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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

28/02/2019 - DESEMPREGO VOLTA A SUBIR EM ETAPA SAZONAL

O IBGE divulgou os dados da PNAD Contínua para o trimestre novembro/dezembro/janeiro. O desemprego voltou a subir por efeito sazonal. No fim de ano ele costuma aumentar e em janeiro costuma cair. Porém, o número de desempregados em janeiro fora maior do que em agosto, depois de uma série seguida de oito recuos e um mês de estabilidade. A taxa de desemprego atingiu 12%, envolvendo 12,7 milhões de trabalhadores formais. No trimestre encerrado em dezembro a referida taxa fora de 11,6%, compreendendo 12,2 milhões de empregados com carteira assinada. A lenta recuperação do nível de emprego decorre do elevado número de desalentados e de subutilizados, em uma economia cuja expectativa é de melhora progressiva, mas sem fôlego expressivo, conforme se referiu o IBGE. A taxa média de desemprego de 2018 fora de 12,3%, perante uma taxa média de 12,7% em 2017. Porém, citado recuo se deveu ao aumento do número de trabalhadores informais e por conta própria, os quais voltaram a bater recorde

27/02/2019 - BÔNUS DE EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE

Na sanha fiscalista do governo central, foi instituído pela Lei 13.464, de 2017, um bônus de eficiência e produtividade para os auditores fiscais da Receita Federal. Porém, o objetivo maior era outro, visando acabar com a greve anual que vinha ocorrendo quase sempre nessa categoria de trabalhadores, ônus este, inclusive, extensivo aos aposentados. Não tem pé nem cabeça isso ser atribuído também aos aposentados, já que se crê que tal tipo de bônus é para quem está trabalhando. Portanto, não é um prêmio, visto que todos ganham ativos e inativos. Ademais, citados auditores, além de bons salários e liberdade de horário de trabalho, estão sendo considerados também como de baixa produtividade, visto que, senão não seria instaurado referido bônus, justamente por tal causação. A medida provisória original não vinculou o bônus às multas, alienação de bens, ou escala de produção. De 2017 para 2018 já custou cerca de R$2 bilhões, sendo o prêmio de R$3.000,00 a auditores e de R$1.800,00

26/02/2019 - VENEZUELA EM COLAPSO

O que a Venezuela em colapso reflete no Brasil? Reflete em prejuízos. Na balança comercial, hoje por volta de 10% do comércio de dez anos atrás. Na imigração de venezuelanos para o Brasil. Gente pobre, refugiados, descontentes, que pressionam o Estado de Roraima, tendo gastos de toda a sorte, abrigo, saúde, alimentação, transportes, empregos, dentre outros. O não pagamento dos financiamentos ao BNDES, para grandes obras executadas lá, dentre outros. O regime político da Venezuela é considerado uma ditadura por 50 países, inclusive, os Estados Unidos, mais de vintes países da Europa, de muitos países latino-americanos, também inclusive o Brasil. A Venezuela enfrenta o desafio de alimentar a população, a falta de remédios, de recompor o setor petroleiro, combater a hiperinflação, trazer mais de 4 milhões de imigrantes de volta e restabelecer a democracia. Os principais problemas econômicos, que a asfixiam são: inflação anual de 1.370.000%; taxa de desemprego de 34%; dívida p

25/02/2019 - TRAGÉDIA DE BRUMADINHO FAZ UM MÊS

Hoje faz um mês que rompeu a barragem de Brumadinho, na mina do córrego do feijão, da mineradora Vale. Passado esse tempo todo os trabalhos de buscas continuam na área inundada pela lama de rejeitos da barragem, na tentativa do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em encontrar 134 pessoas ainda desaparecidas. O número de mortos alcançou 179, segundo o último balanço pela Defesa Civil. Protestos contra a Vale e homenagens às vítimas foram organizadas pelo Brasil. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema aproveitou a data simbólica dos 30 dias da tragédia para sancionar o projeto de lei 3.676/16, estabelecendo regras mais rígidas para a atividade de mineração no Estado. Nem bem a três anos da tragédia de Mariana, também em barragem da mineradora Vale, com associada multinacional, onde morreram cerca de 20 pessoas, os efeitos das mineradoras no País precisam ser prestados mais atenção. O tipo de barragem à montante é inadequado e deveriam ser fechadas todas aquelas que se utilizam

24/02/2019 - REAÇÃO DA ECONOMIA AQUÉM DO ESPERADO

O Brasil vinha saindo da forte recessão de 2014 a 2016, quando, em 2017, o presidente Michel Temer foi denunciado por corrupção pelo grupo JBS. Temer perdeu forças e suas reformas pararam, seja a tributária, ou seja, a previdenciária. O País cresceu 1% em 2017. Em 2018, o dado ainda não é conhecido, mas se estima também por volta de 1%. Em maio do ano passado houve a greve de caminhoneiros durante 12 dias. Isto desorganizou a reação que era esperada. Em menos de um ano a economia tem reagido muito pouco. Os agentes econômicos permaneceram e permanecem apáticos. Para o presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), o colombiano Luiz Alberto Moreno, à frente do BID desde 2005, o Brasil poderá ter um ano positivo pela frente, desde que aprove a reforma da Previdência o quanto antes. “Eu nunca tinha visto uma presença tão forte do Brasil como a deste ano (em Davos). Nas reuniões em que estive, pude notar que o presidente Bolsonaro deixou muito claro o que pretende m

23/02/2019 - REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O governo federal está jogando com toda a força para a aprovação da reforma da Previdência Social. Apresentou ao Congresso um amplo projeto de reforma, que passou a ser discutido na Comissão de Constituição e Justiça. A Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, apresentou ontem estudo que se for aprovado o citado projeto o País economizará R$1,1 trilhão, em dez anos, elidindo muito provavelmente o déficit primário, que vem ocorrendo desde 2014. Porém, se não for aprovado, o País ingressará em recessão nos próximos anos, recessão que demoraria mais de três anos. No cenário sem reforma, o Brasil cresceria em 2019 menos de 1%. Não alcançaria os 2,5% previstos para este ano. Em 2020, o PIB cresceria só 0,3%. Depois a exceção se instalaria, durando cerca de três anos. O governo se endividaria mais e os juros subiriam. No cenário com a reforma, a estimativa é de crescer 2,9% em 2019, acelerando para 3,3% em 2023. A SELIC cairia para 5,6%. O presidente do Senad

22/02/2019 - TAXA DE DESEMPREGO CAIU EM 2018

A taxa de desemprego aberto no País, consoante o IBGE, divulgando resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD), com enfoque trimestral, alusivo a outubro/novembro/dezembro, pela qual a taxa de desemprego caiu, lentamente, durante todo o ano, encerrando o exercício de 2018 em 11,6%, correspondentes a 12,200 milhões de pessoas desempregadas de forma formal, com carteira assinada. Na pesquisa anterior, do terceiro trimestre de 2018, ele estava em 11,9%. Em relação ao trimestre de julho/agosto/setembro de 2017 também diminuiu, quando era de 11,8%. A previsão média das 23 instituições consultadas pelo jornal Valor Econômico era de que a taxa recuaria para bem mais, ou seja, para 11,4% no citado trimestre. Vinha-se da perspectiva muito otimista de que a economia deslancharia no final do ano, depois da eleição de um novo governo liberal.   Já o número de pessoas ocupadas se elevou para 93 milhões, elevação de 0,4%, em relação ao trimestre anterior. O ren

21/02/2019 - FECHAMENTO DA FORD EM SÃO BERNARDO

A indústria automobilística, juntamente com a indústria da construção civil, são os maiores complexos empresariais, formadores de mão de obra direta e indireta. Fala-se que, em ambos, por cada emprego direto são gerados dez indiretos. Talvez pesquisas pontuais, assim, revelaram. Claro que são geradoras de muitos empregos e suas influencias são básicas para o crescimento econômico. Ainda que não seja a relação 1 para 10, no contexto em geral, ambas as indústrias são intensivas em mão de obra e em muito contribuem para o PIB. O anunciado fechamento da fábrica da Ford, em São Bernardo, São Paulo, que vem produzindo caminhões e carro modelo Fiesta, marcará o esvaziamento da região produtora da grande São Paulo, chamada de ABC. A região começou a despontar nos anos de 1950, no governo de Juscelino Kubistcheck (1956-1060), quando foi criado o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), marco da vinda das montadoras, somente com tal papel, ao País. Não havia ainda o conceit

20/02/2019 - CONFIRMA-SE A LENTIDÃO

A Fundação Getúlio Vargas confirmou o Banco Central, divulgando mais uma prévia do crescimento do PIB de 2018, a qual cravou 1,1%. É a mesma taxa que o Monitor da FGV anunciou para 2017, DE 1,1%, quando o IBGE ratificou só 1%. Até 28 de fevereiro o IBGE divulgará a sua taxa oficial. Crê-se que não será muito diferente. Assim, confirma-se a lentidão da economia brasileira, desde que saiu da recessão de 2014-2016. Em outras palavras isso é praticamente estagnação. Por que isso? Porque o País não está reunindo ainda as condições de retorno a uma boa taxa de crescimento. Isto é, acima de 3% anuais. Carece-se de equacionar o déficit primário existente ininterruptamente desde 2014. Sem ele, restará pouco dinheiro para a infraestrutura, além do que, a carência dela não atrai novos investimentos. O economista Alexandre Schwatsman, em sua coluna quinzenal da Folha de São Paulo, de hoje, examina a taxa de juros básica da economia. Para ele, na próxima reunião, a SELIC será confirmada p

19/02/2019 - COMISSÃO DA ANISTIA

Criada em 2001, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, objetivando reparação aos anistiados ou perseguidos por ações políticas, abrindo o leque desde 1946, mas a grande maioria dos processos se deve ao período da ditadura militar (1964-1984), já tendo examinado 66,3 mil processos, dos quais deferiu 39,3 mil, incorrendo em gastos acima de R$10 bilhões, pagos aos referidos, conforme o Ministério da Economia. A Comissão possui 25 conselheiros, sem remuneração, a não serem gastos de locomoção, hospedagem, alimentação e outras despesas para funcionar. Em 2018 foram 44 reuniões, o que deve ter custado bastante. Existem 12,6 mil processos, aguardando por julgamento. Do Ministério da Justiça saiu para o Ministério da Cidadania, dirigido pela ministra Damares Alves, ministra evangélica e que tem provocado polêmicas, tais como a de que “menino veste azul; menina veste rosa”; ou, de que as meninas que vivem no Brasil sofrem discriminação; se fosse mãe delas mandava-as irem estudar n

18/02/2019 - CANAIS DO PIB AINDA OBSTRUIDOS

A composição do PIB pode ser pelo lado da demanda, do lado da oferta e do lado da renda nacional. A demanda agregada é composta do consumo das famílias, dos investimentos das empresas, dos gastos do governo, das exportações menos as importações. A oferta agregada compreende os três setores: a agropecuária, a indústria e serviços. Do lado da renda nacional, pelos salários, juros, aluguéis, dividendos e outras rendas. Assim, ao analisar os canais do PIB, os economistas verificam, de posse das estatísticas coletadas cotidianamente, que muitos canais estão obstruídos, visto que o atual governo, já nos seus cinquenta dias de ação, não produziu ainda as reformas que prometeu e começa a ter problemas políticos dentro do seu próprio partido líder, o PSL, cujo dois dos principais dirigentes, ministros, foram denunciado por uso de laranjas nas eleições. Na verdade não foi só ele, mas quase todos os partidos fazem tradicionalmente isto. Mais de 50 políticos assim foram identificados, de di

17/02/2019 - PRÉVIA DO PIB

Considerado como prévia do PIB, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) indica prévia do PIB com alta de 1,15% em 2018. O IBGE somente divulgará o índice oficial no final de fevereiro, esperado pelo mercado de 1,3%. O número do BC é muito insignificante, visto que, no início de 2018, falava-se em 3% de incremento da economia brasileira, em 2018. O IBC-Br de 2017 fora de 0,93%, enquanto o indicador divulgado pelo IBGE fora de 1%. Para os economistas do mercado financeiro, o resultado demonstrou uma lenta a recuperação da economia. Como até agora o governo praticamente não adotou nenhuma mudança estrutural, o PIB continua muito devagar neste início de ano. Em 2018, quando a expectativa inicial era de aceleração econômica, já que a inflação tinha ficado abaixo de 4% naquele exercício, no final de maio veio uma ducha fria de uma greve de caminhoneiros, que durou 11 dias e praticamente paralisou o País. Além disso, o presidente Michel Temer estava ferido, por denúncias do gru

16/02/2019 - GOVERNO COMEÇOU A GOVERNAR

Nesta semana, depois de quase 50 dias, o governo começou a governar, ao mandar a reforma da Previdência ao Congresso. Esta estava sendo ventilada desde a campanha das eleições de 2018. Demorou-se muito tempo para bater o martelo, principalmente na fixação da idade mínima e no tempo de transição dos direitos garantidos para as novas regras. Quer começar, irá cumpri-las. Esta será objeto de muita discussão, mas o mercado de capitais estima que será aprovada, por cinco motivos: o primeiro, a maioria dos economistas tem dito, após exames exaustivos em literatura disponível, que ela será decisiva para reduzir o mega déficit primário, quiçá, eliminá-lo, em conjunto com as outras reformas da economia, déficit este que vem desde 2014; o segundo, irá acalmar os agentes produtivos; o terceiro, sendo início de governo, terá confiança dos congressistas; o quarto, o Congresso vem bastante renovado; o quinto, a comunidade financeira internacional tem se declarado a favor já há muito tempo.

15/02/2019 - LENTA DIGITALIZAÇÃO

Estudo realizado pela consultoria IDC, contratado pela empresa de tecnologia InterSystems, examinou 161 organizações de médio e grande porte, na Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e Peru, revelou que cerca de 72% delas ainda estão nos estágios iniciais da transformação digital. A esperança de 40% delas é de que até 2020 implantem um software de gerenciamento de dados, qual seja uma plataforma que permita analisar informações importantes, de modo a gerar valor e dar competitividade para as organizações. Conforme o gerente de pesquisa e consultoria de software e serviços da IDC Brasil, em declarações à revista Exame, datada de 06-02-2019: “É preciso acelerar. As empresas ainda estão muito preocupadas em lidar com o desdobramento de investimentos do passado e acabam deixando de lado temas relacionados à inovação”. Entre os motivos que levam as empresas a investir em tecnologia: (1) 55,3% têm interesse em aumentar a produtividade; (2) 33,9% buscam novos e melhores produtos e serv

14/02/2019 - QUARENTA E CINCO DIAS

O governo do presidente Jair Bolsonaro completa hoje 45 dias. A sua campanha foi na defesa de uma agenda econômica liberal, visando atacar os pontos consensuais de reformas fundamentais, para o retorno dos investimentos, da redução da taxa de desemprego, objetivando maior taxa de crescimento econômico, por volta de 3% ao ano, muito embora as projeções do mercado financeiro para o PIB, durante os quatro anos são de uma taxa média de 2,5%. Austeridade fiscal fez o governo prometer acabar com o déficit primário em até dois anos e para isto pretende fazer amplo programa de privatização das estatais e de leilões para concessões de obras em parceria público-privada. Os mercados nacionais e externos acreditam que a primeira reforma deverá ser a da Previdência. Com o Congresso renovado muito provavelmente a reforma previdenciária será aprovada. Mas não será fácil, visto que o governo ainda irá apresentar o projeto nos próximos dias O Ministério da Economia afirma que fará ampla propagan

13/02/2019 - DEFASAGEM DE 7% NO VAREJO

Informou ontem o IBGE que as vendas no varejo avançaram 2,3% em 2018. Porém, ainda estão defasadas em 7% em relação Ao pico de 2013. Apesar de ser o melhor resultado desde aquela data, dos 8 grupos examinados somente 3 cresceram. Foram eles o de supermercados, alimentos, bebidas e fumo. Mesmo sendo o segundo ano consecutivo de elevação de vendas, não foram superados ainda os reveses da forte recessão de 2014 a 2016, de 11 trimestres seguidos. Segundo a Fecomércio, quando se engloba venda de veículos e de materiais de construção há uma defasagem de 24% nas vendas, em relação a 2013. Enquanto o acumulado do ano foi positivo em 2018, o mês de Natal representou queda, cuja retração foi de 2,2%, em relação a novembro. Porém, em novembro houve o Black Friday, cujas vendas foram altas como antecipação ao Natal, aproveitando das ofertas de baixos preços. A cada ano aumenta a correria em novembro, em fenômeno importado dos Estados Unidos. Após 45 dias do novo governo federal existe um

12/02/2019 - DADOS PESSOAIS DEVERIAM SER PAGOS

A consultoria internacional Ipsos fez pesquisa em 26 países, em parceria com o Fórum Econômico Mundial, auscultando 18.813 pessoas, destas 54% declararam que as empresas ao usar seus dados pessoais deveriam remunerá-los ou receber alguma recompensa. Para a Ipsos os cidadãos consultados revelaram que não é justo as empresas pegarem seus dados pessoais, tirando proveito das informações sobre as pessoas. O fato de beneficiar-se de informes pela internet ou redes sociais são insuficientes para os indivíduos. Apenas um em cada três adultos tem uma boa ideia da quantidade de informações que as firmas têm sobre eles. Para 32% se revelou que eles sabem o que fazem com seus dados. A confiança de cada indivíduo em relação ao tratamento dos dados feito pelo governo de seu país é baixa, para 39%. Menor ainda, quando se trata de governo estrangeiro (20%). Já 62% disseram recusar o fornecimento de dados pessoais. No Brasil 60% dos pesquisados aspiram por recompensa. Par 47% a coleta é váli

11/02/2019 - BOLSA DE VALORES EM DIREÇÃO AOS 100 MIL PONTOS

A bolsa de valores está próxima de atingir 100 mil pontos, na medida em que empresas nacionais estão vendo com otimismo a abertura de seu capital social. Na oferta pública de ações em 2017 foram dez empresas. No ano passado três. Para esse ano estão previstos trinta lançamentos. A maioria dos investidores estrangeiros está afastada. Tem saído mais do entrado. Fala-se que após a aprovação das reformas estruturais e de um sistema de privatizações, os estrangeiros retornarão. O caminho atual está em 98 mil pontos. Em 2007, o Ibovespa estava em 50 mil pontos. Quer dizer levou 12 anos para dobrar. No final de 2008 bateu na lona aos 38 mil. De 2007 para os dias atuais o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) se elevou em 220%. O CDI está em torna da taxa básica de juros, a SELIC. O Ibovespa, corrigido pela inflação desde 2007 deveria ser hoje de 135 mil pontos. No período de 2014 a 2016 a economia nacional caiu por 11 trimestres, sendo retirado do PIB 8,2%. Naquele período as

10/02/2019 - DE SER ANALÓGICO PARA SER DIGITAL

A economia dirigida principalmente por seres analógicos está atrasada em relação aos seres digitais. Um ser analógico é um ser mecânico. Um ser digital é dotado de inteligência artificial. Em outras palavras os setores produtivos brasileiros precisam usar mai robôs para serem mais produtivos. Ciência, tecnologia, inovação, pesquisa, progresso, bem estar, rapidez, linha de produção inteligente. O sistema econômico é capitalista, na forma privada. Há países capitalistas de Estado, como a China e a Rússia. Há países híbridos. Porém, aqueles que estão desenvolvidos praticam mais a liberdade de iniciativa e a criatividade. É evidente que o grande capital, as chamadas multinacionais, em sua maioria, são aquelas empresas de ponta que realizam os grandes investimentos e aceleram o progresso. Uma distorção que acontece no Brasil é o fato das empresas que tem mais poupança colocarem grande parte dela em títulos da dívida pública e não na produção. Assim, estão sem realizar feiras de Co

09/02/2019 - CHOCHAS

Chochas são os termos certos das previsões lançadas hoje pelo Banco Itaú para o PIB nacional. Enquanto o IBGE não divulga o PIB de 2018, o Banco Itaú reduziu de 1,3% para 1,1% a estimativa para 2018. Já para 2019 reduziu de 2,5% para 2%. Para 2020 o número caiu de 3% para 2,7%. As razões principais decorrem do exame do quarto trimestre do ano passado, ainda não divulgado, calculado por ele está menor do que o previsto, além dos organismos internacionais, tais como o FMI, que também reduziu o crescimento mundial e o novo governo está indeciso ainda no envio das reformas estruturais ao Congresso, aguardando o restabelecimento do presidente da República, convalescendo de uma terceira e delicada intervenção cirúrgica. Se a reforma da Previdência for aprovada, neste ano o reflexo seria a diminuição do déficit primário para 1,3% em 2019 e para 0,8% em 2020. Quer dizer, o Itaú não acredita em que o governo Bolsonaro gerará o déficit nem em dois anos. A estimativa da taxa de câmbio c

08-02-2019 - POLÍTICA LIBERAL É DE LONGO PRAZO

O mercado sabe que a política liberal, adotada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, é de longo prazo. Portanto, os efeitos dela serão sentidos nos próximos anos e não neste ano, como muitos desejariam. Depois de 2014, quando se iniciou a forte recessão (2014-2016) muitos brasileiros têm tido a expectativa que a crise se resolvesse no curto prazo. Mesmo nos anos de 2017 e 2018, quando a economia saiu do buraco, ficou somente um pouco da superfície. O PIB que tinha recuado mais de 7% naquele período e a renda per capita por volta de 10%, ainda tem de recuperar parcela do PIB perdido, em mais de 5% e o produto por habitante algo como 7%. A confiança da demanda agregada, revelada pelos incrementos do consumo, do investimento, dos gastos do governo, principalmente em infraestrutura, mais o setor externo (exportações e importações) estão ainda muito a desejar. Para este ano analistas financeiros, brasileiros e estrangeiros, projetam crescimento de 2,5%, bem como para anos subseque

07/02/2019 - PIOR PREGÃO EM OITO MESES

Bolsa é sempre uma surpresa. Os ciclos diários têm solavancos e geralmente os mais fortes são os de baixa, tal como ocorreu ontem. A bolsa de valores obteve o pior pregão em oito meses. Recuou 3,74%, sendo a maior queda depois da greve dos caminhoneiros de maio do ano passado. O principal motivo foi devido aos vacilos da equipe do governo, com respeito ao projeto de lei complementar sobre a reforma da Previdência. Falou-se muito, não se apresentou o projeto de lei e gerou confusão com muitas opiniões desconexas. Defendeu-se a idéia de que a aprovação seria rápida e ainda vai aguardar-se que o presidente da República se recupere e tenha a última palavra. A bolsa de São Paulo, que se avizinhava de 100 pontos, voltou a próximo de 94 mil. Em 28 de maio a queda tinha sido de 4,49% com a grande paralisação dos transportes no Brasil. Entretanto, houve outro motivo do cenário internacional. O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, fez forte discurso no seu Congresso, reiterando a

06/02/2019 - ENVELHECIMENTO DO PARQUE INDUSTRIAL

Repetindo o dito ontem, pelo Secretário da Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa: “envelhecimento do nosso parque industrial”, sendo uma das explicações pelas quais a produtividade brasileira caiu de 40% para 23%, em média, comparativa com um trabalhador americano. A segunda é a enorme burocracia que atrapalha a competitividade. A terceira é o embrulho fiscal em que se meteu o Estado, sem condições de ter superávits primários desde 2014, reduzindo sua capacidade de investimento em infraestrutura.   As provas aí estão evidentes. A economia nacional saiu da forte recessão, mas cresceu somente 1% em 2017 e um pouco mais de 1% em 2018. A indústria de transformação, que tinha crescido 2,2% em 2017, depois de um amplo período de queda na maior parte desta década, voltou a cair para 1,1% em 2018. Não se conhece o PIB de 2018 por completo, vez que o IBGE ainda não divulgou, mas o cálculo da indústria foi o primeiro já divulgado. Porque a indústria não decola? Claro, grande pa

05/02/2019 - COMPETITIVIDADE E PRODUTIVIDADE

Dez princípios da economia são enunciados por N. Gregory Mankiw, em seu livro Introdução à Economia. São quatro de como as pessoas tomam decisões: as pessoas enfrentam tradeoff; o custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la; as pessoas racionais pensam na margem; as pessoas reagem a incentivos. São três como as pessoas interagem: o comércio pode ser bom para todos; os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica; às vezes os governos podem melhorar os resultados de mercado. São três de como a economia funciona: o padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços; os preços sobem quando o governo emite moeda demais; a sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo ente inflação e desemprego. Tomando o quarto principio, de que as pessoas reagem a incentivos, esta é uma questão crucial no Brasil. Os incentivos aqui viciam as empresas a serem ineficientes. Dessa forma a nova Secretaria Especial de Produti

04/02/2019 - ENGRENAGEM AJUSTA-SE

A partir de hoje se inicia o ano parlamentar. Tanto na Câmara como no Senado os presidentes são do Partido dos Democratas (DEM), aliados de Bolsonaro. Ambos estão imbuídos de conduzir as reformas estruturais. Neste fevereiro o projeto da PEC da Previdência estará no Congresso. A expectativa do mercado financeiro é de que seja aprovada até junho. Na esteira reformista estão os leilões da Petrobras, a redução do Sistema S, a desburocratização da economia, a abertura comercial, a reforma administrativa, a reforma tributária e as mudanças microeconômicas. O otimismo está presente nestes primeiros cem dias de governo. O governo pretende levantar neste ano cerca de R$100 bilhões com a venda de ativos das empresas estatais, na busca de procurar chegar bem perto de zerar o déficit primário previsto para 2019. A equipe econômica tem declarado que pretende privatizar quase todas as estatais. Somente serão poupados de privatizações o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e

03/02/2019 - PESQUISA DA PRICE SOBRE CRESCIMENTO

A 22ª. Pesquisa Global com executivos brasileiros (CEOs), levada a feito pela consultoria Price e Associados (PwC) revelou que 43% dos líderes empresariais estão otimistas, quanto ao crescimento de suas empresas em 2019. O incremento dessa taxa é maior em 4% em relação a 2018. A média global de executivos que esperam aumentar o faturamento de suas companhias é de 35%. Quando perguntados sobre a expectativa de todo o mandato do atual comando do País, 48% acreditam no crescimento das empresas, contra 54% da pesquisa anterior. Por volta de 91% dos CEOs creem que terão crescimento orgânico em 2019, enquanto isso, 89% investirão na eficiência operacional, 76% deverão lançar novos produtos e 57% querem fazer parcerias com startups e empreendedores. No radar de 52% dos líderes em tela as parcerias serão feitas em 12 meses. Já 39% deles irão participar de fusões e aquisições. Quando entrevistados CEOs globais eles colocam o Brasil em sexto lugar para novas inversões. Do primeiro ao q

02/02/2019 - FUTURO ROBÓTICO

“Futuro Robótico”. Este é o título do segundo editorial, da página 2, da Folha de São Paulo, de ontem. A Folha procura sempre fazer o melhor serviço para estudos econômicos brasileiros, visto do ponto de vista técnico. Não se pode dizer o mesmo sobre aspectos políticos, quando toma partido e agora é contra o atual presidente da República. Começa assim o artigo: “Um estudo sobre o futuro do emprego no Brasil estimou que até 2026, 54% dos postos de trabalho, ou 30 milhões de vagas formais, podem ser perdidos para softwares ou robôs. Uma pesquisa feita por um grupo da UNB (Universidade de Brasília) avaliou os riscos a que estão submetidas 2.602 ocupações... A substituição em larga escala, de mão de obra, por automação. Se no início da revolução tecnológica a ameaça existia apenas para pessoas que executavam trabalhos manuais e pouco qualificados, agora o espectro de obsolescência cerca também profissionais prestigiados e bem remunerados. A engenharia química e até algumas especiali

01/02/2019 - CENÁRIO DE LULA 1 BEM MAIS FAVORÁVEL

O primeiro mandato de Lula (2003-2016) começou e pegou uma vantagem inicial considerável, qual seja o superciclo das commodities, de 2001 a 2008. Nisto Bolsonaro difere dele visto que há fortes entraves domésticos, tais como desajustes financeiros e baixo nível de atividade econômica, além restrições no comércio internacional. No que convergem estão fortes investimentos prometidos. Porém, a situação de Lula era bem mais confortável, visto que ele pegou o Brasil com o tripé econômico bem estabelecido e Bolsonaro pegou com forte desequilíbrio fiscal. Nos cinco tópicos da coluna de ontem, de Miriam Leitão, no jornal O Globo, dois deles, a propósito, merecem serem transcritos e comentados. “Corrida de obstáculos I. Veja como a economia se parece com uma corrida de obstáculos. Caso o governo aprove uma reforma consistente da Previdência, o economista Nathan Blanche, especialista em câmbio, prevê uma forte entrada de dólares no País (Lula também contou com isso). O problema diz, é que