CONSTRUÇÃO CIVIL É FORTE TERMÔMETRO

30-04-2021


Pelo menos, desde 1956, que a indústria da construção civil se tornou um dos carros-chefe da economia brasileira. Naquela época, o outro carro-chefe era a indústria automobilística. Sabe-se, por muitos estudos, que ambos os segmentos produtivos são geradores de muitos empregos diretos e muito mais de empregos indiretos. Em geral, estima-se que para cada emprego direto há a condição de gerar por volta de dez empregos indiretos. Na atual pandemia do novo coronavírus, ingressando em seu segundo ano de altas infecções, neste, até maior do que no primeiro, a indústria automobilística muito se retraiu. O complexo empresarial Ford, há cerca de cem anos de Brasil, saiu daqui. Já a indústria da construção civil mostra ares de recuperação da forte recessão do ano passado. E, nela, muitas esperanças foram colocadas para a retomada do crescimento econômico, depois de ter-se uma recessão de – 4,1% do PIB em 2020.

No início deste ano, as estimativas dos órgãos classistas da construção civil estimavam que o segmento poderia crescer por volta de 4% nesse ano de 2021, o que corresponderia a maior alta desde 2013. Porém, não obstante o alastramento da pandemia do covid-19, outros motivos estão impactando a sua evolução, faltando materiais de construção e os seus preços estão muito elevados, além da queda do poder aquisitivo da população, os quais levam aos sindicatos patronais a reduzirem a perspectiva de crescimento da construção civil para, em média, 2,5% em 2021.

No ano passado, o PIB da indústria da construção civil fora negativa em 7%. Em 2021, ao contrário das estimativas do ano anterior, o PIB do referido segmento, no primeiro trimestre, está sendo aguardada a sua divulgação, situando-se as estimativas em – 0,8% a – 1,0%.

As estimativas mais amplas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBICC) estão por volta de 2% e não encontra melhora no crescente cenário de dificuldades para a aquisição de insumos para a citada indústria.

Por sua vez, o Índice Nacional da Construção Civil, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, demonstra um crescimento de 27,26% nos últimos doze meses, encerrados em março. Para a CBICC é a maior alta do referido índice, desde 1998, quando começou a ser calculado.

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