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Mostrando postagens de setembro, 2021

SUGESTÕES DA ONU PARA ENFRENTAR PÓS-PANDEMIA

A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou relatório mundial sugerindo 55 medidas para o enfrentamento da pós-pandemia do covid-19. Assim estão colocadas as principais: priorizar a abertura das escolas com segurança; garantir renda básica universal; conectar todas as crianças e adolescentes à internet até 2030; oferecer linhas de crédito   verde atrativas; investir em cidades inteligentes. O estudo teve participação da UNICEF, PNUD e da UNESCO, todos órgãos da ONU. Os pesquisadores consideraram a pandemia citada como o pior problema enfrentado pelo mundo como crise sistêmica desde a criação da ONU. O Índice de Desenvolvimento Humano médio mundial ficou – 0,018 em 2020, a primeira queda desde a sua criação em 1990. Os problemas enfrentados pelos países foram desproporcionais. A análise deles foram principalmente nas áreas de saúde, economia, educação e meio ambiente. Visto de forma isolada o Brasil, a ONU considerou 94 indicadores de vulnerabilidade e de resposta difícil par

DÍVIDA PÚBLICA

  29-09-2021 O Banco Central divulgou ontem que a dívida pública bruta caiu pelo sexto mês seguido. Registrou-se que ela está em 82,7% do PIB, em agosto. Em fevereiro estava em 89,4% do PIB. O estoque foi para a menor proporção desde maio de 2020. São colocados no referido estoque: o endividamento da União, dos Estados, dos Municípios e do INSS. Em janeiro de 2015 estava em 57,2% do PIB. Tecnicamente, a dívida pública está muito elevada se passar de 60%. A dívida em referência vinha num crescendo, porque desde 2014, o exercício financeiro anual vem apresentando déficit primário. Ora, a União consolida a dívida, que cresce porque tem que ser rolada, mediante novos financiamentos. Quando houve superávit o governo consegue pagar parte dos juros. Mas, com déficit, nem assim o pode fazer.. Em dezembro de 2015 estava em 65,5%; em dezembro de 2016 foi para 69,8% do PIB. Dois anos recessivos e a dívida cresceu por volta de 12,6% do PIB. No final de 2017 estava em 73,7%, no final de 201

TEMPESTADE NAS BOLSAS

28-09-2021 Dia de hoje foi de tempestade nas bolsas, quando se mostrou que há um excesso de liquidez, alta da inflação e de que os Estados Unidos iriam elevar os juros básicos da economia. A bolsa brasileira caiu 3,05%, voltando aos 110 mil pontos, reportado a setembro de 2020. Dólar fechou a R$5,426, alta de 0,87%. A bolsa de Nova York apresentou Dow Jones em – 1,63%; S & P 500 em – 2,04% e Nasdaq em – 2,83%. A inflação é uma preocupação mundial e o petróleo foi negociado a US$80.75 o barril. Na China há uma crise energética. No golfo do México está havendo redução na produção petrolífera. O gás natural subiu a um máximo de sete anos, visto redução da oferta e chegando o inverno no hemisfério Norte. Note-se que a bolsa brasileira geralmente cai mais do que as cotações da bolsa de Nova York. Ademais, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária deixa identificar que a alta da taxa SELIC terá um ciclo longo para combater a inflação. Mesmo elevando os juros, prevê a

GATILHO EMPERRADO

27-09-2021 A política econômica brasileira continua com o gatilho emperrado. É preciso enunciar um novo formato e um novo cardápio. No Congresso as reformas são desidratadas. A principal delas, que seria a reforma tributária, só andou no que se refere ao imposto de renda. Mas, ainda não saiu do Congresso. Nesse governo federal não há mais esperança de um bom crescimento econômico. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu zerar o déficit público. Não conseguiu. As reformas que o empresariado esperava não ocorreram devido aos vacilos da família Bolsonaro com Guedes e com o Congresso Nacional. O presidente até hoje está sem partido. Não há uma política econômica proativa. Tem-se que fazer uma reformulação dela com novidade como a que trouxe o Plano Real. Enquanto existe a polarização entre Lula e Bolsonaro para as eleições de 2022, ambos seriam mais moderados na economia e tem idéias confusas. Nenhum dos dois extremistas tem um programa de racionalidade e de eficiência econô

SECRETÁRIO DE POLÍTICA ECONÔMICA

26-09-2021 O Ministério da Fazenda tem a Secretaria de Política Econômica como a que delineia a atuação do governo para praticar a política monetária, fiscal, cambial e de rendas, tendo como principal foco o crescimento econômico. Marcos Lisboa, atual CEO do Insper, escola de negócios, baseada em São Paulo, foi secretário de Política Econômica do primeiro mandato de Lula e vice presidente do Banco Itaú, em entrevista a Revista Exame, de setembro declarou que “o Brasil tem dificuldades de crescer há mais de quarenta anos. É uma economia de baixo crescimento desde o fim dos anos 1970, com problemas estruturais graves. O País tem se afastado das nações ricas e cresceu menos do que boa parte dos emergentes. Apesar disso, do resultado médio geral da economia, alguns setores tem se destacado recorrentemente e aumentado a sua produtividade. O agronegócio é um exemplo e há outros na área de tecnologia. Isso compensa um pouco o restante do País, que tem muita dificuldade. A conjuntura atu

LIÇÕES AMARGAS

Lições Amargas, com 256 páginas, é o título do livro do economista Gustavo Franco, de 65 anos, ele, que marcou passagem marcante como professor da PUC/RIO, presidente do Banco Central e fundador da Rio Bravo Investimentos. Franco participou da comissão daquela universidade com a UNICAMP, para elaboração do Plano Real, em suas três fases, desde início de 1994 e em vigor até hoje. Em janeiro de 1994 se iniciou o Fundo Social de Emergência (1ª fase). De 28 de fevereiro a 30 de junho se fez a transição monetária, pela Unidade Real de Valor (uso de tabela diária, na sua segunda fase). Em 1º de julho se implantou a nova moeda, o real (3ª fase). Convém lembrar que o Plano Real resgatou o Brasil da hiperinflação, estabilizando a moeda brasileira, que sucedeu depois de 10 moedas inflacionárias. Na comissão referida, como pais do REAL são também citados Pedro Malan, Edmar Bacha e André Lara Resende. Todos os quatro ainda célebres economistas vivos. Na época foram dadas condições para que

CADEIA DO AGRONEGÓCIO

24-09-2021 A contabilidade nacional, feita no Brasil pelo IBGE, divulga trimestralmente o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Wassily Leontieff, economista russo, ganhador de um prêmio Nobel de Economia, radicado nos Estados Unidos desde os anos de 1930, o qual criou o sistema de contabilidade nacional ou social, evidenciado pelas três óticas do PIB. A ótica do próprio PIB, no sentido estrito, que é a da oferta nacional, sendo esta feita pelo setor primário (agropecuária), setor secundário (indústria) e setor terciário (comércio e serviços); a ótica da DEMANDA AGREGADA, que se trata do consumo das famílias, dos investimentos privados, gastos governamentais e do setor externo (exportações menos importações; como as importações vem como oferta externa, ela é agregada à oferta nacional, compondo a oferta agregada); a ótica da RENDA INTERNA BRUTA (RIB), que é o somatório dos rendimentos salariais, comissões, aluguéis, juros, dividendos e outras rendas. O formato explícito se torn

QUINTA ALTA SEGUIDA DA SELIC

O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros pela quinta vez consecutiva. Ela saiu do menor nível da história, que era de 2%, no ano passado, passando de três aumentos seguidos de 0,75% e duas elevações de 1,00% neste ano. Agora foi para 6,25% anuais. Superou a taxa de 6,00% de agosto de 2019, muito antes de ser decretada a pandemia do covid-19 em março de 2020. O motivo da elevação da taxa básica de juros, é que a inflação está em doze meses em 9,68%, sendo a SELIC defasada em 3,57% em relação à taxa inflacionária. Mesmo com a piora do risco fiscal e a elevada perspectiva de taxa de inflação o Banco Central a elevou por unanimidade. No mercado financeiro havia até aqueles que propuseram uma elevação maior do que 1,00% para a SELIC. O Banco Central adiantou ainda que na próxima reunião de 26 e 27 de outubro elevará a SELIC em mais um ponto percentual, indo para 7,25% ao ano. Só não o fará se inflação regredir para esse número. Mas, muito difíc

 SOLUÇÃO PARA OS PRECATÓRIOS

O valor que o governo federal teria de pagar no orçamento de 2022 seria de R$89 bilhões. A União gostaria de pagar em dez anos. Porém, em acordo de hoje na Câmara de Deputados, o orçamento teria de pagar R$49 bilhões e R$50 bilhões iriam para o no seguinte. A solução agradou o mercado financeiro, com a bolsa de valores subindo 1,29%, no meio do dia, 79 ações das 91 do índice da bolsa de valores, a B3, subiram, ao tempo em que a reunião do Comitê de Política Monetária decide sobre a nova taxa básica de juros. A maioria dos especialistas acredita em elevação de 1,00%, indo a taxa SELIC para 6,25% ao ano. O mercado financeiro vê uma harmonização do Poder Legislativo com o Executivo. O efeito gradual da retomada de atividades econômicas presenciais, em razão de redução das mortes pela pandemia do covid-19 tem sido forte sobre a geração de empregos no comércio e nos serviços. Estes setores foram os mais prejudicados pelo isolamento social imposto para combater a referida pandemia.

LEILÃO PARA COMPRA DE ENERGIA

21-09-2021 O Ministério das Minas e Energia fará leilão emergencial para compra de energia, em meio à maior crise hídrica já registrada nos últimos 91 anos. O objetivo é garantir o fornecimento de energia em 2022, contratação de forma simplificada.. O leilão emergencial vai contratar energia de reserva, na modalidade por quantidade para usinas termelétricas a biomassa, eólica e solar fotovoltaica, além de aquisição na modalidade por disponibilidade para termelétricas a gás natural, óleo combustível e óleo diesel, sendo estas duas mais caras para os consumidores, cujo suprimento destas últimas trará suprimento entre 1º de maio de 2022 a 31 de dezembro de 2025. As usinas que serão contratadas não serão das regiões Norte e Nordeste, visto que problema reside nas regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul.

DÉFICIT HABITACIONAL

20-09-2021 A conceituação de déficit habitacional é um conjunto de domicílios precários, improvisados e rústicos, mais moradias formadas por cômodos de residência e habitações com altos custos de aluguel em relação à renda dos moradores. Levantamento feito pela empresa de investimentos e gestão TCP Partners deu conta de que o déficit da oferta de habitações é superior a 6 milhões. Até o final de 2021, a insuficiência da oferta será de 6,102 milhões, conforme a referida empresa. O problema da moradia no Brasil cresceu bastante após a decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde, em março do ano passado, visto que o desemprego está próximo de 15% da população economicamente ativa, a inflação está elevada e há uma crise hídrica, pela ausência de água nos reservatórios, o País teve de ligar as termoelétricas e encareceu a energia elétrica. Para bancar a reformulação do Programa Bolsa Família, que se chamará Auxílio Brasil, o governo aumentou o Imposto sobre Operações Fi

INDÚSTRIA CAIU PARA 14o. LUGAR

INDÚSTRIA É 14ª DO MUNDO O ranking da indústria brasileira, mencionado pelo site Poder 360, baseado no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), caiu de 9º para 14º lugar na industrialização mundial. Segundo ainda o IEDI a manufatura brasileira se quedou de 2,2% par 1,3% no mesmo período de análise, relativo aos últimos quinze anos. Qual a causa ou causas da regressão industrial brasileira? A primeira é a ausência de desenvolvimento tecnológico na maioria das indústrias nacionais. No momento em que o mundo desenvolvido está na tecnologia 4, em direção ao 5 G, a indústria brasileira mal chegou ao 4 G. Se não bastasse isso, a indústria nacional está no mundo da burocracia e no cipoal tributário. Tais   motivos a fazem regredir. Segundo Rafael Cagnin do IEDI: “A pandemia do covid 19 desestruturou o mercado em todo o mundo. Longe desse eixo geograficamente dinâmico, todo o restante do mundo é coadjuvante inclusive Brasil e América Latina. Nessa nova realidade s

DÉFICIT PRIMÁRIO POR DEZ ANOS

18-09-2021 Depois de 16 anos de superávit primário, de 1998 a 2013, em 2014 apareceram rombos nas contas públicas, acumulados de muitos anos de contas postergadas, mas que foram obrigadas a serem exigíveis em 2014, ocasionando déficit primário (diferença entre arrecadação e despesas do governo central, antes do pagamento dos juros da dívida pública),os quais se prolongaram e se prolongarão, conforme previsões oficiais até 2023, de forma consecutiva. Poderá ser déficits fiscais para pelo menos dez anos seguidos, muito embora o governo que se iniciou em 2019, prometesse que zeraria o déficit em 2020. No entanto, não zerou e se justifica porque em março de 2020 fora decretada a pandemia do covid-19 e o governo federal teve de fazer gastos extraordinários, aprovados pelo Congresso Nacional. Nada obstante, o mercado financeiro melhorou suas estimativas para o resultado primário das contas públicas de 2021 e 2022, prevendo alívio no endividamento do governo federal, consoante relatório

INFLAÇÃO DOS MAIS POBRES

A inflação dos mais pobres no Brasil superou 10% em doze meses, muito embora a inflação tenha desacelerado em agosto para as famílias de renda mais baixa. Porém, os brasileiros mais pobres ainda sentem um impacto enorme desde a disparada dos preços neste último ano. A constatação consta do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Análise do IPEA revelou que cinco dos seis grupos de rendimentos pesquisados viram a inflação perder fôlego de julho para agosto. Entre as famílias de renda muito baixa a variação nos preço passou de 1,12% para 0,91%, ainda assim superior a inflação global brasileira de agosto de 0,86%. Embora tenha havido desaceleração em agosto, a inflação para os mais pobres ainda chegou a 10,63% em doze meses. O indicador de julho era de 10,05%, para doze meses. As famílias dos cinco grupos considerados com renda muito baixa são aquelas com rendimento domiciliar inferior a R$1.808,79 mensais. O IPEA identificou que as causas da inflação mais alta

PREÇO DO DÓLAR

O preço do dólar em termos de moeda doméstica (o real) deveria refletir o poder de compra do dólar nos Estados Unidos e no Brasil. A isso, chama-se de paridade monetária. Quando o preço do dólar em reais está muito alto, a moeda brasileira está desvalorizada; quando está muito baixo, a moeda brasileira está valorizada. Portanto, o correto seria o preço do dólar estar em equilíbrio. Ou seja, manter a semelhante paridade de compra. Mas, dificilmente poderia estar em equilíbrio. Então, diz-se próximo do equilíbrio. Entretanto, é melhor que a moeda brasileira esteja valorizada, visto que refletiria os maiores valores dos seus ativos e da própria classificação internacional do PIB. Anteontem, em palestra em São Paulo, patrocinada pelo Banco BTG Pactual, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a cotação do dólar deveria estar caindo no Brasil, mas que o “barulho político” não deixa. São suas palavras: “Esse dólar já era para estar descendo mesmo, mas o barulho político não de

SERVIÇOS EM MAIOR PATAMAR EM CINCO ANOS

O IBGE divulgou que o setor de serviços cresceu 1,1% em julho, em relação a junho, sendo a quarta alta seguida do indicador, que acumula ganhos no ano e atinge 5,8%. O maior patamar desde março de 2016 para o mesmo período de tempo. Em relação a julho do ano passado, os serviços tiveram alta de 17,8% e de 10,7% no acumulado do ano e de 2,9% no acumulado de 12 meses. De junho para julho o segmento que mais que cresceu foi o de serviços familiares 3,8%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%). As duas atividades referidas, dentre os cinco segmentos que o IBGE mensalmente tem pesquisado, foram as que mais perderam na fase aguda da pandemia em 2020, relativas a março a maio. Tratam-se de atividades de cunho presencial e que com o isolamento social deixaram de ter o maior significado. Referidas atividades prosperaram devido ao avanço da vacinação e a flexibilização das regras de combate à pandemia do covid-19. Nos serviços familiares o avanço foi puxado

CAINDO A CONFIANÇA DOS INDUSTRIAIS

14-09-2021 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) que caiu agora em setembro 5,2 pontos, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas, indo para 58 pontos. Em agosto o ICEI fora de 63 pontos, o maior valor neste ano. Mas, com a queda regride ao indicador de maio. Como o ICEI está acima de 50 pontos, isto quer dizer que os empresários continuam confiantes na retomada do crescimento, conforme a CNI. A queda no otimismo reflete uma série de divergências nos anteprojetos em discussão no Congresso Nacional, que complementaria as reformas estruturais. A CNI realiza sua enquete mensal. Desta vez entrevistou no País 1.611 indústrias, das quais 635 de pequeno porte, 608 de médio porte e 368 de grande porte. Além dos problemas políticos, os empresários em referência estão também preocupados com a elevação das taxas de juros, visto que este é o caminho que o Banco Central tem optado para combater a inflação. P

RELATÓRIO FOCUS SEMANAL

13-09-2021 As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central, semanalmente, prosseguem elevando suas projeções para a taxa básica de juros, a SELIC , hoje em 5,25%, com reunião prevista para o final do mês, quando há até instituição que estime aumento de 2% na SELIC. As previsões que o relatório de mercado Focus trouxe hoje foi uma elevação da mediana dos pesquisados, que passou de 7,63%% para 8,00%, para este ano. Há um mês estava em 7,50%. Por seu turno, a estimativa para o fim de 2022 avançou de 7,75% também para 8,00%, perante uma previsão do mês anterior de 7,50% ao ano. A inflação ainda está mais alta, do que a SELIC atual, em quase 4,00% e de em mais de 3,50% da taxa SELIC atual de 5,25% anuais. A estimativa inflacionária para 2022 é de 4,03%. Na verdade, o investidor em renda fixa praticamente vem perdendo dinheiro há mais de um ano, visto que sua aplicação financeira está rendendo menos do que a taxa inflacionária. Por outro lado, a elevação da SELIC encarece

CAFÉ DA MANHÃ INDIGESTO

12-09-2021 12-09-2021 De julho para agosto o café em pó subiu 4,88%. Segundo profissionais da saúde, o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Porém, ele está cada vez custando mais caro, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Nos últimos doze meses, as variações nos preços dos bens da cesta básica tiveram, em Salvador-Bahia, por exemplo, uma elevação de 15,93%. Os itens do café da manhã ajudaram a puxar o IPCA para cima. A constatação não só foi no café em pó, de 4,88%. A manteiga se elevou 4,20%; o leite integral, 2,20%; farinha de mandioca, 2,07%; açúcar cristal, 1,16%; óleo de soja 1,00%; carne bovina de primeira, 0,96%; pão francês, 0,61%; feijão carioquinha, 0,54%. A taxa do mês do indicador de alimentos, no café da manhã ficou em 0,59%. No Brasil, a inflação oficial do mês passado ficou em 0,87%, a maior para um agosto desde o ano 2.000.

INFLAÇÃO BRASILEIRA

11-09-2021 Mário Henrique Simonsen, famoso ministro dos anos de 1980, professor, engenheiro e economista, dizia que a inflação decorre da incompatibilidade distributiva do governo. Isto é, como o PIB é distribuído no modelo de três setores, famílias, empresas e governo, o adicional do produto, distribuído sobre a forma de renda, demonstra incompatibilidades, perante atuação do governo, ao praticar as políticas econômicas clássicas: fiscal, monetária e cambial. A esse respeito, Simonsen não privilegiou a colocação do quarto setor no modelo, que seria o setor externo. Estudos da Fundação Getúlio Vargas já apontaram que a inflação da balança comercial (exportações menos importações) influencia em 30% a inflação geral do País. A prova do que Simonsen disse está na comprovação de que as elevações dos preços no Brasil são de preços administrados por agências e órgãos governamentais. Como exemplos estão os combustíveis, energia elétrica e tarifas públicas em geral. Quer dizer, que o gov

GERAÇÃO DE EMPREGOS POR PEQUENOS NEGÓCIOS

10-09-2021 O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), baseado nas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), atualização obrigatória mensalmente para as empresas formalizadas, perante o Ministério do Trabalho e Previdência afirmou que em julho 72% dos empregos formais, em torno de 229.368, foram gerados por pequenos negócios, principalmente serviços. O saldo total de novas contratações foi de 316.580 em julho. Entre as médias e grandes empresas, o saldo das contratações formais gerados em julho foi de 73.694 vagas, representando 23,3% do total. Já a administração pública realizou 712 contratações, representando 0,22%. De janeiro a julho de 2021, os dados do CAGED mostram que já foram criados no País mais de 1,8 milhão de postos de trabalhos formais. Neste total, os pequenos negócios foram responsáveis por 70% dos novos postos, perfazendo 1,3 milhão. Pelos países do mundo os pequenos negócios são os maiores geradores de emprego, vari

BRASIL GASTA MAIS COM IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO

09-09-2021 Conforme a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o Brasil gastou mais 20,5% com a importação de petróleo. O País não gastava tanto com a importação de petróleo desde 2019. Em agosto deste ano foram US$618 milhões, uma elevação de 140%, comparada ao igual mês do ano passado. De janeiro a agosto os gastos subiram 20,5%. Até maio, os gastos estavam caindo 1,9% no acumulado do ano. Porém, passaram a crescer, na medida em que o País ampliava os volumes importados, bem como a commodity se valorizava no mercado internacional. As aquisições externas subiram 12,4% em 2021, alcançando a 39,2 milhões de barris. Além do mais, a cotação do petróleo no mercado internacional, em oito meses, se valorizou em 5,6%. O barril de petróleo que custava US$63.08 em agosto de 2020, passoua valer US$68,51 em agosto deste ano. A elevação do petróleo contribuiu também para o crescimento das receitas de venda do petróleo brasileiro.

PREVISÕES DE MERCADO

08-09-2021 As estimativas do mercado financeiro para esta semana traz a 22ª semana consecutiva de elevação da inflação oficial, espelhada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme pesquisa semanal divulgada pelo boletim Focus, que ausculta cerca de 100 instituições financeiras. O IPCA cravou a mediana das estimativas em 7,58%. Ora, olhando para a taxa básica de juros, a SELIC, em 5,25%, as forças econômicas já anteveem uma elevação maior do que 1%, no final do mês, por volta de 2% e, ainda assim, a SELIC não chega à estimativa inflacionária em tela. Por seu turno, o centro da meta de inflação é de 3,75%, mais o viés de alta de 1,5%, chega-se a 5,25%, bem aquém da previsão do mercado financeiro. Os economistas de uma forma em geral acreditam que a SELIC poderá chegar ao final do ano em 7,63%. Para o fim de 2022, a expectativa é de que a taxa básica suba para 7,75% anuais. Já para 2023 como 2024, a previsão é de 6,5% ao ano. A pesquisa revelou ainda redu

CRISE DE ENERGIA ELÉTRICA

07-09-2021 A seca que se abate na região Sudeste tem grandes proporções, diminuindo a quantidade de água nos reservatórios das hidroelétricas, sendo acionadas as termelétricas, encarecendo a energia para os consumidores   e não terminará este ano, segundo o Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque. Referido ministro avalia que os reservatórios ficarão com muito pouca água até o final do ano e na voltarão à normalidade em dezembro. Disse Albuquerque: “Evidentemente, nós não estamos preocupados só com 2021. Mas, também, com 2022, 2023, 2024. Porque os nossos reservatórios estão em níveis baixos e ficarão ainda mais baixos até o final do ano. As coisas não vão se resolver em dezembro, muito menos em abril de 2022. O mês de setembro se caracteriza de maior importância, porque lançamos os programas. Se a demanda não reduzir, ou se o programa de resposta da demanda não corresponder à expectativa de reduzir o consumo na ponta, vamos ter que trabalhar na oferta, na ampliação da

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

06-09-2021 Levantamento da Rede Simex, do Instituto Imazon, da ONG Idesam e da ONG Imaflora, divulgado nos jornais de hoje, apresentam um estudo com base em imagens produzidas por satélites concluiu que, em apenas um ano, 464 mil hectares da floresta amazônica foram afetados pela exploração madeireira.   Referida área equivale a quase três vezes a cidade de São Paulo ou meio milhão de campos de futebol. O estudo mostrou que mais da metade dos desmatamentos, entre agosto de 2019 e julho de 2020, aconteceu no Estado do Mato Grosso. Citado Estado também lidera o ranking de mais explorações em terras indígenas. As áreas em Mato Grosso são 236 mil hectares em terras dos índios. No Estado do Amazonas foram 71 mil hectares. Em Rondônia, 69,7 mil hectares. No Pará, 50 mil hectares. No Acre, 27,4 mil hectares. Roraima, 9,4 mil hectares. Amapá, 730 hectares. Cerca de 78% das áreas exploradas são de imóveis rurais cadastrados, correspondentes a 362,4 mil hectares. O levantamento também re

BACIAS MARÍTIMAS A SEREM LICITADAS

05-09-2021 No próximo dia 7 de outubro haverá a 17ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo, através da Comissão Especial de Licitação. Os blocos estão localizados em quatro bacias marítimas brasileiras, a saber: Campos, Pelotas, Potiguar e Santos. Na citada rodada estarão em oferta 92 blocos com risco exploratório, em uma área de 53,93 mil quilômetros quadrados. Os blocos estão em 11 setores de elevado potencial e de nova fronteira. Nove empresas participarão do leilão: 3R Petroleum óleo comercial de Gás S/A, Petrobras, Chevron, Shell, Total Energies, Ecopetrol, Murphy, Karoon e Wintershall. O Brasil já é auto-suficiente na produção de petróleo. Mas, exporta os barris de petróleo leve e importa os barris de petróleo pesado. A Petrobras é a maior exportadora e importadora, conforme o balanço comercial de pagamentos. O impacto negativo da seca prolongada já ameaça o desempenho da economia brasileira. Tem sido prejudicada a produção na agropecuária, eleva os custos industriais,

INDÚSTRIA EM QUEDA EM JULHO

04-09-2021 No segundo trimestre a economia brasileira apresentou – 1% no PIB. Esperava-se ou ainda se espera que cresça no terceiro trimestre. Os indícios estão neste sentido. Porém, em julho, a indústria teve – 1,3% na sua produção. Espera-se que, com o colhimento da safra a agropecuária cresça bem. Ocorre que em julho a indústria brasileira operava 18,5% aquém do pico alcançado em maio de 2011. As informações em tela constam da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. Os – 1,3% do PIB industrial mais a perda de junho fizeram a perda acumulada de dois meses ser de – 1,5%. Para o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE: “Esse resultado suplanta a alta de 1,2% registrada em maio. Observando os sete primeiros meses de 2021, a indústria cresceu apenas 0,2% em janeiro e 1,2% em maio. No conjunto, a produção de bens de capital está 25,3% abaixo do pico registrado em setembro de 2013. Já os bens de consumo duráveis estão 41,3%, bem como os semiduráveis e não duráveis est

RECONHECIMENTO QUE INFLAÇÃO ESTÁ ALTA

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que tem o mesmo nome do lendário Ministro do Planejamento do governo militar (1964-1984), reconheceu que a inflação brasileira está alta. Vale dizer, oficialmente, pelo Índice Nacional de Preços ao Atacado (IPCA) está em 8,99%, nos doze meses atrás. Ora, uma inflação bem comportada estaria em 1% a 2%. Insinuante, entre 3% a 4%. Acima disso se torna preocupante. A inflação existe porque as pessoas elevam os preços, seja por efeito especulação ou, precaução, ou entesouram dinheiro, não o fazendo circular. Esta é a visão ortodoxa, da qual esposa o citado presidente. Nas suas palavras: “A inflação está em nível bastante indesejado. O que o BC entende e passa a mensagem é que a pior coisa para o crescimento é inflação descontrolada. Inflação descontrolada é um imposto perverso nas pessoas, principalmente nas de baixa renda. Temos uma inflação de doze meses bastante alta, bastante indesejada, em 8,99%. Entendemos que uma grande fun

PIB DO SEGUNDO TRIMESTRE DECEPCIONA

A segunda onda do covit-19 se iniciou um ano após a primeira onda do forte vírus de 2020, atingindo em cheio o segundo trimestre de 2021, quando era esperado pela maioria dos analistas econômicos consultados pelas projeções Broadcast, um crescimento de 0,2% e o pibinho recuou – 0,1%,em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando cresceu 1,2%, surpreendendo os citados analistas, em relação ao último trimestre de 2020. No referido segundo trimestre, do lado da oferta agregada, o maior setor da economia, que corresponde a mais de 60% do aparelho produtivo, foi o setor de serviços, que cresceu 0,7%. Porém, ele não foi capaz de anular o decréscimo do setor rural, que se reduziu 2,8%, em razão da quebra de safra do milho, principalmente. É a maior retração do setor primário desde o primeiro trimestre de 2019. Por sua vez, o setor industrial diminuiu 0,2%, em relação ao citado primeiro trimestre. Do lado da demanda agregada, o consumo das famílias não reagiu porque o desemprego ai