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Mostrando postagens de agosto, 2016

31/08/2016 - DIVISOR DE ÁGUAS

Depois de nove meses, o Senado confirmou hoje o fim do período de Dilma no governo federal. Assumiu o vice-presidente Michel Temer. Hoje é o último dia para o governo enviar o Projeto da Lei do Orçamento de 2017, ao Congresso, no qual ainda é solicitado o reconhecimento de um déficit primário de R$139 bilhões em 2017, evento pela quarta vez aguardado, após 18 anos anteriores a 2014 de superávit primário. Projeta também o governo que a economia cresça 1,6%, depois de quase três anos recessivos. Hoje também é anunciada a manutenção da taxa básica de juros, a SELIC, em 14,25% ao ano. A equipe econômica já trabalha com redução da SELIC somente no início do próximo ano, vez que a inflação anualizada, até julho foi de 8,74%. O Banco Central prevê fechar a inflação do ano em 6,9%, enquanto o mercado financeiro aguarda 7,34% em 2016. Afastada de forma definitiva a presidente Dilma, por crimes contra a lei de responsabilidade fiscal. A votação de 81 senadores deu-se com 61 votos a favor

30/08/2016 - PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA

Até agora, as principais propostas do governo, que devem passar pelo Congresso, são cinco. O teto dos gastos, a previdência social, as privatizações, reforma trabalhista e papel da Petrobras. O teto dos gastos, já enviada ao Congresso, limita o crescimento das despesas públicas à inflação do ano anterior. As dificuldades são as desvinculações dos gastos com saúde e educação. A previsão é de aprovação no primeiro trimestre de 2017. A proposta da previdência, ainda em elaboração, poderá fixar idade mínima e reduzir a diferença entre homens e mulheres na aposentadoria. As dificuldades estão na aprovação de uma regra de transição. A previsão é de aprovação no último trimestre de 2017. As propostas de privatizações para concessões de rodovias, aeroportos e venda de ativos. A previsão de leilões é para o segundo semestre do ano vindouro. As dificuldades residem nas discussões de preços e regras para atrair inversões. A reforma trabalhista ainda não tem anteprojeto. Mas, a ideia é de q

29/08/2016 - DEFESA DE DILMA

A presidente Dilma se defendeu no Senado, tendo como pano de fundo o mesmo discurso de Lula, de que as elites econômicas querem afastá-la porque ela feriu os seus interesses. Ora, os governos do PT atuaram nas duas pontas, na pobreza e na riqueza. Na pobreza com o Programa Bolsa Família, atendendo 14 milhões de famílias. Agora mesmo o IBGE divulgou cálculo da taxa de fecundidade de 1,5 filho. Assim, 3,5 membros de uma família seriam 49 milhões de brasileiros. Isto é, 24% da população. Na riqueza, porquanto mesmo em forte recessão, as elites bancárias nunca ganharam tanto dinheiro. Ademais, grandes capitalistas foram beneficiados com redução de tributos para grandes montadoras de automóveis, firmas do agronegócio, empreiteiras e empresas beneficiadas pelo BNDES e Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal com créditos subsidiados. Convém aqui relembrar o que o Papa declarou neste século, com a gestão do PT. “No Brasil os ricos estão mais ricos e os pobres menos pobres”. A presid

28/08/2016 - RETRAÇÃO DE 3% NO EMPREGO COMERCIAL

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê corte líquido de 230 mil vagas em 2016, o que representa um recuo de 3% na força de trabalho, em relação a 2015. A estimativa é a pior em mais de uma década. A perspectiva melhorou, quando em maio a projeção era de 279 mil desempregados. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho mostra que no acumulado de 12 meses foram dispensados 3,52 milhões e criados 3,27 milhões de vagas. Para a CNC, no atual momento o comércio está recuperando um pouco a confiança. Mas ainda se evidencia pessimismo em certos segmentos comerciais. Para a CNC a recuperação passa também pela queda na taxa de juros, que estão muito altos. Conforme o Serviço Central de Proteção ao Crédito feito pela Boa Vista, o movimento do comércio caiu 5,1% em doze meses, desde agosto de 2015 até julho de 2016. A Boa Vista afirmou que em julho o recuo foi de 1,5% frente a junho. No acumulado dos doze mese

27/08/2016 - GESTÃO DE RESULTADOS

Os tribunais de contas do País não se consideram vencidos com a decisão do Supremo Tribunal Federal, de transferir as decisões deles para as câmaras de vereadores, de julgar as contas de prefeitos e de demais gestores municipais, ato considerado por associações de tribunais (ATRICON), associações de auditores de contas (AUDICOM) e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) como um golpe na Lei da Ficha Limpa. Referidas entidades irão entrar com embargos declaratórios. Num levantamento da ATRICON, a decisão do STF limpou a ficha de 4.400 prefeitos e gestores, em pesquisa em 20 tribunais de contas do Brasil. É bom lembrar que o País tem 5.565 municípios. Consta que esses gestores causaram prejuízos de R$4 bilhões aos cofres públicos, segundo aquela instituição. O assunto é escandaloso, visto que no Brasil é uma lástima na apuração de resultados, bem como as leis para corrigir desvios de conduta, tais a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei da Ficha Limpa têm sido desrespeit

26/08/2016 - COLAPSO É AMEAÇA PARA COMPLETAR O AJUSTE

O Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos da Câmara de Deputados, afirmou que, sem a aprovação da proposta de emenda constitucional, que cria tetos de elevação de gastos para União, Estados e Municípios, limitados à inflação do ano passado, o endividamento governamental chegará a um ponto de colapso, à semelhança do que ocorreu com países europeus nos últimos anos. Por exemplo, há uma série de países da Europa que estão a cerca de dez anos em crise, sem crescimento econômico ou até em recessão econômica. A crise é tão grave por lá, que há países com desemprego acima de 20%, principalmente entre os seus jovens, fazendo com que citados países recusem ou evitem ingresso de imigrantes. Não é sem motivo que o Reino Unido saiu da União Europeia. Não é sem motivo que a Espanha já deportou uma série de imigrantes brasileiros, para que não concorressem com os trabalhadores regionais. O medo do ministro, que está amedrontando os poderosos po

25/08/2016 - INDICADOR ECONÔMICO DE FELICIDADE

A felicidade é um estado de espírito, difícil de medir, sendo muito peculiar. Dizer que um país como um todo é feliz é uma generalização. Mesmo assim, a New Economics Foundation começou a publicar em 2006 o Happy Planet Index, isto é, o Índice de Planeta Feliz. A segunda publicação saiu em 2009. A terceira edição em 2012. A quarta foi publicada agora em julho. Não é uma forma de medir a felicidade dos países, isto porque poderia ser entendido como um país rico. Trata-se de uma forma de medir a eficiência em que um país utiliza os seus recursos naturais em vida longa e agradável para os seus cidadãos. Portanto seria um indicador de sustentabilidade da natureza. Cada país é referenciado por quatro indicadores: bem estar, expectativa de vida, menor desigualdade de resultados e pegada ecológica de cada cidadão. Em outras palavras são medidos o bem estar sustentável, onde as pessoas vivem longos períodos felizes, com menores custos para o meio ambiente e uso eficiente dos recursos. O

24/08/2016 - CONTA GOTAS

Na medida em que o a economia brasileira passa pela planície da curva de “U” do ciclo econômico, as instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC), cerca de 120 delas, informam como em um aparelho de conta gotas do ingresso no processo de recuperação. Para 2016, está mantida a projeção de PIB de – 3,2%. Se confirmada a estimativa, o biênio recessivo 2015-2016 cravará – 7,25% de recuo. Nada garante ainda que em 2017 haverá crescimento econômico. O governo, como sempre otimista, projeta em seu anteprojeto de orçamento anual, a ser enviado até o próximo dia 31, um incremento de 1,6%. Referidos formadores de opinião sempre vem um pouco abaixo, mas elevaram a sua última projeção de 1,1% para 1,2%, que é exatamente a última projeção governamental.   Para a inflação de 2016, a projeção foi mantida em 7,31%, sendo a estimativa de 2017 recuado de 5,14% para 5,12%. Ainda em 2017 não se chegará à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que recuou de 6,

23/08/2016 - JOGOS OLÍMPICOS

Realizado pela primeira vez no hemisfério Sul, os jogos olímpicos do Rio de Janeiro aconteceram durante 17 dias deste agosto. Foram 41 modalidades de jogos em disputa. A organização do evento foi bem sucedida, visto que não houve os transtornos temidos na área de segurança, vez que se deu em clima de paz e tranquilidade. No entanto, a meta do Comitê Olímpico Brasileiro era de estar entre os dez primeiros lugares. O País ficou em 13º. Os brasileiros fizeram a sua melhor apresentação. Porém, não conseguiu mais do que 1,5% das medalhas em geral, marca que tem se colocado desde a Olimpíada de Atlanta, em 1996. Antes, a marca se situava por volta de 0,5% das medalhas. Em razão dos custos de R$40 bilhões, sendo a metade dos gastos públicos, os resultados não foram tão bons. Da Olimpíada de Londres, em 2012, para a do Rio, o incremento foi de duas medalhas, de 12%. O custo com a equipe em Londres foi de R$3,677 bilhões. Logo, os gastos de R$40 bilhões representaram um incremento de 988

22/08/2016 - INDÍCIOS DA RECUPERAÇÃO

O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista das páginas amarelas da revista Veja, datada de 24 deste afirmou que: “Não há dúvida de que estamos diante de uma recuperação. As evidências mais relevantes encontram-se no setor industrial. A produção está em alta. Os índices de confiança empresarial, que recuavam desde 2011, voltaram a subir de forma mais nítida. Houve melhora também na confiança dos consumidores. Esse quadro leva a crer na retomada da economia. Com o retorno do otimismo, os consumidores voltam a comprar, os empresários passam a produzir mais para repor os estoques e na sequência investem no aumento da capacidade produtiva e na contratação de trabalhadores. Esperamos para 2017 um crescimento de 1,6%. Trata-se de uma melhora substancial em relação ao cenário projetado poucos meses atrás. Falavam até em nova contração da economia”. Acerca da queda do dólar, referiu-se que a economia doméstica é que está puxando a recuperação. O dólar mais baixo benefici

21/08/2016 - BOLSA BNDES MAIOR DO QUE BOLSA FAMÍLIA

Os governos do PT têm enfatizado que retiraram da pobreza 42 milhões de pessoas. Porém, quantas pessoas retornaram à pobreza depois do PIB ter recuado próximo de 8%, no biênio do 2º trimestre de 2014 ao 2º trimestre de 2015? Segundo o IBGE, conforme exposto no artigo de ontem cerca de 5 milhões de desempregados de forma aberta. Se cada família tiver três membros, isto afetaria 15 milhões de cidadãos. Porém, não para aí. Quantos ainda irão voltar, até que se conheçam as estatísticas finais da recessão, cujo desemprego continua ainda forte até o final deste ano. Isto é, por mais dois trimestres? Ademais, a brutal recessão de agora, a maior da história, trouxe malefícios em geral, que somente em 2022 (dez anos depois) poderá ser recuperada a renda de 2013. Aqueles que saíram da miséria, a exemplo dos beneficiados pelo Programa Bolsa Família, sendo mais de 14 milhões de famílias, tendo cada uma três membros, seriam 42 milhões de cidadãos. Evidente que o citado Programa é importante e

20/08/2016 - ÚLTIMO A ENTRAR, ÚLTIMO A SAIR

É fato notório que, nos momentos em que houve recessão no Brasil, o desemprego é o ultimo a entrar em crescimento e o último a voltar a reduzir-se. Ou seja, o empregador segura antes de desempregar, mas, quando desemprega, parece não parar, indo além dos instantes iniciais da recuperação. Portanto, acredita-se que somente no início do ano o emprego volte a crescer. O que vale dizer, que há sinais leves de melhora na economia, mas o desemprego continua crescendo. No momento atual a deterioração continua generalizada, em todas as grandes regiões do País, no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2015. No Norte, passou de 8,5% para 11,2%; no Nordeste, de 10,3% para 13,2%; no Sudeste, de 8,3% para 11,7%; no Sul, de 5,5% para 8%; no Centro Oeste, de 7,4% para 9,7%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas foram no Norte de 9,7%; no Nordeste, 11,4%; no Sudeste, 10,5%; no Sul, 7,3%; no Centro Oeste, 9,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con

19/08/2016 - INVESTIGAÇÕES DO TCU

As mais recentes notícias das investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgadas ontem, dão conta de que o TCU bloqueou R$2,1 bilhões de bens de envolvidos nos sobrepreços de duas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, no valor de R$5,5 bilhões (a refinaria deve ter custado quatro vezes mais). O superfaturamento em referência alcançou 38,2%. Milhares de obras públicas estão em curso no País, alguns milhares estão paralisadas. Mil delas são do Programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo a revista Exame, datada de ontem, este é o “País da obra parada”. Devido à estrutura limitada do TCU, somente centenas delas são investigadas por amostragem. É comum encontrar-se sobrepreço, prática que vem, sobretudo, desde o Plano de Metas de JK (1956-1960). Não por ele, mas porque surgiram as grandes empreiteiras, sendo 29 delas investigadas pela operação Lava Jato, tendo já mais de dois anos de apuração de corrupção generalizada nas grandes obras do País. Voltando ao relató

18/08/2016 - LENTA ATERRISAGEM E LENTA DECOLAGEM

Devido aos elevados problemas da contabilidade nacional, o déficit primário do governo, que se reiniciou em 2014, após 18 anos, repetiu-se em 2015, está garantido para 2016 e para 2017. Aprovado pelo Congresso para este ano estão R$170,5 bilhões. Estimado pelo governo para 2017 de R$139 bilhões. No total, projetado pelo mercado financeiro de R$440 bilhões, em quatro anos. Não se projeta ainda a União se haverá déficit primário de 2018 em diante. Mas, o mercado financeiro acredita que só depois de 2020 haverá superávit. Nesse ritmo, a dívida pública será próxima de 100% do PIB. A queda acumulada do PIB de 2015 e 2016 está em 8%. A redução da massa salarial poderá ser de 11% até 2020. A indústria de transformação representará até aquela data 10% do PIB, regredindo ao nível de 1947. É bom lembrar que em 1956 ela alcançou 16% do PIB. Em1985, a indústria era 25% dele. Já as expectativas dos consumidores, dos investidores e dos mercados estão subindo lentamente. A projeção dos analistas

17/08/2016 - EMPRESAS ESTATAIS EM QUESTÃO

A história das empresas estatais é a demonstração de que elas encontrariam respaldo nas áreas de defesa e de infraestrutura, devido o nacionalismo ou a segurança nacional. Elas eram muito poucas até os anos de 1950, quando o governo nacionalista de Getúlio Vargas aprovou a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, para financiar empresas exclusivamente de brasileiros. Hoje, não existe mais isto. Ele se tornou o BNDES, financiando governos estaduais e municipais, além de capitais estrangeiros, práticas iniciadas por José Sarney (1985-1989). A sina do BNDES sempre foi a de financiar o grande capital e com subsídios. Praticando também benesses, na era Vargas surgiu o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. Em seguida, o Estado realizou o sistema elétrico estatizado, bem como o sistema de telefonia, de águas, esgotos, de saúde e do petróleo (esta é Petrobras. Aliás, surgiram dezenas de “bras” como sufixos de estatais). Todas elas grandes empresas. Poucas davam lucro e

16/08/2016 - REFORMA TRIBUTÁRIA É PARTE DA SOLUÇÃO

A solução do retorno ao crescimento econômico do Brasil passa por um caminho correto, qual seja de encaminhar as reformas estruturais. A solução começa com a política fiscal. De um lado do balanço fiscalista, o governo central já enviou ao Congresso o anteprojeto para a reforma nos gastos públicos (lado dos débitos), mas é preciso também a reforma tributária (lado dos créditos). Esta certamente poderá também ser encaminhada. Fundamental, ainda, é a reforma da Previdência, visto que não é possível o País continuar envelhecendo, mediante esperança de vida do brasileiro já ultrapassar 75 anos, enquanto as mulheres podem hoje se aposentar com idade média de 47 anos e os homens com 53 anos. Seguem-lhe a reforma trabalhista e a reforma nas concessões das parcerias público-privada. Voltando à reforma tributária, é de conhecimento dos empresários que há um cipoal de regras do sistema tributário, abrindo brechas para litígios entre empresas e os órgãos arrecadadores dos governos, elev

15/08/2016 - DEPRESSÃO OU RECESSÃO

A recessão é a ocorrência de forte retração no PIB. Geralmente, tem acontecido em décadas alternativas no Brasil, em um ano solteiro. A única vez que aconteceu em dois anos, antes da atualidade, foi no período da Grande Depressão, no biênio 1930-1931. Em 1930 o PIB foi de – 2%. Em 1931 de – 3%, conforme cálculos do professor Gustavo Franco. Na atualidade ocorreram duas vezes, 2015, - 3,8%; 2016, - 3,2% (previsão), já que em 2014 ficou em 0,1%, em estagnação.   Portanto, o País está mesmo em depressão, enquanto o mundo está crescendo mais de 3% ao ano, há vários anos. Isso é que a agravante maior. Neste espaço se tem mostrado os erros do protagonismo do PT, seja com Lula ou Dilma. Lula surfou na onda do progresso. Dilma “pagou o pato”. Porém, ambos se desmoralizaram com os esquemas do mensalão e do petrolão. Parece que a depressão brasileira está chegando ao fim. Nova onda de progresso poderá advir. E este virá com elevação do investimento. A depressão brasileira levou a um déf

14/08/2016 - TÚNEL EM FORMA DE U

Foi o atual governo de Dilma que colocou o Brasil no pior túnel recessivo da história. Antônio Delfim Netto em suas apresentações e artigos tem elogiado a gestão de Dilma no seu primeiro ano, em 2011. O País cresceu 3,9% depois de ter crescido 7,6% em 2010. Em 2012 cresceu 1,8%; em 2013, cresceu 2,7%; em 2014, estagnou em 0,1%; em 2015, - 3,8%; em 2016, - 3,2% (previsão). No ano de sua reeleição, o País já estava em recessão desde o segundo trimestre. Fechou com déficit primário depois de 18 anos de estabilidade econômica. Daí foram revelados seus grandes erros, tais como redução abrupta da taxa de juros em 5 pontos, em uma ano e, depois teve que elevá-la ao atual patamar de 14,25%. Transferiu R$500 bilhões para o BNDES da dívida pública, para emprestar a grandes empresários, a taxa de juros subsidiada. No entanto, a economia não reagiu. Pelo contrário, vem caindo desde então. Não corrigiu os preços de combustíveis ao nível de acompanhar a inflação e teve de fazê-lo abruptamente

13/08/2016 - DIA DO ECONOMISTA É HOJE

A economia é a ciência da escassez de recursos. A Teoria Econômica tem seu marco na publicação do livro de Adam Smith, denominado “Investigações e causas da riqueza das nações”, em 1776. Uma divisão geralmente aceita é de que a Teoria Econômica se divide em Microeconomia, Macroeconomia e Economia Internacional. Já, em Smith, a Microeconomia se originava no seu estudo da divisão e especialização do trabalho em uma fábrica de alfinetes. A Macroeconomia na própria formação de riqueza das nações. A Teoria da Economia Internacional na especialização absoluta que advogava entre as nações, nas transações mundiais. David Ricardo, acerca disso, introduziu a correta especialização relativa. Pelo menos, desde então, aproximando-se de uma centena, desde 1969, a Coroa da Suécia, vem premiando celebres economistas com o Prêmio Nobel de Economia. Única carreira que tem prêmio assim, visto que o Prêmio Nobel é conferido, desde 1901, pela academia da Suécia, mediante uso dos rendimentos do dinhe

12/08/2016 - IPCA TEVE REPIQUE

O IPCA teve repique em julho, por conta dos preços dos alimentos que subiram muito, tais como feijão e leite, levando para 0,52% o índice mensal, ante 0,35% em junho. O consumidor já paga mais de 150% sobre o preço do feijão, enquanto o leite subiu quase 50%, ambos, em 2016. As explicações sobre as altas se devem aos problemas climáticos que afetaram a lavoura de feijão, enquanto o leite está na entressafra. Em uma economia recessiva há quase três anos, pela lógica, os preços deveriam cair. Além do mais, o dólar recuou em sua maior sequência de seis anos, para R$3,13, efeito que deveria em tese, também ter feito de derrubar a inflação, agora, anualizada, em 8,74%. A taxa anual do IPCA de junho era de 8,84%. A tendência de queda se mantém, mas, de modo suave. O mercado financeiro já põe em dúvida se a taxa básica de juros recuará do elevado patamar de 14,25% anuais. A projeção é de que a recessão continue ainda pelos próximos meses e que em 2017 haja pequeno crescimento (1,1%), s

11/08/2016 - RIO CORRE PARA O MAR DE DÍVIDAS

A economia matemática examina condições lógicas e trabalha em várias dimensões, em trabalho dedutivo da realidade, executando com material teórico e não empírico, sendo esse último trabalho o da econometria. A economia matemática examina todas as possibilidades, tanto no campo do real como do imaginário, o que se chama de o conjunto dos números complexos. Em um problema econômico, portanto, a solução assim encontrada pode ser sem sentido. A econometria trabalha com estatísticas de projeções, no conjunto dos números reais, para que haja sentido, mesmo que perverso. A econometria governamental favorece os mais fortes. Veja-se agora a situação do projeto de negociação das dívidas dos Estados. Em 1997, o governo de FHC negociou por vinte anos e beneficiou os mais endividados. Quais foram os mais endividados. Os Estados mais ricos. Agora, vinte anos depois, os Estados mais fortes tem forçado a União à renegociação por mais vinte anos, da dívida de todos e, novamente, eles, os ricos se

12/08/2016 - TRÊS SEMANAS DE RECESSÃO QUE SE AMENIZA

Três semanas de recessão que se ameniza, mas não se considera boa melhora. Lentamente, a economia mostra que poderá crescer, mas com certo grau de desconfiança, embora com mais confiança do que antes, visto que está próximo o final do processo de impeachment da presidente Dilma, quando as verdadeiras cartas do governo federal serão dadas. Ontem, a presidente se tornou ré, após sessão de pronúncia. Até o final do mês se terá o julgamento final. É preciso que o prolongado desempenho negativo, herança da gestão contraditória da presidente Dilma acabe no País. Mais de 100 instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central ajustaram a estimativa de encolhimento da economia pela segunda vez consecutiva. A projeção de queda do PIB passou de 3,24% para 3,23%. Para 2017, a projeção de crescimento segue em 1,1% há três semanas consecutivas. A Proposta de Emenda Constitucional 657 já no Congresso, votação prevista para outubro, propõe reforma nos gastos de acordo com a

09/08/2016 - IMUNIDADE FISCAL DOS TEMPLOS

A Constituição de 1946 aprovou a isenção de tributos para os templos. Vale para todo o território nacional. Existem cerca de pelo menos 92 tributos. Os tributos são de três formas: (1) impostos diretos e indiretos, (2) taxas e (3) contribuições para a melhoria. Os impostos federais são em maior número, tais como o imposto de renda, o imposto sobre produtos industrializados, os dois maiores, compreendendo 80% da arrecadação. Os impostos estaduais são o ICMS e o IPVA. Os impostos municipais são o IPTU, o ISS e o ITIV. As taxas são tributos fixos sobre serviços, de pequena monta, mas criados em profusão. As contribuições são cobradas exclusivamente e de uso exclusivo da União. Um estudo para ver o quanto os templos teriam que pagar é de grande fôlego, já que não pagam nada. A questão é muito complexa e todos têm direitos. A problemática é quem mais faz pelo social, para justificar-se? Ontem a Folha apresentou estudo só sobre IPTU da maior cidade brasileira. Assim se referiu: “A

08/08/2016 - COMÉRCIO EXTERIOR É A SOLUÇÃO

Um país dinâmico mantém sua economia bastante aberta nas relações internacionais. O exemplo mais recente disso é a China que hoje ostenta o segundo lugar em PIB, visto que abriu sua economia fortemente, desde 1979, quando os Estados Unidos visitaram formalmente aquele país, reatando laços comerciais, que se tornaram amplamente crescentes. O Brasil se constituiu em tradicional exportador de produtos primários e importador de toda a gama de produtos industrializados, deixando-o de ser completamente a partir dos anos de 1930, mediante a substituição de importações por produção interna, chegando o seu PIB industrial a um pico de 25% do PIB total em 1985. Porém, a indústria, principalmente a exportadora, vem perdendo posição no PIB, sendo o setor somente responsável por 10% do PIB atual. Por seu turno, voltou a ganhar grande espaço o agronegócio, hoje sendo 22% do PIB, principalmente exportador. O fato é que o Brasil é um país acanhado na economia internacional, dado que possui o oit

07/08/2016 - TRANSNORDESTINA E CONCESSÕES

Lançada em 2006, pelo presidente Lula, para ser concluída três anos depois, em 2009, a ferrovia   Transnordestina tem hoje somente 53% do trajeto concluído, dos 1,8 quilômetros de extensão projetados, sendo gastos mais de R$6 bilhões. São dez anos transcorridos. Projetada para ligar diretamente a região dos cerrados do Piauí ao porto de Pecém, no Ceará e ao porto de Suape, em Pernambuco. Indiretamente, a produção de soja, milho e algodão da região Centro Oeste de quatro Estados, Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins, poderia ser canalizada para exportação através dos referidos portos. Foram assentados somente 600 quilômetros de trilhos. Não há trem em nenhum trecho em funcionamento.   Novo prazo de termino está previsto para dezembro de 2018. Estimada inicialmente em R$4,5 bilhões. O cronograma atual é de R$8,2 bilhões. A Agência Nacional de Transportes Terrestres revela que os atrasos decorrem da demora das desapropriações e ausência de financiamentos. O fato é que o corredor logís

06/08/2016 - ENGESSAMENTO ECONÔMICO E POLÍTICO

A “Formação Econômica do Brasil”, título do clássico livro de Celso Furtado, mostra o engessamento econômico do País, qual seja de que o gesso não deixa o Brasil se movimentar de forma suficiente a deixar de ser um país de uma maioria de pessoas pobres e emergentes. Ricos aqui seriam 1% da população. Parte substancial do gesso econômico, conforme o livro se deve ao Tratado de Methuen, de 1703, feito entre Inglaterra e Portugal, regulamentando que Portugal forneceria produtos agrícolas e Inglaterra produtos manufaturados, que serviu de base a que Adam Smith desenvolvesse a teoria de vantagem absoluta no comércio mundial. Proibia Portugal de desenvolver indústrias em suas colônias. Portanto, estava proibida a indústria brasileira de desenvolver-se por cerca de dois séculos. Ademais, isto tornou a indústria brasileira, depois de 1930, por ser protegida pelo Estado, até 1990, de baixa produtividade. Isto continuou até hoje para muitos segmentos industriais, enquanto outros se tornar

05/08/2016 - ENCOLHIMENTO DO PIB E OLIMPÍADA

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), através do seu Instituto Brasileiro de Economia, é órgão conservador, geralmente de defesa da ordem estabelecida. Calcula o PIB também de forma trimestral como faz o IBGE. O que difere entre ambos é a forma de pesquisa. Debruça-se a FGV em estatísticas coletadas na região Sudeste, enquanto o IBGE calcula para todas as regiões. Ambos estão de acordo que a recessão começou no segundo trimestre de 2014. Portanto, de lá para junho deste ano, a economia já encolheu 7,1%. Cálculo de 27 meses. O IBGE não divulgou ainda o resultado do segundo trimestre de 2016. Mas o número estimado estará entre 7% e 8% para o período. Provavelmente, o efeito recessivo será maior, visto que, de lá para cá, é que as coisas pioraram. Portanto, têm-se agora mais de dois anos consecutivos de recessão. Em somente dois anos seguidos ocorreu isto, na época da Grande Depressão. Em 1930, o recuo foi de 2%. Em 1931, alcançou 3%. Assim, neste momento a recessão é maior. O Ministro

04/08/2016 - RECESSÃO E BOLSA, A LENTA RECUPERAÇÃO

No auge do crescimento da economia brasileira da década passada, a bolsa de valores brasileira alcançou seu recorde de 73 mil pontos. O País crescia mais de 4% anuais naquela década. Depois da onda internacional recessiva do final de 2008, o País teve leve recessão de 0,1%, em 2009, recuperando-se com 7,5% em 2010, devido aos fortes subsídios ao consumo e ao crédito. A bolsa de São Paulo acusou o mínimo de 37 mil pontos. O PIB reagiu, subindo 3,9%, 1,9%, 3%, de 2011 a 2013. A bolsa não voltou ao seu máximo de 73 mil pontos, situando-se por volta de 50 mil pontos, até agora. O modelo baseado no consumo e no crédito, além dos erros de alta interferência na redução acentuada da taxa básica de juros, naquele período, em cerca de um ano, em – 5% desarticularam a economia. De 2011 a 2014, os preços administrados principalmente dos combustíveis foram inferiores à inflação, outro erro. Em 2013, em decisão tomada pela presidente Dilma, os preços da conta de energia elétrica caíram cerca

03/08/2016 - COMEÇO DA MELHORA

Começaram sinais de reanimação da economia brasileira. Ontem, o IBGE divulgou sinais de melhoria da indústria de forma consistente pelo quarto mês seguido. Janeiro já tinha começado bem, mas com forte queda em fevereiro. Mesmo assim, trata-se de um processo que está se consolidando, visto que a indústria vinha se deteriorando desde 2009.   Alta do dólar facilitou o processo de recuperação, dando-se ele de forma em geral. Colocando de lado o agronegócio, que não deixou de crescer, embora pouco, nestes mais de dois anos de recessão. A indústria de calçados é uma das que tem reagido. A expedição de papel ondulado, utilizado nas embalagens dos produtos e o consumo de energia elétrica em mercado livre, com os quais se abastecem as grandes empresas, já apresentam crescimento nos indicadores industriais mais recentes. As importações de insumos industriais também aumentaram para servir à indústria. De semelhante importância têm mudado os indicadores de mais confiança, tanto nos setore

02/08/2016 - RETRATO DO PRIMEIRO SEMESTRE

A arrecadação federal no primeiro semestre recuou 7,3%. Assim, o setor público acumulou em 12 meses, encerrado em junho, déficit de R$151 bilhões. Ou seja, 2,5% do PIB. Quer dizer, a meta de R$170,5 bilhões não foi assim tão exagerada, em face da forte recessão. A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central, de julho, revela que “a inflação caiu aquém do almejado”. Neste ano, ela ficará acima do teto da meta de 6,5%. No ano que vem, segundo o COPOM convergirá para o centro da meta. Em entrevistas de ontem, segunda feira, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que a recuperação econômica poderá ocorrer neste segundo semestre, tanto na arrecadação de tributos como na obtenção de receitas com concessões e privatizações. Caso não aconteça, até o final do mês, quando já estará resolvida a votação do impeachment e termina o prazo para envio do anteprojeto da lei orçamentária de 2017 (dia 31), poderá ser acionado o Plano C, antes referido recentemente por ele como

01/08/2016 - REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O Secretário da Previdência, Marcelo Caetano, calcula que o déficit previdenciário é de 2% do PIB. Por que se chegou a isto? Primeiro, a idade média de aposentadoria da mulher brasileira é de 47 anos. A do homem é de 52 anos. Já a expectativa de vida do brasileiro está em 75 anos. Ou seja, cada vez mais vivendo, o brasileiro ou a brasileira continuarão a onerar bastante o sistema previdenciário. O déficit continuará crescente, se não for feita a reforma na área. O anteprojeto que está sendo gestado é de ampliar para 65 anos a idade mínima para a aposentadoria do homem e de 60 anos para a mulher. Por que não 65 anos para ambos? Existem duas formas de previdência: a pública e a privada. O funcionalismo público se aposenta com proventos integrais. O setor público com mais de um milhão de aposentados paga mais de aposentadorias do que o setor privado com cerca de mais de 28 milhões. Dessa forma, pretendem-se unificar os dois sistemas citados. A unificação será ainda maior, contem

31/07/2016 - DESEMPREGO SOBE E RENDA CAI

Segundo o IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua revelou que o mercado de trabalho voltou a mostrar deterioração em junho. Assim, o desemprego bateu recorde de 11,3%, ou seja, 11,586 milhões de pessoas estavam em desemprego aberto. Ao mesmo tempo, a renda média dos trabalhadores encolheu ao menor patamar desde janeiro de 2013, a R$1.972,00. Desde as eleições de 2014, o número de desempregados cresceu mais de 5 milhões. No último ano, de julho-2015 a junho-2016, o crescimento foi de 32%, correspondentes a 3,2 milhões. A recessão se iniciou no segundo semestre de 2014, o desemprego ficou forte mesmo foi em 2015. A recessão vem em primeiro lugar, o desemprego depois. Quer dizer, se a recessão parar o desemprego ainda irá continuar por algum tempo. Somente no primeiro semestre foram mais de 500 mil desempregados. Há especialistas, tal como o economista José Márcio Camargo, que prevê 13% de desemprego antes de cair. A expectativa é de que o retorno ou a reativaç