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Mostrando postagens de janeiro, 2019

31/01/2019 - QUINTO ANO DE DÉFICIT PRIMÁRIO

Em 2014 ocorreu o primeiro déficit primário, que é a arrecadação de tributos menos os gastos públicos, depois de 16 anos de superávit primário do governo federal. Quer dizer, não sobraria, tal como não sobrou dinheiro para pagar a dívida pública, nestes cinco anos, e o governo elevou o endividamento, de 51% do PIB, para hoje mais de 71% dele. As finanças públicas se deterioraram bastante e o governo de Dilma ingressou no segundo semestre de 2014, em forte recessão, só findada em 2017, já no governo de Michel Temer, mas ele não logrou bom nível de crescimento econômico. Em seus dois anos de governo, entre 2017 e 2018, o PIB se elevou em cerca de 1% em cada ano. O déficit primário em 2014 foi de R$17,2 bilhões. Porém, o Tribunal de Contas da União obrigou Dilma a confessar, novos rombos orçamentários, que a levaram a deposição, pelo Congresso em 2016, por ter infringido a lei de responsabilidade fiscal. Em 2015, o déficit primário pulou para R$114,7 bilhões. Em 2016, saltou para o

30/01/2019 - INDICADORES QUE PIORARAM NESTA DÉCADA

A ONG Transparência Internacional divulgou, como tem feito anualmente, o Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Enquete realizada em 180 países. Não obstante nesta década, julgamento do mensalão em 2012, quando 25 réus foram condenados entre 40 julgados, assim como desde 2014 está em curso a operação Lava Jato, que já condenou quase uma centena de réus, em cinco anos e não tem data para acabar, investigando inicialmente os contratos da Petrobras, estendendo-se para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para o setor elétrico e o setor financeiro, em centenas de processos investigativos, o Brasil caiu 9 posições de 2017 para 2018. De zero a 100 tem 35 pontos, quando a média mundial é de 43,1 e o desejável que seria no mínimo 50 pontos. A classificação brasileira é 105º. O Uruguai, por exemplo, está em 26º lugar. O Chile, em 29º. Desde que começou a operação Lava Jato, em 2014, o País já caiu 36 posições no referido IPC. Na semana passada houve a reunião anua

29/01/2019 - DÉFICIT EXTERNO DOBROU EM 2018

O balanço de pagamentos do Brasil é composto de quatro balanças. A balança comercial, exportações menos importações, geralmente positiva. A balança de serviços, que sempre ficou negativa, haja vista que os juros da dívida estão nessa balança, além do que o País sempre foi deficitário na área. A soma dessas duas balanças apresenta historicamente déficit externo. Referida soma é conhecida também como balança de transações correntes. O citado saldo negativo é coberto pelo ingresso de recursos da chamada balança de capitais, geralmente positiva. Em 2018 o déficit externo foi de US$14,511 bilhões, praticamente dobrou em relação a 2017. A balança comercial favorável, mas não tanto como em 2017, devido ao crescimento maior das importações. O déficit externo de 2018 representou 0,77% do PIB, enquanto em 2017 fora de 0,35%. A cobertura do déficit foi feito com folga pelo Investimento Direto no País de US$88,314 bilhões, correspondentes a 4,7% do PIB. Boa parte desse dinheiro não foi dinh

28/01/2019 - ABERTURA DO CAPITAL

Abrir o capital acionário é o caminho de larga escala produtiva. É a democratização do capital social, típico do capitalismo. Quando uma sociedade anônima abre o seu capital é porque se tornou uma empresa gigante, atuando em vários países. Em 2018 apenas três empresas estrearam na bolsa de valores brasileira. O otimismo com a economia nacional elevou a lista para 30 candidatas em 2019. Poderá ser um recorde de aberturas de capital em 12 anos. O volume pode chegar a R$40 bilhões. O recorde ocorreu em 2007, quando 76 companhias foram à bolsa, levantando R$70 bilhões. Naquele ano a economia cresceu 6,1%, em um ano excepcional, crescendo em uma base de 2006, quando o PIB se incrementou em 4%. O mercado de ações no País costuma avançar em ondas. A partir da estabilidade, advinda com o Plano Real (1994), houve uma arrancada, justamente com o fim da hiperinflação. O crédito se deveu à economia doméstica. Depois teve novo salto de 2001 a 2008, quando ocorreu o superciclo das commodities

27/01/2019 - INDICADORES DE INÍCIO DE GOVERNO

O governo de Jair Bolsonaro se iniciou com indicadores positivos. Assim, o câmbio e os indicadores de risco e o desempenho da Bolsa de Valores com ele são contrários aqueles aos do segundo mandato de Dilma, em 2015. Dilma prometeu o ajuste fiscal e não entregou. Conforme estudo do economista Marcel Balassiano da Fundação Getúlio Vargas: “O sinais são trocados, o que muda é a intensidade, por motivos internos e externos. A recessão teve início nos últimos seis meses de 2014 e aquele foi o primeiro ano que o Brasil teve déficit primário. As expectativas estão todas calcadas na reforma da Previdência”.     Depois de 16 anos de superávit. O tripé da economia foi rompido. Os fatos se apresentam com o real, que se fortaleceu mais de 3% em relação ao dólar, em comparação do final do ano de 2018 e o atual mês. A taxa de risco brasileira recuou mais de 16% no período em tela. A bolsa de valores subiu mais de 10% nos pregões de janeiro. O Congresso Nacional somente será reaberto daqui

26/01/2019 - FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL ENCERRADO

Mais uma semana do final de janeiro encerrada, juntamente, há décadas, com o Fórum Econômico Mundial. Clube dos ricos. Pobre não entra, a não ser como exame das conseqüências das ações dos ricos. Entidades internacionais em prol do desenvolvimento da humanidade estiveram presentes. As siglas proliferaram: ONU, FMI, OCDE, BIRD, BID, OMS, FED, FAO, ONGs, dentre outros. Cerca de 70 países representados, políticos, empresários, principalmente aqueles da indústria 4.0, jornalistas e starlets. Quais as principais conclusões? Cautelas e pessimismos sobre a fome, a miséria, a elevação da temperatura do globo, poluição sobre várias formas, guerra comercial, dentre outras. Quase tudo ao contrário de recentes anos anteriores. Neste ano é esperada uma desaceleração da economia mundial. As projeções do PIB para 2019 passaram de 3,7% para 3,5%. Para 2020, regrediram de 3,7% para 3,6%. Ora, referidos números são as médias mundiais. E o Brasil? Saiu de uma recessão profunda de 2014 a 2016, para

25/01/2019 - ARRECADAÇÃO FEDERAL CRESCEU 4,74%

O governo federal arrecadou no ano passado R$1,457 trilhão, em relação ao 2017. A alta foi de 4,74% no período, acima da inflação. Foi o melhor desempenho desde 2014. A elevação foi maior do que a registrada em 2017, quando a arrecadação federal cresceu apenas 0,59%. Nos três anos anteriores, o recolhimento de impostos havia caído na comparação anual. Como se vê a correlação entre crescimento da arrecadação e crescimento do PIB não guarda coerência, isto porque as despesas do governo central tem crescido há décadas, em geral, a cada ano,   mais do que a arrecadação. A elevação do montante recolhido em 2018 foi puxada por tributos ligados à lucratividade das empresas, principalmente pela da produção industrial. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foram disparadamente os maiores, subindo 12,4%. Referidos tributos são aqueles que estão na mira do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou em Davos, na Suíça, que poderia propor a

24/01/2019 - EMPREGO FORMAL VOLTA A CRESCER DEPOIS DE 4 ANOS

Em 2014, iniciou-se a recessão. O reflexo mais lembrado é a queda do emprego formal. Em 2015, foram fechadas 1,534 milhão de vagas de empregos formais. O PIB recuou naquele ano 3,5%. Em 2016, a perda de empregos com carteira assinada ocorreu para 1,326 milhão. O PIB recuou também 3,5% naquele ano. Em 2017, houve retração de 11.964 postos de trabalho. Quer dizer que houve aproximadamente uma retração de quase 3 milhões de empregos formalizados, de 2015 a 2017. A economia saiu de um buraco, ainda em 2017, que fez o PIB recuar mais de 7%. A economia só cresceu 1% no referido exercício. Em 2018, o mercado do trabalho brasileiro criou 529.554 vagas de emprego com carteira de trabalho assinada, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informe mensal obrigatório de toda empresa registrada no País. No entanto, a estimativa do PIB de 2018 está em 1,3%. Quer dizer, é preciso gerar também mais empregos formais, do que cerca de 530 mil, para o País crescer de forma c

23/01/2019 - MONTANHA MÁGICA

Antônio Delfim Netto, longevo economista (87 anos), protagonista da equipe econômica dos governos militares dos anos de 1970 e de 1980, até hoje sabe fazer análise conjuntural e aqui se registra a sua pontuação da atualidade, que está sendo objeto de exame para investimentos, em Davos, na Suíça, local chamado por ele de Montanha Mágica, onde se reúnem principalmente os gigantes capitalistas. Eles são bem informados e apreciam conjuntos de interesses. O primeiro conjunto se refere à insegurança jurídica, devido à política na justiça e a judicialização da política. Quer dizer, pontos de mais afastamento do que de convergência par inversões. O segundo conjunto se refere à insegurança pública, sendo o Brasil um dos países mais violentos do mundo. O terceiro conjunto se situa no âmbito de um Estado ineficiente, que regula mal, burocrático. No cenário do final de 2018: “Terminamos o ano passado com 1,3% de crescimento do PIB (contra 1,4%, em média, entre 2012-2016); com uma taxa de in

22/01/2019 - EDITORA ABRIL SAIU DAS MÃOS DOS FUNDADORES

Recentemente, a Editora Abril, de quase 70 anos de publicação de inúmeras revistas, uma potência editorial criada pelo Victor Civita, Roberto Civita e outros, marcou época com os primeiros gibis, revistas em defesa da democracia e que agora foi vendida para um especialista em aquisição, por preço simbólico, de massa falida. Em artigo de hoje, na Folha de São Paulo, Marcelo Carvalho, sócio e vice-presidente da Rede TV, refere-se ao “Responsável pela morte da Abril” (título do artigo), de que equivocadamente se acredita que foi da internet, do marketing, da inteligência artificial e de outras formas tecnológicas. Não foi. Para ele, o fim da citada editora se deu pelo instituto de Bonificação de Volume (BV), do qual é carreado para as empresas líderes de comunicação. Assim, outras empresas também estão ameaçadas. Nas suas palavras: “E por que não há dinheiro? Porque a maior parte das verbas publicitárias vai para a Globo devido ao BV (Bonificação de Volume), um rebate de bilhões

21/01/2019 - DAVOS NA PROCURA DE DINHEIRO

Há décadas que o Fórum Econômico Mundial se reúne na penúltima semana de todo janeiro, na cidade de Davos, na Suíça. Os painéis vêm sendo realizado desde os anos de 1970. Trata-se de um conjunto de eventos com representantes de inúmeros países, ministros, assessores, empresários, multinacionais, doutores, professores, jornalistas, enfim, milhares de personalidades; em resumo, gente rica, os quais discutem onde realizar investimentos para obter lucros, preservar o meio ambiente, delinear ações de combate a doenças, pobreza, controlar a temperatura do globo, dentre outros. De reunião anual hoje existem comissões temáticas que se desenrolam por todo o ano. O primeiro presidente brasileiro a ir aos encontros mundiais do referido Fórum foi Fernando Henrique Cardoso, em 1998. O segundo foi Lula, em três anos, 2003, 2005 e 2007. O terceiro foi Dilma em 2014. O quarto foi Temer, em 2018. Jair Bolsonaro, empossado há 21 dias, rumou também para lá, deixando a sua cirurgia importantíssi

20/01/2019 - SUSPENSÃO CRITERIOSA DOS INCENTIVOS FISCAIS

Em campanha, a equipe econômica de Jair Bolsonaro defendeu cortes dos incentivos fiscais. Paulo Guedes chegou a fixar um valor, logo após a eleição presidencial, dos cortes, em R$60 bilhões, conforme entrevista dada à Globonews, como forma de reduzir o déficit primário em 2018, estimado na época em R$139 bilhões. Ontem, o Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Costa, declarou: “Estamos revendo todos os incentivos e subsídios. Não para acabar, é importante isso. Vai acabar com todos? Não. Estamos revendo para direcioná-los, quando for o caso, para torná-los mais efetivos”. A ordem é trabalhar de forma gradual, parA não trazer surpresas para os empresários. Quer dizer, o discurso é um a prática é outra, visto que o governo não é tolo de fazer com que os empresários se retraiam e não coloquem em ação seus projetos engavetados ou adiados. A economia precisa crescer. Mesmo a economia liberal sabe que em certas áreas e regiões são necessários manter ce

19/01/2019 - RECORDE EM CIMA DE RECORDE

Hoje a bolsa de valores de São Paulo encerrou a semana aos 96.096 pontos, alta de 0,78%, mais um recorde. A sessão foi muito positiva também para as bolsas da Europa e dos Estados Unidos, que subiram depois da possibilidade de a China e dos Estados Unidos chegarem a um acordo que leve a uma trégua na guerra comercial. Nos treze pregões deste ano, nove deles foram de altas. Na semana o IBOVESPA acumulou valorização de 2,60% e no ano de 9,34%. Hoje também trouxe a notícia de que o fluxo estrangeiro de capitais ficou pela primeira vez no ano positivo. A participação do presidente da República e da equipe econômica no Fórum Econômico Mundial na próxima semana cobre de expectativas da divulgação da agenda liberal de Paulo Guedes. A ideia é vender a abertura do País às privatizações de inúmeras empresas estatais. A euforia na bolsa de valores não corresponde às projeções do PIB, que não se alteraram desde a eleição de Jair Bolsonaro. A maioria dos analistas do mercado financeiro visua

18/01/2019 - PIB DE NOVEMBRO PELO BC

O Banco Central (BC) divulga mensalmente uma prévia do PIB, que oficialmente é calculado pelo IBGE, acerca da atividade econômica brasileira que continua em lento processo de recuperação. O IBGE divulga o PIB trimestral e demora bastante, até perto de três meses. Quando divulgado o PIB pelo IBGE, o do próximo trimestre está terminando. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem, apresentou crescimento de 0,29% em novembro do ano passado, em relação a outubro, considerando os ajustes sazonais. O incremento tem sido considerado como modesto por analistas do mercado financeiro, visto que a atividade econômica tinha recuado 0,12% em setembro e ter ficado praticamente estável em outubro. O acumulado em 12 meses, do IBC-Br, de dezembro de 2017 a novembro de 2018, alcançou 1,44%. Em 2017, o IBC-Br subiu 1,1%. Por seu turno, a bolsa de valores brasileira subiu ontem, 1,01%, mais um recorde, em 95.351 pontos. O otimismo dos grandes capitalistas persiste pelas

17/01/2019 - ORÇAMENTO SANCIONADO

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o orçamento da União para 2019, o qual projeta R$3,382 trilhões a arrecadação federal e fixa a despesa de igual valor no mesmo período, conforme deve ser todo balanço. A peça contábil possui quatro compartimentos orçamentários do lado da receita. Chamado o primeiro de Orçamento Fiscal, que foi projetado para R$1,750 trilhão; o segundo, o da Seguridade Social, previsto em R$752,7 bilhões; o terceiro, Refinanciamento da Dívida Pública Federal, estimado em R$758,6 bilhões (os três grupos somaram R$3,261,3 bilhões, que menos a receita estimada, transparece um Orçamento para Investimentos de R$120,7 bilhões); o quarto compartimento, a ser acrescido ao Orçamento Fiscal, incluirá R$248,9 bilhões, relativos às Operações de Crédito, que dependem da aprovação do Congresso Nacional. Referidas operações serão para cobrir o déficit primário de R$128,9 bilhões e realizar inversões de R$120,7 bilhões. Do lado das despesas podem ser percebidos três grupo

16/02/2019 - CRESCIMENTO DE 4,4% DAQUELES COM NOME SUJO

O número de cidadãos com dívidas em atraso terminou o ano passado com incremento de 4,4%, em relação ao final de 2017, conforme estudo feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Desde 2012 este foi o maior aumento verificado na quantidade de inadimplentes. Naquele ano a elevação fora de 6,8%. Em dezembro do ano de 2018 foram identificados 62,6 milhões de consumidores com alguma conta atrasada, sendo o seu CPF restrito para contratar crédito ou parcelar compras. O levantamento informa que se rata de 41% da população adulta. Embora o trabalho do CNDL e do SPC revele grande aumento, o Banco Central (BC) informou que caiu o número de brasileiros que estão atrasando a quitação de empréstimos obtidos perante o sistema bancário. A discrepância se deve ao universo pesquisado. O do BC é menor do que o do CNDL/SPC, porque aquele se limita ao crédito bancário e o do CNDL/SPC inclui qualquer tipo de dívida. Por oportuno,

15/01/2019 - BOLSA DE VALORES REPLICANTE

Ainda não se tem o projeto do governo relativo à reforma da Previdência Social, mas dentre aqueles que o estão elaborando há notícias de que ele deverá ser mais endurecido do que o que se tem comentado. Em duas semanas de gestão, Jair Bolsonaro, tem feito afirmações que são desmentidas pelos seus ministros e ele os tem aceitado, até porque sempre declarou que não “entende” nada de economia. Para muitos isto pode demonstrar fraqueza dele. Mas, não, é a simplicidade de seus atos até agora. Ele não é sofisticado como Collor, FHC, Lula ou Dilma, pessoas que se tornaram complexas nas suas administrações. Muito vaidosas elas não se assemelham a Bolsonaro. Cada um tem o seu estilo, não obstante ser classificado de esquerda ou direita. Voltando à referida reforma, existe uma unanimidade das classes produtoras de que ela é a primeira a ser feita. Assim, a bolsa de valores reage batendo mais um dia seu próprio recorde de 94.474 pontos. Só neste ano, em nove dias de pregão da bolsa de valo

14/01/2019 - SEGURANÇA E ECONOMIA

Pelo décimo terceiro dia consecutivo a violência no Ceará deixa o País perplexo. Já houve cerca de 205 ataques e incêndios, em uma escalada nunca vista. Por volta de 375 pessoas foram detidas. Mas, o problema está sem controle. O governo do Estado está decretando uma recompensa de R$1 mil a R$30 mil a quem evitar ou colaborar com a solução das maldades. Claro que isto afeta em muito a economia. Mostra que os investimentos não estão seguros. A revolta os bandidos se deve ao endurecimento da gestão do novo secretário de Administração Penitenciária daquele Estado, quando da sua posse em 1º de janeiro. O policial civil Luis Mauro Albuquerque, como secretário fez duras críticas ao crime organizado no Estado. Disse que não reconheceria a atuação de facções criminosas e que acabaria com a separação desses grupos por presídios. No Ceará atuam pelo menos três facções: o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo; os Guardiões do Estado (

13/01/2019 - CONFIANÇA NOS POLÍTICOS E A ECONOMIA

As pesquisas refletem o pensamento da maioria, aproximando-se da verdade quando a amostra é muito grande e abrangendo um grande número de municípios. Geralmente, são feitas com 2.000 ou mais pessoas no território brasileiro escolhido. Fundado em 1942, o Instituto Brasileiro de Opinião Púbica e Estatística (IBOPE), hoje mais conhecido como IBOPE Inteligência é a maior empresa da América Latina em pesquisa de mercado, opinião e comportamento. Durante a ditadura militar (1964-1984) suas pesquisas foram manipuladas pelos políticos autoritários, que maculou a sua imagem. Associado a ele esteve por muito tempo a rede Globo, que deu total apoio à referida ditadura e somente há pouco tempo reconheceu o erro de tê-lo feito. O maior jornal em circulação no Brasil, a Folha de São Paulo, em 1983, criou o seu departamento de pesquisas, o Datafolha. Mais tarde, em 1990, passou a fazer enquetes mensais ouvindo os 2.000 pesquisados, em 120 municípios brasileiros. Em associação com o grupo Globo

12/01/2019 - INFLAÇÃO OFICIAL DE 3,75%

O IBGE divulgou ontem que a taxa oficial da inflação fechou 2018 em 3,75%, medida pelo IPCA, de acordo com a meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, variando de 3% a 6%. Em 2017, ela havia ficado em 2,95%. O grupo que puxou a alta no ano passado foi o de alimentação com 4,04%. Em 2017, o grupo de alimentos e bebidas registrou queda de preços de 1,87%. A inflação acima teve como maior impacto a greve dos caminhoneiros em maio, o que provocou desabastecimento de itens alimentícios e elevação de seus preços. Os alimentos consumidos em casa ficaram 4,53% mais caros no ano, enquanto os preços dos alimentos consumidos fora de casa, em bares, restaurantes, por exemplo, subiram 3,17%. O tomate teve a maior alta, de 71,76%. Seguiram-lhe as frutas com 14,1%; leite longa vida, 8,43%; pão francês, 6,46%; lanche fora de casa, ,35%; refeição fora de casa, 2,38%. Outros grupos de gastos que tiveram impacto importante na inflação foram habitação (4,72%) e transporte

11/01/2019 - SINAIS OTIMISTAS DE MERCADO

Na economia doméstica, tomando emprestado do economista da Folha de São Paulo, Vinicius Torres Freire, em sua coluna de hoje, intitulada “Os juros caem como se fossem amanhã” (título). “Taxas de longo prazo caem rápido em 2019, sinal e confiança na reforma da previdência” (subtítulo). A teoria econômica comprova que se os juros de longo prazo caem resposta se dá com o deslocamento do dinheiro da área financeira para a área produtiva. “Os donos do dinheiro grosso parecem otimistas com o futuro imediato da economia. É o que se pode observar na melhor pesquisa de opinião dos credores do governo e de investidores em geral: as taxas de juros de longo prazo, que caem rápido”.     Nas relações monetárias internacionais. “A valorização do real desde o fim do ano passado deve ter ajudado um ciclo na melhoria do ambiente de mercado – o dólar passou de dezembro perto de R$3,90 e está agora pela casa de R$3,70”. Claro, as expectativas estão em linha com a agora provável aprovação da reforma

10/01/2019 - RECORDE DA BOLSA CONTINUA

O Ibovespa alcançou ontem mais um recorde deste ano, aos 93.625,82 pontos, subindo 1,72%. Neste ano já houve seis pregões e a bolsa subiu em cinco. As razões foram três fatos favoráveis: (1) melhora do cenário externo, revelado pelo bom humor, devido ao otimismo ao provável acordo comercial entre China e Estados Unidos; (2) expectativa favorável para a reforma da Previdência, perante o novo Congresso renovado; (3) notícias de que o sistema financeiro vê com muitos bons olhos alterações nos processos de concessões e privatizações, as quais poderiam reverter o déficit primário em superávit primário, ainda neste ano, conforme promessa de campanha presidencial, pela equipe econômica. Por oportuno, não custa lembrar que a bolsa sobe nas projeções e cai depois dos acontecimentos. Os corretores da bolsa revelaram que o grande movimento diário de R$16,4 bilhões ocorreu sem a presença maciça dos investidores estrangeiros, que ainda ensaiam ingresso no mercado acionário nacional, mas t

09/01/2019 - MERCADO AUTOMOBILÍSTICO BEM ATIVO

As montadoras de automóveis no Brasil encerraram 2018, crescendo 6,7%, em relação a 2017, mediante produção de 2,88 milhões de veículos. Trata-se do segundo incremento anual seguido. No entanto, o volume ficou menor do que inicialmente foi projetado pelas indústrias da espécie. O objetivo não foi atingido porque se reduziram as compras da Argentina, em razão do mau desempenho daquela economia, reduzindo importações brasileiras. Para 2019, as montadoras brasileiras projetam crescer 9%, produzindo 3,24 milhões de automóveis, veículos comerciais leves e ônibus. As vendas internas foram 2,59 milhões, correspondentes a 78%. As vendas externas foram de R$629,2 mil, relativas a 22%. Destas, 70% foram dirigidas à Argentina. Entretanto, devido principalmente à apontada crise Argentina, a redução das exportações alcançou 17,9%, em relação ao ano anterior. As exportações já foram um recorde de 766 mil, em 2018. A ANFAVEA prevê nova baixa das exportações, em 2019, para aquele país, para

08/01/2019 - EXPECTATIVAS ECONÔMICAS MANTIDAS

Divulgado o boletim Focus, desta semana, quando o Banco Central projeta a inflação anual oficial do Brasil, que é medida pelo IPCA, em 4,01% e o dólar valendo R$3,80. Os dois indicadores são os mesmos dos calculados há uma semana. No entanto, as expectativas do crescimento econômico tiveram ligeira queda de 2,55% para 2,53% para este ano. No exame das últimas semanas, as projeções de inflação, dólar e crescimento econômico continuam estáveis. Para 2020, os cerca de 100 analistas ouvidos pelo BC continuam prevendo inflação de 4% e de 3,75% em 2021. Para 2020, as projeções indicam dólar a R$3,80 e a R$3,85, em 2022. No biênio 2020/2021 a estimativa do PIB é de 2,5% em cada ano.   Para este mês de janeiro, a previsão é de que a inflação fique em 0,37% e em fevereiro em 0,44%, sendo os mesmos percentuais das estimativas da semana passada. Em resumo, o Congresso de férias e o novo governo assumindo ainda não foram capazes de mudar   curso das expectativas. O quadro geral de cenári

07/01/2019 - EMPRESAS FAMILIARES OTIMISTAS

Pesquisa da consultoria KPMG, denominada “Retratos de Família”, pela sua terceira edição, em parceria com a Fundação Dom Cabral, realizada com 217 empresas familiares, em 19 Estados, com membros da família proprietária (65%) ou diretores (35%). Apesar das incertezas políticas e da instabilidade econômica, 70% das empresas familiares brasileiras estão confiantes m relação ao futuro dos negócios nos próximos três anos. Por volta de 23% dos pesquisados estão neutros e 7% pessimistas. Nos últimos seis meses as empresas pesquisadas obtiveram crescimentos de receita, de lucratividade e de funcionários. Foram revelados indicadores únicos, precisos e atualizados sobre práticas de governança corporativa anseios, expectativas e perspectivas das empresas familiares brasileiras, conforme o sócio líder da referida consultoria, Sidney Ito: “Os resultados revelam que os líderes dessas organizações confiam nos seus pontos fortes e prezam pela permanência do negócio com a manutenção da famíli

06/01/2019 - INVESTIMENTOS ENGATILHADOS

O governo de Michel Temer deixou R$339 bilhões em investimentos engatilhados. Trata-se de projetos potenciais em infraestrutura. Deste montante cerca de R$292 bilhões poderão ocorrer em cinco anos, conforme levantamento feito pelo Banco Itaú BBA, que tem equipe econômica de estudos e projetos. Dentre elas as maiores estão na área de energia elétrica, por volta de R$202 bilhões, em novas usinas geradoras, R$109 bilhões e, em linhas de transmissão, R$93 bilhões. Em seguida vem a área de transportes, onde os projetos de rodovias atingem R$79 bilhões; aeroportos, R$34 bilhões; ferrovias, R$24 bilhões. Em 2019, os investimentos deverão representar 1,6% do PIB, enquanto em 2018 foram de 1,7% dele. O presidente da consultoria Inter B, especializada em infraestrutura, Cláudio Frischtak, acredita que o ideal seria 4% para este ano, a fim de retomar mais rápido o crescimento. O fato é que, a infraestrutura crescendo abaixo de 2% dissemina efeitos multiplicativos que recuperariam muito

05/01/2019 - SINAIS INCONSISTENTES

O poder Executivo só em ação, já que o Judiciário e o Legislativo estão de férias, iniciou e já mostrou contradições, desmentidos, dizendo bobagens, demonstrando sinais inconsistentes. O presidente tirou da manga a carta de proposta de aposentadorias de 57 anos para as mulheres e de 62 anos para os homens. Ora, o que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça fora de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens. É uma volta atrás, visto que retornará o projeto para novas discussões e cálculos na referida Comissão, o que poderá demorar bastante. Aliás, o Ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, tem declarado que o governo espera que seja aprovada a reforma da Previdência ainda neste semestre, em cima da propositura já aprovada na referida Comissão. Isto foi quinta feira, em entrevista, acrescido do fato que se demonstrou ser contrário à fusão da Boeing com a Embraer. Ontem, sexta, a bolsa de valores, na abertura, reagiu de forma pessimista. Entretanto, a reunião

04/01/2019 - PLANO B DE GUEDES

Na posse do Ministro da Economia, Paulo Guedes, ele discursou por cerca de 50 minutos. Um discurso longo, bem recebido pelo mercado, quando se referiu em alterar a política econômica de aproximadamente os últimos 40 anos. Entende-se que ele deverá encaminhar ao presidente da República, que não foi a sua posse, mas ao Ministro da Defesa, onde fez também discurso. Paulo Guedes é correligionário de Jair Bolsonaro há pouco tempo, anunciado como ministro, quando o presidente começou a sua campanha, ao tempo em que o mito disse que “não entendia nada de economia”. Guedes é doutor em economia pela Universidade de Chicago, centro de ortodoxia econômica, que defende a presença do Estado na regulamentação, mas não na produção do sistema econômico. Em seu discurso de ministro ele revelou que a implementação de um programa começará com a reestruturação ou reforma do Estado, para ser o Estado Mínimo. Daí proporá vender um sem número de estatais, estimando arrecadar cerca de R$800 bilhões, qu

03/01/2019 - LÍDER NA TRIBUTAÇÃO DE LUCROS DAS EMPRESAS

O Brasil ingressou em 2019 no topo da lista dos países com a maior alíquota de impostos sobre o lucro das empresas em todo o mundo. A França liderava até 2018. Porém, em 2019 o governo de Emmanuel Macron já anunciou que começará a reduzir dos atuais 34,4% para 25%, até 2022. Já a alíquota global que prevalece no Brasil é de 34%, assumindo o primeiro posto, já que na França começou a cair, relativa à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e ao Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica. O levantamento foi realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne um conjunto de economias mais desenvolvidas do mundo e que possuem as alíquotas mais elevadas do globo. O País não faz parte da OCDE, mas pleteia uma vaga. A onda de redução da carga tributária das empresas ganhou velocidade com a gestão de Donald Trump, que a trouxe da carga próxima a 35% para perto de 25%. Seguiram-lhe a Bélgica e a França. Historicamente, a retração das alí

02/01/2019 - DESIGUALDADES DE RENDA E PREVIDÊNCIA

O Brasil se coloca entre os dez maiores países do mundo em termos de PIB, em nono lugar. Tem o quinto território do globo e a quinta população mundial. Mas, é campeão na desigualdade na distribuição de renda. O País é o nono mais desigual do mundo, conforme a ONG OXFAM BRASIL, sucursal da entidade internacional OXFAM, que analisa há décadas as reuniões do Fórum Econômico Mundial. Consoante o órgão 1% da população detém 25% da renda global. Os 5% mais ricos se apropriam do mesmo valor que os 95% dos brasileiros. Já 80% da população vivem com renda inferior a dois salários mínimos mensais. Os dados são colocados por Oded Grajew, presidente da Oxfam Brasil e do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial. Este último órgão é uma réplica ao Fórum Econômico Mundial. O Fórum Econômico Mundial é uma reunião anual dos ricos em Davos, na Suíça. O Fórum Social Mundial se propõe a discutir a pobreza no mundo. Um adendo aos dados de desigualdade considerável é no número de pobres

01/01/2019 - ANO COMEÇA COM MEDIDA INFLACIONÁRIA

A Petrobras retirou, a partir de hoje, o subsídio ao óleo diesel, que existiu desde a greve dos caminhoneiros de maio do ano passado. Foi a negociação para findar com o movimento paradista de então. A estatal afirma também que o novo preço será inferior àquele de 31 de maio de 2018. Portanto, não acredita em repique inflacionário. Uma explicação numérica, mas que não procederá no mercado. Toda vez que se eleva preços há tendência de repasse para os consumidores. O subsídio que houve de R$0,30 custou à União R$9,5 bilhões. Foi a forma encontrada para acabar com o movimento grevista, em um país cuja malha de transportes tem 60% movida aos derivados de petróleo. Uma dependência enorme aos combustíveis fósseis. Para a Petrobras a retirada do subsídio deixa o preço do diesel ainda inferior em 2,1% ao praticado nos últimos 12 meses. Ora, houve queda internacional dos preços do petróleo repassada parcialmente para a economia nacional. O que interessa é ver que o preço do diesel se elev