e as exportações recuaram 15,2%. Neste período, o País exportou US$160,5 bilhões e importou US$148,3 bilhões. Assim, a corrente de comércio encolheu 18,8%, em contraste com mesmo período do ano passado. O Brasil está formando superávit na balança comercial. Mas não é virtuoso, visto que as importações recuaram pela alta de 68% do dólar até agora neste exercício, além das exportações encolhendo pela falta de competitividade da indústria brasileira. A previsão é de que a atividade comercial externa recue para menos de 1% nas transações internacionais. Há várias décadas que o País é considerado pequeno nos negócios globais. Enquanto isto, as exportações do agronegócio batem recordes. Porém, elas somente conseguem compensar parte das perdas com os recuos dos preços das commodities. A economia brasileira é forte na sua participação doméstica, atualme

03/11/2015 - PLANEJAMENTO INDECISO E CONFUSO

O Brasil tem um ministério de nome pomposo: Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento. Mas, não planeja direito, tal como houve no Brasil nas décadas de 1950 a 1970. É indeciso e confuso. O Ministro da pasta, Nelson Barbosa, logo que começou o ano disse que iria alterar a regra de reajuste do salário mínimo. Levou um carão da presidente Dilma e se desdisse. No final de agosto, cometeu a trapalhada de fazer um orçamento para 2016 com déficit primário de R$30,5 bilhões. A presidente Dilma, envolvida na quebra de braço com Eduardo Cunha, presidente da Câmara, nada falou. O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mostrou-se contrariado, porque ainda oferecia ao País a perspectiva de superávit primário de 0,15% do PIB, hoje, nem mais isso. O outro poderoso do Conselho Monetário Nacional, presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nem se pronunciou. A decisão errada levou a que a agência de risco Standard & Poor’s rebaixasse o Brasil de merecedor de investimentos internacionai

02/11/2015 - OBSTÁCULOS AO CAPITAL

O capitalismo brasileiro possui carga tributária de 36% sobre o PIB. Esta é a principal grita dos capitalistas que consideram tal percentual como uma forte retirada de recursos, que poderiam ir para os investimentos. Tamanha retenção também não permite maior mobilidade do capital. Há muitos países com carga tributária tão alta como a brasileira. Como são exemplos os países escandinavos. Porém, lá eles devolvem em serviços aqui do que retiram. No Brasil, não. Grande parte, cerca da metade do que é retirado serve para pagamentos de juros da dívida pública e quiçá de principal. No ano passado houve déficit primário. Nada de pagar juros, vez que eles tiveram que ser rolados. Neste ano, o governo já ensaia em apresentar um mega déficit de R$100 bilhões. Portanto, fará as mesmas operações de rolagem. O orçamento enviado ao Congresso, para 2016, constou também de déficit primário. O governo federal, portanto, para ter mais receitas, cria incertezas tributárias e procura elevar ainda