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Mostrando postagens de junho, 2016

30/06/2016 - FILIAIS DA LAVA JATO

A operação Lava Jato, de investigações de esquemas fraudulentos nos contratos da Petrobras, começou a abrir filiais no País. Na semana passada, através de investigações da Polícia Federal (PF) na Lava Jato se descobriu uma rede de exploração de servidores públicos, tomadores do crédito consignado, ativos e inativos, mas que não tinha relação direta com o esquema na Petrobras, visto que estava envolvendo diretamente o petista histórico Paulo Bernardo e vários dirigentes do PT, o qual chefiou o Ministério do Planejamento do governo Lula e o Ministério das Comunicações do governo Dilma. Assim, remeteu-se para a justiça de São Paulo, que em operação da PF, batizada de Custo Brasil, identificou um esquema de R$100 milhões, dos quais R$7 milhões teriam sido recebidos pelo ex-ministro citado. A propina era resultante de extração de R$0,70 de cada funcionário, mensalmente, distribuída através de contrato fictício com empresas de consultoria e escritórios de advocacia, como taxa de serviç

29/06/2016 - FI-FGTS

O Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) foi a forma pela qual o governo Federal, em 21-01-2007, encontrou para financiar três espécies de inversões do Programa de Aceleração do Investimento (PAC), criado por medidas provisórias, sendo proposto R$7 bilhões para saneamento ambiental e habitação; para saneamento em geral e habitação estudados a alocação de   R$5,2 bilhões; para demais infraestruturas definidos R$5 bilhões. Assim, acreditava a União que R$17,2 bilhões do FGTS poderiam ter um retorno de no mínimo 6% anuais, mais Taxa Referencial, que tem sido inexpressiva, próxima de zero, já que o FGTS remunera os cotistas 3%, melhorando a sua acumulação, dado que a economia brasileira crescia acima de 4%, a inflação estava baixa e havia expressivo superávit fiscal. No ano passado, o FI-FGTS apresentou uma perda de R$900 milhões. Foi a primeira vez de baixa do patrimônio. O resultado deveu-se a uma provisão de R$1,8 bilhão para as aplicações f

28/06/2016 - APLICAÇÃO EFICAZ DA TEORIA DOS JOGOS

Conforme Douglas North, Prêmio Nobel de Economia, em visita ao Brasil, ressaltou nas páginas amarelas de entrevistas da revista Veja, que um país se torna desenvolvido com instituições sólidas e fortes. Desde a Constituição de 1988, várias instituições se fortaleceram tais como a lei de diretrizes e bases, a lei de responsabilidade fiscal, a lei de acesso à informação, a lei da ficha limpa e outras conexas. Por seu turno, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou uma série de súmulas proativas, dentre as quais se destaca aquela de que o condenado em segunda instância poderia recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou STF, mas na prisão. Isto começou a restringir muito aqueles que pensam em “crime sem castigo”, na tradicional impunidade brasileira. Outrossim, ao enquadrar em disposição na referida Constituição a tese da teoria do fato, que consta da legislação alemã, adaptada pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, levou a que 25 dos 40 denunciados no escândalo do “mensalã

27/06/2016 - DESONERAÇÕES SELETIVAS E VERGONHOSAS

No livro “Guia politicamente incorreto da Economia Brasileira/Leandro Narloch. – São Paulo: Leya, 2015”, um dos mais vendidos, esperando-se que a equipe econômica o tenha lido, numa série de “guias politicamente incorretos”, de presidentes na América Latina, de presidentes brasileiros, no capítulo sobre “as quatro causas da desigualdade brasileira”, a quarta causa, refere-se a que “o Brasil é desigual porque o Estado esculhamba o País”, citando na p. 74: “No livro ‘O preço da desigualdade’ Stiglitz (Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia 2001) dedica todo um capítulo sobre ações do governo que deixam os pobres mais pobres e os ricos mais ricos. Seu principal alvo é o rent-seeking, a arte de conseguir benefícios e privilégios não pelo mercado, mas pela política . ‘O rent-seeking tem várias formas: transferências ocultas ou abertas de subsídios do governo, leis que tornam o mercado menos competitivo, leniência com as leis de proteção da competição e regras que permitem às corpo

26/06/2016 - SAÍDA DO REINO UNIDO DA UNIÃO EUROPEIA

A sigla BREXIT marca uma polêmica. Ela significa a junção de Britânia (Reino Unido) com exit (saída). As pesquisas indicavam que o Reino Unido (RU) não sairia da União Europeia (UE). O plebiscito do dia 23, passado, mostrou que 52% dos britânicos votaram pelo RU sair. Na verdade, os jovens faltaram muito e os velhos foram os mais votantes. Transparece na cultura britânica traços de intolerância racial e um orgulho de ser a 5ª. Maior economia do planeta com vontade de impor suas ideias em seus contratos. A UE é um bloco político e econômico, prestes a completar 60 anos, tendo o RU ingressado em 1973, cuja composição era de 28 países. Dentro da UE foi criada uma moeda comum, o euro, cuja adesão ocorreu com a maioria dos países do bloco, mas o RU continuou mantendo a sua moeda a libra esterlina. O euro se tornou uma moeda forte, cujo uso comum facilitou o progresso de diversos países, cujo exemplo bem visível é Portugal. A saída britânica não chega a ser um desastre. Porém, um r

25/06/2016 - MANDADO DE INJUÇÃO

O mandado de injução é o novo dispositivo da Constituição que permite que o cidadão reclame judicialmente quanto à efetividade de direitos constitucionais. Ou seja, visa à regulamentação sobre direitos. Como exemplo, a aposentadoria especial, permitindo que ela se estenda a grupos similares. O assunto foi objeto de sanção presidencial em lei específica, em solenidade no Palácio do Planalto. Presente também o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que, em discurso, diagnosticou que “o País está enfermo”, de que é preciso “acertar as contas com o passado”, de que é preciso ter coragem para administrar “remédios amargos”, tendo em vista “um olhar para o futuro”. Em síntese, em seu discurso, o ministro se referiu ao fato de que o País está doente, passando por graves dificuldades econômicas, políticas e éticas.   O mandato de injução está na direção na qual os cidadãos resolvam as contradições históricas, firmando instituições sólidas. No momento atual, a president

24/06/2016 - CAPITAL POLÍTICO EM AGENDA DE 15 DIAS

O presidente interino, Michel Temer, compôs um Comitê Econômico, composto pelo Ministro da Fazenda, do Planejamento, das Relações Exteriores, da Agricultura, das Comunicações, dos Transportes, das Minas e Energia, a quem encomendou em 15 dias uma agenda positiva, visando manter o seu capital político para a votação do impeachment no Senado, visto que ele tem pouco tempo, menos de dois meses, já que a comissão daquela Casa quer realizar o escrutínio na metade do tempo. Isto é, na situação dele há pressa, para que não aconteça o desgaste político que comprometa a votação, enquanto a oposição não tem pressa (PT e PC do B), acreditando vencer o escrutínio. A população está quieta, mas, na medida em que saiam as estatísticas de pequeno avanço ou de continuidade do grande desemprego, inflação alta e ausência de recuperação, as manifestações de rua poderão explodir pelo País. Já estão latentes fatos, tais como os revelados pelo IBGE, que, de abril de 2015 a abril de agora, desaparece

23/06/2016 - ONDA LONGA DE DESEMPREGO

A queda da fecundidade da brasileira, desde 1970, contribuiu para que as ondas de desemprego não se elevassem tanto, por volta de 40 anos. Recentemente, m esmo com a economia em retração, no governo da presidente Dilma (2011-2014), o desemprego esteve recuando, até atingir a menor marca histórica de 4,3%, em dezembro de 2014. Os jovens são aqueles que mais afluem ao mercado de trabalho. Por exemplo, entre 1995 e 2000, a parcela de brasileiros entre 15 e 24 anos cresceu em média 2,1%. O PIB cresceu mais, em média. Já entre 2005 e 2010, entretanto, a população nessa idade encolheu 0,9% ao ano.   Em decorrência disso, o que aconteceram foram menores taxas já observadas de desemprego. O PIBG cresceu acima de 4% anuais no período. Porém, a retração do PIB começou a ficar forte, já no segundo semestre de 2014 e o desemprego voltou a crescer. Assim, como há dois anos a economia começou a recuar, justamente em meados de 2014, posteriormente, ingressando em longo processo recessivo, de fo

22/06/2016 - PIOR ANO PARA O GRANDE CAPITAL

O pior ano da economia brasileira, para o grande capital, foi em 2015. Quem atesta isto é a revista Exame que, desde 1974, realiza um estudo chamado de Melhores e Maiores de Exame. A citada revista classifica as 500 maiores empresas brasileiras. Geralmente, o desempenho delas tem sido melhor do que o desempenho do conjunto de empresas. Entretanto, no ano passado ocorreu o pior momento da história para as campeãs nacionais. O faturamento das companhias recuou 4,6%. O IBGE calculou um recuo do PIB de 3,8%, melhor do que as firmas gigantes do País. As 500 líderes nacionais tiveram um prejuízo somado de US$19 bilhões. É a terceira vez, em mais de 40 anos de enquetes, que elas apresentaram resultado negativo, em seu conjunto. A primeira vez de registros de prejuízos consolidados aconteceu em 1991, ano do Plano Collor, de triste memória. A segunda vez ocorreu em 1999, quando começou o regime de câmbio flutuante. Por seu turno, a rentabilidade sobre o patrimônio das 500 maiores foi de

21/06/2016 - DESIGUALDADE AUMENTA NO PAÍS

Uma conclusão óbvia é a de que a recessão aumenta a desigualdade entre pobres e ricos. A questão é de quanto? Para isso, o professor da USP, Rodolfo Hoffman examinou os dados das Pesquisas por Amostras de Domicílios Contínuas, que antes era anual, mas passou a ser trimestral. A análise tomou o ano de 2015 e o primeiro trimestre deste ano. A distância entre ricos e pobres se elevou em 3%. O estudo somente considerou renda do trabalho, visto que as citadas pesquisas não consideram transferências de aposentadorias, seguro desemprego, bolsa família, pensões, e aluguéis. O País conta com 11 milhões de pessoas procurando emprego com carteira assinada. Trata-se de desempregados de forma aberta. De janeiro de 2015 a março de 2016, o a taxa de desemprego passou de 7,9% para 10,9%. O boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, que consulta analistas das principais instituições financeiras do País, cerca de 120, voltaram a melhorar a projeção para o desempenho da economia neste an

20/06/2016 - DELAÇÃO PREMIADA QUE ABALOU A REPÚBLICA

Não se trata de da República Velha (1889-1945), quando as eleições eram fraudadas. Dois exemplos eloquentes de fraudes são a eleição de Ruy Barbosa e a de Getúlio Vargas. Mas, da Republica Nova (1946-1964), passando pela ditadura militar (1964-1984) e, na atual, Nova República (1985 até hoje). A delação premiada de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, braço transportador da Petrobras, durante 12 anos, feita para livrar-se de uma pena de vinte anos e só irá cumprir três anos, desde que não tenha mentido para os investigadores da operação Lava-Jato. Portanto, ele, como raposa velha, não iria correr o risco de mentir, fazendo em vídeo, o que corresponde a 400 páginas escritas. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. A delação atinge aos grandes partidos políticos e, juntamente com a operação Lava-Jato, poderá ser um marco para trazer o Brasil para o lugar de corrupção mínima, já que é impossível eliminá-la, no geral, servindo de reforço para que o Congresso apr

19/06/2016 - DÉFICIT PRIMÁRIO ATÉ 2017

O Ministério do Planejamento, através do seu Ministro substituto, Dyogo de Oliveira, afirmou que não vislumbra outro quadro que não seja o de em 1997 haver ainda déficit primário. Ou seja, quatro anos, um mandato de um presidente, mediante incompetência na gestão da economia nacional. Não há registro da contabilidade nacional de tamanho desvario. Claro, isto não foram somente erros da presidente Dilma, ela os levou ao incomensurável, que estão dando um trabalho danado à equipe econômica atual, porque foi incompetência mesmo. Mas os erros começaram com Lula, no seu segundo mandato (2007-2010), quando Lula plantou as bases do Estado de, para sair da recessão de 2009, subsidiar fortemente certos segmentos econômicos, tanto via redução ou isenção de impostos, como crédito subsidiado através do BNDES. Foi com o ex-presidente Lula que começou um governo de coalizão, mediante compra de políticos federais, através dos escândalos conhecidos como “mensalão” e “petrolão”, além daqueles que

18/06/2016 - ECONOMIA PAROU DE ENCOLHER EM ABRIL

O Banco Central (BC) acompanha a economia brasileira com pesquisa mensal do PIB, de forma restrita, mas científica, através do IBC-Br, em relação à enquete mensal do IBGE, que se refere aos três meses e demora cerca de um mês para ser publicada. A estatística do BC é mais divulgada como percepção do indicador de tendência do PIB. Tendência esta que é boa para o governo, quando ascendente, mas nos últimos quinze meses foi descendente, acumulando resultado pior do que o das estatísticas do IBGE, cujo PIB anualizado cairia 5,35%, segundo o referido IBC-Br do BC. Agora, com a tendência de estabilidade de 0,03%, daqui para frente à taxa do PIB deixará de declinar. Citando dados das enquetes nacionais, o BC destaca elevação da produção industrial em 0,1% e de 0,5% das vendas no varejo, em relação a março. Referidos dados estão mais para a estabilidade do que para o crescimento. Não se sabe quantos meses, a partir de abril. Muitos analistas acreditam que será de três meses. Em julho, o

17/06/2016 - PLANEJAMENTO RECONHECE ERRO DE R$15 BILHÕES E FAZENDA QUER TETOS

O Ministério do Planejamento cuida da execução orçamentária. Por isso mesmo, ele faz os cálculos dos gastos com os servidores. A Câmara de Deputados aprovou a poucos dias, restando ser aprovado pelo Senado, para ir à sanção presidencial, um reajuste médio do funcionalismo federal, para muitas categorias, mediante correções de perdas acumuladas; para outras, havendo até ganho real, cujos cálculos, do conjunto, tendo-se um custo acumulado de R$52,9 bilhões, até 2018. Houve uma grita total, quando a maioria dos cidadãos reconhece que é preciso reduzir os gastos públicos, no momento em que a sociedade faz sacrifício pela recessão acumulada, próxima de três anos consecutivos, no qual, também, o governo reconheceu déficit primário de R$35 bilhões em 2014, de R$112 bilhões em 2015, de R$170,5 bilhões, previsto para 2016. Os prejuízos da recessão estão sendo pagos por quase todos brasileiros, sendo pior, para mais de 11 milhões de desempregados, de forma aberta, assim como para mais de

16/06/2016 - CRÉDITO REDUZIDO AO SETOR PRIVADO

Quantos espantam as informações que estavam represadas? Agora o Tribunal de Contas da União (TCU) está se referindo a um fabuloso déficit de mais de R$260 bilhões, nas contas nacionais de 2015, apontando 23 irregularidades. Pediu a defesa do governo da presidente Dilma que a fizesse. Não bastaram que, em 2014 acontecesse o primeiro déficit primário, de R$35 bilhões, depois de 18 anos. No ano passado, o TCU mandou ao governo cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, visto rombos das contas, que foi cumprido em parte, em 2015, no valor de R$112 bilhões. Para este ano, está sendo esperado déficit primário de R$170,5 bilhões. Tais dados mostram uma grande deterioração das contas nacionais, o que se tem repetido aqui. Há mais. Um olhar sobre fluxos anuais de crédito diz muito sobre o mundo econômico brasileiro. Em São Paulo, Capital, está baseado o Centro de Estudos de Mercado de Capitais (CEMEC), entidade paulista bastante acreditada,   de larga experiência na área acadêmica e em

15/06/2016 - APELO AO CONGRESSO

No primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma ela perdeu a governabilidade, visto que bateu de frente com os políticos federais. Ela usou decretos para gastos sem autorização orçamentária do Congresso. Ao digladiar-se com políticos perdeu a sua base de sustentação. Em 11 de maio deste ano foi afastada por 180 dias, pelo Senado, acusada de desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto assumiu o presidente interino Michel Temer. Este, já tem um mês, procurando apoio congressual. Conseguiu a aprovação de nova meta fiscal; conseguiu a aprovação da Desvinculação das Receitas da União e a elevou de 20% para 30%; mudou a equipe econômica, colocando fé integral no desempenho de Henrique Meirelles na direção. Este apelou ao Congresso que aprove o teto para os gastos públicos, na proposta de emenda constitucional, que será discutida com os partidos, de quanto será a diminuição do tamanho do Estado, argumentando que as receitas da União se elevaram nos últimos cinco anos,

14/06/2016 - DESPERDÍCIOS SEM FRONTEIRA

A característica mais visível de um país não desenvolvido é justamente o conjunto de desperdícios sem fronteira. Depois de 18 anos, o Brasil, em 2014, incorreu em déficit primário de R$35 bilhões. Repetiu-o, em 2016, de mais de R$112 bilhões. Poderá repeti-lo em 2016, tendo meta de déficit aprovado de R$170,5 bilhões. Não há registro de três déficits consecutivos e tão crescentes como no atual triênio. Isto está acontecendo nos governos eleitos da presidente Dilma. Por sinal, ela que foi chamada por Lula de “a mãe do PAC”, Programa de Aceleração do Crescimento, que desacelerou em três anos, sendo recuo que poderá corresponder a uma década, ao seu início. No final do ano completa dez anos o PAC. Lá se colocou cerca de 12 mil obras públicas, onde há a demonstração de pelo menos dois enormes prejuízos, que vieram para as contas públicas. Lançada em 2006, a Ferrovia Transnordestina, para ligar os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, deveria ser entregue em 2010. Gastou-

13/06/2016 - SOLTAR INVESTIMENTOS CONTRATADOS

No segundo mandato da presidente Dilma houve a necessidade do ajuste fiscal e este foi realizado parcialmente em 2015, cortando investimentos públicos e desestimulando inversões privadas. O Brasil ingressou em forte recessão já em quase três anos. Afastada por problemas de irregularidades, quanto à desobediência da Lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma está sendo substituída pelo presidente interino, Michel Temer, que precisa urgentemente reativar investimentos. Logo, existem várias sugestões quer poderão ser praticadas. A Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), por exemplo, através do seu presidente executivo, Venilton Tadini, veio a público pedir que o governo solte investimentos contratados, apontando a forma de gerar recursos para investimentos de R$90 bilhões, mediante emissão de debêntures correspondentes as dívidas parceladas de tributos das empresas para com a União. O Estado trocaria debêntures por dinheiro imediato. Não é uma operação d

12/06/2016 - MÊS DE GUERRA

Na avaliação do seu primeiro mês de governo interino, Michel Temer disse: “É uma guerra, tem sido uma guerra”, que acredita estar sendo bem sucedido. Ele divulgou uma retrospectiva de ações consideradas positivas, em 30 dias, completados hoje. Destacou que tomou medidas para a retomada do crescimento do País e de retomada de vagas de emprego, entre elas se destacam a redução do número de ministérios; nova meta fiscal; nomeação de uma equipe econômica “de peso”; ações para limitar os gastos públicos para não ultrapassar a inflação, incluindo o corte de mais de 4 mil cargos comissionados; aprovação da Desvinculação das Despesas da União e sua elevação de 20% para 30%. Na verdade, referidas medidas em si são muito poucas para a recuperação da economia. O que ele precisa fazer são projetos reformadores para melhorar o ambiente geral de negócios, do retorno dos investidores e a confiança dos consumidores. O fato de o Congresso acenar com futuras aprovações de projetos de lei foi um a

11/06/2016 - DESEMPREGO MAIOR ENTRE JOVENS

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) revelou que os jovens, na faixa etária de 14 a 24 anos foram os mais afetados pelo desemprego no primeiro trimestre deste exercício. Entre os citados jovens o desemprego subiu de 15,25% no final de 2014, para 20,89% no final de 2015 e para 26,36% no referido primeiro trimestre de 2016. Em situação de forte recessão, os jovens, por geralmente não apresentarem experiência, são colocados em segundo plano quando da contratação. Por seu turno, o governo federal anunciou o corte de 4.307 cargos comissionados. Não parou por aí, 10.462 cargos de direção e assessoramento de nível superior, de livre provimento, serão convertidos em funções comissionadas, exclusivas de servidores concursados. A economia que fará o governo está prevista em R$230 milhões por ano. As medidas visam melhorar a administração pública, redução de cargos e reforço na profissionalização. Perante as mudanças o número de cargos comissionados cai

10/06/2016 - EM BUSCA DE AGENDA POSITIVA

Na verdade, há um mês que Michel Temer busca uma agenda positiva. O que se tem visto são uma série de propostas e pouca efetividade. Sabe-se que a recuperação econômica depende da taxa de juros, que continua muito alta, de 14,25% anuais, pela sétima reunião consecutiva do Banco Central, cerca de dez meses, sendo o maior nível em quase dez anos. É muito tempo em “voo de galinha”. Na próxima reunião, em agosto, perto de um ano de taxa tão elevada, é possível que seja a SELIC seja reduzida, conforme expectativa do mercado financeiro, que, não obstante a inflação de maio tenha sido a mais alta desde 2008, apresenta tendência de baixa inflacionária, conforme expectativas mercadológicas. O que tem sido visto até agora é a movimentação lenta do governo interino de Temer. Conseguiu emplacar a possibilidade de novo déficit primário, para ter governabilidade, elevação da Desvinculação das Receitas Orçamentárias para 30%, até 2023, além da aprovação de R$38,5 bilhões de gastos discricio

09/06/2016 - PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL

Sabatinado pelo Senado, aprovado por 56 votos, 13 contra, 01 se absteve, 10 faltaram e o presidente do Senado só vota em caso de desempate, que não foi o caso. Pelo visto, 81% dos votantes e 70% do total dos senadores reconhecem que Ilan Goldfajn possui amplas condições para fazer uma boa gestão na presidência do Banco Central (BC). Afinal, ele já foi diretor do Banco Central e estava no posto de economista-chefe do Banco Itaú, o maior banco privado brasileiro. Naquele cargo, ele fazia projeções sobre indicadores econômicos e sempre se pronunciava sobre o tripé da economia, composto de meta de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal, desajustado no governo Dilma, o que causou o seu afastamento da presidência da República. Em 2015, a inflação ultrapassou 10%, o câmbio flutuante subiu 50% e houve o segundo déficit primário consecutivo, de R$35 bilhões e R$112 bilhões. O próprio economista, quando no Itaú projetou inflação deste ano de 7% e para 2017 poderá alcançar a meta de

08/06/2016 - PETRÓLEO EM ALTA

Há três dias se comentou aqui que a exploração do petróleo na camada do pré-sal atingiu um milhão de barris diários, sendo já 40% da produção em território nacional. A Petrobras tem mais de 60 anos, havendo apenas 10 anos da produção nos campos do pré-sal. Portanto, a recuperação da empresa, que passa por um processo de reengenharia, venda de ativos e correção de contratos fraudulentos, investigados pela operação Lava-Jato, vem em pontos de expansão da produção em águas profundas. O mercado do petróleo é fortemente influenciado pela demanda dos Estados Unidos, que importa 25% do seu consumo. Já importou muito mais. Porém, com a sua produção do barril de óleo extraído do xisto betuminoso, chegou-se até em falar-se na sua autonomia. Contudo, o óleo do xisto é muito poluente e exige parcimônia na sua extração. Ademais, a oferta dos países membros da OPEP, tem-se comportado no contingenciamento, em função dos preços desejados. O fato é que, depois de doze anos de alta do preço do

07/06/2016 - METRALHADORA PONTO 100

O maior grupo de empresas do Brasil, a Odebrecht, tem seu presidente preso há um ano, por conta das investigações da operação Lava-Jato, acerca da formação de cartel na consecução de obras da Petrobras. O ex-presidente José Sarney externou que a delação premiada de Marcelo Odebrecht é “uma metralhadora ponto 100”. A repercussão de 30 fases investigativas, mais de dois anos de devassa na Petrobras, estatal que tem uma área de influência econômica de 13% sobre o PIB, teve um efeito recessivo na economia, agravado pela falta de confiança dos investidores e consumidores. A delação do citado Marcelo, conhecido homem que desprezava delatores, não resistiu e já vazou para a imprensa que a campanha de 2014, da presidente Dilma Rousseff foi financiada com propina depositada em contas secretas no exterior. A empreiteira pagou mesada de R$50 mil ao secretário particular da presidente afastada, Anderson Dorneles. João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais de Lula e Dilma, recebeu

06/06/2016 - PRIVATIZAÇÃO

O Estado mastodonte é lento. Portanto, ineficiente. Claro, deveria ser feita uma reengenharia nele, que seria a melhor solução. De que adianta privatizar e a máquina pública estar do mesmo tamanho? O dinheiro da privatização cobriria os rombos de prováveis quatro anos do período Dilma 2. E depois? Vão-se 50 anos que o grupo Abril defende a privatização. Trata-se de uma postura neoclássica. Aqueles que não versam sobre economia, o neoclássico na matéria é a defesa do Estado mínimo. Ou seja, os defensores da corrente, de uma forma pura, referem-se a que os mercados resolvem tudo. No limite, eles raciocinam que a economia trabalha no pleno emprego. Na prática , não acontece. Porém, eles pensam que se procura isso. A remuneração dos fatores de produção deve ser conforme a contribuição marginal de cada fator, seja capital, seja trabalho. Portanto, Estado fora da economia, ele só é admitido na regulação. A capa da revista Exame, datada do dia 8 deste mês, revela-se: “Como salvar a n

05/06/2016 - PRÉ-SAL ATINGE UM MILHÃO DE BARRIS

Não obstante haja problemas de serem equacionados, quanto ao elevado endividamento da Petrobras, a correção dos seus contratos de obras e fornecimentos, visto que as investigações da operação Lava-Jato ainda estão em curso e não foram definitivas, bem como todos os acordos de leniência para a conclusão das obras fraudadas, a perspectiva é de que a atual administração de Pedro Parente, experiente executivo, coloque a estatal no caminho da gestão realmente profissional, tal como já vinha conduzindo o presidente anterior, Aldemir Bendine. Ambos partiram para reengenharia do grupo Petrobras e a venda de ativos, visando enxugar a máquina viciada. A perspectiva também do lado da produção é cada vez mais alvissareira na exploração em campos do pré-sal. Em maio, a marca de um milhão de barris de petróleo na camada do pré-sal foi atingida. Trata-se da primeira vez em que se atinge tal marca em águas ultra profundas, abaixo de 5.000 metros. Segundo a estatal, referida produção representa

04/06/2016 - CONTORCIONISTA TEMER

A pauta-bomba de reajuste de salários e de criação de cargos federais tinha sido enviada ao Congresso no ano passado pela presidente Dilma. A Câmara, nada de votar, devido à briga da presidente Dilma com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O projeto ainda precisa de aprovação do Senado. Anteontem a Câmara aprovou a citada pauta bomba, que envolve gastos de R$58 bilhões, até 2019. Michel Temer aplaudiu, dizendo que aquela Casa está destravando a governabilidade. No entanto, ele aplaudiu mesmo foi a aprovação de projeto sobre a Desvinculação das Receitas Orçamentárias (DRU), que vem sendo reeditada, desde a criação do Fundo de Estabilidade Fiscal, como primeira etapa do Plano Real, em 1993. Desde então todos os presidentes passaram a contar com ela. Sem a DRU fica difícil a União distribuir melhor os recursos arrecadados para Estados, Municípios e realizar seus próprios gastos. A DRU será elevada de 20%, conforme veio de FHC, continuou com Lula e Dilma, mas agora, o aumento é p

03/06/2016 - COMBATE À POBREZA

Há 13 anos e meio no poder, os quatro governos do PT foram eleitos com o lema de combate à pobreza. Sem dúvida, a maioria dos pobres, tanto aqueles que se beneficiaram como aqueles que sonham com isso, elegeram Lula e Dilma. Só que, para manter-se no poder, realizaram um governo de coalizão, aliança do “toma lá, dá cá” ou da oração do São Francisco, “é dando que se recebe”, agora desfeito porque os desdobramentos dos governos de Lula e Dilma se utilizaram de esquemas ilícitos, mediante “mensalão”, “bndesão”, “zelotes”, “sistema elétrico” e “petrolão”, que foram desvendados com sistemas de corrupção, alguns punidos e outros investigados, além de discriminação dentro do grupo dos capitalistas com a escolha de “campeões nacionais”, culminando com o estelionato eleitoral praticado por Dilma, na campanha de 2014. Os resultados desastrosos, espelhados pelas contas nacionais, levaram ao afastamento da presidente Dilma e a instalação do governo provisório de Michel Temer. A síntese feita

02/06/2016 - CAMINHANDO PARA SAIR DO TERCEIRO ANO RECESSIVO

O PIB trimestral, divulgado pelo IBGE, como soe acontecer a cada período, também na praxe de dois meses depois, foi de – 0,3%, no primeiro trimestre deste ano. Os recuos correspondentes há 12 meses chegam a – 5,4%. Não há registro no sistema de contas nacionais de recuo mais vertiginoso. O pior, se continuar a cair mais ou de pequeníssimo crescimento do PIB, este poderá logo chegar a – 6%. A retrospectiva, a partir do ano passado, de taxa de - 1,2% do PIB no primeiro trimestre; - 2,0% no segundo; - 1,6% no terceiro; - 1,3% no quarto. Portanto, o que se deduz, linearmente, é de que a recessão poderá passar já no próximo trimestre e, quem sabe, ter pequeno crescimento, para não chegar a um recuo em 2016 maior do que o de 2015, tendo-se a esperança de crescimento pequeno em 2017. Do lado da oferta agregada, o PIB da agropecuária foi de – 0,3% no trimestre; - 1,2% na indústria; - 0,2% em serviços. Do lado da demanda agregada, o consumo das famílias foi de – 1,7% do PIB; o consumo do

01/06/2016 - FAXINA FORÇADA EM DESEMPREGO CRESCENTE

O cálculo das informações de processos jurídicos leva a que, dos 22 ministros escolhidos, pelo presidente interino Michel Temer, empossados em 12 de maio, 11 deles tinham que responder à Justiça por investigações diversas. Sem condenação, mas a grande imprensa corre atrás de apurações finais. A delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, que levou 12 anos na estatal, trouxe gravações que começaram a fazer estragos na equipe citada. O primeiro a cair foi o Ministro do Planejamento, Romero Jucá, acusado de querer brecar a operação Lava-Jato, no dia 24 de maio. Ontem, dia 30 de maio, 19 dias depois da posse, o presidente Temer demitiu o segundo dos seus ministros, o Ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, na teia da referida delação e a operação policial. Se Temer continuar a sua faxina não errará. Recorde-se aqui que, a presidente Dilma, no seu início, em 2011, demitiu sete ministros, no que foi muito apoiada. Porém, degringolou-s