DÓLAR MAIOR QUEDA EM MAIO DESDE 2009

01-06-2021 A cotação do dólar americano teve em maio a maior queda desde maio de 2009. O que quer dizer isto? Primeiro, que no ano passado o dólar se valorizou perante a moeda nacional, acima de 30%, em razão do enfraquecimento da economia brasileira, em face das medidas de isolamento social de combate à pandemia do covit-19, as quais reduziram o desempenho das atividades econômicas e elevou o desemprego, que vem batendo recordes históricos há mais de um ano. Porém, em maio houve mais ingresso de recursos e fez o dólar recuar. Segundo, mesmo diante da segunda onda de ataque do novo coronavírus, a economia brasileira esboça certa reação, o que faz acreditar que neste ano haverá crescimento econômico considerável, na medida em que a recessão do ano passado foi muito forte e que o governo também tem tomado medidas econômicas protetivas, de ajuda emergencial e de reforço do crédito, além do que há um boom das commodities, o que tem favorecido o desempenho da balança comercial brasileira. Assim, as grandes empresas do agronegócio, do ramo de tecnologia e do varejo estão se destacando na recuperação econômica. Terceiro, embora lentamente, a vacinação contra o covid-19 avança, estando mais de 20% da população vacinada, esperando-se que até setembro esteja acima de 60%. Acredita-se que aos 75% da população imunizada, a pandemia poderá estar controlada. Em maio, o real se valorizou perante o dólar comercial em 3,79%, perante uma valorização do real de 3.53% em abril. Mesmo assim, o dólar se encontra valorizado em 0,65% neste ano. Fechou o dólar comercial ontem a R$5,22. O chefe de estratégia de mercados emergentes do Banco Goldman Sachs, Caesar Maasry, declarou à agência Reuters, que o dólar cairá para R$5,00, nos próximos 12 meses. Convém lembrar que ele estava abaixo de R$5,00, no final de 2019. Voltar para abaixo de R$5,00 é muito otimismo de quem acredita que a recuperação econômica terá um ritmo que surpreenderá a muitos analistas financeiros. Real mais valorizado fortalece a economia brasileira, conforme visto, no período em que a economia nacional cresceu 4%, em média anual, de 2003 a 2010, por força do boom das commodities daquela década e pelo melhor desempenho da economia doméstica.

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