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Mostrando postagens de março, 2016

31/03/2016 - SISTEMA PREVIDENCIÁRIO INSUSTENTÁVEL

O sistema previdenciário brasileiro é classificado como um dos mais insustentáveis do mundo, segundo consultorias internacionais (Allianz e Mercer) e a própria consultoria legislativa do Senado. A previsão federal é de que a Previdência irá consumir 40% do orçamento nacional ou 54%, se forem incluídos gastos com servidores públicos aposentados e beneficiários do regime LOAS (regime de aposentadoria por idade sem contribuição de tempo integral), para pessoas com mais de 65 anos ou deficientes de baixa renda. Já as despesas com as referidas proteções sociais representam 13% do PIB e com tendências para crescer. A demografia acelera o problema, na medida em que a população de idosos está crescendo a taxas crescentes, havendo cada vez menos jovens para trabalhar e para contribuir para o sistema em referência. Ademais, a expectativa de vida já ultrapassou 75 anos. Assim, aqueles que se aposentam no quadro atual receberão benefícios por cerca de duas décadas. Estudo da empresa Allia

30/03/2016 - SALVAÇÃO PELA LAVOURA

Somente o setor da agropecuária não está em recessão no Brasil. No ano passado, cresceu 1,8%, perante uma queda do PIB de – 3,8%. Neste ano também a agropecuária irá segurar maior queda do PIB. Agropecuária compreende o agronegócio e a pequena produção. Somados correspondem a 32% do PIB. O setor industrial corresponde a 10% e o setor terciário (comércio, serviços, bancos) a 58% do PIB. Mediante injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e de câmbio favorável, o agronegócio tem ultrapassado os gargalos da infraestrutura e mantido competitividade internacional. O carro-chefe tem sido a produção e exportação de soja. A produção deverá ultrapassar 100 milhões de toneladas de grãos. Cerca da metade da produção nacional da espécie. A safra acontecerá em meados deste ano, não obstante as irregularidades climáticas que atingiram seis Estados, incluindo os principais produtores de soja: Bahia, Mato Grosso e Paraná. Mesmo assim, a Companhia Nacional de Abastecime

29/03/2016 - INSEGURANÇA CANCELA MUITO PROJETOS

A Companhia de Seguros JLT, baseada em Londres, Reino Unido, em razão da sua carteira de clientes, entre ativos, desistentes e prováveis no Brasil, em pesquisa de abril de 2015 a março de 2016, considerando investimentos acima de US$100 milhões, revelou que 52 grandes projetos foram cancelados, no valor de US$85 bilhões, equivalentes a R$318 bilhões, referentes a obras em fábricas, shoppings centers, bem como em parcerias em energia e saneamento. Em estudos estavam US$468,6 bilhões, relativos a 504 projetos. Em execução de obras se encontravam US$157,7 bilhões, correspondentes a 419 projetos. Concluídos se encontraram US$96,3 bilhões, atinentes a 465 projetos. Em anteprojetos e contratações se identificavam US$13,7 bilhões, referentes a 48 projetos. Anunciados como propostas novas R$1,2 bilhão, relativos a 18 projetos. Não somente a insegurança cancelou muitos projetos (52), bem como novos projetos anunciados foram poucos (18). Argumentam os investidores que a guerra fiscal e

28/03/2016 - PETROBRAS EM PREJUÍZOS E DEMORADA RECUPERAÇÃO

A Petrobras nasceu de uma luta em todo território brasileiro, denominada por “o petróleo é nosso”, principalmente no governo democrático de Getúlio Vargas (1951-1954), cuja criação foi efetivada em lei federal. O petróleo é uma matéria prima mundial e o Brasil era importador da totalidade do petróleo importado. Com a criação da estatal, a matéria prima era obtida exclusivamente nas áreas mediterrâneas do País. Após o primeiro choque do petróleo, em setembro de 1973, quando o País produzia menos de 20% dos combustíveis que produzia, o governo Geisel dirigiu a empresa para a plataforma continental e o Brasil foi, paulatinamente, se tornando a maior produtora da plataforma marítima mundial, até chegar à autossuficiência na primeira década do século atual. Pelo menos, a partir da resposta também do segundo choque do petróleo, em setembro de 1979, a Petrobras, ao ampliar sua escala produtiva, foi se tornando cada vez mais lucrativa. Abriu seu capital no Brasil, tornando-se a ação mai

27/03/2016 - BRASIL VOLTA A CONCENTRAR RENDA

Irrefutável o indicador de concentração de renda, que é aumento vertiginoso do desemprego. Agora, em fevereiro, o Brasil volta a reconcentrar renda, dado o rápido crescimento do desemprego. Em menos de dois anos, divulgado pelo IBGE, para as seis regiões metropolitanas brasileiras, a taxa de desocupados saltou de 4,6% em dezembro de 2013, para 8,2% em fevereiro, mostrando também que, desde 2007, a taxa de desemprego aberto superou os 20% para os jovens no País, na faixa de 18 a 24 anos, indicando que o Brasil voltou a concentrar renda, após uma década de desconcentração. Na pesquisa tradicional do IBGE, a PNAD-Contínua, abrangendo 3.500 municípios, o desemprego aberto ainda é maior, aproximando-se de 10% da população economicamente ativa. No ano passado, o IBGE contabilizou 11,2% de perda na massa do rendimento real. Isto tem se refletido principalmente no recuo do consumo no varejo. A pressão continua com o aprofundamento da recessão, visto que, desde 1992, não havia sido re

26/03/2016 - BELO MONTE VIRA REALIDADE

A Usina de Belo Monte está sendo instalada no rio Xingu, barragem de Pimentel, cujas obras viárias estão mais próximas da cidade Altamira, no Pará. Em abril será acionada a primeira turbina da segunda maior usina hidrelétrica brasileira, a terceira do mundo, atrás da usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná e de Três Gargantas, na China. Porém, a obra final somente acontecerá em 2019, faltando só 10% do total. A capacidade instalada de 11.233,1 megawatts, quando irá atender 60 milhões de pessoas ou 18 milhões de residências, em 17 Estados. São Paulo será o maior consumidor com cerca de 30% da energia a ser gerada. O custo estimado é der R$26,8 bilhões, mais R$3,7 bilhões em ações de compensações socioambientais (mais de R$30 bilhões). Só com respeito à questão de infraestrutura indígena se tem para 30 aldeias.   O gigantismo de Belo Monte, cujos estudos ambientais surgiram a partir de 2007, tem sido muito combatido por Organizações não Governamentais. A população local teme desa

25/03/2016 - PEDALADAS FISCAIS

Ao Tribunal de Contas da União (TCU) compete analisar a contabilização anual das receitas e despesas do governo federal. No ano de 2014, descobriu-se que a União tem usado a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES, para sacar dinheiro como adiantamentos, para pagar despesas públicas, notadamente dos programas sociais, tipo Bolsa Família. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe que haja financiamentos dos bancos federais à União, visto que muitos desvios de recursos poderiam ser feitos. No caso dos adiantamentos são financiamentos disfarçados, o que ficou denominado como “pedaladas” fiscais. Por isso mesmo, o TCU enviou relatório, reprovando as contas governamentais, ao Congresso, a quem cabe aprovar ou não. Em 2015, não se examinou o fato e será examinado em 2016 (lembre-se, contas de 2014), quando for colocado em pauta. Para a oposição isto se constitui em crime de responsabilidade, que se reprovado se teria o impeachment da presidente Dilma. O exame está em curso e t

24/03/2016 - PACOTE PARA AMPLIAR A RECESSÃO

Durante 2015, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um estranho no ninho do governo petista, tentou um ajuste fiscal, para que não houvesse o segundo déficit primário consecutivo, depois de 18 anos de superávits. Mas, fracassou e o governo reconheceu um déficit primário de mais de R$100 bilhões, em 2015, depois de em 2014 ter tido um buraco de R$32 bilhões. Substituído por Nelson Barbosa, este demorou cerca de três meses para enviar ao Congresso um pacote de quatro medidas que irão ampliar a recessão, citadas abaixo, já que se refere a gastos, que irão levar ao terceiro déficit primário consecutivo, estimado pelo ministro Barbosa em R$96,6 bilhões. O número do rombo pode ser ainda pior porque o governo conta com a recriação da CPMF. Assim, pela terceira vez seguida o governo abandonou o compromisso de arrocho nos gastos e oficializou a possibilidade de fechar este ano com um déficit primário citado de 1,5% do PIB. Realmente, a economia brasileira está indo para trás, até mesmo a

23/03/2016 - SANEAMENTO BÁSICO

Conforme o Instituto Trata Brasil, que cataloga dados sobre água e esgoto da América Latina, conhecido como saneamento básico, verifica que metade da população brasileira não conta com coleta de esgoto e apenas 25% das localidades contra com tratamento de dejetos. O exame foi efetuado com bases no Sistema Nacional de Informações do Ministério das Cidades, referentes a 2014. Por seu turno, cerca de 35 milhões de brasileiros não recebem água tratada. No rol de 17 países latino-americanos o Brasil ocupa a 11ª posição, na classificação da Comissão Econômica de Planejamento da América Latina (CEPAL). Referido instituto revela que os investimentos realizados são maiores nas capitais do que nos centros mais distantes. Claro, o poder político dos pequenos centros é menor para reivindicar saneamento básico. Ontem foi o dia mundial das águas e teve pouca repercussão no Brasil, por tratar-se aqui de um bem abundante. A Agência Nacional de Águas (ANA) foi criada somente no ano 2000, p

22/03/2016 - RISCOS DE CONFLITOS SOCIAIS AUMENTARAM NO BRASIL

Em artigo de Érica Fraga, para a FSP de ontem, fica-se sabendo que pesquisa inédita de Christa Brumschweiler de universidade do Reino Unido e Paivi Lujala de universidade da Noruega defende a tese de que o atraso econômico relativo aumenta a probabilidade de manifestações violentas e pacíficas. Em outras palavras, o retrocesso na renda per capita de um país, considerando como modelo os Estados Unidos, eleva a chance de conflito social. A comparação é feita entre países escolhidos e os Estados Unidos, devido a este ser um país de renda alta, uma das mais altas, mas não das maiores do mundo, que fica a cargo de países escandinavos, tais como Noruega, Dinamarca. Porém, países pequenos em população e território. O trabalho foi apresentado ontem na conferência anual da Royal Economics Society, no Reino Unido, usando a renda per capita como medida diferencial do atraso econômico. A comparação é muito usada na literatura como indicador do desenvolvimento de países. Foram examinados ind

21/03/2016 - SE AS RECEITAS SE REDUZEM O QUE SE PODE CORTAR

O caminho correto é fazer as receitas crescerem, sem admitir-se que não há “nada a fazer” perante o quadro recessivo atual, a não ser cortar despesas. No quadro recente, se as receitas da arrecadação têm sido reduzidas mais rapidamente do que o nível de atividade econômica, o que se precisa cortar para reduzir as despesas públicas? Esta aí o grande desafio da equipe econômica, que, no ano passado, fez aquém do necessário pelo ajuste fiscal e o País incorreu em segundo déficit primário consecutivo. O Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defende um conjunto de tetos de despesas públicas e a estipulação de uma idade mínima para aposentadoria, além de mais receitas de impostos. O consultor informal do governo, Antônio Delfim Netto, sugeriu reformas da previdência e tributária. O economista Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas, de forma ortodoxa, citou uma série de subsídios que poderiam de ser cortados, em seu artigo de ontem na FSP. A saber: (1) receitas do sistema S, que são

20/03/2016 - DESASTRE DA RECEITA

Seja governo, empresa ou pessoa física, se reduzirem as receitas, também se reduzirão as despesas e, o que é pior, a capacidade de investimentos, que são fundamentais para o crescimento econômico. Em política econômica, o que se procura acentuadamente é crescer as receitas, para principalmente realizar os investimentos multiplicadores em infraestrutura, os quais implicam em efeito multiplicador de investimentos privados, isto já ensinou Keynes. Acima, “Desastre da receita”, é o título do editorial de ontem da FSP. Apresenta-se a arrecadação de tributos federais, que vem caindo cada vez mais. Não coloca a FSP o motivo, qual seja a falta de confiança e de investimentos privados correspondentes, os quais estão tornando severa a recessão brasileira. Sem considerar a questão política, uma questão de pólvora, a questão econômica leva o País à beira do abismo, nunca se registrando tantos indicadores ruins. O que é pior, o desastre da queda da receita do governo tem a velocidade maio

19/03/2016 - DOIS ANOS DE LAVA-JATO

O estopim da operação Lava-Jato se deu no dia 17-03-2014, quando a Polícia Federal encontrou um posto de gasolina com um equipamento de lavagem de carro a jato, em Brasília, onde se encontravam pessoas com reais, trocando por dólar, no Brasil e no exterior, reais estes que foram adquiridos em operações ilícitas, não podendo aparecer nas declarações de bens do Imposto de Renda, dado que a origem não era legal. Os negócios eram oriundos de propinas em contratos de realização de obras da Petrobras, através de um cartel das 29 maiores empreiteiras do País. Percebiam propinas, identificados, dois diretores da estatal e um gerente, diretores das empreiteiras, doleiros, pessoas outras e políticos de mandatos federais. Estes últimos, cerca de 50 deles (o número não se tem ao certo, visto que se corre em segredo de Justiça) detêm foro privilegiado e que serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Os trabalhos começaram em 2009, quando o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça F

18/03/2016 - DÉFICIT PÚBLICO CONTINUADO DETERIORA A ECONOMIA

É tão óbvio que o déficit público deteriora a economia, faltando dinheiro para principalmente investimentos em infraestrutura, de um País tão carente dela, além da dívida pública ter saltado de 53%, em 2011, para 66% do PIB em 2015, sendo projetados 80% do PIB, em 2018, se continuar a deterioração em tela. A tônica da boa gestão econômica, baseada no consagrado tripé: superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação vinham sendo mantidos pela economia brasileira desde a consolidação do Plano Real, de 1994, mas o superávit primário, após 18 anos, foi quebrado em 2014, corroendo o tripé, que se desmoronou em 2015. Em meados de 2014, o Brasil ingressou em recessão, visto que se tornou necessário o ajuste fiscal, a partir de 2015, alterando os dois lados da contabilidade de receitas e de despesas públicas. Para as receitas, o governo federal tem elevado às alíquotas de impostos, retirando subsídios, criando novos impostos, tais como aqueles advindos da lei de repatriação de d

17/03/2016 - UNIDOS AGORA NA GESTÃO FORMAL DILMA E LULA

O consenso da política econômica mundial é de que ela deve sempre se equilibrar a política monetária, incluindo a política cambial, ambas a cargo do Banco Central (BC), com a política fiscal, a cargo do Ministério Fazenda (MF). A importante política econômica de planejar, no Brasil, vinha sendo feita pelo DASP (1949), depois Ministério Extraordinário (1956) e, depois, pelo Ministério de Planejamento (1964). O Planejamento se tornou a atividade primordial de 1949 a 1979, data esta última em que se fez o III PND, Terceiro Plano Nacional do Desenvolvimento. Foram oito planos de desenvolvimento. SALTE, DE METAS, TRIENAL, PAEG, PED, I PND, II PND, III PND. Desenvolviam-se no Planejamento as estratégias globais de longo prazo, fixando metas conjuntas para o País como um todo e para os setores produtivos interligados. O longo prazo, desde 1979, no Brasil, deixou de ser o enfoque principal, passando, no dizer do presidente João Figueredo, de que o País seria doravante governado por “pac

16/03/2016 - LEI DE REPATRIAÇÃO DE RECURSOS

A presidente da República sancionou a lei de repatriação de recursos. Apesar do nome, a lei não objetiva trazer os recursos irregulares, mas legalizá-los no País. Dessa forma, cidadãos e empresas que tiverem recursos no exterior, não declarados no Brasil, terão do dia 04 de abril até 31 de dezembro deste ano, para regularizar a situação perante a Receita Federal. A expectativa é de arrecadar R$21 bilhões, que já constam do orçamento anual aprovado. A Receita cobrará 15% de imposto de renda e 15% de multa pelos valores declarados, que poderão ficar no exterior. Trata-se de contas bancárias, depósitos em cartões de crédito, apartamentos, ações. Ou seja, todo bem, direito ou propriedade, que não foram declarados até 31-12-2014. O contribuinte recebe o perdão dos crimes cometidos contra a ordem tributária, tais como sonegação, lavagem de dinheiro, contrabando, falsidade ideológica. Outra vantagem é a cotação do dólar, em 31-12-2014, que estava cotado em R$2,66. Ontem foi cotado a R$

15/03/2016 - À CAMINHO DA DEPRESSÃO

O que é o maior mal do que uma recessão é uma depressão. Este receio já existe no Brasil, devido à incapacidade do governo Dilma de sair do buraco em que se meteu. A recessão é uma queda dos investimentos, que se traduzem em queda do PIB, abaixo de zero. A literatura registra que citada queda, até atingir ao fundo do poço se situa em - 2%, em média anual, para um ou poucos anos. A recessão severa é também de uma retração do PIB de – 3,2%, em média anual, para um ou poucos anos. Já é o caso brasileiro. Daí, destacaram-se as preocupações de protestos nas ruas, como o verificado no dia 13, passado. Milhões já reconhecem a incompetência da equipe econômica atual e exigem mudanças imediatas. Exceto o período de envolvimento em guerra, existem três crises econômicas classificadas como depressão. A Grande Depressão, que parecia o “fim” do capitalismo, ocorreu nos Estados Unidos, na década dos anos de 1930. Iniciando-se com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. O que pouca gente s

14/03/2016 - DIFERENÇA DA POLÍTICA ECONÔMICA DE LULA E DILMA

É oportuna mostrar a diferença em tela. Principalmente, pelos protestos de ontem nas ruas. Tendo praticamente o mesmo discurso, partindo do mesmo diagnóstico, Lula exerceu uma política econômica ortodoxa e Dilma heterodoxa. O primeiro obteve êxito, deixando o governo (2003-2010) com 83% de popularidade. A segunda está fracassando. Já esteve com 7% e hoje está com 10% de popularidade, segundo o Datafolha. Na verdade, Lula pegou o ciclo da curva ascendendo e, para tanto navegou na crista da onda, tendo o PIB crescido em média 4% anuais. Já, Dilma, pegou o ciclo da curva descendo e, ao invés de reverter logo, aprofundou os erros. Está colocando o Brasil na maior recessão da história, já com dois anos consecutivos de crise, conforme estatísticas oficiais, cujo PIB foi calculado pela primeira vez em 1947. Há também referências de que o Brasil somente teve dois anos seguidos de recessão, quando da Grande Depressão, em 1930-1931. Estimativas do economista Gustavo Franco, ex-presiden

13/03/2016 - ESTRAGOS DESTA DÉCADA PERDIDA

  Nos anos de 1980, estragos acumulados nas recessões de 1981 e 1983, em muito contribuíram para que a década fosse considerada perdida, em termos de renda per capita. Isto é, a renda de 1980 somente foi recuperada em 1988. A história agora é semelhante, o que muda é que a crise se deu no meio desta década e não no início daquela década. Dessa forma, o que mais interessa saber é que a renda per capita do ano 2010 era de US$11,100.00. Devido recessão no triênio 2014-2016 (estimativa que é feita para quase todos aqueles meses), a projeção é de que o PIB per capita de 2016 seja de US$7,500.00, uma perda avaliada em 32%. Esta estimativa é do Banco Santander, para um dólar mais atual. A projeção do dia 3 deste mês, do IBGE, foi de uma renda per capita de US$8,634.00, de um dólar do início de 2015. A profundidade do referido ciclo recessivo, a pior que as estatísticas nacionais registram, de mais de um século, não está vindo com os dramas passados nas crises do século XX. Pelo menos,

12/03/2016 - DESLOCAMENTO DO MODELO ECONÔMICO

A questão está posta, para mudança do modelo econômico. Criticado pelo PT, CUT e certos membros do governo, o Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, elevou ontem o tom na defesa do ajuste fiscal e da reforma da Previdência. Para começar e ele está no caminho da retomada. Barbosa apregoa um ajuste fiscal mais frouxo no curto prazo, combinado com reformas estruturais para equilibrar as contas públicas no longo prazo. Isto é, conter os gastos públicos. As aparências são de que está próxima a retomada do crescimento econômico, em um horizonte de um ano ou menos, devido aos sinais de que: (1) a bolsa de valores subiu, por vários dias, recuperando perdas substanciais. E, a bolsa de valores precifica o futuro da economia, mostrando a sensibilidade dos grandes capitalistas, que poderá mudar, mas depois das reformas estruturais, que parecem, poderão ser tomadas, conforme promessas do discurso do Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em evento pelos 30 Anos do Tesouro Nacional; (2) a desv

11/03/2016 - SINTOMAS DA INFLAÇÃO AINDA FEBRIL

O problema mais recorrente da economia é a inflação. Tem que ser observado todo dia. Uma comparação simples seria de que a inflação seriam células compostas de bactérias. Assim, faz parte do corpo vivo que tem quantidades adequadas de bactérias, mas as pode ter em excesso ou por falta. Não existe a figura de inexistência. A inflação adequada é muito pequena, variando de zero a 2%, para evitar o entesouramento (pessoas guardarem dinheiro em casa), para receber alguma remuneração e não ver seu dinheiro desvalorizar-se. Dinheiro em circulação é fundamental na economia. A partir de 2% até 6,5%, por exemplo, que é teto da meta inflacionária, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o processo inflacionário está controlado. Fora de 6,5%, escapou do controle do CMN. Passando de 10%, já é um problema perturbador. Além de 10%, até uma hiperinflação, certamente poderá trazer pequeno crescimento, estagnação ou recessão. Dificilmente, trará grande crescimento, a não ser por injeção ma

10/03/2016 - PARCERIAS COM A CHINA

Na segunda quinzena de maio de 2015, o primeiro ministro da China, Li Kegiang, acompanhado de 200 empresários, estiveram no Brasil, visando negociar US$53 bilhões em parcerias com empresas e com o Estado, principalmente em ferrovias e em energia. Os mais discutidos na ocasião foram seis projetos. (1) Ferrovia Transoceânica, ligando o Mato Grosso do Sul ao Peru, a sonhada saída para o Pacífico, estimada em US$10 bilhões. (2) Linha de transmissão de energia de Belo Monte, trecho de Minas Gerais para São Paulo, orçada em US$1,5 bilhão. (3) Aquisição de 49% da EDP do Brasil, realizadora de parques eólicos, inversões de US$900 milhões. (4) Construção da fábrica de veículos da Chery, em Jacareí-SP, investimento de US$550 milhões. (5) Construção da fábrica de autopeças também em Jacareí-SP, inversões de US$300 milhões. (6) Parceria da Sinopec (empresa chinesa) com a Petrobras, para construção de refinaria no Maranhão, sendo o maior projeto deles, mas ainda não orçada, além de outros in

09/03/2016 - ADIAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É OUTRA TRAPALHADA

A presidente Dilma Rousseff disse a interlocutores que, no clima de obstrução da pauta no Congresso Nacional, está pensando em adiar a reforma da previdência, que seria de elevar a idade de aposentadoria, até mesmo para atender reivindicações de parcela de membros do PT. Com isto, ampliará ainda mais o déficit previdenciário e o déficit global do governo. No mesmo caminho poderia também deixar de estabelecer os tetos dos gastos públicos, que limitaria os reajustes do salário mínimo, coisas que estão contra o PT e a CUT. Na campanha de 2010, ela também era contra a recriação da CPMF. Quanto a isto, tornou-se a favor, sendo ainda o que lhe resta de recursos para o ajuste fiscal. Na contramão, participantes da equipe econômica estão sugerindo que ela envie ao Congresso novo pedido de meta de déficit primário deste ano para 2%, contra restando com 1% de 2015, alegando que as receitas se contraíram muito, por conta da recessão, já em dois anos, e que será ainda maior. Não vislumbram

08/03/2016 - PERDA ESTIMADA ATÉ ESTE ANO DA GESTÃO ATUAL

  Durante o primeiro mandato da presidente Dilma o PIB cresceu 3,9% em 2011; 1,8% em 2012; 2,7% em 2013; 0,1% em 2014. Portanto, média de 2,2% ao ano, em contraste com os oito anos do presidente Lula (2003-2010) de crescimento médio anual de 4% e com os oito anos do presidente FHC (1995-2002) de 2,3% de média anual. A presidente Dilma foi reeleita, escondendo que a economia já tinha entrado em recessão em meados de 2014, prometendo reeditar a política econômica do governo de Lula. Mas, não. Apresentou um buraco nas contas públicas, sendo déficit primário depois de mais de 12 anos. Começou 2015, prometendo ajuste fiscal e desestimulou mais a economia do que a consertou. Resultado: o PIB de 2015 caiu – 3,8%. Mudou a equipe econômica e piorou as contas nacionais mais ainda. Os 120 analistas financeiros, semanalmente consultados pelo Banco Central já projetam recessão de – 3,5% em 2016. Isto é, dois anos recessivos fatos somente comparáveis com o período da Grande Depressão, mas a t

07/03/2016 - CRÉDITO CONTRA INADIMPLÊNCIA

Os bancos abriram créditos a taxas de juros mais baixas, vendo que as famílias ingressaram forte no uso do cartão de crédito e do cheque especial, linhas caríssimas e que só fazem agravar a situação dos devedores, que já fizeram uso do crédito consignado e estão em apuros. A Caixa Econômica pratica a linha Penhor, oferecendo crédito a 1,93% ao mês. No caso da garantia ser bem imóvel, pode baixar a taxa de juros para até 1,54% ao mês. A taxa média do crédito consignado é de 2% mensais. Para aqueles que já o têm, o Banco do Brasil e o Bradesco oferecem crédito alternativo à taxa de 3,5% ao mês. O fato é que a crise econômica se amplia ainda mais, tendo as grandes instituições financeiras previsto que a inadimplência irá piorar no segundo semestre deste ano. Elas possuem institutos de pesquisa ou postos avançados de observação de dificuldades de pagamentos monetários. Assim, baseados nos dados da Boa Vista SPC, verificou que o número de pedidos de recuperação judicial triplicou no

06/03/2016 - PROGRAMA NACIONAL DE EMERGÊNCIA

No 36º aniversário do Partido dos Trabalhadores (PT), foi lançado o Programa Nacional de Emergência, como sugestão para adoção da presidente Dilma. Ela não disse que sim, nem não. O seu governo defende três propósitos, elevar a idade da aposentadoria, criar tetos para os gastos públicos e aprovar a recriação da CPMF. Os referidos propósitos dependem de aprovação do Congresso Nacional. O PT não apoia as citadas proposituras, visto entre elas está o abandono de elevação real do salário mínimo, em processo de recomposição desde o Plano Real, de 1994. O receituário do PT compreende a redução da taxa básica de juros, aumento dos gastos públicos, incluindo-se um reajuste de 20% no Programa Bolsa Família, além de usar as reservas internacionais para abater a dívida. O PT acredita que vale a pena relançar a política econômica do governo de Lula, baseado no estímulo do consumo, do crédito, da casa própria e na ampliação dos programas sociais. Ora, referido modelo se esgotou. É só observa

05/03/2016 - ECONOMIA ENCOLHEU 3,8% EM 2015

O IBGE divulgou ontem que o PIB do País recuou 3,8% em 2015. Trata-se do patamar de riqueza de 2009, quando o Brasil possuía uma população inferior a 200 milhões de habitantes, estando hoje com cerca de 205 milhões. O PIB foi estimado em R$5,904 trilhões, equivalentes a US$1,77 trilhão. O PIB per capita se situou em US$8,634.00, quando já foi superior a US$11 mil. O PIB per capita caiu tanto também pela desvalorização do real por volta de 50% em 2015. Olhando a demanda agregada, o consumo das famílias se retraiu - 4%, a primeira nos últimos doze anos; os investimentos das empresas – 14,1%; o gasto público – 1%; as exportações deram a primeira contribuição positiva ao PIB, em dez anos, subindo 2,7%. O PIB brasileiro caiu para o nono lugar do mundo, sendo ultrapassado pelo PIB da Índia e da Itália, conforme ranking elaborado para 189 países pelo Fundo Monetário Internacional. Vendo a oferta agregada, apenas o setor agropecuário cresceu 1,8%; o setor industrial encolheu – 6,2%,

04/03/2016 - O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER

Uma das maiores, se não a maior, constatação pessimista, está estampada nas revistas da Editora Abril. Dessa forma, em artigo do diretor J. R. Guzzo, na revista Exame, datada de 02 de março passado, coluna Vida Real, título “Nada mais a esperar”. Assim se expressa: “O grande problema econômico do Brasil chama-se ‘governo Dilma Rousseff’. Enquanto estiver aí, continuará a envenenar tudo o que toca e a impedir qualquer melhoria, pois só sabe agir como tem agido até agora. O ano mal começou, mas já está definido, logo em fevereiro, que o Brasil, terá uma recessão superior a 4% em 2016, a pior da série estrelada pela presidente Dilma Rousseff, o que volta a confirmar as previsões de que estamos diante da mais longa série de retrocessos jamais registrada na história da economia brasileira. A classificação do Brasil nas tabelas das agências internacionais de avaliação de risco acaba de piorar de novo; a situação da delinquência criada pelo presente governo afunda ainda mais o País na c

03/03/2016 - POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS

No primeiro mandato da presidente Dilma, devido a sua interferência, a Petrobras vendeu a gasolina e o diesel a preços artificialmente baixos, entre 2011 a 2014.   Perda calculada da estatal alcançou R$100 bilhões. Na época o barril estava por volta de US$100.00. Em menos de dois anos, de meados de 2014 para fevereiro de 2016, os preços do barril baixaram 70%. No entanto, a Petrobras não repassa aos consumidores, ao contrário do que acontece em muitos países, alegando que agora está compensando o benefício dado no primeiro mandato. O custo de quem depende de combustíveis, tais como redes de transportes, têm custos mais altos do que concorrentes do exterior. Além disso, está havendo uma oportunidade desperdiçada no combate da inflação. O índice geral de preços poderia cair 1,5%, de 10,7% para 9,2%, se a queda da cotação internacional fosse repassada ao mercado interno, o que poderia traduzir-se em estímulos à economia. Em 2015, os brasileiros poderiam ter economizado R$74 bilh

02/03/2016 - EXPORTAÇÕES EM ALTA, IMPORTAÇÕES EM QUEDA

A prática geralmente comprova a teoria. Por isso mesmo, ela se firma como guia de política econômica. Assim, uma desvalorização de 50% da moeda brasileira em 2015 surtiu efeito. As exportações em fevereiro de 2015, na primeira comparação anual desde agosto de 2014, elevaram-se em 4,6%, em relação a fevereiro de 2014. Por outro lado às importações mantiveram na tendência de queda, imposta pela recessão, caindo 35% no mesmo período. A primeira alta em 18 meses, em comparativo anual, trouxe superávit anual de US$3 bilhões. No bimestre alcança US4 bilhões. Por seu turno, o Ministério do Desenvolvimento calcula um superávit comercial deste exercício de US$35 bilhões. Mesmo assim, as exportações atuais continuam abaixo dos níveis verificados entre 2011 a 2014. Pelo exposto, o superávit deve-se muito mais à queda das importações, em razão do baixo nível de atividade econômica. A melhora em fevereiro se deve principalmente às exportações de produtos industrializados. Por que o Brasil não