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Mostrando postagens de agosto, 2015

28/08/2015 - PLANEJAMENTO NÃO É PACOTE

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, embora do PMDB, partido aliado da presidente Dilma, rompeu com ela e quer que seu partido saia da sua base de sustentação, mesmo o partido tendo Michel Temer, do PMDB, como vice-presidente da República. Desde então promete colocar “pautas-bomba” em votação, tal como a redução à metade do número de ministérios, mas também aquelas que aumentam gastos, tal como aquela já aprovada para correção de elevação de juros do FGTS. A “pauta bomba” é um pacote e não um plano econômico de verdade que o País tanto precisa. Há dezesseis dias que o presidente do Senado, Renan Calheiros, propôs à presidente Dilma que se aprovasse no Congresso um pacote de cerca de 40 projetos já sendo colocados em comissões de analise das Casas, chamando-o de “Agenda Brasil”. A presidente Dilma elogiou o pacote como se fosse uma agenda anticrise. Ora, tudo do pacote já está no Congresso e não se vota. Centenas de projetos estão assim há vários anos. Não é uma proposta eco

27/08/2015 - EQUILÍBRIO DE FORÇAS

] Segundo Aristóteles: “a virtude está no meio”. Isto é, no “equilíbrio de forças”. Conforme a teoria econômica há várias formas de praticar a política econômica, sendo os seus extremos, a ortodoxa e a heterodoxa. No passado de mais de três décadas se costumava chamar a da esquerda e a da direita. Existe uma concepção teórica, a teoria marxista, que é excelente, para explicar a história. Mas que é um desastre quando usada radicalmente. Por exemplo, é sabido que Josef Stálin, para consolidar a União Soviética, foi responsabilizado por cerca de 20 milhões de mortes. A esse respeito, o próprio Karl Marx afirmou que não era marxista, na forma em que estavam aplicando a sua teoria. Dessa forma, o melhor modelo a praticar é aquele que está no meio, usando conhecimentos de ambos os lados, mediante o planejamento econômico de longo prazo. Em seu limite, a ortodoxia é chamada de liberal ou neoliberal, quando o Estado tem uma posição ‘neutra’ na produção e somente é regulador dos mercados.

26/08/2015 - MINISTÉRIOS A LIMPO

“Vamos passar todo o ministério a limpo”, declarou a presidente Dilma, nesta segunda feira (24 deste) aos três maiores jornais brasileira: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e O Globo. Ou, se vai passar a limpo é porque está indiscriminadamente sujo. Não sabe identificá-los? Ficou agora? Antes não estava? A presidente recomeçou uma “mea culpa”, afirmando que o governo errou ao só agora perceber que a crise econômica era muito maior do que ela esperava. Durante a campanha eleitoral do ano passado e até o momento a presidente resistiu, dizendo que a crise era da economia internacional e não do seu governo. Criticou a proposta de seus adversários das eleições, de redução do excessivo número de 39 ministérios executivos existentes, 9 somente dentro do Palácio do Planalto. Afirmou que os referidos candidatos tinham “uma imensa cegueira tecnocrática”. No início do seu segundo mandato, começou o ajuste fiscal em janeiro, mas manteve a grande máquina pública. Há um projeto do presi

25/08/2015 - CRIATIVIDADE TRIBUTÁRIA

O Brasil, incapaz de cortar as suas despesas, até agora, utiliza-se de uma criatividade sem par. Mesmo com uma carga tributária de 36% do PIB. Isto mesmo, mais de um terço do resultado produtivo vai para o governo, em direção a crescer para a sua metade. Desde 1946, quando estava em 16%, a gestão pública federal abusa da criatividade de novos tributos. Eles começam com a criação de múltiplas taxas, em todas as esferas de poder, passando aos impostos diretos e indiretos, os quais têm hierarquias próprias de cobranças aos níveis municipal, estadual e federal. Além de taxas e impostos, devido ao centralismo tributário federal, os governos sejam os ditatoriais (1964-1984) ou os democráticos (1985 até hoje), criaram uma série de contribuições, de âmbito restrito federal. Mediante o ajuste fiscal, iniciado em janeiro, houve uma reação muito forte para não se criarem tributos. As primeiras Medidas Provisórias (MP), portanto, foram em direção de elevar as alíquotas deles, gerando nov

24/08/2015 - DESEQUILÍBRIOS DA UNIÃO COMPLICAM MAIS AINDA OS ESTADOS

Uma das obras mais caras do PAC é a Transposição do Rio São Francisco. Não é que a presidente Dilma esteve na cidade de Cabrobó, Pernambuco, inaugurando o primeiro trecho, sem água, cuja promessa é para vertê-la daqui a um ano. Além do mais a referida transposição está atrasada há cinco anos. O Rio São Francisco passa por uma das maiores ecas da sua história. Sem dúvida, o projeto já nasceu errado. Pior, ainda, ser endeusado como a solução para a região mais pobre do País. Em artigo de hoje, no jornal O Globo, intitulado “Descendo a ladeira, o primeiro e último parágrafo são os seguintes: (1) “Dilma é a presidente do ‘sem’. Sem programa de governo. Sem equipe que preste. Sem base de apoio no Congresso. Sem interlocutores de confiança nos partidos. Sem apoio popular... (2) É assim que ela pretende se arrastar pelos próximos 40 meses de mandato. Talvez consiga. Não se depõe presidente só porque ele governa mal. O preço que o País pagará por um governo desastroso será gigantesco, t

23/08/2015 - FIO DA MEADA

Levantamento do Ministério da Justiça, conforme divulgado na imprensa, a operação da Polícia Federal, denominada de Lava-Jato, (ao que parece, começou em um posto der gasolina, acerca de lavagem de dinheiro), iniciada há 17 meses, já recuperou R$1,8 bilhão para os cofres públicos. O montante já supera em 50 vezes o valor total que o Brasil trouxe do exterior, por meio de ações judiciais, nos últimos dez anos. Questões ‘miúdas’ de recuperação foram engrossadas nesta semana com o compromisso da empreiteira Camargo Correa de devolver R$700 milhões de propinas e subornos realizados. Como multa pagará ao CADE cerca de R$104 milhões, restituindo R$804 milhões, correspondentes a 45% do recuperado. Assumir valor ‘imaginável pequeno’, deixa de fora o quanto ela já fez no Brasil, em termos de obras públicas. Imagine-se quando a Odebrecht assinar o acordo de leniência? As investigações da operação Lava-Jato, sem data para acabar, já resultaram em 26 acordos de delação premiada, estes re

22/08/2015 - GRANDE PROBLEMA DO PAÍS É A CORRUPÇÃO, SEGUNDO AYRES

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres de Brito, expôs no Seminário de Controle Externo, promovido em Salvador, no dia 20 passado, que o grande problema do País é a corrupção, explicada pelo que chamou de ‘herança imperial’, que transformou o Estado no ‘centro de tudo’ no Brasil, misturando o público com o privado. Evidentemente, que o problema da corrupção tem que ser minimizado. Porém, o Brasil tem que voltar a fazer o planejamento nacional de longo prazo. O que se vê desde 1979, quando se abandonou o III PND. Do início do planejamento global até o seu fim, de 1956 a 1979, implementou-se   o Plano SALTE (1956), o Plano de METAS (1956), o Plano TRIENAL (1963), o Plano PAEG (1965), o Plano PED (1967), o Plano I PND (1970), o Plano II PND (1974), o próprio Plano III PND (1979). Contudo, nas palavras de Ayres: “Quando eu vejo o povo nas ruas, finalmente é a emergência da sociedade civil. Temos aí a cidadania ativada, a sociedade civil a se ombrear ao Estad

21/08/2015 - VALE DE LÁGRIMAS

Segundo depoimento a Miriam Leitão, colunista econômica da rede Globo, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC), declarou que este é o momento mais difícil da economia: “Hoje estamos no vale, em termos de crescimento. A queda do PIB não é em V, mas em U. Este é o momento que estamos na parte mais baixa do U. As coletas de preços estão mostrando que haverá um alívio em agosto e setembro, mas a mudança mais forte virá no começo do ano que vem. Haverá uma queda substancial da inflação, que sairá do patamar de 9% para 5% alto (próximo de 6%). Os efeitos defasados da política monetária continuarão empurrando a inflação para baixo e eu acredito que fecharemos 2016 com a inflação na meta”.   Só não disse quando recuará a taxa básica de juros, pressuposto ortodoxo para o retorno do crescimento. Presume-se que ela recuará no ano que vem, lentamente. Portanto, também, lentamente voltará o incremento do PIB. O custo do ajuste fiscal, iniciado em janeiro, parece que atingiu o

20/08/2015 - ARRECADAÇÃO FEDERAL RECUA – 2,91%

Falta dinheiro para gastos públicos e para investimentos em infraestrutura. Mas, não falta paras a indústria automobilística, visto que a Caixa Econômica abriu R$5 bilhões de crédito, parte a juros de mercado, parte a juros subsidiado, bem como o Banco do Brasil aprovou R$3,1 bilhões para fornecedores a juros de mercado, mais bem baixos. Já as obras públicas, a exemplo da Ferrovia Leste-Oeste é paralisada e há grande parte dos empresários insatisfeitos com a discriminação, recuando em seus investimentos.   A recessão brasileira provocou mais um tombo na arrecadação de tributos, pelo quarto mês consecutivo.   O recuo em julho foi de menos 3,13%, ingressando nos cofres da União R$104,87 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2010. No ano, até julho, a arrecadação teve uma queda de - 2,91%, atingindo também o menor valor arrecadado em cinco anos. No período de sete meses, a arrecadação registrou crescimento apenas em fevereiro e março. No comparativo dos sete meses de 2015 com i

19/08/2015 - INSISTE NO QUE NÃO DÁ CERTO

O governo federal anunciou linhas de empréstimos subsidiadas para segmentos industriais, cujas empresas que não demitirem, poderão ter crédito, através da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Este tipo de política de discriminar dentro do seio empresarial se revelou eficaz, no limite de sair da utilização da capacidade instalada mínima de privilegiados, enquanto outros capitalistas não receberam os benefícios. Funcionou entre 2008 a 2010, mas sua insistência se revelou débil, na medida em que a economia já tornou bastante ineficiente em mais de quatro anos e meio. Voltar a conferir crédito subsidiado a fortes segmentos empresariais, tal como é o contemplando lobby da indústria automobilística, tornando-se deficiente justamente porque privilegia os fortes capitalistas e não atende aos menos capitalizados. Assim, no global cai o investimento e o crescimento da economia, conforme acontece na gestão atual. Inclusive, a atual equipe econômica é contra essa política de subsíd

18/08/2015 - RECESSÃO TAMBÉM EM 2016

Triste início do segundo mandato da presidente Dilma. Já há projeções de PIB, recuando     menos 2,01% em 2015 e menos 0,15% em 2016, conforme boletim Focus. Trata-se de previsão de recessão longa, não comum na história brasileira recente. Geralmente, acontecia recessão em um ano e recuperação em outro. Um retrospecto da Nova República (1985 até hoje) revela que em 2009 houve recuo de – 0,2%; em 2010, cresceu 7,6%; em 1990, - 4,35%; em 1991, subiu 1,03%; em 1988, - 0,1%; em 1989, cresceu 3,2%. Na ditadura militar (1964-1984), em 1983, recuou – 2,8%; em 1984, subiu 5,4%; em 1981, recuou – 3,1%, em 1982, subiu 1,1%. Olhando pelo retrovisor, não houve recessão de 1980 até 1955. Ou seja, em 60 anos houve recessão em somente um ano (1981, 1983, 1988, 1990), e no outro a economia se recuperou. O relatório semanal Focus do Banco Central ainda, auscultando 100 agentes financeiros credenciados pela primeira vez acreditam em recessão em 2016. Os mais pessimistas apontam o dólar acima d

17/08/2015 - PESQUISAS SOBRE ECONOMIA DO GOVERNO

Aconteceram manifestações em todo o País, milhares de pessoas protestaram, ontem, não somente contra a presidente Dilma, mas contra Lula, contra o PT. Cerca de um milhão de pessoas. Meio por cento dos brasileiros. As pesquisas de domingo, dia 16, mostram que a economia vai mal, confirmando os indicadores oficiais do IBGE. As investigações da operação Lava-Jato, na 18ª fase, acerca de roubos na Petrobras, parecendo que não tem fim, trazem sérios prejuízos a Nação. As investigações chegaram à empresa do ex-presidente Lula, que faturou R$27 milhões no ano passado, sendo R$10 milhões de empreiteiras investigadas pela referida operação. A Lei não é para todos?   As pesquisas sobre a economia brasileira revelam que mais de 1% do PIB se esvaiu de 2014, para cá. A economia nacional não está parada. Está descendo. Lênin escreveu sobre “o que fazer”? Stalin matou 20 milhões de pessoas e a Rússia ainda é um dos países em emergência. Não é por aí. Por aqui, onde não se vê ainda boa

16/08/2015 - DEZ PASSOS E IMPECILHOS

A Agenda Brasil se resume a dez itens, no Congresso. Muito pouco, para emitir plano econômico. A saber: Reformar ICMS e PIS/COFINS – unificar. O objetivo seria unificar referidos tributos. Não há consenso entre os governadores. Desvincular receitas obrigatórias. Vai na contramão, visto quer desvincular justamente o dinheiro que vai para educação e saúde, que poderia ser mais. Reformar a previdência. Idade mínima. Resistência histórica do PT. Criar Lei de Responsabilidade das Estatais. O governo deixaria de interferir? Diminuir para 20 os ministros executivos. O impedimento é político no Congresso. Pode passar. Apertar regras de obras públicas. A Lava-Jato está aí pra definir novos rumos. O Senado fiscalizar as agências reguladoras. Já passa da hora. A lei da terceirização. Regulamentar. Reformar a educação. O impedimento é a falta de vontade. Portanto, cobrança federal. Reformar a saúde. Volta vergonha e ação felina para tirar corruptos. Estes

15/08/2015 - FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS EM FORTE QUEDA

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM), previsto constitucionalmente, distribui recursos da arrecadação de tributos federais, para as cidades, de acordo com a sua área geográfica e tamanho da população, independente da sua capacidade contributiva. No primeiro semestre de 2015, o FPM recuou - 2,72%, em relação ao primeiro semestre de 2014. É óbvio que a explicação de tão grande recuo se deveu ao processo recessivo, iniciado em janeiro de 2015. É claro também que, se a expectativa do segundo semestre é de um aprofundamento da recessão, com melhora somente em 2016. Neste sentido, a declaração de ontem, do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a inflação atingirá seu pico neste trimestre (julho, agosto, setembro) e depois recuará, encaixa-se, visto que a teoria econômica comprova que, quanto maior a inflação, menor o desempenho da economia e vice-versa. Portanto, o FPM poderá recuar ainda mais. Para a Associação Brasileira de Municípios, sete em cada dez cidad

14/08/2015 - DESCONHECIMENTO DA REALIDADE ECONÔMICA

Nas últimas eleições, a presidente Dilma foi reeleita com 54 milhões de votos contra 51 milhões de Aécio Neves. Sem dúvida, Dilma foi reeleita principalmente pelas camadas mais pobres, pelos beneficiários dos programas sociais, tipos Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, reconhecidos como seus maiores votantes pelo próprio PT. Também a maioria dos seus eleitores foi das regiões mais pobres do País, tais como Norte e Nordeste. Este grande contingente tem baixo nível de conhecimento da realidade econômica, acreditando nos discursos do PT, que se vangloria de ter feito ascender a classe média, de 36% em 1994 para 52% em 2014. Portanto, até o ano passado ainda não tinha a maioria dos eleitores o conhecimento dos desacertos dos últimos seis anos da política econômica. Os seis anos referidos faz parte da análise do economista da Fundação Getúlio Vargas, colunista da Folha de São Paulo, Samuel Pessoa, em entrevista no programa “Entre Aspas” do dia 12 passado, no canal de assinatura G

13/08/2015 - AGENDA POSITIVA DE RENAN

Há poucos meses, Renan Calheiros, presidente do Senado, devolveu a medida provisória (MP) de mudanças nas desonerações da folha de pagamentos das empresas, essencial para o ajuste fiscal, segundo a equipe econômica, visto que poderia gerar economia de R$25 bilhões, alegando que a MP entraria imediatamente em vigor e o projeto de lei seria discutido no Congresso, sendo esta a melhor forma democrática de entender a medida, segundo ele. Resultado: até hoje o projeto de lei, que substituiu a MP, não passou da comissão que o examina. Quer dizer, está engavetado. É o próprio Renan atrapalhando a presidente Dilma e retardando os efeitos da saída da crise econômica. Anteontem, após um jantar com 43 senadores, 21 ministros e a presidente Dilma, o presidente do Senado apresentou um conjunto de 28 propostas, sendo 19 já existentes como projetos de lei, intitulados por “Agenda Brasil”, ou, “Agenda Positiva”, ou, agenda anticrise, ganhando elogio de Dilma, visto que “coincidem plenamente”

12/08/2015 - PESQUISAS DE NÚMEROS ALARMANTES

Toda semana o informativo Focus, do Banco Central, traz indicadores que têm recuado sistematicamente, mostrando o quadro recessivo, que se aprofunda. Por exemplo, o número de recuo previsto para a indústria caiu de – 5% para – 5,21%. Fortes demissões estão acontecendo na General Motors, já em greve, tendo a Mercedes Benz anunciado também demissões. Domingo passado, dia 09, o varejo teve o pior Dia dos Pais, desde 2005, quando foi feita a primeira pesquisa da SERASA sobre o assunto. As vendas entre os dias 3 e 9 deste mês de agosto recuaram – 5,1% no País, perante igual período do ano passado, segundo a SERASA. Mais grave foi o resultado encontrado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), de – 11,21%, o pior desempenho nos últimos seis anos, entre 2 e 8 de agosto. Anteriormente, as intenções de vendas também recuaram no Dia dos Namorados, - 7,82%, na Páscoa – 4,93% e, no Dia das Mães, - 0,59%, conforme pesquisas

11/08/2015 - COMMODITIES EM BAIXA

O ex-presidente Lula surfou na onda de preços altos das commodities. Em seu período de governo a balança comercial foi positiva, apresentando fartos saldos comerciais. O agronegócio decolou na primeira década deste século e continua crescendo, embora menos, na década atual. O PIB da agricultura ultrapassou o PIB industrial. Hoje, somente o agronegócio contribui com 23%, a produção familiar com 10%, enquanto a indústria com 12% do PIB. O setor industrial já foi 25% do PIB em 1985. O esforço do século passado, para tornar o Brasil um país industrial de grande porte, reverteu-se com o agronegócio. Contudo, os preços das commodities despencaram no governo da presidente Dilma. A queda do preço das principais mercadorias, em relação ao pico recente de alta, passou para: (1) minério de ferro, entre fevereiro de 2011 a agosto de 2015, variou – 71%; (2) açúcar, entre julho de 2011 a agosto de 2015, variou – 61%; (3) petróleo (Brent), entre abril de 2011 a agosto de 2015, variou – 61%; (4

10/08/2015 - A CONTA CHEGOU

O PT ganhou três eleições, gastando muito. Mais do que deveria. Neste segundo mandato da presidente Dilma a conta chegou. Déficit público, que não havia a 18 anos e inflação, ameaçando passar de um dígito e forte recessão. Em entrevista à revista Veja, desta semana, o economista Fábio Giambiagi, assim se expressou: “Uma conta insustentável. O Estado paga um grande número de benefícios a muita gente e por um longo tempo. A ideia é que o grosso do dinheiro dos impostos se esvai com políticos corruptos serve para fazer discurso de palanque, mas não corresponde a realidade, por mais exasperante que seja o fato de termos nos tornado o país dos escândalos. Em 2014, o governo federal pagou quase 500 bilhões de reais de benefícios previdenciários, 85 bilhões em serviços de saúde, 55 bilhões em seguro desemprego e abono salarial, 30 bilhões de bolsa família e por aí vai. Esse modelo no qual o Estado paga cada vez mais está esgotado. Um levantamento do economista Fernando Monteiro revela

09/08/2015 - ALTA DO DÓLAR DEIXA BRASILEIRO MAIS POBRE

Neste ano, o dólar já se elevou 32%, fechando a última cotação em R$3,51. A recessão está se aprofundando, o desemprego acima de 8% da população economicamente ativa, com perspectiva de alta, a renda média do brasileiro em baixa. A receita de um bolo que deixa o brasileiro mais pobre. A renda per capita do brasileiro caiu de US$11,6 mil para cerca de US$8 mil. As importações ficam mais caras, principalmente de trigo, eletrônicos, bacalhau. Um iPhone 6 Plus, que custava nos EUA, em janeiro, R$2,3 mil, atualmente custa R$3 mil. Dos produtos vendidos no mercado doméstico 23% são importados. Sem dúvida, isto alimenta a inflação, tornando ainda mais difícil a vida do brasileiro. Perante a recessão, a renda per capita tende a cair de R$27,2 mil para R$26,4 mil, queda de 3%, maior do que o recuo do PIB global, esperada de – 2%. Isto ocorre devido a concentração de renda. Tomando a renda de R$27,2 mil, dividindo por 12, tem-se R$2.270,00. O mesmo com R$26,4 mil, tem-se o valor mensal de

08/08/2015 - INFLAÇÃO APROXIMADAMENTE 10%

Divulgado ontem o índice de inflação de julho de 0,62%, anualizada é de 9,56%, a maior desde 2003, sendo aproximada, por regra matemática, como 10% anuais. Dois dígitos trazem um efeito psicológico muito ruim, visto que recorda o período de 1964-1994, quando a inflação tinha tal patamar, chegando até em 1990 a fechar em torno de 2.500%. O Plano Real, de 1º de julho de 1994, colocou a inflação em um dígito e o País passou a conviver com inflação civilizada. Referida civilidade torna uma economia transparente, estabilizada e confiável. Passar de um dígito é o temor de que se perca o grande lance que foi a estabilização econômica. Tal feito também deve ser comparado com o grau de confiança internacional, concedido pelas Agências de risco em 2008, também, ameaçado de ser perdido. Na linha da navalha está também a cotação do dólar, bem próxima de R$4,00, o que empobrece ativos brasileiros. Assim, têm-se três fundamentos econômicos nacionais balançados neste ano fortemente recessiv

07/08/2015 - DRÁSTICA RETRAÇÃO NOS TRANSPORTES

O cenário econômico dos próximos seis meses, na visão dos consumidores, elaborado pelo Serviço de Proteção ao Credito (SPC-BRASIL) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNLD), mediante pesquisa nacional, revela que 56,% acreditam na piora das condições vindouras. Os dados são mais pessimistas do que os da pesquisa anterior, cujo resultado era de que 47% esperavam um cenário pior em 2015. Para tal expectativa, os pesquisados revelam que contribuíram as reduções no seu poder de compra, desde o início do ano. O cenário econômico dos próximos seis meses, na visão dos transportadores de carga do Brasil, conforme pesquisa da associação de companhias de fretes de todo o País, divulgada ontem pela NTC&Logística, apresenta um quadro de 13,5% dos caminhões parados, em média. A frota calculada dos associados pelo segmento é de 800 mil caminhões, o que evidencia mais de 100 mil caminhões nas garagens. A associação ainda acredita que existem cerca de 800 mil autônomos,

06/08/2015 - RETOMAR O CRESCIMENTO

Retomar o crescimento é a maior dificuldade da atual equipe econômica, ainda mais quando as projeções de uma série de órgãos de pesquisa não são boas para a economia brasileira, nem a curto, nem a médio, nem em longo prazo, a não ser que se façam as reformas para retomar o crescimento. O Conselho Federal de Economia projeta um milhão de destruição líquida de postos de trabalho em 2015. O raciocínio tem a ver com o longo ciclo de elevação da taxa de juros básica, a SELIC, iniciada em abril de 2013, coincidindo com a redução da geração de empregos, consoante análise das estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados pelo Ministério do Trabalho. Em abril de 2013, a taxa SELIC era de 7,25% anuais, no menor nível da história. Desde então passou a ser reajustada com alguns intervalos de estabilidade. Hoje está em 14,25% anuais, praticamente o dobro. Assim, no segundo semestre de 2014 foram fechados, em termos líquidos, 176 mil vagas de trabalho com carteira as

05/08/2015 - ESTADO DE EMERGÊNCIA DOS MUNICÍPIOS

O estado de emergência é pedido pelo município em caso de seca, excesso de chuvas ou calamidades, examinado pelo governo federal, que, quando reconhecido, a União irá a socorro. O País tem 5.565 municípios. Atualmente, nestes sete meses, existem 1.206 cidades do País em situação de emergência ou de calamidade pública. Quase 22% deles. A condição de reconhecimento do problema é do Ministério da Integração Regional. Aliás, existe um Ministério das Cidades. Dois ministérios fazendo praticamente as mesmas coisas. Não são os únicos. Parece que o primeiro cuida de emergências, na sua maioria de ações. Mas, vem cuidando também, por exemplo, da transposição das águas do Rio São Francisco, iniciada em 2007, que não termina nunca, a dilatação de prazo agora vai para 2017. No momento, referido rio se encontra com baixo volume de águas, trazendo sérias dificuldades para os projetos instalados próximos de suas margens. Imaginem-se quando os canais levarem águas para lugares tão longínquos de

04/08/2015 - ECONOMIA CRIATIVA – AS 50 MAIS INTELIGENTES CIDADES

Em reportagem intitulada a “Esperteza Urbana”, a revista Exame, datada de 05 de agosto assim se refere: “um estudo exclusivo mostra que o Rio de Janeiro é a cidade mais inteligente do Brasil, mas ainda estamos só começando a usar a tecnologia para resolver nossos problemas urbanos”. O artigo de hoje se inspirou no referido artigo. Em realização em São Paulo, de 03 a 05-08-2015, evento no qual a consultoria Urban Systems, depois de analisar 700 municípios, apresentará as 50 cidades que usam melhor as ferramentas tecnológicas e de informação. Para escolher as mais inteligentes do Brasil, a consultoria analisou 70 indicadores de 11 áreas de gestão pública. As áreas escolhidas foram: economia, educação, empreendedorismo, energia, governança, meio ambiente, mobilidade, planejamento urbano, saúde, segurança, tecnologia e inovação. Em primeiro lugar está o Rio de Janeiro como a mais inteligente e, em segundo lugar, na expansão da sua economia criativa, atrás de São Paulo neste item,

03/08/2015 - DE 5ª PARA 13ª POPULAÇÃO MUNDIAL EM 50 ANOS

O mundo possui cerca de 7,3 bilhões de habitantes. Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no final do mês passado, projetou para o ano de 2050 9,7 bilhões de almas. A previsão anterior, de 2010, era de 9,6 bilhões. Já a perspectiva para 2100 continua em 11,2 bilhões. O Brasil terá em 2100 uma população inferior à que registra hoje. A projeção para o final de 2015 é de um contingente de 207 milhões; já para 2100 é de 200 milhões. Atualmente, possui a 5ª população global, mas em 2100 terá a 13ª população, segundo a ONU. Daqui a 85 anos terá a população superada pelo Egito, Uganda e Etiópia. O relatório também aponta que a nação brasileira será uma daquelas que terá baixa fertilidade nos próximos anos. Pelos dados apresentados as fases em que o País não parará de crescer em 35 anos . Nos próximos 15 anos o País estará se beneficiando do bônus demográfico. Isto é, quando mais da metade da população está trabalhando, entre 18 a 64 anos. Nos 20 anos seguintes a p

02/08/2015 - O PIOR JÁ PASSOU?

Em reunião com 27 governadores (todos), no final do mês passado, a presidente Dilma defendeu o seu mandato, em discurso de 32 minutos, afirmando que o País passa por um período de transição e que o pior já passou. Culpou os problemas pelos quais passa o Brasil à crise internacional, à queda nos preços das commodities e à desvalorização do real frente ao dólar, que ajudou a aumentar a inflação. Ora, vê a origem dos problemas no setor externo, quando eles estão na área doméstica, em decorrência dos seus desacertos do primeiro mandato, que levaram o País à recessão. Então, no seu segundo mandato anunciou a correção dos seus erros do primeiro, mediante forte ajuste fiscal. No seu primeiro semestre, o governo federal acumulou um déficit primário de R$1,6 bilhão, sendo o primeiro em dezenove anos no primeiro semestre. Somente em junho houve um rombo de R$8,2 bilhões, informou o Tesouro. O Congresso reabre seus trabalhos amanhã e certamente receberá o relatório do Tribunal de Contas da

01/08/2015 - QUESTÕES E RESPOSTAS CONTRADITÓRIAS

As questões de sete meses do segundo mandato da presidente Dilma, que se completou, em síntese, trazem respostas contraditórias. 1ª) Por que a equipe econômica recuou da meta de ajuste fiscal de 1,13% para 0,15% do PIB? Não é um recuo linear de 0,98%, mas recuo relativamente enorme de 86,73%. A resposta é contraditória, por que tornou inócua a meta de economizar R$66,3 bilhões, para pagar parte dos R$400 bilhões de juros anuais da dívida pública (16,58%), que poderia estancá-la ou não permiti-la subir muito, para economizar agora, se economizar, R$8,7 bilhões (somente 2,18% dos juros previstos), visto que o governo conta também com a possibilidade de ter um segundo déficit fiscal consecutivo, caso a arrecadação não cresça. Assim, sem dúvida, a dívida pública em relação ao PIB crescerá muito. 2ª) Por que a equipe econômica agiu só com o ajuste fiscal, provocando forte recessão, quando a presidente “jurou de pés juntos” que o Brasil iria crescer, mas agora, praticamente em todo o