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Mostrando postagens de março, 2018

31/03/2018 - DESEMPREGO SUBIU NO TRIMESTRE

O IBGE divulgou o que sempre ocorre no trimestre encerrado em fevereiro de cada ano. A taxa de desemprego subiu para 12,6% da População Economicamente Ativa. O trabalho formal caiu 1,8% e o trabalho informal se elevou em 5%. Isto aconteceu porque foram liberados aqueles contratos de emprego temporário, geralmente de 90 dias. O contingente de trabalhadores com carteira assinada caiu para o menor nível, desde 2012, quando começou a série histórica, para R$33,126 milhões. Como estes são 45% da PEA, o contingente dos trabalhadores sem carteira assinada alcançou 40,487 milhões (55%). Os analistas do IBGE apresentaram razões do trabalho informal crescer tanto. Isto decorre do fato da forte recessão de 33 meses consecutivos, do segundo trimestre de 2014 ao último trimestre de 2016. A recuperação se iniciou em 2017. Porém, de forma lenta e ainda fora crescendo o número de trabalhadores informais. Porém, acreditam que no próximo trimestre, encerrado em março, e em diante, a situação se r

30/03/2018 - DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS NO BC

O Banco Central (BC) é o xerife do mercado financeiro. É o banco dos bancos. Juntamente com o Conselho Monetário Nacional (CMN) define a principal política econômica do governo, que é a política monetária. No combate à inflação, o BC atua principalmente com juros básicos (a SELIC) e com depósitos compulsórios. A relação entre estas três variáveis é direta, na atuação correta do BC. Se a inflação sobe, a SELIC também sobe e os depósitos compulsórios se elevam para reduzir a quantidade de moeda em circulação. O inverso é verdadeiro. Na atual retomada da economia, desde outubro de 2016 que o BC reduziu a taxa SELIC, paulatinamente, de 14,25% para 6,5%, conseguindo ainda pequeno aumento do PIB, de 1% em 2017 e a estimativa era de que crescesse 3%, em 2018. No entanto, as atuais conjecturas do mercado financeiro a reduziu para 2,5%, relativo ao próximo ano. O BC, então, iniciou ontem outra área de reação, que é a redução dos depósitos compulsórios, a partir de abril, para injetar cer

29/03/2018 - CAIXA TEM BUSCADO A LUCRATIVIDADE

Criada durante o Império, há 157 anos, a Caixa Econômica Federal (Caixa, simplesmente) é a principal receptora da caderneta de poupança do brasileiro. Empresa pública. Isto é, 100% do governo federal. É considerada o banco que deveria ter as boas práticas sociais. No entanto, como a sua diretoria tem sido escolhida pelos políticos, em sua história, inúmeros escândalos de desvios de recursos, de corrupção, de propina, de roubo a colocaram na história como uma instituição que dava prejuízo. No entanto, a partir do Plano Real, de 1994, a Caixa passou a visar o lucro também como um dos seus objetivos. Dessa forma, na continuidade, ela obteve em 2017 o maior lucro da sua história, no valor de R$12,5 bilhões, valor 202,6% superior do que o registrado em 2016. A partir de agora o seu presidente, quando indicado, terá de ser aprovado pelo Banco Central. Parece que é uma tendência dela passar a ser dirigida principalmente por técnicos, homens de mercado. Alias tendência que deverá ser es

28/03/2018 - PÁSCOA SALGADA

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas tem trabalhado com uma cesta de bens da Páscoa. Esta subiu 2,61%, em comparação com o ano passado. Entre os alimentos de maior consumo na Páscoa, os que mais tiveram elevação foram: 16% da batata inglesa; 12% da sardinha; 6% para o atum. Como é que a inflação está tão baixa, anual, por volta de 2,8% e a cesta da Páscoa subiu em uma semana quase o que é a inflação anual? A explicação é de que as cestas são diferentes. A inflação oficial, medida pelo IPCA, compreende 460 produtos pesquisados. A cesta de Páscoa é de poucas dezenas de produtos. Porém, trata-se de uma anomalia e sempre se devem relativizar quem paga mais e quem paga menos pela inflação. Certamente, para aquelas famílias que consomem a referida cesta de Páscoa o ônus inflacionário é maior e lhe traz mais descontentamento. Outra coisa que não faz sentido é o fato de que o governo federal vir reduzindo, desde outubro de 2016, quando era de 14,

27/03/2018 - EMPREITEIRAS AINDA APAGAM CHAMAS

O mal que vinha fazendo as 29 grandes empreiteiras era, sobretudo, a corrupção, que encarecia as obras públicas e desviava dinheiro para malfeitores. As investigações que se iniciaram quatro anos atrás, denominada operação Lava Jato, pôs freios as suas atuações, fazendo com que sejam negociados acordos de leniência e que elas tenham departamentos de compliance, de ética nos negócios. Ao ficarem proibidas de realizar obras públicas, as referidas construtoras desempregaram em massa, reduzindo a sua produção e, consequentemente, o PIB nacional. Pesadas multas terão de pagar. Emagreceram, sobremodo, revitalizadas, esperando-se que venham a ser eficientes. As investigações expostas em 50 fases da operação Lava Jato tem como pano de fundo os cartéis das empreiteiras citadas e se relacionam com obras do Programa de Aceleração do Crescimento e obras antigas, inacabadas, como é o caso da usina atômica Angra 3. Construída por um consórcio liderado pela Odebrecht, Camargo Correia e Andr

26/03/2018 - ELEVAÇÃO DA INFORMALIDADE

No ano passado cerca de 1,8 milhão de pessoas se dirigiram para a informalidade. O cidadão informal não entra no cálculo do PIB, não paga tributos e não tem vida estável. Não influencia o incremento do consumo como deveria e já há cálculo de que o PIB neste ano cresça menos de 3%, segundo analistas do mercado financeiro, projetando já 2,5% em 2018. Da população economicamente ativa estavam 45% de pessoas empregadas com carteira assinada em 2013. Hoje são 42%, conforme pesquisa citada pelo jornal Folha de São Paulo. Os números do PIB deste ano mostraram recuo de 0,56%, conforme a prévia do Banco Central para janeiro. De dezembro de 2016 até janeiro, o IBC-Br mostrou um crescimento acumulado de 3,9%, enquanto a recessão captada pelo mesmo foi de 10,6%, de 2014 a 2016. Os empregos formais garantem maior endividamento e maior propensão ao consumo. Como o consumo das famílias é de 65% do PIB, as alterações de menor crescimento dele será de menor crescimento do PIB neste ano.

25/03/2018 - INFLAÇÃO LADEIRA ABAIXO

A prévia da inflação oficial de março mostrou que os preços continuam variando nos patamares muito baixos no Brasil. O IPCA -15 é como se chama o indicador da prévia inflacionária. Segundo o IBGE a inflação vai terminar o mês ainda mais abaixo do piso da meta de 3%. O Banco Itaú projetou que a taxa mensal fique em 0,13%, próximo do IPCA-15 de 0,10%. Confirma-se a estimativa de que o acumulado em 12 meses cairá para 2,72%. O recuo no preço dos alimentos é o que mais chama a atenção. As carnes, por exemplo, tiveram deflação de 0,66%. O tomate ficou 5% mais barato. Tais informações levaram ao Banco Central a antecipar que fará novo corte nos juros básicos da economia, em maio vindouro. Em 12 meses os preços do grupo alimentação e bebidas encolheram 1,47%. Pode-se esperar que haja algum reflexo inflacionário, pelo mundo, pela imposição de tarifas nos Estados Unidos sobre a importação de aço, alumínio e em mercadorias chinesas. Na verdade, elevações de tarifas são despejadas nos p

24/03/2018 - GUERRA COMERCIAL

Os Estados Unidos iniciaram uma guerra comercial pelo mundo, ao taxar o aço importado em 25% e o alumínio em 10%, atingindo o comércio com Brasil, União Europeia, China, Coreia do Sul, Argentina, Austrália fizeram os Estados Unidos suspenderem a guerra contra eles, por 30 dias, à exceção da China, para a qual existe a maior guerra comercial. Assim, o principal foco americano foi o imenso déficit comercial que tem com os chineses. Em 1990 era de US$10 bilhões e no ano passado alcançou US$375 bilhões. Por coincidência as reservas internacionais que o Brasil constituiu em 20 anos estão nesse patamar, praticamente na mesma época. A diferença é que o superávit chinês é de um ano, efeito do comércio. Já o superávit brasileiro é decorrente principalmente de capitais internacionais que ingressaram no País, ora para fazer investimentos, ora para fazer especulação no mercado financeiro, aproveitando o fato que a taxa de juros real brasileira é uma das mais altas do mundo. Os Estados Un

23/03/2018 - BLACKOUT NACIONAL

No dia 21, passado, grande parte do Brasil ficou às escuras. O colapso se deu, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), perante falha em disjuntor em uma parte da estrutura da usina de Belo Monte, no Pará, causando o desligamento de 18.000 megawatts, majoritariamente localizados nas regiões Norte e Nordeste, correspondendo a 22,5% da carga total, naquele momento, às 15:48 h e que se prolongou por cerca de 5 horas. As linhas de metrô pararam; shoppings centers; o comércio fechou mais cedo; o fornecimento de água foi interrompido; sinaleiras de ruas apagaram; os carros perderam o rumo; postos de gasolina formaram longas filas; milhares de carros ficaram em engarrafamentos, dentre outros inúmeros problemas. O ONS informou que 70 milhões de pessoas em 13 Estados enfrentaram situações difíceis no apagão em referência. Os ladrões nas ruas fizeram as festas. Não se tem ainda um cálculo econômico do problema ocorrido. A falha identificada foi em um dos disjuntores da su

22/03/2018 - BANCO CENTRAL E SISTEMA FINANCEIRO COM JUROS INVERSOS

Desde outubro de 2016, quando a SELIC estava em 14,25%, o Banco Central a vem baixando, visto que a inflação também bastou de forma consistente, estando hoje por volta de 3%. A taxa básica de juros, a SELIC baixou continuamente até 6,75%. Ou seja, caindo 53%. Mas, tais eventos não foram acompanhados por redução dos juros bancários. Ora, os bancos não querem emprestar mais? Qual a lógica do sistema bancário, tanto de bancos oficiais como de bancos privados? Ao emprestar a elevadas taxas, o sistema financeiro seleciona aqueles que lhe podem dar maior lucro, embora corra riscos de calotes. Porém, para os calotes eles têm os contratos, que são lastreados em garantias, que podem ser executadas. Geralmente, as garantias são de valor bem acima dos créditos. Os tomadores de crédito, por sua vez, poderão ter negócios que podem fazer alavancagem financeira. No entanto, os bancos emprestam menos do que deveriam. Por exemplo, a demanda das empresas por crédito sofreu um tombo de 15,4%, na c

21/03/2018 - PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS

A lei de parcerias público-privadas aconteceu no final do governo do ex-presidente Lula. Trata-se da forma encontrada para fazer investimentos em infraestrutura, devido ao governo central ter deficiências de caixa para realizá-la, em comum acordo do setor público com o setor privado. São as famosas concessões, das quais as que obtiveram êxitos foram aquelas das rodovias, ainda que incompletas, em sua plenitude, haja vista que o País tem uma malha rodoviária ínfima e que deveria ser decente, para o tamanho do Brasil e seu PIB em os dez maiores do mundo. Na área petrolífera, as concessões mais famosas foram as do petróleo na camada do pré-sal. Contudo, novo modelo foi implantado por Lula, o da partilha do petróleo estimado e encontrado, não seguindo muito adiante, tanto por Lula como por Dilma, devido à fixação das taxas internas de retorno por parte do governo, que não atraíram muito os empresários. Ao assumir em 2016, Michel Temer, recebeu megas déficits primários, fazendo-o

20/03/2018 - RETRAÇÃO DE 0,56% EM JANEIRO

O Índice do Banco Central (IBC-Br) é o calculo do nível de atividade econômica brasileira, antecipando-se ao indicador da FIBGE, que é o índice oficial. Iniciou o ano em queda de 0,56%. Entretanto, o desempenho foi acima do esperado, graças às expectativas de retomada do crescimento econômico mais forte em 2018, visto que em 2017 foi de 1% de incremento do PIB. O Banco Central informa que o indicador é dessazonalizado (ajustado), em relação a dezembro. Apesar do recuo, o resultado foi inferior à expectativa da agência Reuters, que previu uma retração de 0,8%. Em dezembro de 2017, o indicador registrou um crescimento de 1,16%, resultado que foi revisado pelo BC, para divulgar uma alta maior de 1,41%. Ao observar a queda de 0,56%, o resultado de dois meses é relativamente bom. No entanto, é conveniente ver janeiro deste ano com janeiro de 2017, cujo incremento foi de 2,97%. No indicador de janeiro, o maior recuo foi da produção industrial de 2,4%. Já o comercio varejista apr

19/03/2018 - DESONERAÇÃO QUE FOI TIRO NO PÉ

A política de desoneração da folha de pagamentos foi criada no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff. O objetivo era estimular a geração de empregos e melhorar a competitividade das empresas. Ou seja, o governo federal reduziu a carga tributária com tal intuito. O benefício ocorre por meio da substituição da cobrança de uma contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos das empresas por um percentual sobre o faturamento. A alíquota varia de 1% a 4,5%, a depender do gênero produtivo. São cerca de 50 gêneros empresariais. Em princípio, a desoneração é uma forma de alterar a carga tributária, em benefício empresarial. No entanto, depois de três anos, as empresas ingressaram o País em forte recessão. A arrecadação federal caiu bastante e em 2014 se retornou ao déficit primário depois de 16 anos consecutivos de superávit primário. O governo de Michel Temer tentou reverter no Congresso, visando melhorar a arrecadação. Porém, não obteve êxito. Par o subsecretário

18/03/2018 - LAVA JATO FEZ QUATRO ANOS

A operação Lava Jato completou ontem quatro anos. Em 17 de março de 2014, a Polícia Federal cumpriu 81 mandados de busca e apreensão em um posto de gasolina no Distrito Federal. Daí o seu nome. A operação acumula mais de 100 denúncias, 220 condenações, 260 condenações coercitivas, 168 prisões preventivas, 134 delações premiadas e a devolução de R$2,7 bilhões aos cofres públicos. No mês seguinte, a economia brasileira ingressou em forte recessão. Uma das maiores da história. A Lava Jato desmontou um cartel de 29 empreiteiras, que realizava acordos de sobrepreços nas obras públicas há décadas e definia quem ganharia a concorrência. Um jogo de cartas marcadas. Inúmeras obras foram paralisadas. Assim, as grandes construtoras passaram por todo esse tempo a um processo de depuração, para celebrar acordos de leniência e adotar boas práticas nos negócios doravante. Porém, mais de 5 milhões de desempregados se somou ao exército que se aproximava de 8 milhões. A construção civil desabo

17/03/2018 - TROCA DESIGUAL

Historicamente, através da troca desigual no comércio internacional, países enriqueceram e, como corolário, países empobreceram. Os países ricos são por natureza protecionistas da sua economia doméstica. Impuseram e defendem a ideologia de que os países pobres devem ser defensores do livre comércio. É a mesma coisa quando se observa a guerra nuclear em potencial. Ameaças existiram, pelo menos, desde 1940, tendo os Estados Unidos detonado duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, no final da segunda guerra mundial. De lá para cá se criou o clube atômico, com cerca de uma dezena de países que dizem possuir a bomba atômica e dezenas de outros países querendo desenvolver artefatos de guerra. O que fizeram os países do clube atômico? Proibiram a proliferação de armas nucleares e somente eles que as fizeram poderiam mantê-las. Quem não chegou lá são reprimidos e obrigados a assinar acordos de não proliferação nuclear. Teoricamente, o capitalismo desigual é explicado pela transf

16/03/2018 - FÓRUM MUNDIAL PARA A AMÉRICA LATINA

No final de janeiro deste ano, realizou-se na cidade de Davos, na Suíça, como acontece desde os anos de 1970, o Fórum Econômico Mundial, oportunidade em que se reúnem milhares de empresários e líderes políticos, para discutir os problemas mundiais, a partir do enfoque dos ricos, em direção aos pobres. Há alguns anos é feita uma sua réplica, sendo esta o Fórum Mundial da América Latina. O Fórum Econômico Mundial divulgou ontem o Relatório sobre Crescimento e Desenvolvimento Inclusivo, relativo a 2017. O Brasil ficou em 37º lugar dentre 74 países examinados. É a pior colocação entre seus pares da América Latina, exceto para os mais pobres, Bolívia, Guatemala e Honduras. O Paraguai está em 20º. Nicarágua, em 29º. Colômbia, 30º. El Salvador, 35º. O indicador não leva em conta somente o PIB, mas oportunidade de emprego, segurança econômica e qualidade de vida. A colocação é incompatível com a sua figuração entre os dez maiores PIBs mundiais. Sem dúvida a forte recessão do período

15/03/2018 -  CRESCIMENTO POPULACIONAL E PREVIDÊNCIA

Depois da estabilização monetária, mediante Plano Real de 1994, retirados efeitos inflacionários que se escondiam, ficou mais claro a existência de déficits previdenciários. Daí cogitou-se a reforma da Previdência. Durante a era FHC o que se conseguiu foi estabelecer-se o fator previdenciário. Durante a era Lula, tentou-se, mas não se conseguiu reforma nenhuma. Dilma, também não. Temer, também não. Os países do mundo passam por crescimento populacional em progressão geométrica crescente. Em certa época e única, atinge todo país o bônus demográfico, quando a maioria da população é produtiva e, fatalmente, a população caminhará em progressão geométrica decrescente. Velhos e jovens, cuja maioria não trabalhará passará a ter um custo cada vez maior para o Estado. É isto que aconteceu nos países mais velhos e desenvolvidos. No caso brasileiro, em 1960, a média de filhos por mulher era acima de 6. Em 1978, menos de 20 anos era acima de 4. Iniciou o atual século com 2 filhos por

14/03/2018 - CIPOAL DE BUROCRACIAS

Em artigo na página 3 da Folha de hoje, intitulado “A lei não é para todos”, Edson Vismona, presidente do Instituto de Ética Concorrencial e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, baseado em estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), abrangendo desde a Constituição de 05 de outubro de 1988, até 30 de setembro de 2016, os governos federal, estaduais e municipais editaram 5,470 milhões de regras. Foram 535 leis, decretos, medida provisórias, normas complementares e emendas editadas em média por dia. A União editou 163 mil normas; os Estados, 1.460.985; os municípios, 3.847.866. Imagine-se se fossem enumeradas o cipoal de burocracias de mais seis constituições federais anteriores, desde 1824. As empresas brasileiras para obedecer são campeãs mundiais para obedecer a extensa legislação. Gastam em média 2.600 horas para o atendimento das exigências fiscais. Àquelas empresas não formalizadas, ilegais, clandestinas não obedecem às regras, os decr

13/03/2018 - GRATIFICAÇÕES SUPERAM 77% DOS SALÁRIOS FEDERAIS

Pesquisa do jornal Folha de São Paulo em primeira página de anteontem e em editorial de hoje apresentam as gratificações do funcionalismo da União já superam 77% do valor médio dos salários. É sabido que os servidores públicos da União percebem pelo menos salários médios superiores em dez vezes os vencimentos do setor privado. Não bastasse isto, através de lei federal de 2008, o ex-presidente Lula generalizou o pagamento de gratificações para os funcionários da União, a título de retribuição à elevada produtividade que detêm os servidores públicos, altamente qualificados. No ano passado os salários do governo central custaram R$54,5 bilhões e as gratificações R$42,3 bilhões. Os gastos em 2017 tiveram expansão de 6,5% acima da inflação. Infringiu-se a lei do teto dos gastos, de que nenhuma despesa federal seria superior ao processo inflacionário. O assunto vai ser examinado pelo Tribunal de Contas da União. As gratificações foram criadas como bônus associados às metas para

12/03/2018 - INFRAESTRUTURA RECOMENDADA

O Banco Mundial foi criado para financiar a reconstrução dos países envolvidos na segunda grande guerra, muitos que ficaram semidestruídos, principalmente na Europa e no Japão. O seu nome também é chamado de Banco para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Estradas, portos, aeroportos, água, luz, esgotos, entre outros. Tais atividades exigem pesados investimentos e ao Estado cabe geralmente realizá-los. Mas, o Estado pode também fazer parcerias com o setor privado. De quanto é necessário investir, em termos de PIB. Banco Mundial recomenda 4% do PIB. Nos anos de 1970, a média anual de investimentos públicos na infraestrutura foi de 5,4% do PIB. Àquela época foram executadas as obras faraônicas, tais como a Ponte Rio/Niterói, a construção da maior hidrelétrica do mundo, em operação, a Itaipu, a rodovia Transamazônica, usinas atômicas de Angra dos Reis. Enfim, havia crédito barato e de longo prazo que ingressava no Brasil. Nos anos de 1980, a média das inversões brasileira

11/03/2018 - APOSTAS DO MERCADO

O boletim Focus, semanário auscultado pelo Banco Central, junto as instituições financeiras traz apostas do mercado de redução de 0,25% da taxa básica de juros, que ficaria em 6,5%, na semana que vem. A expectativa de queda da SELIC está em linha com uma pequena inflação projetada para este ano, de 3,67%. O mercado também calcula que a taxa SELIC de 6,5% ficará até o final deste ano, depois que o IPCA atingiu o menor nível para fevereiro há 118 anos. Em 1 meses o IPCA está 2,84%. Referido noticioso traz também o cálculo da inflação para 2019, que caiu de 4,24% para 4,2%. A taxa SELIC já está em seu mais baixo nível da história. Não entrou no radar dos analistas ainda as elevações de tributo sobre as importações americanas de aço. As siderúrgicas internacionais, negociadas na bolsa de Nova York perderam US$1,6 bilhão do valor de mercado, desde que o presidente Trump assinou o novo decreto. Siderúrgicas brasileiras contrataram um escritório de lobby em Washington para tentar co

10/03/2018 - CRÉDITO RURAL CRESCEU 12,4%

O crédito rural para médios e grandes produtores cresceu 12,4%, ou seja, no montante de R$92,1 bilhões, para financiar a safra agrícola 2017/2018. As finalidades foram para custeio, investimentos, comercialização e industrialização, aplicados entre julho de 2017 e fevereiro de 2018, O valor para comercialização subiu 32,7%. Para investimentos alcançou 25,3%. Do valor alocado já foram usados cerca da metade. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que o programa de redução das emissões de gases de efeito estufa na agricultura subiu 40,8%. Já o programa de incentivo à irrigação e a produção em ambiente protegido alcançou incremento de 81,4%. O programa de construção e ampliação de armazéns subiu 98%. O programa de incentivo à inovação tecnológica na produção agropecuária teve alta de 129%. Por seu turno as contratações de crédito rural com recursos provenientes de captações das Letras de Crédito do Agronegócio se elevaram de R$10 bilhões para R$14,4 bilhõ

09/03/2018 - DIFERENÇAS DE GENEROS REDUZ O PIB

Ontem, no Dia Internacional da Mulher, o IBGE divulgou pesquisa na qual as mulheres trabalham 3 horas a mais e ganham 75% do que ganham os homens. Para o IBGE, as mulheres estudam mais e ganham menos baseado em suas pesquisas, referentes aos períodos de 2012 a 2016. Entre os maiores de 25 anos com ensino superior completo, as mulheres somaram 23,5%; os homens, 20,7%, em 2016, quando se comparam os rendimentos dos homens e mulheres. Por seu turno, as mulheres têm rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos de R$1.764,00, enquanto os homens percebem R$2.306,00, conforme dados das pesquisas. Ontem, também, na Folha de São Paulo, em primeira página foi publicada pesquisa do estatístico Rafael Ribeiro dos Santos, a respeito de monografia para o INSPER, na qual ele revela que a discriminação contra a mulher, no mercado de trabalho, reduz a atividade econômica, envolvendo o exame ao período de 2007 a 2014. É conclusão da pesquisa que cada 10% do aumento na diferença entre

07/03/2018 - MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE

Um país que tem 35 partidos políticos registrados, 28 presentes no plenário e 72 outras legendas, querendo registros, é extremamente plural. Mas, existem inúmeras outras entidades defensoras de suas categorias sociais. Uma entidade liberal é o Movimento Brasil Eficiente, órgão dos empresários. O seu Coordenador é Carlos Rodolfo Schneider. Por oportuno, ontem ele divulgou pela imprensa artigo denominado “Previdência: a derrota do País”. A posição deles é de que a Constituição de 1988 introduziu no Brasil um sistema de proteção social o qual o País não tem condições de manter. Segundo ele, a Constituição destaca 25% do PIB para a referida proteção. Tal valor é semelhante ao gasto pela Alemanha e Reino Unido. O Schneider não se refere e é o que mais pressiona os gastos do governo são aqueles referentes à dívida pública. Esta, sim, que desde 1822 coloca em pane a gestão pública nacional. Se o País não tivesse dívida por volta de 75% do PIB, certamente poderia honrar os citados 25%.

06/03/2018 - RETORNO ÀS ORIGENS

O Brasil nasceu como país de grandes plantações, a exemplo de cana de açúcar, que ainda é o maior produtor e exportador mundial de açúcar e álcool. No século XX, a partir principalmente de 1930, o governo federal iria transferir as divisas das exportações do setor primário, para comprar máquinas e equipamentos para o setor industrial. Grande impulso iria tomar a indústria de 1956 a 1985, quando a sua participação no PIB passou de 6% para 25%. Contudo, no último quartel do século passado, o Brasil veio o Brasil se tornando grande produtor de grãos. Um trabalho divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) comprova que, entre 1975 e 2016, o produto agropecuário cresceu mais de quatro vezes. A situação então se inverteu, a agropecuária hoje já detém 23% do PIB, enquanto o produto industrial recuou para 10% do PIB. O estudo do MAPA revela que, no período em exame, a produção em toneladas de grãos passou de 1,8 milhão para 187 milhões; a pecuária de 1,8

05/03/2018 - SUPERAR O RETORNO DE DEZ ANOS DE INFORMALIDADE

Muita coisa aconteceu na recessão de 2014-2016, de 11 trimestres consecutivos. O Brasil regrediu muito. Na questão do emprego fez esforço enorme para formalizar empregados. Claro, o interesse do governo federal foi o de aumentar a arrecadação. Desde a estabilização monetária com o Plano Real começou a dar certo. No entanto, perante forte recessão, o mercado informal cresceu bastante e a sonegação de tributos foi consequência imediata. Claro, também contribuiu para déficits primários desde 2014. Estima-se que a regressão referida somente será superada na década vindoura. Em 1991, a economia informal brasileira correspondia a 41% do PIB. Chegou ao mínimo em 2013, a 32%. Mas em 2017 retornou a um ponto alto, de 38% do PIB. Acima dos seus grandes companheiros do BRIC. China com 14%; Índia, 17%; África do Sul, 24%; Rússia, 35%. A média mundial da economia informal é de 28% do PIB. Eis que surgiu notícia alvissareira. O CAGED revelou que em janeiro o emprego formal deu uma subida f

04/03/2018 - RELAÇÕES COMERCIAIS BRASILEIRAS

O governo português instalou na colônia brasileira um sistema rigoroso de amarras, para que o Brasil fosse um dos últimos países do mundo a conquistar sua autonomia diretiva. Fato que somente vem acontecendo desde 1994, depois do Plano Real, que lhe deu estabilidade monetária. O Brasil foi amarrado por Portugal com uma monumental burocracia, cuja maior expressão foram e ainda são os cartórios. Mediante a independência política de 1822, o Brasil foi submetido indiretamente à Inglaterra, quando assumiu a dívida externa de Portugal, já que Portugal fora praticamente destruído por Napoleão, além de ao fazer guerras com Portugal, o Brasil colocou também na dívida externa, os débitos de guerra. Mas, o predomínio comercial inglês já aconteceu em 1808, com a abertura dos portos às nações amigas. Portugal pagava 16% de imposto das importações. Inglaterra pagava 15%. Assim, sempre foram difíceis as relações comerciais com o exterior. No mercado interno, a agropecuária sempre teve a maior

03/03/2018 - INVESTIMENTOS PRIVADOS RETORNAM DEPOIS DE 14 TRIMESTRES

A referência acerca da taxa de poupança sobre o PIB, aqui, ontem, que cresceu de 13,9% para 14,8%, de 2016 para 2017, estaria ainda muito aquém daquela de 2007, que se situava em 19,3% do PIB. O seu corolário seria que o setor produtivo voltou a investir no Brasil, após um longo período de perdas. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que é medida dos investimentos privados no Brasil, encerrou o último trimestre de 2017 com crescimento de 3,8%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto a FBCF cresceu 3,8%, no último trimestre, o PIB cresceu 1% o ano inteiro, visto que há uma defasagem entre os investimentos que se fazem na atualidade até eles se tornarem produtivos, geralmente demandando vários anos. O resultado do investimento privado interrompeu uma sequência de 14 trimestres consecutivos de queda. Entretanto, a taxa de investimento dos quatro trimestres de 2017, desceu a 15,6%, atingindo o patamar mais baixo da série histórica iniciada em 1996. Em síntese, ente

02/03/2018 - CRESCIMENTO LENTO DO PIB

Depois de muito esperado, o IBGE divulgou o crescimento de 1% da economia no ano passado. Nem mais, nem menos. Confirmou cálculos do mês passado do monitor da Fundação Getúlio Vargas, de expectativas do Banco Central e do mercado financeiro. A coisa mais certa é de que a economia saiu da recessão em 2017, impulsionada pela agropecuária, que cresceu 13%, o comércio 0,3% e a indústria ficou estável. Economistas da FGV informaram que, se confirmadas às expectativas do mercado, de crescimento do PIB, para 2,9%, em 2017 e, de 3% em 2019, a economia somente voltará em 2020, no patamar da pré-recessão de 2014, enquanto o PIB per capita só se recuperará em 2022. A taxa de poupança, que tinha atingido o pico de 19,3% do PIB em 2007, caiu para 16%, em 2014. No entanto, chegou ao fundo do poço, em 2016, de 13,9%, subindo para 14,8% do ano passado, mas insuficiente para dar um maior impulso ao crescimento econômico. O IBGE afirma que o PIB de 2017 alcançou R$6,6 trilhões. O PIB per capit

01/03/2018 -  DESEMPREGADOS, SUBOCUPADOS E NÃO DISPONÍVEIS

Cabe ao IBGE calcular o indicador de desemprego do País, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-CONTÍNUA), apresentando mensalmente à Nação. A enquete abrange mais de 90% dos municípios e compreende pelo menos 3.500 cidades, dentre as 6.670 existentes. Em janeiro existiam 12,7 milhões de pessoas em desemprego aberto, correspondendo a 12,2% da população economicamente ativa. No caso, aproximadamente a 100 milhões de teoricamente apto ao trabalho. Ocorre que existem os subocupados e os não disponíveis para trabalhar, no montante de 13,7 milhões. Logo, referidos cálculos do exército de 26,4 milhões, correspondem aproximadamente a 26% daqueles aptos ao trabalho. Segundo a pesquisa, o desemprego ficou maior do que o anotado no trimestre encerrado em dezembro, quando a taxa foi de 11,8%, mas ficou estável em relação ao trimestre anterior, quando a taxa também foi de 12,2%. O número, entretanto, está abaixo da taxa registrada no trimestre encerrado em