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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

24/02/2013 - COMBATE À INFLAÇÃO

Inflação acima de 6% é preocupante, em um país que já sofreu enormemente com tal sequela. Porém, desde 1994, o Brasil tem usado de forma acertada a taxa de juros como principal mecanismo de seu combate. Entretanto, no governo Dilma está aparecendo outra incógnita. Trata-se de identificar porque a taxa básica de juros (SELIC) foi derrubada paulatinamente em 5,25% em um ano e a inflação ficou praticamente no mesmo patamar. A SELIC está em 7,25%, posição antes nunca vista. Porém, dificilmente cairá dela. Pelo contrário, é mais provável que a equipe econômica eleve um pouco a SELIC. Situação nova, a inflação brasileira resiste na casa de 6% anuais. A rigor, o IPCA de 12 meses está em 6,15%. Para Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, consultor econômico prestigiado: “A solução é simples e direta: é aumentar os juros”. Os modelos matemáticos aplicados na economia estão procurando captar outras variáveis exógenas, visto que a situação mudou bastante na última década. De forte cresci

23/02/2013 - PAC 2, DOIS ANOS

Ontem foi divulgada uma avaliação do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), relativa ao segundo ano do governo da presidente Dilma. O PAC inicial (depois chamado de PAC 1), previsto desde 2007, encerrou-se o 1 em 2010) criado no segundo mandato do ex-presidente Lula, parece uma serpente para vários governos pretendidos do PT. Nesta semana de fevereiro, historicamente para muitos partidos, tem sido largada a campanha eleitoral de próximo presidente. O PT lançou a atual presidente a novo mandato. Assim, a situação procura mandar um inesquecível bilhete à oposição, de que não vai deixar o osso facilmente. Vale dizer, o PAC 2 é uma continuidade do PAC 1. O bilhete é de que aplicou dinheiro em obras R$472,4 bilhões, investimentos estes que vieram também da era Lula, que já haviam superado as etapas mais desgastantes da burocracia e estavam em pleno andamento quando o mandato de Dilma começou. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior informou que, ao findar o mandato de

22/02/2012 - DÍVIDA FEDERAL

O Tesouro Nacional informou que a previsão é de que a dívida pública encerre o ano de 2013 em até R$2,240 bilhões, correspondendo a um incremento de 11,55%, em relação a 2012. Este é o limite do endividamento constante do Plano Anual de Financiamento, divulgado ontem pelo órgão acima citado. No ano passado, a dívida pública se encerrou em R$2,008 bilhões. No caso específico, haverá um endividamento ainda maior, haja vista que as expectativas mais otimistas estimam um PIB crescendo entre 3% a 4% neste ano. Somente o pagamento dos juros da dívida federal em 2012 alcançou 20% do orçamento público, tratando-se de pagamento de parte dos juros, visto que outra parte foi rolada, o que irá acontecer também neste ano, devido ao incremento da dívida pública em quase 12%, como previsão. Tal política vem tornando asfixiante o orçamento público, não dando grande margem para que o governo federal invista fortemente em infraestrutura. O passo largo em referência servirá também para capitali

21/02/2013 - GASTOS FEDERAIS EM 2012

A arrecadação do governo federal superou R$1 trilhão em 2012, recorde sobre recorde ela vem batendo. Se somada à arrecadação dos Estados e dos Municípios, total fica acima de R$1,5 trilhão, visando sustentar os poderes públicos. A cada minuto são arrecadados no Brasil cerca de R$3 milhões. Mesmo diante de um ano em que o PIB cresceu por volta de 1%, os investimentos se reduziram, a indústria caiu 2,7%, e houve subsídios para 42 segmentos empresariais. Quer dizer, ao governo procurou gastar mais, conforme a tradição, e, portanto, tem procurado arrecadar mais, mediante rigorosa fiscalização. Desdobrando o gasto do governo federal de R$1 trilhão, encontram-se as identificações do porque os investimentos são tão acanhados, difícil de acalentar maior crescimento. A campeã em gastos é a Previdência Social com 33,5%. Seguem-lhe, os investimentos em segundo lugar, os gastos de custeio da máquina pública com 20,9%. Somente aí se têm 54,4% das despesas governamentais. Logo, em terceiro lugar

20/02/2013 - BRASIL SEM MISÉRIA

Os programas sociais sempre existiram, de caráter assistencialista. Na verdade, sem visar a autonomia do beneficiado. Porém, a partir da experiência do governo de Christovam Buarque, em Brasília, nos anos anteriores e próximos ao Plano Real, quando foi isto revelou bom resultado, com autonomia dos melhores educados. Em face ao exposto, após o Plano Real, o governo de FHC adotou o Programa Bolsa Escola para o nível nacional. É fato que o programa apontou o caminho para redução de desigualdades no perfil da distribuição de renda, associado à recuperação do salário mínimo desde 1994, que até hoje não parou, bem como a estabilidade econômica, com baixa taxa inflacionária. Dessa forma, o Brasil passou da categoria de pobre para um país emergente. Os dois governos de Lula, durante oito anos, expandiram bastante o referido Programa, chamando-o de Bolsa Família. Sem dúvida, o alcance social cresceu muito, na medida em que maiores verbas têm sido colocadas no Programa. Dessa maneira, desde

19/02/2013 - PRODUÇÃO INDUSTRIAL

O recuo da taxa cambial de R$2,17 para R$1,95 é intrigante. Mas, faz parte da luta para que a inflação não ultrapasse a casa de até 6,5%. Isto é, do centro da meta de 4,5% mais o viés de 2%, fixados pelo Conselho Monetário Nacional há vários anos, dentro do sistema de metas inflacionárias, que se iniciou em 1999, ainda no início do segundo mandato de FHC, o qual se revelou mais adequado do que somente ficar o combate da inflação baseado no câmbio valorizado. Sim, de 1994 para cá, a política econômica de FHC a Dilma se baseia no tripé de superávit primário, meta de inflação e real valorizado. O superávit é para garantir o crédito para pagar juros e rolar a dívida pública. A meta inflacionária é o planejamento que tem dado certo no Brasil e em muitos países que a adotam. O real valorizado é justamente para que os 30% de inflação importada que carreguem o IPCA não produzam efeitos indesejados. Os industriais reclamam bastante do real muito valorizado, por volta de 30%, em relação

18/02/2013 - ACORDOS COMERCIAIS

O discurso do presidente Barack Obama no dia 12, passado, dirigido ao Congresso, traz uma proposta de fim das barreiras do comércio e das tarifas entre os Estados Unidos e a União Europeia. A saída proposta da atual recessão europeia e aumento da taxa do PIB americano são via exportações de 86 bilhões de euro por ano daquela Organização, algo como 0,5% de seu PIB, em troca de 65 bilhões de euros anuais dos EUA, algo como 0,4% do seu PIB. Os efeitos positivos para eles trarão reflexos para o Brasil, tal com se curvar às exigências que eles poderão fazer. Os dois conjuntos de países representam 33% das exportações brasileiras, sendo 18% para União Europeia e 15% para os Estados Unidos. Para o Mercosul o Brasil exporta 18%. Para a China 11%. Já o País importa 21% da União Europeia; 17% da China; 15% dos Estados Unidos; 10% do Mercosul. Dados de 2012. O desempenho mundial do ano passado brasileiro não foi bom, de incremento de 1% do PIB, perante Angola que cresceu 11%, demais emerge

17/02/2013 - VELHOS E POBRES

No dia 31 deste mês, colocou-se aqui que o crescente e asfixiante déficit da Previdência Social, aliado ao paternalismo com o setor rural, cujos subsídios são maiores do que o citado déficit, aspectos que exigem do governo federal de nova lei da Previdência. No entanto, o problema maior, é no longo prazo, o povo brasileiro está ficando mais velho e os velhos irão ficar mais pobres, visto que a Previdência não suportará os ônus que lhe são cometidos. No Brasil, o número de idosos, considerados a partir de 65 anos, vai mais do que triplicar até 2050, conforme projeções do IBGE alcançarão 50 milhões de pessoas. Hoje eles são 7% da população. Naquela data serão 23%. Até 2040, o País terá o quinto maior gasto do mundo com Previdência Social. Serão comprometidos 20% do PIB. Quer dizer, um país emergente com sistema de assistência social tão caro como o de um país rico. A solução imediata é a de elevar a idade mínima para aposentadoria, passando de 65 para 70 anos, visto que a ex

16/02/2013 - FAVELAS E MISÉRIA

Existe uma Central Única de Favelas do Rio de Janeiro, provavelmente deve haver uma em São Paulo, além de muitas outras organizações nas favelas Brasil afora. Estudo da consultoria de São Paulo Data Popular, citado pela revista Exame, datada de 20-02-2012, no. 1035, ano 47, p. 20, não informa o número de favelas, mas apresenta o número de favelados de 12 milhões de almas. Considerando a população brasileira de 195 milhões em 2012, estes seriam 6% do total. Entretanto, a referida consultoria calcula no poder de consumo anual deles de R$55 bilhões. Vai mais além, afirmando que 52% pertencem à classe C, tornando-se informação útil para a produção empresarial. A ideia deles é que os grandes capitalistas contratem moradores favelados para fazerem pesquisas e apontarem os objetos de consumo das favelas. O número de 52% pertencerem à classe média nas favelas é o mesmo número que o IBGE e a Fundação Getúlio Vargas estimam para o Brasil como um todo. Logo, o Brasil seria uma imensa f

15/02/2013 - PROTESTO CONTRA RENAN

A população brasileira está cada vez mais ativa, politicamente. Já exige que as instituições se fortaleçam, para que se vençam, pelo menos, a hipocrisia e a corrupção Circula pela internet um pedido popular de afastamento do recente eleito presidente do Senado, Renan Calheiros. Já ultrapassou 1,5 milhão de assinaturas, as quais dariam para fundar um partido político, cujo número mínimo é de 500 mil, ou apresentar um projeto de lei, para o qual é preciso 1% do eleitorado de pelo menos cinco Estados. Atualmente, tal número está em torno de 1,4 milhão, dentre 139 milhões de eleitores brasileiros. Os dispositivos constam do artigo 55 da Constituição de 1988. O juiz Marlon Reis, que liderou o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, declarou ontem: “Nem na campanha da Ficha Limpa conseguimos essa avalanche de apoios na internet, para a petição pelo impeachment de Renan Calheiros”. Em tão curto espaço de tempo e a avalanche de assinaturas não param de ocorrer. O referido cidadão fo

14/02/2013 - GRANDIOSA E CARA

Na década de 1970, no auge do chamado “milagre brasileiro”, quando a economia nacional cresceu a taxas acima de 10% ao ano, os governos dos militares decidiram construir a ponte Rio de Janeiro-Niterói, que tem 13,3 quilômetros, sendo a maior já construída no País. O valor atualizado daquela obra, pela equipe da revista Isto é, datada de ontem, alcança R$5 bilhões, no ano da sua inauguração. De forma semelhante, o governador da Bahia, por três vezes, duas vezes escolhido pelos militares e uma eleito pelo voto popular, Antônio Carlos Magalhães, acalentou a possibilidade de construir a ponte Salvador-Itaparica, obra que teria a extensão de 11,7 quilômetros. Porém, seus mandatos não foram sequenciados e somente ficou a ideia. O governador Jacques Vagner, na campanha da reeleição, retomou o sonho da referida ponte. Mais da metade do seu segundo mandato já se passou, tendo contratado a consultoria internacional McKinsey & Company, sem licitação, para realizar o projeto da obra e