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Mostrando postagens de abril, 2015

30/04/2015 - DESEMPREGO SE ELEVA COM RECESSÃO

Para Karl Marx, o capitalismo precisa de um nível elevado de desemprego, para que as pessoas, assim, procurem emprego, aceitando menores salários, o que para ele definiria uma escala da taxa de exploração. Quanto maior o desemprego, maior a taxa de exploração. Para Keynes, “a incapacidade da economia em atingir o pleno emprego e a desigual distribuição de renda são os dois maiores males que vivemos”. Para os neoclássicos, o modelo de pleno emprego é o ideal, sendo pequeno nível de desemprego, menor do que 5% da população ativa, é o melhor que possa existir, é o caminho para atingir o desenvolvimento econômico. O IBGE tem duas formas de medir o desemprego brasileiro, através do Cadastro Mensal de Desemprego e Emprego, o que abrange o mercado formal, sendo a medida de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas, além de coleta de dados mais abrangente, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que entrevista cidadãos em 3.500 mu

29/04/2015 - ATAQUE MONETÁRIO ESPECULATIVO

Conforme se deduz da teoria econômica, duas grandes esferas se interagem no sistema econômico, à semelhança das esferas cerebrais. Na economia, trata-se da esfera produtiva e da esfera monetária. Quando um país tem uma moeda fraca, ele está sujeito a ataques especulativos temporais, visto que, nas relações de troca externas, a nação monopolista exige moeda forte. As moedas brasileiras, em torno de dez tipos na história, sofreram ataques especulativos em quase cinco séculos. O Plano Real introduziu a moeda Real, uma moeda forte, no final do governo de Itamar Franco, sendo FHC o seu ministro da Fazenda. Por sua gestão foi eleito presidente da República. No seu primeiro mandato (1995-1998) o real se manteve valorizado, mas as reservas internacionais não deram para segurar os pagamentos externos. Portanto, o Brasil teve de recorrer aos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que não houvesse ataque especulativo ao Plano Real. Como resultado final logrou baixas taxas

28/04/2015 - RECESSÃO DELIBERADA

A recessão deste ano foi deliberada em novembro passado e começou no primeiro dia deste segundo mandato pela atual equipe econômica, dirigida pelo ministro da Fazenda, ministro do Planejamento e presidente do Banco Central. Aqueles mesmos que decidem nas reuniões fechadas do Conselho Monetário Nacional, órgão máximo desde 1964. Somente vem a público o que eles querem fazer. Nelas, mensalmente se acompanham a meta da inflação, a situação das reservas internacionais mais o câmbio e o resultado de caixa do Tesouro Nacional. Como foi deixado o primeiro mandato? Inflação em alta, dólar em alta e déficit primário. Para este último, escolhido como mais urgente, começou-se o ajuste fiscal, cortes de despesas do governo e elevação de tributos; para a elevação do dólar, maior uso de reservas para contê-lo e fazê-lo recuar, como está acontecendo depois de vários meses; para a inflação, aumento da taxa básica de juros, já na quinta elevação e ela se acomodou por volta de 8%. Provavelmente,

27/04/2015 - REDUÇÃO DOS INVESTIMENTOS DA PETROBRAS IMPACTARÁ – 1% DO PIB

Redução dos investimentos da Petrobras impactará em – 1% do PIB em 2015. O cálculo é da Fundação Getúlio Vargas de que seja, pelo menos, este número. A previsão das inversões da estatal para este ano recuou em 20%. Em 2014, a Petrobras investiu US$35 bilhões. Neste ano, as inversões serão de US$29 bilhões. Para 2016, a projeção é ainda menor, de US$25 bilhões. Portanto, para o Brasil voltar a crescer, dependerá menos do efeito multiplicativo (inversões estatais). Terá mesmo que incentivar mais os empresários em fazer novos investimentos. A equipe econômica tem como compromisso fazer o ajuste fiscal, para que o Tesouro Nacional apresente superávit primário, visto que no ano passado aconteceu um déficit do Tesouro depois de 18 anos. O superávit fiscal tem como objetivo pagar parte dos juros da dívida pública e a outra parte dos juros será rolada. Referido ajuste fiscal está afetando fortemente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que era até o ano passado preservado e ne

26/04/2015 - EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Na verdade, a educação financeira é um conjunto de conhecimentos que fluem da educação fundamental, cujas disciplinas mais importantes são a matemática, seguida de português e ciências. Não é a toa que o teste internacional PISA é feito dessas matérias. Neste exame o Brasil é reprovado, por ocupar um dos últimos lugares. Nos testes do MEC, os estudantes brasileiros ainda não atingiram nota cinco, na escala de zero a dez. Portanto, reprovados. O que fazer, é claro, investir fortemente em educação. Assim, como corolário aconteceria a educação financeira, cuja palavra mágica é poupar. Como poupar se a renda é baixa? Há sempre um espaço para poupar. Poupar é postergar o consumo presente, havendo sempre um consumo conspícuo que pode ser postergado. Em termos práticos, o dinheiro circulante serve-se de moeda, cheque e cartões de plástico. Estes últimos cresceram e são dominantes no meio circulante. Os cartões de débito somente têm um custo mínimo de portá-los, não significante. Os

25/04/2015 - SINAIS DE PARAR DE CAIR

A economia vive de sinais cíclicos. Em geral, quando ascende, ascende devagar até ao topo. Quando cai, cai devagar até o fundo. A comemorar, quando para de cair e volta a subir. A preocupar, quando deixa o topo em direção à planície. Portanto, ao retificar os dados de crescimento ou decrescimento, o fundamental é as curva de crescimento ter inclinação positiva. Quanto maior a inclinação positiva, melhor para o país. Referida curva do ciclo econômico de longo prazo, quanto mais sobe, mais benefícios se traduzem. Matematicamente, é uma curva tipo oferta global de bens com inclinação maior do que um. Dessa forma, o primeiro sinal de parar de cair no Brasil foi dado pelo IPCA-15 (inflação de 15 dias de março, indicador medido pelo IBGE) menor do que o de fevereiro. Porém, as projeções dos cem especialistas ouvidos pelo Banco Central semanalmente acreditam que a inflação não irá cair de 8% neste ano. O segundo sinal desta semana é que o Índice de Confiança do Empresário Industrial le

24/04/2015 - CELEUMA DO FUNDO PARTIDÁRIO

O orçamento de 2015 passou mais de três meses para ser aprovado. Quando veio,   contendo uma elevação do fundo partidário de R$289,5 milhões para R$867,5 milhões, correspondentes a 200% de aumento, em momento em que o governo lançou um ajuste fiscal, de cortes na execução orçamentária de 30%, para reverter uma situação difícil de déficit público, que há mais de uma década não existia. Evidentemente, que o corte de tal monta nos ministérios foi a principal causa da recessão instalada no País. Agora, ao invés de os políticos darem sua cota de contribuição, eles fazem o contrário. Os valores de 2014 foram distribuídos aos 32 partidos políticos, por hipótese, na razão de R$9.046.875,00. Os valores para 2015 serão na razão de R$27.109.375,00. Aqui se colocou um critério igualitário para cada partido, que não é o caso da prática. Entretanto, o orçamento foi sancionado pela presidente Dilma sem cortes. Criticada, ela disse que iria contingenciar a citada verba. Porém, os recursos do fu

23/04/2015 - BALANÇO AUDITADO DA PETROBRAS

No ano de 2014 a Petrobras ingressou em inferno astral, sendo notícia diária de cunho negativo, persistindo até ontem como uma caixa preta, que tem muito contribuído para o Brasil ingressar em recessão e ser ameaçado de perder o grau de investimento, a duras penas conquistado em 2008. A situação ficou internacionalmente conhecida e objeto de ações judiciais de seus acionistas, quando a auditoria Price Waterhouse Coopers se negou a assinar seu balanço trimestral de setembro passado, que não incluía os prejuízos relativos aos desvios de recursos da estatal, investigados pela Polícia Federal na operação Lava-Jato. Contratos fraudulentos parecem que sempre existiram na empresa. Porém, não sob a forma de clube de ganhadores, isto é, formação de cartel (reunião secreta de grandes empresas, formalmente constituída), cujos vários diretores estão presos desde novembro do ano passado, na Polícia Federal de Curitiba. O cartel começou a operar em 2004, quando foi nomeado por Lula, o ex-diret

22/04/2015 - QUANTO DEVE SER O INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA?

A Consultoria Inter.B calcula que o Brasil deveria investir 3% para manter a infraestrutura atual e 5% para multiplicar investimentos. Depois da estabilização da economia, em 1994, existiram dois governos de FHC, debruçados sobre a organização econômica, em promover privatizações e enfrentar choques monetários externos, México, Tigres Asiáticos, Rússia e o próprio Brasil, ele promoveu poucos planos ou programas de longo prazo, a saber, a reforma monetária, reforma bancária e a reforma previdenciária. A era FHC logrou uma taxa média de crescimento anual de 2,3%. A era Lula, no seu primeiro mandato, recebeu uma lufada de demanda externa pelas matérias primas brasileiras e elevação de seus preços, trazendo relativo progresso, o que fez Lula lançar no seu segundo mandato (2007) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), estimando mais de R$500 bilhões de inversões. Lula obteve taxa média de crescimento do PIB de 4% anuais. Para o primeiro mandato da presidente Dilma se lançou

21/04/2015 - PROGRAMA DE CONCESSÕES DA INFRAESTRUTURA

Em reunião em Washington, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após encontro do FMI e do G-20, na semana passada, representou sozinho o Brasil, como se fosse chefe de Estado. A presidente Dilma ficou no País. A desenvoltura de Levy mostra que o segundo mandato é o oposto do primeiro, quando não houve praticamente abertura para o capital estrangeiro, na área de concessões para a infraestrutura. Segundo o ministro, o setor privado investiu US$200 bilhões em infraestrutura no Brasil nos últimos cinco anos, em áreas como energia, comunicações e logística. É muito pouco. Por exemplo, a Confederação Nacional do Transporte estima que o Brasil precise construir 10 mil quilômetros de rodovias. Porém, só consegue ampliar a malha rodoviária em 700 quilômetros, 7% do necessário. Por esse e outros motivos, os custos de produção sem uma boa logística se elevam em até 30%, tornando as empresas nacionais sem poder de competição internacional. Enfim, os gargalos da infraestrutura impedem que o P

20/04/2015 - INFLAÇÃO DESTE MÊS SERÁ MENOR

Se a inflação indicada pelo IPCA 15 de março desacelerou, divulgado pelo IBGE, parece que ela vai reduzir-se lentamente, de março para abril, a notícia é importante, para que a economia de pior, volte a melhorar, mas é certa de que, neste ano de ajuste fiscal, ele será recessivo. Ou seja, neste ano tudo indica que haverá recessão de, no mínimo, - 1%, conforme os cem analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central, para voltar a crescer em 2016, ainda que pouco, conforme previsões do FMI, que ratifica projeção do BC de crescimento negativo em 2015. A tendência para este ano, contudo, é de que os consumidores não tenham alívio no bolso. O IPCA, índice oficial da inflação ficará em nível superior até o fim do ano, visto que os preços administrados represados serão soltos esparsamente neste exercício, assim como o Banco Central ainda poderá elevar em 0,5% a taxa básica de juros, na reunião de maio. É possível que ela pare de aumentar a SELIC na próxima reunião de julho. O compl

19/04/2015 - CENÁRIOS ECONÔMICOS

O planejamento econômico nasceu em 1917, quando a Revolução Russa fez o seu Plano Decenal. A luta da União Soviética era para resolver as necessidades básicas da economia, perante a miséria, a fome, as doenças e a energia para vencer principalmente as baixas temperaturas, os transportes, as comunicações e só depois os bens supérfluos. Os soviéticos compuseram um grande bloco de países depois da segunda guerra mundial. Por outro lado, o bloco capitalista enfrentou a sua maior crise de realização, em 1929, chamada de a Grande Depressão. Assim, depois de 1945, os dois blocos passaram a fazer planejamento econômico. O bloco socialista com um planejamento de estatismo dirigido; o bloco capitalista de planejamento incentivado pelo Estado. O grande ideólogo do segundo bloco foi John Maynard Keynes, que escreveu o livro clássico “Teoria Geral” (da Economia), onde propugnava a gestão econômica através das políticas monetária, cambial, fiscal, mediante intervenção do Estado, quando fosse

18/04/2015 - PEDALADAS FERIRAM LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

A presidente Dilma montou no primeiro mandato 39 ministérios onde o centralismo que exerceu não permitiu uma boa gestão do caixa, não só por isso, mas também por falta de experiência administrativa, tendo de 2011 a 2014, fechado o orçamento com manobras conhecidas como pedaladas. Isto é, malabarismos que feriram a lei de responsabilidade fiscal (LRF), usando os bancos oficiais, tais como o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para pagar os programas sociais, fazendo o ressarcimento oportunamente, o que é proibido pela referida lei, bem como sem pagar juros pelos adiantamentos concedidos pela rede bancária de sua influência direta. Afinal, o preço do dinheiro é o juro. Em 2014, fechou o orçamento, depois de 18 anos, com déficit fiscal, o que também feriu a citada LRF, já que compôs com o Congresso o uso da verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a aprovação de uma lei que permitiu usá-lo como desconto dos investimentos, para transformar déficit

17/04/2015 - CUSTOS DAS IRRESPONSABILIDADES

Não é somente a operação Lava-Jato que abalou e fez estragos na Petrobras, pelo esquema de corrupção montado. É o chamado “petrolão”, que estourou no primeiro mandato da presidente Dilma e se estende pelo segundo, escândalo muito maior do que o “mensalão”, da era Lula. É um esquema de corrupção de uma prévia de cerca de R$80 bilhões na Petrobras, irradiado por uma queda no PIB próxima de 2%, segundo   estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, estando ainda em processos investigativos. Ontem, surgiram as primeiras denúncias do que seria o “eletrolão”, esquema que começa a identificar-se na Eletronorte, do sistema Eletrobras. Não é possível se aquilatar os estragos gerais da economia brasileira neste ano de tantos desvios de conduta e atos de corrupção. O que está causando estragos imediatos nos orçamentos familiares são as elevações das contas de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica, tomando o caso do Estado da Bahia, que não teve os maiores reajustes, vist

16/04/2015 - ARGUMENTO FALSO DA CRISE EXTERNA

O Fundo Monetário Internacional (FMI) já tinha antecipado previsões na semana passada. Nesta semana, em Washington, manteve sua estimativa de crescimento econômico mundial de 3,5% em 2015 e de 3,8% em 2016, devido ao bom crescimento dos Estados Unidos, de alguns países da Europa, da China e da Índia, estes, crescendo por volta de 7% anuais. O FMI rebaixou a previsão brasileira de 0,3% para – 1% neste exercício. A Venezuela retrocederá 7% na estimativa deles. Brasil e Venezuela puxam para baixo a estimativa da América Latina de crescimento de 0,9%. Portanto, no discurso da presidente todas as vezes que tem se dirigido as contas públicas deterioradas, sua explicação é de que o motivo é a crise externa. Não é. Pelo contrário, o motivo é da má administração da economia doméstica, em face dos resultados pífios apresentados e conforme o atestado do FMI, que costuma ser conservador em suas perspectivas. Para o FMI, o Brasil encolhe pela corrupção encontrada na Petrobras, com efeitos de

15/04/2015 - PECUÁRIA EM ALTA

A moeda brasileira tem se desvalorizado frente ao dólar numa velocidade maior do que a queda dos preços das commodities. Ou seja, houve uma valorização das matérias primas em reais, mesmo com a queda do preço em dólares. No conjunto de notícias econômicas piores do que boas, sem dúvida o agronegócio se fortalece.   A previsão do crescimento da agropecuária no início do ano era de 2,8%, para 2015. Ora, se o próprio FMI, que é cauteloso, está projetando recuo de 1% no PIB, o setor industrial (notadamente doméstico) e o setor de serviços cairão bastante. Como exemplo do agronegócio, o Brasil é o segundo maior produtor e o principal exportador de carne bovina. A distribuição mundial da sua produção em 2014 estava assim: Estados Unidos, 19%; Brasil, 17%; União Europeia, 12%; China, 10%; Índia, 7%; Argentina, 5%; Austrália, 4%; outros 25%. Já as exportações globais em 2014 foram: Brasil, 21%; Índia, 19%; Austrália, 17%; Estados Unidos, 11%; Nova Zelândia, 6%; Canadá, 4%; outros 22%

14/04/2015 - MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE

Criado por Getúlio Vargas, o estilo de governar chamado de populismo. Isto é, o governo dar as coisas, proteger os pobres e fracos. Tutelar um povo não lhe dá autonomia, limitando-lhe a forma de crescer. Pelo menos, desde 1930, que se estabeleceram instituições vindas de cima para baixo. Vindo dos dominadores para os dominados. O modelo primário exportador, de 1500 a 1930, concentrava privilégios com o governo deixando que os lucros fossem privatizados. Mas, quando havia prejuízos, havia a “socialização das perdas” da oligarquia, Celso Furtado mostrou tão bem seu livro clássico “Formação Econômica do Brasil”. Getúlio iria proteger a indústria, que fora proibida em toda a etapa colonial e era solapada pelos agricultores, concedendo-lhe subsídios e usando as divisas para a importação de máquinas e equipamentos industriais. O modelo getulista é chamado como modelo da substituição das importações, que, em mais de 50 anos, criou uma indústria “artificial”. Quando Collor lançou em 199

13/04/2015 - MANIFESTAÇÕES MENORES

Os protestos de rua de ontem levaram menos pessoas do que aqueles de março passado. Mais de 680 mil tomaram as ruas de 24 Estados neste domingo (ontem) contra o governo da presidente Dilma. Em março foram mais de 2 milhões? O “fora Dilma” e gritos contra a corrupção deram mais uma vez o tom dos protestos em todo o País. O esvaziamento das manifestações tem vários motivos. O primeiro é de que não resta dúvida de que a corrupção na Petrobras será julgada e dela sairá restrições severas para que se dificulte ao máximo tais práticas. A sociedade está cobrando a devassa em outras obras públicas. O segundo motivo é de que o ajuste fiscal em curso poderá dar bom resultado, embora a economia ainda esteja em recessão. O terceiro é de que não houve nenhum fato político relevante que provocasse novas ondas de indignação. O quarto é de que não nenhuma prova da culpa da presidente no escândalo da Petrobras para levar em frente o seu impedimento, embora haja desconfianças. Depois de 14 sem

12/04/2015 - FMI, ATUAÇÃO E PREVISÕES

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado em 1944, na cidadezinha americana de Bretton Woods, quando os Estados Unidos já sabiam que ganhariam a segunda guerra mundial. Mesmo assim, ainda jogaram duas bombas atômicas no Japão. Foram únicas e até hoje definem a hegemonia na correlação de forças mundiais. Os americanos têm forças militares por volta do planeta. Quarenta países se fizeram representados na referida cidade. Outros sessenta iriam aderir ao FMI de imediato, subscrevendo suas cotas. Sem surpresa, o maior cotista são os Estados Unidos. O Brasil esteve presente pelo economista Eugênio Gudin, célebre economista, conhecido por também ter escrito o livro Princípios de Economia Monetária, mais dois outros economistas, que foram ministros da área econômica na época da ditadura militar, os quais colaboraram para que vingassem as reformas econômicas do PAEG (1965), inserindo o Brasil no capitalismo, sem volta. O FMI tem atuado no mundo inteiro, socorrendo financeiramente

11/04/2015 - PERSPECTIVA DE ESTÁVEL PARA NEGATIVA

O Brasil ingressou no ano de 2015 somente obtendo notas ruins. Entrou em estagnação em 2014 e ingressou em recessão neste ano. A equipe econômica está envidando esforços para chegar ao fundo do poço e voltar a crescer. Uma das maiores agências de risco mundiais, formando o trio famoso de credenciamento (Moody’s/Standard & Poor’s/Fitch), a agência Fitch, manteve em seu novo relatório a nota brasileira de bom pagador (BBB), o também chamado de grau de investimento ou o que indica que o País é um local seguro para investimento, mas colocou a atual avaliação em perspectiva de negativa. Significa isto que, se a situação econômica não melhorar, rebaixará a nota brasileira. Em síntese, três efeitos ruins apareceriam: o País seria considerado um local de empréstimos especulativos, o crédito ficaria difícil e caro. Está em cheque o atual ajuste fiscal e não deve ficar por aí, urgente devem ser a redução dos ministérios e a reforma econômica, ambas já bastante citadas. Em comunicado,

10/04/2015 - ACORDOS DE LENIÊNCIA

A operação Lava-Jato está só no começo das investigações, cujas ações na justiça comum já começaram com inquéritos sobre empreiteiras, diretores da Petrobras, doleiros e outros, havendo ainda de ser aberta a Ação Penal no Supremo, de mais políticos com foro privilegiado do que no episódio do mensalão, a presidente da República, discursou no Rio de Janeiro, dizendo que a Petrobras “já deu a volta por cima”; “limpou o que tinha que limpar” e “a Petrobras tirou os que se aproveitaram das suas posições para enriquecer”. Não é verdade que a Petrobras está fazendo isto, e sim, a Justiça Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público, imputando ao seu partido e a base, que insistem em dizer que não são os culpados. O País está em recessão e a presidente agora trata de inaugurar obras do programa Minha Casa, Minha Vida, tirar fotos com prefeitos, dar entrevistas a jornais estrangeiros, deixando a negociação econômica no Congresso com o “estranho no ninho” Joaquim Levy, bem como a neg

09/04/2015 - AUMENTO DO DÓLAR NA PETROBRAS E A INFLAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA

A alta do dólar tem diferentes repercussões entre passivos, variando de 30% a 40%. No caso da Petrobras, elevou-se a dívida da estatal em 31%. O pior, no particular, não é isto, é o fato de que a Petrobras perdeu no mês passado o grau de investimentos. O significado disto é que não somente ficou mais escasso o crédito como se tornou mais caro. Os problemas da Petrobras com o escândalo da operação Lava-Jato aumentaram ainda mais quando o último balanço de setembro teve auditoria recusada pela Price (PwC). Ademais, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estimou que o indicador de alavancagem da companhia está muito alto, em 51%, máximo da história, o qual indica a fragilidade financeira da empresa.   Mantidas as parcelas da dívida da estatal em moeda estrangeira, ela saiu de 41% para 51%. O ideal seria de 35%, segundo seu conselho de administração. Conforme o planejamento estratégico da companhia, com base em junho de 2014, a previsão da alavancagem cairia de 42,3% para 33%

08/04/2015 - EM FAVOR DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL

Empresas e sindicatos se unem por competitividade da indústria de transformação. Que empresas industriais? Todas. Que sindicatos? Aqueles ligados a centrais trabalhistas lideradas pela Força Sindical. Este grupo divide o movimento sindical com outra liderança, que é a Central Única de Trabalhadores, apoiadora dos governos do PT, que tem deixado ou acreditam que devem deixar a indústria de transformação à própria sorte. Trata-se de uma “coalização indústria-trabalho”, que publicou um manifesto com reclamações tradicionais, acerca da dificuldade com o câmbio, juros e carga tributária. Quanto ao câmbio, propugnar por maior desvalorização é também chamar a maior inflação e é um assunto para ir-se com calma. Além do mais, desde setembro de 2014 que o dólar se elevou em cerca de 40%, o que incentivou as exportações de manufaturados. Quanto aos juros, estes baixarão quando a inflação retroceder. Portanto, gradativamente. Relativo à carga tributária, aí está justamente a mais forte reiv

07/04/2015 - PRÉVIA DA LAVA-JATO NO PIB

Estudo ontem divulgado pela Fundação Getúlio Vargas informa que o escândalo da operação Lava-Jato, acerca de desvios de recursos da Petrobras, irá reduzir o PIB neste ano em R$87 bilhões, considerando os fatos conhecidos. Considerando o PIB de 2014 de R$5,52 trilhões, a perda seria de 1,58% do PIB. Tal valor daria, por exemplo, para construir um milhão de casas no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ainda que referida prévia possa ser ampliada, já que a operação Lava-Jato somente está no seu início, cujo resultado provavelmente poderá ser pior, o PIB deste ano também sofrerá contração pelo chamado ajuste fiscal, que muito reduzirá os gastos públicos e diminuirá investimentos estatais, além de aumentar tributos, os quais contribuirão ainda mais para reduzir a confiança dos consumidores, dos empresários e retrairá investimentos. De quanto será o efeito do ajuste fiscal mais o efeito do escândalo na Petrobras? Para o professor Jorge Arbage, da Universidade de Brasília, a econ

06/04/2015 - DESPERDÍCIOS DESCOBERTOS – ALGUNS DESDOBRAMENTOS

Este ano de 2015 tem sido de revelações negativas como não se viam há pelo menos 25 anos, desde o escandaloso período de Fernando Collor, afastado por denúncias de corrupção. Mais uma vez o Brasil tem oportunidade de corrigir um conjunto de defeitos, que o poderá colocar em melhor ambiente de negócios. Por isso, é quase unânime a necessidade do ajuste fiscal. Melhor seria a reforma fiscal, mas a equipe econômica resolveu tomar medidas tópicas, ao tempo em que descobertas de desperdícios afloram. Iniciou-se o ano, anunciou-se corte de R$19 bilhões nas verbas dos ministérios. Infelizmente, o maior corte, por volta de 30%, aconteceu na educação. Após recentemente ter sido aprovado o orçamento, a própria presidente está cortando gastos, que provavelmente serão superiores ao anunciado. De mesmos R$19 bilhões foram cortes de direitos trabalhistas, através de anteprojeto ainda no Congresso. Redução de 3% para 1% do subsídio do Programa Reintegra, economia de R$1,8 bilhão. Imposto de re

05/04/2015 - REVERTEU-SE SUPERÁVIT DO COMÉRCIO EXTERIOR

O maior motivo pelo qual o dólar teve em poucos meses um reajuste de 31% decorreu basicamente de que as importações dos últimos anos eliminaram o superávit no comércio exterior que vinha existindo desde o início do século XXI, sendo necessário reativar as exportações, visto que, a carência de dólares faz com que seu preço se eleve, em face de maior demanda. Vendo os cinco últimos anos, as exportações foram em 2010 de US$202 bilhões, as importações de US$182 bilhões, superávit de US$20 bilhões; em 2011, exportações de US$ 256 bilhões, importações de US$226 bilhões, superávit de US$30 bilhões; em 2012, exportações de US$243 bilhões, importações de US$223 bilhões, superávit de US$20 bilhões; em 2013, exportações de US$242 bilhões, importações de US$240 bilhões, superávit de US$2 bilhões; em 2014, exportações de US$225 bilhões, importações de US$229 bilhões, déficit de US$4 bilhões. No Brasil, o número de empresas exportadoras recuou para 20 mil, contra avanço para 44 mil de firmas i

04/04/2015 - UM POUCO DE OTIMISMO

Este mês começou com reação positiva dos agentes econômicos, na medida em que o discurso de sete horas de Joaquim Levy, no Senado, referiu-se ao ajuste fiscal com um início de forte corte de despesas governamentais, muito embora admitindo também que poderia elevar algumas alíquotas de tributos, associando-se com declarações da presidente Dilma à agência de notícias Bloomberg, que prepara um “grande corte” nos gastos. A grande imprensa afirmou que era “forte otimismo”. Aqui se consigna como um pouco de otimismo, visto que falar sobre questões equacionadas de forma ainda insuficiente, por mais de três meses, quando deveria claramente referir-se às medidas de redução dos ministérios, de atração de investimentos, através da necessária reforma fiscal, e não, simplesmente um ajuste fiscal, além de que é fundamental a realização de parcerias público/privadas, coisa que a equipe anterior de Dilma, que não a atual equipe econômica (que somente tem falado em controle da inflação e de a

03/04/2015 - REVÉS DA POPULARIDADE POR CAUSA DA ECONOMIA

O crescimento econômico de 2010 foi de 7,6%, o maior das últimas décadas. Não sem motivo, o ex-presidente Lula encerrou o seu segundo mandato com 83% de aprovação. Os seus grandes reveses foram 40 inquéritos de companheiros do mensalão e 17 pedidos de impeachment, estes julgados improcedentes. Embora o julgamento do referido escândalo tenha acontecido há dois anos, quando a culpabilidade para a maioria foi imputada, o fundamental mesmo para a enorme popularidade foi o desempenho econômico, ainda mais que ele cravou uma média de 4% anuais, em oito anos. A presidente Dilma obteve 63% de conceito ótimo/bom em março de 2013, caiu para 55% em junho, para 31% em julho, subiu para 37% em setembro, para 43% em novembro. Claro, em 2013, o crescimento econômico alcançou 2,7%, um número relativamente bom, mas já se apresentava tendência de queda para 2014. Citado conceito caiu para 36% em março, para 31% Em junho, mas, em face das promessas da campanha eleitoral, de revigoramento econômi