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Mostrando postagens de setembro, 2013

26/09/2013 - SAÍDA DA MARCHA LENTA

Nesta semana se deu a reabertura dos trabalhos na Organização das Nações Unidas, em Nova York, cujo primeiro discurso anual tem sido feito tradicionalmente pelo presidente do Brasil, o que foi feita pela presidente Dilma (dia 24 deste). Por oportuno, a equipe econômica preparou-se para um “meeting” com banqueiros e investidores internacionais. Os principais dirigentes brasileiros nas reuniões que se seguiram, apresentaram as vantagens de serem feitas inversões brasileiras em infraestrutura, tendo discursado ontem, inclusive aberto para a grande imprensa internacional (dia 25) a Presidente, Dilma Roussef, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Tratou-se da busca de uma saída da marcha lenta em que vem se conduzindo o atual governo na condução econômica. Sem dúvida, a iniciativa está ligada a mostrar melhor desempenho econômico nos próximos meses

25/09/2013 - REUNIÃO DO G-20

Antes de 2008, as reuniões dos países mais ricos do mundo, ditavam os rumos globais, eram os países industrializados, que mais dominam a tecnologia da bomba atômica, chamados de G-7, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Canadá, Itália, mais a Rússia, como convidada especial (na verdade, G-8), já que tem também bombas atômicas. Além disso, eles dominam a esfera monetária global, sendo o dólar responsável por cerca de 80% da moeda mundial e o euro por algo como 10%. O modelo capitalista foi ameaçado, mediante déficits públicos gigantes, elevação estonteante do desemprego e falta de confiança empresarial, obrigando ao Banco Central dos Estados Unidos, o chamado FED (regulador do dólar) e o Banco Central Europeu, o chamado BCE (regulador do euro), a investirem para salvar grandes bancos e grandes multinacionais. Até hoje permanece o papel desses bancos centrais, comprando títulos públicos, para injetar dinheiro, com o fito de animar a economia, ao tempo em que pratican

24/09/2013 - É POSSÍVEL FAZER MAIS

É possível fazer mais é o lema do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que entregou os cargos que o seu partido (PSB) tinha no governo, pretendendo disputar a eleição para presidente da República, em 2014. Por enquanto ele não está bem nas pesquisas, mas tem espaço para crescer, mormente quando colocar os resultados econômicos que vem obtendo na direção do seu Estado. Além do mais, consta que ele conta com a simpatia do empresariado em geral. Empresariado este que tem mostrado desconfiança com a presidente Dilma, retraindo seus investimentos. A leitura que se está fazendo do seu lema é de que ele pretende mesmo acelerar o crescimento. Muita coisa ainda irá acontecer até a eleição para presidente. Cada vez fica mais distante que o ex-presidente Lula poderá concorrer. A sua candidatura irá pregar a continuidade, e não a ruptura, porém com avanços que a presidente Dilma não fez. Agora mesmo a presidente Dilma desistiu de viajar aos Estados Unidos, quando teria direito a baile d

23/09/2013 - IMPERIALISMO

Em todas as épocas existiram impérios. O império atual é dos Estados Unidos da América (EUA). O império é basicamente econômico. Os EUA tem um PIB próximo de 25% do mundial, entre cerca de 200 nações. É a expressão da força na produção de bens e serviços. Para estes circularem precisam de dinheiro. Os EUA fornecem o dinheiro do globo. Entretanto, os EUA são maior arsenal de armas atômicas e convencionais. Portanto, controlam o mundo. Impõem suas vontades. Não bastasse o exposto, ainda espionam o globo, visando manter seu poderio. “Façam o que digo, mas não faça o que eu faço”. Este é o lema do dominador. Na economia internacional apregoam a liberdade de concorrência, mas são os mais protecionistas do globo. Falam de democracia, mas usam a força para manter seus domínios. Invadem, subornam, destroem, pela democracia deles, que se julgam os atenienses da atualidade. No caso brasileiro sempre espionaram. Agora mesmo foi revelado que o País é o mais espionado no mundo, segundo denú

22/09/2013 - RENDA PER CAPITA

O conceito de renda per capita (RPC) é um dos mais comentados da economia. Trata-se de uma abstração, como em quase tudo está na economia. Significa tomar o agregado Produto Interno Bruto (PIB) e dividi-lo pelo número de habitantes. O PIB é a maior abstração econômica. O PIB brasileiro é calculado pelo IBGE, trimestralmente. Em termos redondos, o Brasil tem uma renda per capita de US$11 mil. Os Estados Unidos de US$56 mil. A Noruega de US$72 mil. Os países mais pobres do mundo, na África, tem renda per capita inferior a US$6 mil. Quer dizer, de US$6 mil a US$16 mil é a faixa de renda média. Armadilha na qual o Brasil se encontra há mais de três décadas. A grande imprensa de hoje divulga estudo do professor Marcelo Moura, do Instituto de Pesquisa e Ensino (INSPER), de São Paulo, fazendo projeção da renda per capita brasileira, aumentando à taxa de 3% ao ano, em relação à renda per capita dos Estados Unidos, crescendo à taxa de 1,1% anuais, que estão 80 anos à frente para se iguala

21/09/2013 - CONTRADIÇÃO ENTRE QUE DIZ E FAZ

A política econômica brasileira tem sido de alardear, dentre outras coisas, que realiza cada vez mais investimentos. Há um discurso enorme entre o discurso e a realidade. No orçamento efetivado o governo tem realizado mais gastos do que inversões. Afinal, criou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em três edições: PAC 1 (2007-2010), PAC 2 (2011-2014), PAC 3 (2015-2018). O que deve ser analisado são as efetividades dos últimos cinco anos fechados, entre investimentos em infraestrutura, gastos sociais e gastos correntes. No conjunto, foram despesas primárias do governo, que se elevaram de 16,4% para 18,2% do PIB. Porém, os investimentos produtivos ficaram estáveis em 1,1% do PIB, entre 2008-2012. Neste ano, até julho, conforme base de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), os investimentos totais do governo da União caíram 6,21%, em relação ao mesmo período de 2012. Em horizonte mais longo, na execução orçamentária entre 2004 e

20/09/2013 - PODER MAIOR ECONÔMICO

Fala-se que o homem mais poderoso do mundo é o presidente Barack Obama. Contudo, não é. Há mais de um século que existe a instituição do Banco Central nos países do mundo. Há milênios que o homem criou o dinheiro e os bancos surgiram para administrá-lo. Em decorrência, surgiu o banco dos bancos. O Banco Central. O atual quadro de funcionamento do dinheiro mundial foi dado em 1944, quando da criação do Fundo Monetário Internacional. Naquela época, os países mundiais concordaram que a moeda mais importante em circulação, o dólar, serviriam de padrão de comparação com as outras moedas. Dessa forma, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos (FED) passou a controlar o dólar pelo globo. Quanto mais precisa de dinheiro o mundo, para transações, ele emite moeda. Quanto menos, ele lança títulos da dívida pública americana, para retirar dinheiro do mercado. O inverso é verdadeiro. Assim, a dinâmica da esfera monetária dirige a dinâmica da esfera produtiva. Portanto, as reuniões do

19/09/2013 - FIM DA ERA DO CONSUMO

Nova realidade econômica se defrontou e se defronta o governo da presidente Dilma. Ela tem tentado mudar, mas não consegue. Tem sido mais forte do que ela, visto que ocorreu, desde 2011, a possibilidade decaiu, do maior crescimento econômico (taxas acima de 4% ao ano), visto que antes vinha sido puxado principalmente pelo consumo. Isto é, nos oito anos anteriores ao seu governo, o ex-presidente Lula se defrontou com uma economia com grande capacidade ociosa e enorme possibilidade de expansão do crédito. A capacidade ociosa, com Lula praticamente foi absorvida, tanto no que se refere à utilização do capital (PIB cresceu em média 4% anuais na era Lula), mediante forte demanda internacional por matérias primas, o que elevou sensivelmente os preços delas, gerando grandes superávits externos, bem como pelo também forte elevação do salário mínimo e da renda real, para o mercado interno, quanto na absorção da taxa de uso da mão de obra (desemprego caiu no período 2003-2010 de 11,5% par

18/09/2013 - CUSTO LOGÍSTICO NACIONAL

A Fundação Dom Cabral publicou o estudo “Custos Logísticos do Brasil”, mediante amostra de 126 grandes empresas nacionais, responsáveis por 20% do PIB brasileiro, que foram analisadas no ano passado. A primeira conclusão foi de que nada menos do que 13% da receita bruta delas representam o pagamento de custos logísticos. O transporte de longa distância por rodovia corresponde a cerca de 38% do total; custos de armazenagem a 18%; distribuição urbana a 16%; despesas portuária e aeroportuárias a 13%; 31% a demais custos. A pesquisa também identificou que o custo logístico nacional equivale a 12% do PIB, enquanto nos Estados Unidos ele é de 8% do PIB. Se o País tivesse o mesmo desempenho que a economia americana a economia seria de R$83,2 bilhões anuais. O segmento mais comprometido com a despesa logística é o de bens de capital, seguido da construção e pelo segmento químico. As principais razões, em ordem, apontadas pelas pesquisadas para a pesada carga são estradas em má condição,

17/09/2013 - VULNERABILIDADE EXTERNA

Um país se encontra vulnerável à economia internacional quando precisa recorrer ao capitais externos com o fito de fechar suas contas do balanço de pagamentos. Quatro situações se apresentam. A primeira, quando a Balança Comercial é positiva, mas o Balanço de Serviços é negativo, havendo saldo neste maior do que naquela, obrigando o país a recorrer a capitais externos. A segunda, quando a Balança Comercial é negativa e o Balanço de Serviços é negativo, as dificuldades ficam enormes para captar recursos internacionais. A terceira, quando a Balança Comercial é negativa, mas o Balanço de Serviços é positivo, havendo saldo maior neste. A situação não é de dificuldades. Quarta, havendo saldo menor no Balanço de Serviços, então haverá dificuldades. As duas primeiras situações se verificaram com o Brasil. As duas últimas com a Espanha, a qual não se pretende agora examinar. A primeira situação tem sido apresentada pelo Brasil nos últimos doze anos, vindo sendo deteriorada gradativamente

16/09/2013 - FRACASSO NOS LEILÕES

Em 2004, considerando que não havia poupança do Estado suficiente para realizar a infraestrutura, de há muito requerida, o governo federal conseguiu que o Congresso aprovasse a lei da parceria público-privada, haja vista que os investimentos públicos e, ou, mistos são responsáveis pelo efeito multiplicador das inversões na economia, desencadeando, por parte do setor privado, o efeito acelerador, conforme ensinamentos de Keynes. Daquela época para cá, o Estado tem procurado fazer referida parceria com o monitoramento do setor privado, fixando taxa interna de retorno, no frigir dos ovos, o que tem afastado citado tipo de investimento. Na verdade, poucas parcerias em tela puderam ser feitas. A sua ausência, na primeira década do século XXI, não fora muito sentida, haja vista que a grande elevação dos preços das matérias primas que o Brasil exporta, gerou resultados muitos bons para a economia. No entanto, o governo Dilma não contou com as benesses do comércio internacional e a economi

15/09/2013 - AVALIAÇÃO AMERICAN EXPRESS

Neste final de semana o gerente geral do banco American Express do Brasil (AMEX), Giancarlo Greco, em entrevista ao jornal DCI, de São Paulo tem uma visão positiva sobre a economia brasileira. Para ele, um país que poderá crescer entre 2% a 3%, para padrões internacionais, é um bom desempenho, em ano ainda marcado pela retração econômica global. Ora, ele está comparando o Brasil com países que não são do seu grupo, o dos países emergentes, mas o comparando com os países ricos, que, efetivamente, estiverem crescendo nesse patamar, está bem colocando na classificação mundial. Dois erros de avaliação. O primeiro, o Brasil há mais de uma década cresce a metade da taxa dos países emergentes. O segundo, a economia brasileira está estagnada, visto que cresceu 2,7% em 2011, 0,9% em 2012, sendo esperado taxa pelo governo de 2,5%, porém o mercado financeiro já sinaliza uma taxa inferior a 2% para o atual exercício. Segundo o referido jornal: “Ele lembra que o ambiente de negócios no Brasi

14/09/2013 - MORTALIDADE INFANTIL

Relatório abrangente, considerando 22 anos, sobre mortalidade infantil, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) demonstra que a mesma vem caindo. O indicador geral dela se reduziu 77,4%, entre 1990 e 2012, numa média anual de 6,6% de queda, superior à média mundial de 2,9%. A taxa de mortalidade de crianças com até 5 anos no Brasil era em 1990 de 62 mortes a cada mil nascidos vivos. No ano 2.000 caiu para 33 óbitos. Em 2012 chegou a 14 mortes por mil nascidos vivos. As mortes de crianças até um ano no Brasil teve queda de 75% no período em tela. Em 1990 era de 52 óbitos, caindo para 13 por mil nascidos vivos em 2012. Na mortalidade neonatal, ocorrida nos primeiros 28 dias de vida, a retração foi de 28 para 9 óbitos no período em referência, equivalente a uma redução de 67,8%. A região que registrou maior queda no indicador de mortalidade infantil até 5 anos foi o Nordeste. Passou de 87,3 óbitos em 1990 para 19,6 por mil nascidos no referido período. As maior

13/09/2013 - VIRADA DEMOGRÁFICA

O ponto de virada demográfico é o momento em que a taxa de fecundidade se torna inferior a dois filhos por casal, o mínimo necessário para manter o tamanho da população. O Brasil chegou nessa situação em 2006. Contudo usufruirá até 2023 do chamado bônus demográfico, fase em que a população produtiva atinge sua proporção máxima em relação à de inativos, crianças e idosos. Depois daquela data não repetirá mais o referido bônus. O assunto se encontra comentado na revista Exame, datada de 18-09-2013, cujos dados foram aqui usados. No ponto de virada demográfico, o Brasil estava em situação econômica pior do que a de três selecionados países desenvolvidos (Estados Unidos, Reino Unido, Coréia do Sul), bem como dois países que estão como emergentes, que estão hoje bem próximos aos chamados países de renda alta (Polônia, Chile). Os Estados Unidos alcançaram o chamado ponto de virada em 1972, possuindo renda per capita de US$22 mil; o Reino Unido em 1973, renda per capita de US$19,7 mil;

12/09/2013 - IMPACTO NA SÍRIA

A economia globalizada recebe influencias de todas as áreas. Já existe uma guerra civil na Síria, cujos efeitos se dão nas relações econômicas internacionais. Se os Estados Unidos atacarem a Síria pode encorajar rebeldes terroristas. Se não atacar, fortalece o ditador Bashar Al-Assad. Ao que parece é uma guerra para ninguém ganhar. Em mais de dois anos de guerra civil, dois milhões deixaram aquele país. Outros quatro milhões de refugiados sírios viajam pelo país em busca de abrigos. Trata-se de seis mil sírios todos os dias que abandonam seus lares, para lugares também difíceis, tais como Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. O argumento para o presidente americano atacar a Síria é de que aquele governo agrediu com armas químicas seus adversários, matando 1,4 mil pessoas, entre adultos e crianças. Um provável ataque lancará mísseis e torpedos de navios de guerra. Cada míssil de cruzeiro Tomahawk tem 20 pés de comprimento, menos de dois pés de diâmetro e carrega mil libras de ogivas

11/09/2013 - VENDAS NO VAREJO

O Índice de Confiança do Consumidor, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) calculado em julho recuou 4,1% perante junho. Em agosto a recuperação alcançou 4,4%, em relação ao mês anterior. A FGV não demora em publicar a sua pesquisa. O seu cálculo possui uma cesta maior de bens de consumo duráveis. O cálculo do IBGE mostrou que as vendas no varejo restrito, excluindo veículos e materiais de construção, apresentou alta em oito dos dez segmentos pesquisados. Portanto, surpreenderam com crescimento de 1,9%, quando as expectativas não eram nada otimistas, em relação a junho. Vai demorar mais um mês para o IBGE publicar o número de agosto. É a maior variação no consumo varejista, desde janeiro de 2012, conforme o IBGE. Indo por partes, o IBGE calcula com mais retardo e cuidado nas variações dos itens. A sua pesquisa é nacional, enquanto a da FGV é aplicada no Rio de Janeiro. Por outro lado, o cálculo do IBGE ainda excluiu o segmento de veículos, que caiu 3,5% em relação a junho, c

10/09/2013 - JUROS DE PESSOA FÍSICA

As taxas de juros nas operações de crédito para pessoa física subiram pela quarta vez no ano. Na verdade, elas acompanham a elevação da taxa SELIC, que é o juro básico da economia, ou seja, um dos menores praticados, que estava em 7,25%, passaram para 7,5%, 8%, 8,5% e 9% anuais. Mas, acompanharam de forma bem destoante. A média geral da taxa de pessoa física subiu de 5,48% para 5,51%, ao mês, em agosto, totalizando 89,69% ao ano. Ou seja, quase 10 vezes mais do que a taxa SELIC. Das seis linhas de crédito da espécie, pesquisadas pela Associação Nacional de Executivo de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), apenas a taxa média do cartão de crédito se manteve estável em 9,37% ao mês, isto é 193% ao ano. As outras cinco linhas tiveram elevação. Para o comércio, de 4,10% para 4,11%, no anual de 62%; cheque especial, de 7,77% para 7,81%, 147% anualmente; CDC-Bancos-financiamentos de automóveis de 1,58% para 1,61%, sendo 21% ao ano; empréstimo pessoal-bancos de 3,08% para 3,1