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Mostrando postagens de agosto, 2014

29-08-2014 - POPULAÇÃO 202,7

O IBGE divulgou ontem a estimativa da população brasileira, datada de 01-07-2014, para 202,7 milhões, cujo crescimento em relação a igual período do ano anterior corresponde a 0,86%. A cidade de São Paulo é a mais populosa com 11,9 milhões de habitantes. Em segundo, Rio de Janeiro, 6,5 milhões. Em terceiro, Salvador, 2,9 milhões. Em quarto, Brasília, com aproximadamente 2,9 milhões. Em quinto, Fortaleza, 2,6 milhões. As 25 cidades mais populosas do Brasil somam 51 milhões de habitantes e representam 25,2% do total. A exceção das capitais, a maior cidade é Guarulhos com 1,3 milhão. Seguem-lhe, Campinas, 1,2 milhão; São Gonçalo, 1 milhão; Duque de Caxias, 878,4 mil, São Bernardo do Campo, 811,5 mil. As 25 cidades, que não são capitais, mais populosas somam 17 milhões de cidadãos, representando 8,4% da população. Serra da Saudade, em Minas Gerais é o menos populoso, com 822 pessoas, seguido de Borá, em São Paulo, com 835 habitantes. Estas duas são as únicas com menos de mil cidadãos

28/08/2014 - DESPERDÍCIOS DE ÁGUA

É notório o conhecido chamado custo Brasil. Muito mais apropriado para a deficiência na infraestrutura, na tecnologia e na produtividade brasileira. Porém, também pelo custo Brasil existem várias áreas de desperdícios por aqui. Quatro exemplos saltam aos olhos. Perde-se cerca de 90% do lixo que poderia ser reciclado. Calcula-se que na construção civil a perda de materiais está por volta de 30%. Por coincidência, as perdas de cargas nos transportes rodoviários são também de em torno de 30%. Mas, a perda de água consegue ser também pior, sendo aproximadamente de 40% da colocada em disponibilidade. Pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada ontem, mediante dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2012. Primeiro, observou-se que a cada 10 litros de água tratada nas 100 maiores cidades brasileiras, 4 litros se perdem em vazamentos, ligações clandestinas e outras irregularidades. Segundo, considerou-se também a perda média no faturamento de 15%, isto é, a dif

27/08/2014 - FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

Resultados da pesquisa eleitoral do IBOPE, divulgados agora, que consultou mais de 2.600 pessoas, nos dias 23 e 24 passados, mostraram que Dilma tem 34% das intenções de voto, Marina, 29%, Aécio, 19%. A simulação mostra que Marina ganharia no segundo turno. Esta pesquisa confirma a divulgada anteriormente pelo Instituto Datafolha, que consultou mais de 2.000 pessoas, divulgada no dia 18 deste, quando Dilma teria 36%, Marina 21%, Aécio, 20% das intenções de votos. Naquela simulação, a primeira depois da morte de Eduardo Campos, Marina já ganhava no segundo turno. Naquela semana, o governo federal resolveu liberar os depósitos compulsórios dos bancos no Banco Central, no valor de R$25 bilhões, para estimular o crédito ao consumo. Antes dessa segunda pesquisa, o governo também anunciou nova redução de R$20 bilhões nos referidos depósitos compulsórios com a mesma finalidade. Portanto, injeção de R$45 bilhões poderia ir ao consumo. Ainda ontem também o governo suplementou as verbas d

26/08/2014 - BURACO MAIS EMBAIXO

Pela décima terceira vez seguida o Banco Central (BC) divulgou o seu boletim semanal Focus com previsão pessimista do PIB para este ano. Os cem especialistas consultados pelo BC, tidos como aqueles que possuem estudos e acompanhamento mais seguros quanto ao comportamento econômico, consideraram o incremento do PIB deste ano de 0,7%. As previsões dessa mesma fonte, em 2011, esperavam para 2014, o crescimento econômico de 4,6%. A expectativa de agora é de somente 15% daquela do início do atual mandato. Quer dizer, somente faltando quatro meses para terminar a gestão da presidente Dilma, ou seja, 92% já concluído (4x100:48=92), a conclusão é a de que a presidente Dilma conduziu a economia a caminho da recessão. No primeiro trimestre o PIB cresceu 0,5%; no segundo trimestre, o dado já é conhecido pelo IBGE, prometido para ser divulgado um mês atrás, não o foi pelo IBGE, a quem cabe fazê-lo oficialmente, em contraste com o Banco Central que já reconheceu em sua pesquisa preliminar re

25/08/2014 - ENERGIA TÉRMICA

Conforme o novo Plano Decenal de Energia para 2014-2023, o governo resolveu quintuplicar a expectativa de expansão de energia proveniente de térmicas. A estimativa para o crescimento da matriz termoelétrica passou de 1,5 mil megawatts, segundo o anterior plano decenal, para 7,5 mil megawatts. A explicação é o atual estágio em que se encontram os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, em razão das fortes secas. O País possui uma Empresa de Pesquisa Energética, estatal que se dedica ao planejamento estratégico, a qual reduziu a oferta de hidrelétricas de 69% para 61% na próxima década. O aumento expressivo da energia termelétrica corresponde a uma capacidade maior de energia do que será produzido pelas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, gigantes em construção no rio Madeira, em Rondônia, que prevê geração de 6,5 megawatts. Significa o incremento das termelétricas mais da metade do que produz Itaipu, usina que gera 14 mil megawatts. A energia térmica é muito mais cara

24/08/2014 - MERCÚRIO

Data de quatro décadas apresentação ao mundo do “mal de Minamata”, cidade japonesa, onde as pessoas nasciam deformadas, isto é, sem mão, pé, braço, ou outro órgão do corpo atrofiado, por causa da contaminação do mercúrio, jogado pelas indústrias nos mares, através de resíduos químicos. Nas cidades de Hiroshima e Nagasaki até hoje ainda morrem pessoas, depois das explosões das bombas atômicas, através de transferência genética. No Japão também houve contaminação atômica, após acidentes de usinas nucleares. Na Rússia até hoje se fala do acidente atômico de Chernobil. Nos Estados Unidos dos anos de 1970, do acidente atômico em Three Miles Island. Na Bahia, em Santo Amaro, da contaminação com o cobre. Muitos casos pelo mundo de contaminação do amianto. Exemplos de descuidos humanos. Voltando ao mercúrio, este é um metal altamente tóxico. As principais fontes de poluição das águas por mercúrio são em resíduos industriais, esgoto urbano, restos das atividades mineradoras e a queima de

23/08/2014 - AJUSTE RECESSIVO É O FECHO DE DILMA

Uma ala de economistas de crítica moderada ao modelo econômico atual tem em Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações do governo FHC e colunista quinzenal da Folha de são Paulo há mais de três décadas, um diagnóstico de que “independentemente do timing eleitoral, o chamado ajuste recessivo continua a tomar conta da economia brasileira neste fim de mandato presidencial”, concluiu em sua coluna do dia de ontem. O que seria este ajuste recessivo? A explicação está nos ciclos econômicos. O ajustamento da economia se deu a partir de 1994, através do Plano Real. Isto é, FHC governou (1995-2002) em fase de recuperação da longa fase de declínio anterior da economia brasileira, de 1979 a 1993. Lula navegou na onda de crescimento rápido de médios 4% anuais, em contraste com os 2,3% médios anuais de FHC. O fato de que a economia brasileira sofreu uma pequena recessão em 2009, recuperando em 2010, mediante crescimento espetacular de 7,5%, em razão dos fortes estímulos fis

22/08/2014 - REFORMA POLÍTICA

A maior grita popular, mais recente, em junho de 2013, por todo o País, movimentações de densidades nacionais, que pouco aconteceu na história brasileira, propugnaram primordialmente pela reforma política. Não sem motivo, a presidente Dilma, no final das grandes manifestações, as pequenas continuaram até hoje, haja vista as vaias e aplausos nos estádios de futebol, agora em julho durante a Copa do Mundo e no enterro do presidenciável Eduardo Campos na semana passada, enviou projeto de lei ao Congresso para reforma política, no qual não se chegou a nenhum consenso. Logo, está paralisado. Isto é, estabelecimento de novos critérios para a representação popular, voto distrital ou voto em lista, voto obrigatório ou facultativo, financiamento público ou privado de campanha ou somente financiamento próprio dela. Contudo, o mais urgente é o código eleitoral, onde persistem aberrações, tal como agora começou anteontem, 45 dias de propaganda eleitoral obrigatória, de manhã, de tarde, de n

21/08/2014 - CLASSE C CORTA NO ORÇAMENTO

Pesquisa do Instituto Datapopular ouviu 2.004 pessoas em julho, para inferir que a classe média brasileira está cortando o consumo básico para manter o orçamento. Por classe média entendem aqueles que consomem entre três a dez salários mínimos, isto é, entre R$2.172,00 a R$7.240,00. Faixa está considerada por 52% da população por órgãos do governo. Assim, 89% dos pesquisados reconheceram que não conseguem mais comprar itens que faziam parte da lista de consumo há um ano. A explicação é dada pela defasagem entre a renda da população e os preços dos produtos, os quais estão crescendo em velocidade maior. Os preços dos alimentos foram os mais reclamados pelos entrevistados, seguidos dos produtos de limpeza, educação, material escolar e roupas. A atitude do cidadão de classe média está principalmente em reduzir o consumo de serviços básicos, tais como água, luz, telefone e gás. Dessa forma se pronunciaram 81% dos consultados. Além disso, 75% estão comparando mais os preços dos bens ou

20/08/2014 - PROJEÇÃO DO PIB E A REALIDADE

O responsável pela execução da política econômica é o ministro da Fazenda, no caso brasileiro. Em outros países é o ministério da Economia. Durante a maior parte da era Lula, após a substituição do primeiro ministro da área, Antônio Palocci, por irregularidades, em 2006, foi Guido Mantega, o qual prosseguiu e prossegue no governo da presidente Dilma, que tem feito previsões errôneas, especialmente sobre o crescimento da economia brasileira, muito além da realidade, isto é, superestimando a projeção do crescimento do PIB. Até que durante o período com Lula, ele projetava, em geral, acima, mas próximo do que seria obtido. A economia estava crescendo bem, em média de oito anos, de 4% anuais. Porém, durante o mandato da atual presidente Dilma, ele tem provocado até reclamações internacionais, não só pelas disparatadas projeções do PIB e pela introdução de artifícios para elevar o superávit fiscal, chamados de “contabilidade criativa” (a ser referida no próximo parágrafo), até mesmo pel

19/08/2014 - RENDA E TRIBUTAÇÃO

Cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revelam que neste início de agosto, mais uma vez, os prazos de antecipação dos recebimentos aumentaram, agora de quinze dias antes, das arrecadações dos governos federal, estaduais e municipais, alcançando R$1 trilhão, conforme estampou o luminoso que apresenta os números a todo o momento dos pagamentos de tributos pagos pelos brasileiros, na porta da Federação do Comércio no centro da cidade de São Paulo. Há vários anos cada vez mais cedo chega o referido valor, o que é o indicativo de que continua a elevação da carga tributária brasileira, ultrapassando 36% do PIB. Referida carga é uma das mais altas do mundo. O pior, ela retira poupança das famílias e das empresas que deveriam ser dirigidas aos investimentos produtivos. Consoante as contas nacionais, a poupança brasileira não chega a 13% do PIB, menos de um terço do que é retirado pelos governos, havendo necessidade de importar mais de 5% do PIB de poupança ex

18/08/2014 - LUZES NOVAS NO TÚNEL

Semana que passou de comoção nacional, pela morte em acidente aéreo do candidato à presidência da República Eduardo Campos, abriu-se novas luzes no final do turno, na medida em que a campanha até então, fria e sem novas propostas, possam ser alteradas, para que os candidatos à presidência da República apresentem realmente seus planos econômicos para o País. A pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, ontem, levou em consideração que a substituta de Eduardo Campos seria Marina Silva. A síntese do resultado é de que a presidente Dilma obtenha 36% dos declaradores de votos, o candidato Aécio Neves obtenha os seus 20% e a Marina Silva apareceu com 21% das intenções de votos. Dilma e Aécio não se mexeram nas suas pontuações da última pesquisa. Portanto, haveria segundo turno. Na simulação de um segundo turno entre as duas candidatas a Marina Silva ganharia da presidente Dilma. Ainda que esta não seja vitoriosa, a possibilidade de alternância de poder sinaliza pelo aperfeiçoamento das

17/08/2014 - OPERAÇÃO LAVA JATO

A economia brasileira cresce pouco ou quase nada neste ano, tendo a menor média de um governo desde 1999, assim como veio crescendo bem abaixo do esperado, desde o desmonte da matriz energética dos anos de 1970, baseada no petróleo barato e na dívida externa a juros baixíssimos dos anos de 1970, época em que o Brasil dobrou o PIB em seis anos, saltando do 15º lugar para o 8º no PIB mundial. Na verdade são reconhecidos mundialmente os altos custos da sociedade, no que concerne principalmente à grande corrupção, principal bandeira de lutas dos movimentos sociais, desde pelo menos junho de 2013, à estafante burocracia e à deficiente infraestrutura. Infelizmente, permanecem esses cânceres devido à impunidade, a o padrão lesma da justiça e um código penal desatualizado desde os anos de 1940. Após eleições indiretas de 1986, sétima Constituição de 1988 e democracia de 1989, além dos desastrados 30 meses do governo de Collor (1990-1992), durante o ano de 1993 se preparou a transição do

16/08/2014 - ECONOMIA ENCOLHENDO

O IBGE prometeu para o dia 29 de julho passado a divulgação do indicador de desempenho da economia nacional e não o fez até agora. Para o Banco Central, de acordo com o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) houve retração de 1,2% do PIB no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Em junho, a desaceleração da economia brasileira se acentuou. A prévia do PIB, segundo esse indicador, apontou queda de 1,48% da atividade econômica em junho perante maio passado (dois trimestres consecutivos de queda,   vale dizer, -0,5% no primeiro e – 1,2% no segundo trimestre), nos dados com ajuste sazonal. Em tese, recessão técnica. Em maio, o IBC-BR havia se contraído 0,18%, mas o dado foi revisado pelo Banco Central para queda de 0,8%, indicando que a economia está mais fraca do que se calculava anteriormente. À Agência Globo, André Perfeito, economista-chefe da corretora gradual declarou: “Acho que não podemos falar em recessão técnica (dois trimestres seguidos de re

15/08/2014 - PERFIL DO AGRONEGÓCIO

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura do primeiro governo de Lula, respondendo à entrevista das páginas amarelas da revista Veja, desta semana, traçou um perfil do agronegócio brasileiro. Veja perguntou: “De acordo com diferentes estudos, o agronegócio foi o único setor da economia brasileira que conseguiu obter ganhos expressivos de produtividade nas últimas três décadas. Como isso foi possível?” Rodrigues respondeu: “A agricultura deu saltos fantásticos. Nos últimos 22 anos, a área plantada de grãos avançou 41%, enquanto a produção aumentou 223%. Nenhum país alcançou, nesse mesmo período, algo semelhante. Uma parte dessa história de sucesso se deve à estabilização da economia. No passado, os produtores ganhavam dinheiro aplicando a juros elevados e não plantando. O agrônomo era o gerente do banco. Não havia incentivo para investir em tecnologia. Com a estabilização, quem não dispunha de tecnologia e eficiência em gestão simplesmente morreu. Tivemos também de enfrentar a a

14/08/2014 - ETANOL AMEAÇADO

O primeiro choque do petróleo, no final de 1973, colocou a nu a extrema dependência brasileira ao petróleo, visto que a sua matriz energética dependia de cerca de 80% de importações do ouro negro. O governo militar, chefiado a partir de 1974, pelo general Ernesto Geisel, ex-presidente da Petrobras, obrigou-se a encontrar alternativas de redução gradativa dessa dependência. A Petrobras intensificou sua produção na plataforma marítima, para pouco a pouco ir reduzindo-lhe, até porque a produção nos mares dependia de novas e mais caras tecnologias. Por outro lado, Geisel criou o Programa do Álcool (Proálcool), que vinha caminhando lentamente, mediante desenvolvimento do carro movido a álcool. No final de 1979, eclodiu o segundo choque do petróleo. O carro brasileiro movido a álcool passou então a ser o mais vendido em todo território nacional, a partir de 1980. Os Estados Unidos, em resposta aos árabes, comandaram uma desmedida alta da taxa de juros, chegando a mais de 20% ao ano, p

13/08/2014 - LADEIRA ABAIXO

Pela décima primeira vez os 100 especialistas ouvidos pela pesquisa semanal Focus, do Banco Central, reduziram a projeção do crescimento do PIB para 2014, agora em 0,81%. O IBGE continua retardando a divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre de 2014, prometido para o dia 29 passado. Já argumentava ontem, em sua tradicional coluna, Benjamin Steinbruch, na Folha de São Paulo: “O Brasil precisa de decisões corajosas para voltar a crescer. Algumas reformas já sugeridas à exaustão são urgentes, inclusive de pensamento. Não se pode insistir na ortodoxia, que leva à paralisia”. Ontem mesmo, a pesquisa da rede de comunicações Bandeirantes mostrou que a presidente Dilma, com 51% das intenções de voto, poderá ganhar no primeiro turno. Ora, aí é que ela não se mexerá como deveria e a letargia muito provavelmente continuará.   O próprio Benjamin chamou atenção para um fato curioso: “Faço aqui um parênteses para observar que pouco destaque vem sendo dado no Brasil à deflação oco

12/08/2014 - FOGO MUI AMIGO

Depois do fracasso da heterodoxia dos planos econômicos de 1986 a 1993, o Plano Real inaugurou em 1994, novo uso da política econômica, baseada na ortodoxia do tripé de controle da inflação, mediante uso principal da taxa de juros, câmbio flutuante e superávit fiscal. Em resumo, FHC manteve razoavelmente o modelo citado, Lula manteve bem executado o referido modelo. Porém, Dilma tem detonado o modelo em questão. Abaixo, um exemplo de fogo amigo, que ainda vai prolongar-se até as eleições de 5 de outubro. Ex-ministro da Integração Nacional, do segundo governo de Lula, Geddel Vieira Lima, da base aliada do governo, candidato ao Senado, fez severas críticas ontem à presidente Dilma, debitando-lhe os maus resultados econômicos ao seu estilo de governar. Afirmou que o governo dela “não é bom”, que possui um “estilo voluntarista”, de “não ser capaz de criar consensos e administrar dissensos”, não tendo apreendido com seu mentor político, o ex-presidente Lula, as boas práticas de ge

11/08/2014 - FAMÍLIA BRASILEIRA

O programa social do candidato Aécio Neves chama-se de Família Brasileira. Orienta-se pelas metas do milênio, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas no ano 2.000. Segundo a ONU, para uma pessoa estar acima da linha da miséria, ela precisa ter uma renda de US$1.25 por dia. Ou seja, US$37.50 por mês. A um câmbio de um dólar R$2,27, o benefício seria de R$85,00. Atualmente, o Programa Bolsa Família paga R$77,00 por participante. Relembre-se aqui que Fernando Henrique Cardoso criou o Programa Bolsa Escola, o qual foi ampliado por Lula como Programa Bolsa Família. O Programa Família Brasileira manteria o Programa Bolsa Família, transformando-se em política de Estado.   Em caso de vitória de Aécio Neves, a partir de um Cadastro Único dos Programas Federais, as famílias seriam classificadas por escalas de necessidades ou grupo de risco, de acordo com as realidades regionais. Quanto maior a necessidade da família, maior sua classificação de risco, de 1 a 5. Ademais, uma fam

10/08/2014 - FALTA DE COORDENAÇÃO

O setor industrial tem obtido fraco desempenho em cinco meses de recuo. O mesmo tem dificuldades de reagir, não obstante estímulos para alguns segmentos produtivos, os quais se revelam também fracos. Não há coordenação entre as políticas públicas de sustentação industrial. Em 2013, o gasto público alcançou 7,3% e o investimento do governo foi de apenas 0,5%. Neste ano, seguem dispêndios maiores do que investimentos. O agronegócio tem a mais alta produtividade brasileira. O cerco do Ocidente à Rússia, desde a queda do avião malaio na fronteira com a Ucrânia, abriu-se uma oportunidade de vendas da avicultura, de cerca de US$300 milhões. Com as demais carnes os negócios poderão chegar a US$1 bilhão ainda neste ano.   O leque pode ser ampliado, visto que a Rússia importa US$40 bilhões por ano de alimentos. Por que não se fazer um marketing também dos produtos industriais brasileiros? A questão do custo Brasil se sobrepõe. Portanto, faltam investimentos na infraestrutura, na logís

09/08/2014 - ACERTOU-SE MAIS DO QUE SE ERROU

Um resumo da política econômica atual, do professor Ernesto Lozardo, da EAESP-FGV, publicado no jornal Valor Econômico de ontem, no seu último parágrafo traduz o título do artigo: “Se a política macroeconômica em algum momento errou, foi em meados de 2012, quando a recessão mundial se reverteu. Nessa ocasião, poderiam ter sido reduzidos os estímulos ao consumo e fomentados os investimentos. As reformas fiscais e previdenciárias são mais fáceis de serem implementadas em ambiente de previsibilidade do crescimento e da inflação. No entanto, em meio a tantas incertezas, só o fato de a economia brasileira se encontrar em pleno emprego e não estar em recessão é prova de que a política econômica mais acertou do que errou”. Sua colocação se baseia em seis fatos (colocados do texto, de acordo com o objetivo desta coluna): 1) “A média do desemprego da Europa equivale a duas vezes e meia a do Brasil, e a dos EUA, a uma vez e meia a do nosso País”; 2) “nessas nações, a pobreza continua expa

08/08/2014 - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA EM DIÁLOGOS

Semelhantemente aos diálogos que existiram na Confederação Nacional da Indústria (CNI), os presidenciáveis se apresentaram no dia 06 passado na Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Mais uma vez os candidatos se expuseram muito pouco. Os discursos ainda não foram programáticos. Pelo menos não foram ainda decisivos para a escolha definitiva do presidente. Dilma Rousseff afirmou que buscará segurança jurídica para resolver conflitos na demarcação der terras indígenas e na regulamentação da Emenda à Constituição do trabalho escravo, que desapropria áreas e bens onde se verifique o regime análogo ao de escravidão. Disse então que o trabalho escravo é uma chaga a ser exterminada no Brasil. Os dois temas estão entre os que mais geram crítica ao governo por parte do agronegócio. Demonstrou otimismo de cumprir a meta do superávit primário de R$99 bilhões deste ano, correspondente a 1,9% do PIB, ele, que no primeiro semestre do ano, alcançou somente R$17 bilhões. Tempo bom da ba

07/08/2014 - CONGRESSO EM FOCO

O site Congresso em Foco acompanha a atuação parlamentar, tendo calculado que somente de salários e benefícios pagos aos congressistas (513 deputados federais e 81 senadores) se ultrapassam R$1 bilhão por ano. Em média, cada deputado federal recebe R$1,8 milhão e cada senador R$2 milhões por mês com tais benesses. Durante o atual recesso parlamentar, que começou em meados de julho e irá até 05 de outubro serão gastos em vencimentos da espécie R$228 milhões. Se houver segundo turno, o gasto será bem maior. Dinheiro perdido, visto que não haverá quorum para votar nada. O absurdo é que os funcionários receberão também seus rendimentos, havendo previsão de milhões de reais para horas-extras. Valor ainda não revelado porque são calculados depois da prestação dos serviços. O orçamento da Câmara de Deputados de 2014 é de R$4,98 bilhões. O do Senado é de R$3,78 bilhões, conforme site Transparência Brasil. Dessa forma, os rendimentos dos congressistas correspondem a 12,91% do orçamento g

06/08/2014 - TEMPLO DE SALOMÃO

Os evangélicos crescem enormemente no Brasil. Somente nos últimos 10 anos se ampliaram em 61,45%, ou mais 16 milhões de pessoas. Portanto, seriam hoje no Brasil mais de 42 milhões de pentecostais. Isto representa 21% da população brasileira. O contingente de católicos é maior do que 60%, restando 19% para as demais religiões e aqueles sem religião. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é de uma das maiores organizações evangélicas, tendo iniciado em 1977, possuindo 6.500 templos. Controla um partido político, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), aliado do governo desde 2002, proprietária da rede nacional de televisão Record, possuindo diversas mídias eletrônicas. No episódio do “mensalão”, em que 25 pessoas foram condenadas pelo STF, um deles, o Bispo Rodrigues, faz parte da IURD. Em reportagem da revista Isto é, desta data, mostrou-se a pompa da inauguração da réplica do templo de Salomão, referência ao templo judaico que foi destruído duas vezes na Antiguidade, exis

05/08/2014 - CELEUMA DO CASO SANTANDER

O segmento empresarial brasileiro tem nos bancos um dos mais poderosos influenciadores eleitorais. Os maiores são Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander. Justamente este poderoso quinto lugar, banco de controle espanhol, que comprou bancos nacionais em menos de duas décadas, em especial, o Banespa, surpreendeu acerca de diagnóstico da economia brasileira, enviado aos seus clientes mais ricos. O texto é o seguinte: “Você e seu dinheiro”. “A economia brasileira continua apresentando baixo crescimento, inflação alta e déficit em conta corrente. A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas, e que tem contribuído para a subida do Ibovespa. Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um c

04/08/2014 - PERFIL DO ELEITOR

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou no dia 29 de julho passado o perfil do eleitor que vai à urna em 5 de outubro vindouro. Cadastrados 142,8 milhões, cerca de 71% da população. Portanto, 21% são aqueles com idade inferior a 16 anos e os muito velhos, dispensados e que não quiserem votar. Pela primeira vez, o número de votantes com estudo superior, 8 milhões, supera o número de analfabetos, 7,4 milhões. Em 2010, os analfabetos eram 7,8 milhões, enquanto 6,2 milhões possuíam nível universitário. As mulheres são maioria, 52,2%, no universo de votantes. Os jovens de 16 a 17 anos eram 2,4 milhões em 2010, caindo para 1,6 milhão (31,5%). Isso mostra a incredulidade dessa faixa etária com os políticos em geral. Entre os analistas eleitorais é unânime a tese de que, se o voto não fosse obrigatório, a abstenção nas urnas seria enorme. Conforme as pesquisas, sete em cada dez brasileiros querem mudanças no País. Foram as ruas em junho do ano passado com intensidade. Neste ano tem havid

03/08/2014 - QUEDA VIOLENTA DA INDÚSTRIA

Divulgou o IBGE que a produção industrial fechou o semestre com o quarto recuo mensal da produção industrial. A queda em junho foi de 6,9%, em relação a junho do ano passado. Já a queda de junho em relação a maio passado foi de 1,4%. No semestre a queda da indústria é de 2%, reforçando a ideia de que o País está em recessão. No mais próximo junho se verificou a maior queda desde setembro de 2009. A explicação do IBGE é que a Copa Mundial de Futebol agravou a crise da indústria. Em junho houve muitos dias parados em razão dos jogos e a concessão de férias coletivas no mês referido. Recuando mais tempo, a produção industrial está 5,4% menor do que em setembro de 2008, época da mais recente recessão brasileira, mostrando que ela não se recuperou.    O crescimento da produção industrial em 2010 alcançou 10,5%; em 2011, recuou para - 0,3%; em 2012, retraiu-se - 2,7%; em 2013, subiu 1,2%; neste ano já caiu - 2%. Quer dizer, a indústria no governo Dilma está puxando o crescimento do Pa

02/08/2014 - TRIPÉ ECONÔMICO QUEBRADO

O Plano Real implantou em 1994 reforma monetária, o que propiciou aos governos seguintes exercerem a política econômica baseada no tripé de controle da inflação, câmbio flutuante, sujeito à intervenção do Banco Central (BC), e superávit fiscal. Fernando Henrique Cardoso (FHC) exerceu dois mandatos (1995-2002), fixando no seu segundo exercício o sistema de metas de inflação, seguido até hoje, mantendo a intervenção do BC no câmbio, quando este fugir da normalidade de mercado, além de superávit do Tesouro para pagar pelo menos os juros da dívida. A taxa média de incremento do PIB em seus oito anos foi de 2,3%. Lula (2003-2010) manteve melhor ainda o tripé, mediante obtenção de taxa média de crescimento do PIB, também em oito anos, de 4% anuais. Dilma Rousseff (2011-2014) quebrou o referido tripé. Em primeiro lugar, justamente a peça principal, o combate inflacionário, levou a que o preço da negligência com a inflação resultasse em baixo crescimento, o qual vem obtendo a preside