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Mostrando postagens de agosto, 2020

CRÉDITOS DE CARBONO

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável projeta que os créditos de carbono, advindos da preservação da Amazônia, poderão render US$10 bilhões anuais para o Brasil. Conforme estudo da petrolífera Shell o País poderia absorver da atmosfera 2,7 bilhões de toneladas de gases por ano, lançados por grandes empresas internacionais. Grandes empresas já começaram a calcular internamente o “preço” para liberarem gases do efeito estufa. A finalidade é sair na frente das negociações, antes que sejam taxadas pelos governos, idéia que vem desde o Acordo para meio Ambiente de Paris, de 2015. Quando acontecerem as taxações, o sistema mundial de preservação da natureza poderá render bilhões para países que consigam ir além de suas metas de redução da poluição. Esta seria absorvida pelas matas e florestas. Não se sabe como será cobrado isso ainda. Porém, a necessidade de negociação de direitos de emissão de carbono, mediante compra e venda de sua absorção farão um “merc

AUXÍLIO EMERGENCIAL

A pandemia do novo coronavírus colocou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a tomar uma atitude mundial em seu combate. Entre inúmeras recomendações, a mais forte foi o isolamento horizontal. Isto é, para a maioria dos cidadãos do mundo e isso provocou a maior retração da economia global. Embora ainda não tenha tido fim, analistas econômicos acreditam que a grande recessão da atualidade é somente superada pela Grande Depressão de 1929. Até o momento, admite-se que o mundo em geral está provavelmente em recessão técnica. Ou seja, dois trimestres seguidos de recessão. Não é depressão que seria vários trimestres ou anos de retração econômica. A pior consequência não se deu na saúde mundial e sim no desemprego global. É só comparar as taxas de crescimento ou decremento de ambas variáveis. Dessa maneira, inúmeros países partiram para aumentar a liquidez do sistema econômico, auxiliando de forma emergencial os cidadãos que se tornaram mais vulneráveis. Em março, o governo federal anunci

LONGO PERÍODO DE BAIXA DOS JUROS

A invenção da taxa de juros, ou seja, a remuneração pelo uso do dinheiro ou de ativo que possa converter-se nele foi e é a descoberta de um dos ícones dos contratos. Ademais, consagrou-se matematicamente como a variável independente da equação ou das equações do sistema econômico. Não sem motivo, os bancos centrais pelo mundo procuram acomodá-la, em termos de taxa básica do sistema da contabilidade nacional. Ou seja, para os liberais, a atuação de regulação da economia se dá mediante intervenção dos citados bancos na referida taxa. Vale dizer, controle da inflação, definição abstrata dos níveis de atividade produtiva, circulação da moeda, níveis das transações e decisões sobre investimentos. Agora mesmo, ontem, o banco central dos Estados Unidos (FED, sigla conhecida em inglês) pontuou que a sua taxa básica de juros poderá permanecer baixa por muito longo tempo. Juros baixos são menores atrações pelo dólar para investimentos. A decorrência imediatamente sentida nos mercados monetá

CONFIANÇA DA INDÚSTRIA CRESCE POR 4 MESES

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a segunda maior coletora de dados do País. A primeira é o IBGE. Outrora, a FGV calculava dados para o Rio de Janeiro e o governo central os tomava como proxies do que acontecia no Brasil, tal como fazia co o cálculo da inflação, baseada no IGP. Assim, a FGV está sempre disposta a mostrar informações gerais, setoriais e pontuais da economia brasileira, baseadas na conjuntura econômica. O Indicador de Confiança da Índústria (ICI), em enquete da FGV agora realizada em agosto, mostra pela quarta vez consecutiva, um avanço na credibilidde do setor secundário, na recuperação do País, mesmo ainda em foco da pandemia do covit-19, ora em estabilidade no seu crescimento, já com aceno na redução da curva de contágio. Na visão dos empresários da área há otimismo de melhoras sobre a atualidade e sobre perspectivas. O Índice de Confiança da Indústria teve alta de 8,9% em agosto, aos 98,7 pontos, representando uma recuperação de 93,8% das perdas registradas em março

DESACORDOS COM A EQUIPE ECONÔMICA

O presidente da República, Jair Bolsonaro, dizia que não entendia “nada” de economia, tendo criado o Ministério da Economia, um super ministério, composto de seis secretarias especiais, oriundas da extinção ou redução de status de outros ministérios, escolhidos desde a sua campanha eleitoral, tais como planejamento, trabalho, indústria e comércio, não sendo inédito, porque Fernando Collor (1990) fez isso de forma semelhante. Escolheu então para dirigi-lo o economista Paulo Guedes, liberal da escola de Chicago, um ortodoxo de carteirinha. Chamava-lhe e seu “posto Ipiranga”, numa alusão ao comercial de que se encontra de “tudo” naquela outrora rede de postos de combustíveis. Mas, qual? O presidente, que sempre foi destemperado, de vez em quando entra em atrito com ele. Os maiores desacordos são aqueles relativos à criação da famigerada CPMF, que Guedes doura a pílula e quer implantar, até os lances de agora, em lançar um programa social mais robusto do que o Programa Bolsa Família, de

AUMENTARÁ O EMPOBRECIMENTO NESTE ANO

Pesquisa da Tendência Consultoria, empresa prestigiada e acreditada, mediante exame de estatísticas do IBGE, tem como principal conclusão que a recessão deste ano, provocada pela pandemia do novo coronavírus, poderá empurrar pelo menos 15 milhões de brasileiros para as classes D e E, as mais pobres. O resultado ao final deste ano apresentará a deterioração do mercado de trabalho, tanto formal como informal. Isto é, houve piora significativa de segmento expressivo da população, impedindo que haja progressão social de mais de 15 milhões de brasileiros. Conforme a consultoria, ainda, 3,8 milhões de domicílios passarão a ter uma renda inferior a R$2,5 mil. Os reais impactos da doença em referência se percebem por tópicos. Por exemplo, no segundo trimestre, 8,9 milhões de brasileiros perderam o emprego, sendo 6 milhões deles informais. Parte desses desempregados não tem procurado emprego, alegando isolamento horizontal, que tem ceifado oportunidades. Por outro lado, tem buscado o auxílio

FASES DA GUERRA COMERCIAL

O governo de Donald Trump, que se iniciou a mais de três anos e meio atrás, iniciou uma guerra comercial com a China que afetou o mundo inteiro. A economia mundial crescia em média mundial, seu PIB bem acima de 3%. Depois de dois anos de guerra comercial, em 15 de janeiro deste ano, foi realizado entre ambos os países a fase um do acordo de negócios, suspendendo a guerra comercial. Entretanto, mediante reconhecimento da Organização Mundial da Saúde, em março, de que havia uma pandemia do novo coronavírus, iniciou-se no mundo o isolamento horizontal, que resultou na paralisação de muitas atividades econômicas. A fase dois não ocorreu ainda porque a pandemia recrudesceu, questões de espionagem, passando por Hong Kong, pelos direitos humanos, pela rivalidade tecnológica e pelo fechamento de consulados. Depois de vários meses sem contatos, os dois países resolveram aplicar os itens do acordado desde janeiro. Quer dizer, estavam as relações bilaterais paralisadas. Assim, os cálculos da

TETO DOS GASTOS PÚBLICOS

Crimes de responsabilidade fiscal foram cometidos pela ex-presidente Dilma, motivos pelos quais fora afastada do governo federal. Ou seja, existe a lei de responsabilidade fiscal, desde o início deste século, que proíbe o presidente da república de gastar além do que fora aprovado pela lei do orçamento anual. Dilma disfarçava gastos, tidos como “pedaladas”, como pulando a lei em vigor. Ou seja, ela adiava gastos aruais para despesas futuras e tomava dinheiro emprestado nos bancos oficiais de forma disfarçada, como adiantamentos ou saque provisórios em conta corrente. O que aconteceu nos governos de Lula e de Dilma foi uma gastança desenfreada acima da lei. Ela “apagou o fifó” porque não tinha habilidade política de Lula, de comprar congressistas, no que eles chamavam de governo de coalizão. Coalizão definida pelo dicionário Aulete de Bolso: “aliança entre nações, partidos políticos, visando a um objetivo comum”. Na América Latina isto ficou conhecido como Foro de São Paulo. No Brasi

LIMITES ATUAIS DA CONSTRUÇÃO

Era de esperar-se que um aumento considerável da liquidez levasse às baixas taxas de juros, como de fato acontece. Por si só, elevação da liquidez é inflacionário. A questão é a dose. Porém, em caminho percorrido de janeiro até junho, a economia ingressou em recessão técnica, quando a oferta agregada é maior do que a demanda agregada e a inflação fica bem comportada. Não sem motivo tem sido aventado pela ruipe econômica, para que o governo federal cubra parte do seu grande déficit deste ano com emissões, além de usar o lucro do Banco Central em negócios com o dólar. O segmento empresarial da construção vinha, em um começo de ano, querendo acelerar no País. Porém, a débâcle da epidemia do covit-19 levou ao maior recuo econômico da história das estatísticas econômicas. De março até junho o desemprego foi em massa. Agora, justamente quando em julho o CAGED divulgou a criação líquida de 131 mil empregos, pensou-se que a construção iria se recuperar de forma mais rápida. Há juros barato

AUXÍLIO EMERGENCIAL E EMPRÉSTIMOS

Correlações positivas se verificam entre a pandemia do novo coronavírus, o auxílio emergencial e os empréstimos de março até agora. Convém fazer um estudo mais meticuloso. A propósito, a variável dependente é a saúde da população. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD covid 19, relativa ao mês encerrado em julho, revelou que 3,3 milhões de domicílios brasileiros conseguiram empréstimos para enfrentar a pandemia do novo cornonavírus. Porém, foram solicitados no período pedidos por volta de 4 milhões de residências. Ou seja, quase 6% dos domicílios do País. Mas, para 762 mil delas o empréstimo não foram concedidos. Os motivos foram porque 59% pertenceriam as duas classes de rendimentos mais baixos, que receberiam menos de um salário mínimo. Já para 76% das pessoas que conseguiram empréstimos, os bancos e outras instituições financeiras foram principalmente repassadores da União, para obtenção dos recursos. No entanto, em 24% dos domicílios, o morador conseguiu emprés

SERENOU AS DIVERGÊNCIAS ECONÔMICAS

Serenou provisoriamente as divergências econômicas na área federal. Anteontem o Senado Federal derrubou o veto do presidente da República, de somente elevação salarial dos servidores públicos depois de 31-12-2021, que fora aprovado pelo Congresso Nacional, perante a atual pandemia do novo coronavírus. Ontem, a Câmara de Deputados derrubou o decidido pelo Senado. Por este motivo, o dólar continuou subindo e chegou ate R$5,70. Mas, após a intervenção do Banco Central (BC) comprou dólares, fechando esse o dia em R$5,55. Desde 30 de junho que o BC não fazia operação à vista com dólares e vendeu US$1,1 bilhão de suas reservas internacionais. O BC vinha operando em contratos de swap cambial, mediante a compra no presente e venda no futuro de moedas. Este tipo de atuação leva a acreditar que o BC não tem estudos que indiquem que a moeda americana não ultrapasse o patamar de R$5,70, em operações de curto prazo. Por seu turno, a bolsa de valores brasileira, que abriu em baixa, fechou o dia em

LUCRO DO BANCO CENTRAL

Em tese, o Banco Central (BC) não poderia ter lucro em seu resultado financeiro. Isto porque ele é o banco dos bancos. O regulador do mercado financeiro. No entanto, ele intervém na compra e venda de moedas, já que compete a ele a política cambial do governo e este atua no mercado de moedas internacionais, ora comprando, ora vendendo, o que se denominou de intervenção “suja” nos mercados de moedas, já que o BC distorce a política de oferta e procura no mercado financeiro. Desde o ataque especulativo no governo de FHC, no final do século passado, que o BC passou a avidamente comprar moedas, visando ter um colchão de socorro, no caso de um ataque especulativo externo à moeda brasileira. Neste século o BC começou a comprar muita moeda estrangeira para defender-se, mediante ordens do governo federal. Já chegou a ter mais de US$380 bilhões de reservas internacionais. Em torno de cinco anos, o dólar americano começou a valorizar-se, em uma diferença gritante com a moeda real, quando por v

PREVISÃO DO MONITOR DA FGV

A desaceleração da economia brasileira desde março deste ano, perante a pandemia do novo coronavírus, levou à Fundação Getúlio Vargas (FGV) a registrar o pior desempenho da história do segundo trimestre de 2020, recuando a economia brasileira neste ora editado, em relação ao primeiro trimestre deste ano. A estimativa do FGV leva o nome de Monitor do PIB, que também procura antecipar, mediante a mesma metodologia do IBGE, cujo indicador oficial da economia será divulgado em duas semanas. Isto é, ambos órgãos contemplam dados do sistema produtivo. Já a metodologia do Banco Central é diferente, centrada em estimativas do mercado financeiro. Nas estatísticas da FGV, não se registrou uma retração de um trimestre para o outro, qualquer trimestre, desde quando divulga cálculos da espécie desde 1980. Entretanto, levantamentos preliminares da FGV apontam para uma retomada das atividades econômicas em junho. Conforme o Monitor do PIB, a economia nacional cresceu 4,2% em junho, em comparação co

BOLSAS COMO OPÇÃO

Na medida em que a taxa básica de juros recuou de 14,25% para 2,00% anuais, em cerca de três anos, os aplicadores em fundos de renda fixa e em títulos públicos estão perdendo para a inflação, visto que há pagamento de imposto de renda em tais aplicações. Muitos investidores foram para as aplicações de renda variável. Devido à situação do mercado financeiro, os capitais estrangeiros saíram do Brasil por não terem mais a alta rentabilidade que tinham. Como os juros lá fora estão também baixos, os capitais vão investir em bolsas mundiais. A pandemia do novo coronavírus levou ao isolamento social, reduzindo as atividades produtivas pelo mundo. Dados do Banco Central indicam que saíram R$45 bilhões de estrangeiros do mercado de capitais. Dessa maneira, de março a julho, 900 mil novas contas foram abertas na bolsa de São Paulo, levando o total para quase três milhões de investidores. Muitas empresas têm feito verdadeira corrida para a bolsa, visando aproveitar o lançamento de novas ações n

INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE

A Instituição Fiscal Independente (IFI) é órgão do Senado Federal que realiza estudos sobre as finanças públicas. Ontem ela divulgou a perda de receitas pelo governo federal de quase R$100 bilhões no primeiro semestre de 2020, em conseqüência dos efeitos da pandemia do covit-19. A perda das receitas representou 2,5% do PIB. No mesmo semestre as despesas cresceram 40,2%, mediante a aprovação de R$511,3 em créditos extraordinários para o combate da citada pandemia. A União se financiou basicamente via dívida pública, que se elevou 9,7% no mesmo período. Assim, a dívida atingiu 85,5% do PIB. A despesa primária total em 2020 deverá chegar a quase R$2 trilhões, o correspondente a 28,4% do PIB. Na medida em que as contas públicas se deterioram ontem a bolsa teve queda de 1,73% e o dólar vai a R$5,49. Chegou a bater em R$5,51, em alta de 1,3%. Foi a maior cotação desde a alta recorde de R$5,57. A bolsa saiu da faixa dos 100 mil pontos. Fechou o Ibovespa em 99.595 pontos. O risco Brasil, med

TRABALHO REMOTO

Mesmo antes da pandemia do novo coronavírus o trabalho remoto ou como também é conhecido já vinha sendo realizado por empresas de alta tecnologia, principalmente aquelas do Vale do Silício, na Califórnia, sendo as mais conhecidas o Google e o Twitter. No Brasil, o teletrabalho como também é chamado o trabalho remoto foi instituído pela reforma trabalhista do final de 2017. O isolamento social colocou a necessidade de serem mantidos em quarentena pessoas de alto risco devido a sofrer de diabetes, pressão alta, de doenças tais como asma e muitas outras. Daí, a gestão de pessoas se dirigida para que os cidadãos de elevado risco não são pelo controle do horário, mas pela produtividade que o trabalho remoto pode ser contratado. O uso principalmente da internet tem facilitado a rapidez em que se consegue avançar no comércio eletrônico e em muitas atividades. O 5 G finalmente chegou ao Brasil. A revista Exame desta quinzena tem como temática “50 inovações da pandemia”. Assim, em sua capa

PRÉVIA DO PIB MOSTRA RECESSÃO

O Banco Central (BC) tem feito uma prévia dos incrementos e decrementos do PIB desde janeiro de 2003. O BC ontem divulgou o pior número de um trimestre da economia brasileira. No segundo trimestre deste ano o PIB decresceu 10,94%. No primeiro trimestre já tinha recuado 1,5%. Dois trimestres de recuo são chamados de recessão técnica. O resultado oficial do PIB será divulgado pelo IBGE somente no dia 1º de setembro. A estimativa do BC para este ano é de uma queda de 6,4% no Índice de Atividade Econômica, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado toda a semana. Os economistas do mercado financeiro consultados estimam uma queda de 5,62% para o PIB. Já a equipe econômica do governo acredita em um PIB 4,7% menor. Para economistas do Banco Itaú/Unibanco o Brasil tem reagido bem no processo gradual da reabertura. A recuperação mais sentida está sentida no varejo e na indústria. A principal incerteza é se haverá continuidade do auxílio emergencial paga a desempregados, trabalhadores e

DÉCADA MAIS QUENTE

Na 30ª edição do relatório anual State of the Climate, que contou com a colaboração de 528 autores e editores de 61 países houve consenso que a década de 2010 a 2019 foi a de temperatura mais quente da história do globo terrestre. Por seu turno, 2019 estiveram entre os três anos mais quentes da história desde o século XIX. Os cientistas vêm constatando que, desde a década de 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior. Entre 2010 a 2019, a média do clima esteve 0,2º C acima de década de 2000 a 2009. Conforme os estudiosos apenas o ano de 2016 foi mais do quente do que 2019. Assim, depois de 2013, todos os anos subseqüentes foram mais quentes que os anteriores, desde meados do século XIX. A principal causa da elevação da temperatura é o desmatamento, sem a recomposição mesmo parcial de florestas. Tanto a NASA como o INPE classificaram o período de queimadas da Amazônia como o pior desde 2010. O mundo vem discutindo como mais força e ambientalistas defendem uma agropecuári

MAIOR CONTRAÇÃO ATÉ AGORA

A maior contração em uma economia mundial até agora, em face à pandemia virótica deste ano de 2020, ocorreu no Reino Unido, na divulgação dos resultados econômicos do segundo trimestre deste ano, de -20% do PIB. Lá, as paralisações foram as mais duras, adotadas para combater a pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, depois do recuo do primeiro trimestre de 2,2%, tecnicamente, a economia britânica, a sexta maior do mundo, ingressou em recessão. A retração não foi maior porque em junho houve recuperação, em relação a maio de 8,7%. O que está contabilizado é a maior queda da história do Reino Unido, levando ao banco central britânico a projetar, que a volta ao nível do PIB do primeiro trimestre de 2020, somente ocorrerá no último trimestre de 2021. Em termos comparativos, com a Zona do Euro, que recuou 12%, o recuo britânico foi de 67% daquela região. Já a economia dos Estados Unidos, cujo recuo foi de 9,5% no segundo trimestre, a relação fora de 47,5% deste com aquele. No Brasil, o r

SAFRA 2019/2020 E PROJEÇÃO SAFRA 2020/2021 O

Produto Interno Bruto (PIB) certamente terá resultado negativo neste ano, em face à epidemia do novo coronavírus, já ingressando no seu sexto mês, visto que a quarentena média imposta pelos prefeitos e governadores já atingiu 147 dias e poderá ser prolongada ainda por mais alguns meses. O Fundo Monetário Internacional exagerou na sua estimativa trimestral mais recente de retração de mais de 9% do PIB. O mercado financeiro, consultados pelo Banco Central, já faz projeções inferiores a 6% no ano. A equipe econômica acredita em um PIB caindo 4,7%, para esta que já é considerada a maior recessão anual da história nacional. Entretanto, o resultado estimado de crescimento de aproximadamente 5% da produção agropecuária da safra 2019/2020, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), que está sendo colhida nestes meados de 2020, leva a ser considerado um PIB mais próximo da previsão oficial, de 4,7%, que ainda é pior do que a maior recessão já registrada, de - 4,3% do PIB em 19

PREVISÕES DO MERCADO FINANCEIRO

As instituições financeiras possuem equipes de planejamento, que fazem previsões sobre a conjuntura econômica. O Banco Central (BC) consulta 100 delas semanalmente e calcula a mediana das estimativas de mercado para a inflação, o PIB, a taxa SELIC, a produção industrial e o dólar comercial. Relativos aos quatro anos em sequencia. Isto é, de 2020 a 2023. Dessa maneira, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020 é estimada em 1,63%, bem abaixo do centro da meta inflacionária de 4,00%, projetado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção para 2021 continuou em 3,00%, enquanto o centro da meta previsto para o próximo ano é de 3,75%. A estimativa para 2022 seguiu em 3,50%. O centro da meta fora fixado pelo CMN também em 3,50%. Para 2023 a expectativa da inflação permaneceu em 3,25%. O centro da meta fora fixado também em 3,25%. Aqueles economistas que mais se aproximam em previsões da mediana em referência é o chamado Top 5, no

CUSTO ESTIMADO DA PANDEMIA

Até agora, o custo estimado da pandemia do novo coronavírus é de R$700 bilhões, em termos de orçamento público. No entanto, em termo de mortes passam de 100 mil e pelo número de infectados ultrapassa os 3 milhões de pessoas. Os 700 bilhões correspondem a 10% do PIB e a R$3,3 mil por cada brasileiro. O déficit público aprovado pelo Congresso pra este ano é de R$124 bilhões. O custo acima referido é de cerca de 6 vezes o déficit anteriormente aprovado. Não é a toa que o presidente da Câmara chamou o novo orçamento de orçamento de guerra. Se a estimativa até o momento do Tesouro Nacional for confirmada a dívida pública subirá 23%, passando de 75%, em 2019, para 98% do PIB, neste ano. Esta tem sido a pior recessão de todos os tempos. A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, a dívida do governo central poderá ultrapassar 100% em 2022 e em 2030 ultrapassaria 117%. Os tributos não arrecadados, se não forem pagos, alcançam R$100 bilhões. Nova extensão do auxí

BOLHA ACIONÁRIA

A bolha em áreas econômicas acontece quando há especuladores demais, querendo inchá-la até explodi-la. Fala-se agora de uma bolha no mercado acionário. Isto porque a pandemia do novo coronavírus está instalada, levando a bolsa de valores a descer de próxima de 120 mil pontos para 53 mil pontos, no crash de março deste ano, a recuperar-se rapidamente, agora pontuando acima de 102 mil pontos. Em base de 100%, a bolsa brasileira já chegou a 89% de recuperação. “Está bom ou quer mais?” Seria o dito popular ouvido com insistência. Devido à queda das taxas de juros no mercado financeiro, claro, para aplicadores, visto que tomadores não a contemplam, capitais financeiros tem se dirigido ao mercado acionário, numa onda, em termos monetários, como nunca houve no País. A situação doméstica contrasta com a situação externa, locais onde as bolsas de tecnologia avançada chegaram a atingir picos inéditos. O fato é que se tem uma doença terrível circulando, sem solução até agora, assim como a ec

INFLAÇÃO EM LEVE ALTA

Por quanto tempo a inflação ficará abaixo do centro da meta inflacionária, fixado anualmente pelo Conselho Monetário Nacional? Atualmente está em 4%, com vieses de alta e baixa de 1,50%. O Banco Central baixou tanto a taxa básica de juros, a SELIC, que está provocando perdas cada vez maiores para os aplicadores financeiros, principalmente aqueles que estão em renda fixa, quando a inflação se eleva. Claaro, seus objetivos maiores são de retomada da economia e controle da inflação. Os aplicadores em caderneta de poupança, então, que percebem 70% da taxa básica de juros, a SELIC, mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada, estão com as maiores perdas na renda fixa. Seus depositantes estão com rendimento mensal de cerca de 1,40% ao ano. Por exemplo, o IBGE divulgou que a taxa inflacionária de julho fora de 0,36%. Ao ano corresponde a 2,31%. A SELIC está em 2,00%. Por seu turno, o Banco Central anunciou que a SELIC ficará baixa por muito tempo. Talvez até o final de 2021. Porém, a press

DESEMPREGO NO AUGE DA PANDEMIA

Durante o auge da pandemia, um número próximo de 9 milhões de pessoas perderam emprego no País, segundo o IBGE. Isto porque o Brasil conta hoje com somente 83,3 milhões de pessoas ocupadas, o que é a sua força de trabalho empregada. É o menor nível de ocupação desde quando se tem sido divulgadas referidas estatísticas. Dos citados 9 milhões, muitos ficaram desalentados, tornaram-se informais ou pessoas vulneráveis. Apareceram muitas pessoas desconhecidas nas estatísticas, chamadas de invisíveis, para receber o auxílio emergencial, já no quinto mês de atendimento. Em outras palavras, quase 9 milhões de cidadãos perderam seus empregos durante o auge da pandemia do covid-19 no Brasil, no segundo trimestre, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Tanto a quantidade de pessoas ocupadas quanto o tamanho da população economicamente ativa recuando, são dois recordes negativos. Por seu turno, a taxa de desemprego aberto subiu para 13,3% no segundo trimestre deste ano, conforme o IBGE.

TAXA DE JUROS REAIS NEGATIVOS

A taxa básica de juros reais negativos acontece nos países desenvolvidos como forma de manter as aplicações dos investimentos notadamente produtivos. Ou seja, os investimentos são atraídos pelos lucros da produção, em face de perdas reais dos capitais se estiverem no sistema financeiro. Vale dizer que a taxa básica de juros nominal praticada é inferior à taxa inflacionária. Já nos países emergentes e subdesenvolvidos, mesmo com taxas básicas nominais altas, as taxas de inflação são inferiores a elas, principalmente como forma de atrair capitais estrangeiros. A história brasileira revela que os juros básicos, refletidos na taxa SELIC, sempre foram altos e maiores do que a inflação. Porém, a partir de 2017, após a grande recessão de 11 trimestres, do segundo trimestre de 2014 ao último trimestre de 2016, o País passou a reduzir bastante a taxa básica de juros, sendo recorde atrás de recorde, em uma política ortodoxa, conforme anunciado no primeiro parágrafo. Na reunião de ontem do Comi

BOLSA FECHA COM QUEDA DE 1,57%

BOLSA FECHA COM QUEDA DE 1,57% A bolsa fechou ontem com queda de 1,57%, recuando mais de 1.600 pontos, em relação ao fechamento do dia anterior, aos 101.215 pontos. A bolsa brasileira, perante a pandemia do covit-19, recuou para 53% do seu pico ainda no início deste ano, que fora próximo de 120 mil pontos. A grande queda se deu em março e abril. Em maio, junho e julho se iniciou rápida recuperação, ao ponto de recuper mais de 80%. O recuo de ontem contou com a contribuição da queda média dos lucros dos grandes bancos, por volta de 40%, no segundo trimestre deste ano, em comparação com o trimestre anterior, cuja maior expressão se deu com a divulgação ontem do balanço do maior banco brasileiro, o Itaú/Unibanco. Em termos gerais, se os bancos têm taxa de lucro em torno de 20%, uma queda de 40% levaria a taxa para recuar para 12%. Ora, uma taxa de lucro ainda extraordinária, quando comparada com as rentabilidades dos poucos segmentos produtivos, tais como da área de consumo de bens essen

SEMANA ECONÔMICA ENTRANTE

No Brasil as notícias do novo coronavírus continuam a ser um problema bem ativo, pelo qual a Organização Mundial da Saúde tem afirmado que a pandemia no Brasil ainda vai demorar para findar. Os congressistas, por seu turno, estudam a possibilidade de estender o auxílio emergencial até dezembro, visto que a situação do isolamento vertical ainda permanece e de que as reaberturas das atividades econômicas estão sendo gradualizadas. A melhoria da economia é pouca e os problemas econômicos castigam os brasileiros mais vulneráveis, visto que não têm maiores qualificações, além de competirem no mercado de mais de 13 milhões de desempregados, em desemprego aberto. O número novo dos mais vulneráveis, aqueles de trabalho informal ou por conta própria já somam 66 milhões de cidadãos, conforme atendimento do auxílio emergencial e liberação do FGTS. A bolsa brasileira de valores permaneceu estável ontem, aos cerca de 102 mil pontos. Mas, o dólar subiu quase 2%, indo o comercial a R$5,314, maior v

03-08-2020 - CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um título emitido por banco com prazo de 90 dias a dois anos, cujos valores variam de R$1 mil a R$10 mil. Na maioria das vezes o resgate antecipado não é permitido. Cada COE é único. Trata-se de combinação de renda fixa com renda variável, podendo ser moedas, metais preciosos, ações, títulos da dívida pública, índice de preços, dentre outros. A remuneração varia conforme o órgão emissor, podendo seguir o IBOVESPA ou o dólar, sendo limitado o ganho em % do título que o indexa. Há dois tipos de COE, o de capital de risco e o de capital garantido. O capital de risco pode ter ganhos acima do capital investido ou abaixo dele, dependendo da cesta de produtos que o compõe. No limite pode perder tudo. O COE de capital garantido recebe ao menos o capital inicial, mas a correção não é pela inflação. O título não tem qualquer garantia, a não ser a do banco emissor. No preço do COE estão embutidos a taxa do banco e a taxa de corretagem. O imposto d

02-08-2020 COVID ATINGE 98% DOS MUNICÍPIOS

Há cinco meses que a pandemia do novo coronavírus chegou no Brasil. A contaminação virótica atinge 98% do território nacional. A pandemia atingiu 5.442 localidades, restando chegar a 128 municípios. Os informes são do Ministério da Saúde. A velocidade de propagação do covit-19 é bastante rápida. Os municípios infestados têm população de 209 milhões. O total de municípios com pelo menos uma morte é de 64%. Ou seja, as mortes ocorreram em 3.580 cidades. Os municípios que fizeram o isolamento vertical têm reduzido o avanço do vírus. Considera-se que existe certo controle quando a relação é de 1 para 1 ou menos. Uma pessoa contaminada poderia até contaminar outra ou menos. A partir das curas, as infestações tendem a diminuir. Em Belo Horizonte onde a epidemia teve severo controle, o novo vírus demorou de alcançar o inferior do Estado. Por seu turno, Já em Mato Grosso o coronavírus atingiu logo todo o Estado. Os especialistas do ministério da Saúde crêem que está havendo menos notificaçõe

01-08-2020 CONJUNTURA EMPRESARIAL

A mais dura realidade da conjuntura empresarial está estampada nas estatísticas do IBGE, divulgada nesta semana. Agora, em junho, depois da economia passar pelo fundo do poço em abril, em maio também de enormes dificuldades, ao procurar sair dele e, em junho, de encaminhar a subida, a pesquisa com 2,8 milhões de empresas em atividades produtivas revelou que por volta de 44% adiaram seus compromissos, por dificuldades de caixa, para pagamentos de rotina, em razão do isolamento vertical imposto pelos governos, como forma de enfrentamento da epidemia do novo coronavírus. O fato comum foi a postergação dos tributos desde abril. Já a pesquisa também mostrou que 53% apresentaram dificuldades para quitar compromissos. Para os especialistas do IBGE, a inadimplência tende a crescer. Eles acreditam ainda que o cenário agora de julho permaneça pior e deve perdurar por alguns meses. Em perspectiva mundial, não tem como prever-se o fim do isolamento vertical. Os grandes bancos, por seu turno,