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Mostrando postagens de abril, 2014

03/05/2014 - RESERVATÓRIOS FORA DO CONTROLE

Acabou em abril oficialmente o período das chuvas. O Operador Nacional do Sistema (ONS) havia estabelecido que fosse seguro, para não haver racionamento, chegar com 43% de água nos reservatórios das regiões Centro Oeste e Sudeste. As duas regiões são responsáveis por 70% do consumo nacional. Os reservatórios estão com 38% de água. A conjunção de más notícias está fazendo o ONS protelar uma campanha pela redução do consumo de energia elétrica ou anunciando medidas de corte de carga. Estão querendo empurrar também o problema para depois das eleições. A desculpa é de que seriam tomadas “medidas adicionais”, para garantir o fornecimento. Quer dizer, improvisações, como as que têm ocorrido. Sabe-se que as termelétricas estão chegando ao limite. Em 2001, ano do último racionamento, o nível dos reservatórios se encontrava em 32%. Vão esperar chegar até lá? O sistema como um todo não detonará apagões, mais do que os que acontecem? Ademais, a incerteza dos preços pelo uso de energia com

02/05/2014 - VITÓRIA SERIA APERTADA

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) e o Instituto MDA, divulgada no final do mês passado, cujas entrevistas de 2002 pessoas foram realizadas nos dias 21 a 25 de abril, confirmou o cenário diagnosticado pelo DATAFOLHA, do início de abril, na qual a queda nas intenções de voto da presidente Dilma caiu 6,7%, de 43,7% para 37%, margem de erro de 2,2%, enquanto o pré-candidato tucano Aécio Neves cresceu 4,6%, saindo de 17% para 21,6%, assim como o pré-candidato socialista Eduardo Campos subiu 1,9%, de 9,9% para 11,8%. Referida pesquisa foi estimulada com apenas os três candidatos. Ela venceria no primeiro turno eleitoral por pouco. Os efeitos do atual noticiário negativo sobre a Petrobras influenciaram 30,3% dos entrevistados, que declararam acompanhar o assunto. Outros 19,9% afirmaram ter ouvido falar sobre o mesmo. Mais de 50% de observadores atentos. Os fatos econômicos vem se desdobramento negativamente para a atual administração do País. Mais de

01/05/2014 - INVESTIMENTO BRUTO

O Investimento Bruto também chamado de Formação Bruta de Capital é composto de duas parcelas. Uma é a Depreciação, ou seja, a reposição do capital que se desgastou. Outra é o investimento Líquido. Este é responsável pelo crescimento do PIB. Classicamente, uma depreciação de 10% é considerada para o estoque de capital. Por seu turno, cada 3% do investimento líquido corresponde a aproximadamente 1% de incremento do PIB, visto que o investimento não se reproduz imediatamente. Considerando que em 2013 o investimento se situou por volta de 18% do PIB, conforme estatísticas do IBGE, a taxa de elevação do PIB alcançou 2,3%, o que tem certa lógica. Para este ano, as previsões até as calculadas semanalmente pelo Banco Central, após consultar 100 formadores de opinião econômica, divulgadas as médias de indicadores econômicos no boletim Focus, o PIB encontra-se por volta de 1,7%. Logo, o investimento bruto não está crescendo, para um crescimento expressivo do PIB. Encontra-se estável ou at

30/04/2014 - 13º FÓRUM DE COMANDATUBA

O maior encontro empresarial do País acontece de 01 a 04-05-2014, sendo o 13º Fórum de Comandatuba, ilha baiana, considerada a Davos brasileira. O tema central é “Uma agenda para o desenvolvimento do Brasil”, estando confirmados 320 líderes políticos e empresariais. O Fórum é organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), que congrega 1.620 empresas filiadas, de grande porte, sendo responsáveis por 52% do PIB privado. O presidente da LIDE, João Dória Jr. afirmou: “Todo ano em que temos eleições majoritárias, a gente promove um debate construtivo de agenda positiva para conhecer pessoalmente os candidatos à presidência da República, quais são os seus planos, quais são suas ideias e plataformas para o Brasil. Nós convidamos a presidente Dilma Rousseff, os pré-candidatos Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Aécio Neves e Eduardo Campos prontamente responderam e estarão presentes. Dilma não respondeu. Então vamos fazer o debate com os candidatos Aécio Neves e Eduardo Ca

29/04/2014 - AS MELHORES CIDADES

A revista Exame, datada de 30-04-2014, publica as 100 maiores cidades, para investir em negócios. O estudo é da consultoria paulista Urban Systems, que analisou 293 municípios   com mais de 100 mil habitantes, responsáveis por 71% do PIB brasileiro, compreendendo análise de 27 indicadores. Quatro recortes foram realizados. Quanto ao desenvolvimento econômico a vencedora foi Parauapebas, no Pará. Relativo ao desenvolvimento social a campeã é Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Referente à infraestrutura está à frente Recife, em Pernambuco. Quanto ao capital humano se encontra Florianópolis, em Santa Catarina.   Porém, a grande campeã é Vitória, no Espírito Santo. Em ordem, segue a relação das dez primeiras: Vitória, Parauapebas, Curitiba, Barueri, Florianópolis, Niterói, São Caetano do Sul, Recife, Rio de Janeiro, Macaé. Vitória tem a maior renda per capita do Brasil, cerca de R$86 mil, sendo quatro vezes a média nacional. A cidade ainda é privilegiada por ficar com 40% dos tri

28/04/2014 - FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

Programa de viabilização do acesso de jovens ao ensino superior, o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) cresceu mais de dez vezes de 2009 para 2013. Em 2009 eram 32.781 contratos. Em 2013 foram 556.500 beneficiados. Os desembolsos do governo com o programa atingiram R$7,7 bilhões no ano passado. O FIES permite financiar de 50% a 100% da faculdade, prazo de pagamento de até três vezes a duração do curso, mediante juros de 3,4% ao ano. Até o momento não é significativa a inadimplência, visto que os alunos não sentem os aumentos por causa das boas condições do financiamento. Os cursos habilitados no FIES possuem mensalidades em média de R$661,00, em contraste com R$644,00 daquelas faculdades não autorizadas a financiar os estudos dos alunos por meio do programa federal. Os 2,5% acima de diferença, em 2013, não assustaram os tomadores. Porém, no caso das mensalidades seguirem se elevando, os desembolsos com o FIES vão crescer em proporção maior do que o número de alunos atend

27/04/2014 - GEOPOLÍTICA EM REAÇÃO

O que tem a ver a geopolítica com a economia? Simplesmente, tudo. A economia usa da geopolítica para fazer o seu território. A economia aqui é no sentido do poder econômico. No mundo sempre houve impérios. Há pelo menos dois séculos que o imperialismo é o americano. Eles gostam até de que seja assim. O cenário do século XX foi da definição de áreas por blocos econômicos. Com o fim da União Soviética, em 1989, assistiu-se o palco dos grandes líderes mundiais, o chamado G-7, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Canadá e Itália, convidando a Rússia, para compor o G-8. Nas três últimas décadas, grandes emergentes se tornaram potências econômicas, tais como a China, África do Sul, Índia, Austrália, Coreia do Sul, Brasil, dentre outros, os quais foram também convidados para compor um grupo bem maior, o chamado G-20. No entanto, não saíram soluções adequadas e o G-20 praticamente não tem se reunido. Conflitos na Ucrânia fizeram com a Rússia anexasse a Criméia. Se G-20 já

26/04/2014 - CAMPANHA DA PETROBRAS

Como acreditar em campanha a favor da Petrobras se a própria presidente da República e a presidente da empresa confirmam que a compra da refinaria de Pasadena foi um mau negócio? Só se for para terminar logo o atual devaneio. O prejuízo exposto desse negócio foi de um bilhão de dólares. Por que o diretor da área internacional, Nestor Cerveró só foi demitido oito anos depois da compra da refinaria? Aliás, depois da compra da referida ele foi promovido a diretor financeiro da BR Distribuidora.   A incompetência da política econômica do atual governo é geral. A Petrobras vale hoje menos da metade do que valia em 2010. O sistema elétrico passa por uma rede de desconforto, no qual os brasileiros estão sendo chamados a pagar pelos prejuízos, em 2014, mediante reajuste por volta de 15% da conta da luz; em 2015, já foi anunciado aumento por conta do uso das termelétricas da atualidade. De quanto, ainda não se sabe. Na propaganda da área da Petrobras existe um rio de dinheiro e fal

25/04/2014 - À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

Dois meses se passaram sobre ter-se colocado na crista da onda o escândalo que foi a compra da refinaria de petróleo de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, de grande e reconhecido prejuízo. A oposição veio tentando instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, exclusiva. A base aliada incluiu na proposição que fossem investigados também denúncias do metrô de São Paulo e de obras no porto de Suape, em Pernambuco, administrados por governos oposicionistas.   A amplitude da CPI examinaria denúncias da situação e da oposição. A oposição recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a CPI fosse somente da petroleira. A ministra Rosa Weber concedeu liminar às 22 horas do dia 23, conforme praxe do STF, de atender ao direito da minoria. A base aliada aguarda a decisão do pleno do STF, mas já se prontificou a participar da constituição dos trabalhos da CPI. A presidente Dilma, como presidente do conselho da Petrobras, admitiu, depois de oito anos, que não e

24/04/2014 - MANIPULAÇÃO DO PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) é o indicador universal de desempenho de uma economia, seja local, regional, nacional, internacional. Trata-se de uma medida econômica; de uma abstração; de aproximação do desempenho da economia em uma forma agregada. Quem calcula no Brasil o PIB é o IBGE, que o faz mensalmente. Porém, somente divulga resultados trimestrais. A metodologia é rigorosa, através de cálculos de erros, em busca da maior precisão possível. Ademais, pode fazer até duas correções de um resultado. A análise de um PIB é estática. A análise de dois ou mais trimestres é estático-comparativa. A forma convencional de avaliação do desempenho econômico de um governante é   pelos números que obtêm do crescimento do PIB. Assim, não somente no Brasil, uma gestão que é posta em dúvida ou que obtêm maus resultados, geralmente tenta explicar-se ou mudar a metodologia do seu cálculo. Na década de 1970, o IBGE foi alvo de assédios, para mostrar melhores resultados econômicos possíveis, o

23/04/2014 - OPERAÇÕES CARRY TRADE

As chamadas operações carry trade são decorrentes de especulações com moeda. Investidores internacionais tomam emprestados em bancos internacionais à taxa de juros mais baixa e aplicam em títulos da dívida pública brasileira, que pagam pelo menos a taxa básica de juros a SELIC, hoje em 11% ao ano. Conforme é sabido o Brasil pratica as maiores taxas reais de juros do mundo. Lá fora é possível tomar emprestado a 3% ao ano, que, mesmo pagando impostos sobre o ganho financeiro, o aplicador-especulador ganha e muito. O Brasil com taxa de 7,25%, a menor SELIC já praticada, atraia menos. Porém, através de nove elevações consecutivas da SELIC, o País voltou a ser o paraíso dos especuladores. Claro, no meio dos especuladores vem também investidores internacionais e o Brasil está necessitando muito para fechar o crescente déficit no balanço de transações correntes. Depois de 1994, data do Plano Real, a estabilidade dos preços foi conquistada mediante contratos formais e informais na so

22/04/2014 - MANIPULAÇÕES ESTATÍSTICAS

Durante o atual mandato da presidente Dilma tem havido mais ataques aos ícones patrimônios nacionais, tais como PETROBRAS, ELETROBRAS, IPEA, IBGE, CAIXA ECONÔMICA. A PETROBRAS tem sido a mais manipulada desde que o PT assumiu o poder em 2003. Os preços dos seus produtos são administrados para combater as altas taxas inflacionárias. Ou seja, períodos longos de reajustes e abaixo da média taxa inflacionária projetada. Nos últimos três anos, o valor de mercado da estatal já perdeu cerca de 50% do seu valor. Vale dizer queda de R$201 bilhões. O sistema ELETROBRAS sentiu forte intervenção em 2013, para baixar em 20% a conta de luz. Porém, em 2014, as contas voltaram a subir, por volta de uma média de 15% bem como o adiamento dos gastos com as termelétricas para 2015, em razão das eleições deste ano. O preço a pagar será bem alto pela conta de luz no ano que vem. O prejuízo acumulado já passa de R$20 bilhões. A CAIXA ECONÔMICA inflou seu lucro em 2012, mediante uso de saldos de poupan

21/04/2014 - FUGA DE RESPONSABILIDADES

O caso da compra da refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos começou a gerar polêmica desde a sua aquisição, em 2006. No mês passado, a presidente Dilma declarou ao jornal Estado de São Paulo, que a aquisição se baseou em resumo técnico “falho e incompleto”. Por que aprovou? A documentação completa esteve a sua disposição, dossiê de mais de 400 páginas. Atribuiu-se a Lula a declaração de que “Dilma deu um tiro no pé”. Ele não confirmou, nem retificou. Mostrou-se aí incompetência na condução de negócio que custou US$1,2 bilhão, valendo a preços de mercado US$200 milhões. Prejuízo de US$ 1 bilhão. Ficou claro que Lula e Dilma não estão tão afinados assim, pelos desdobramentos seguintes. O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, muito ligado a Lula, tendo Dilma o exonerado e colocado sua candidata, veio a declarar, em comissão investigativa do Congresso, que na época fora bom negócio. Poucos dias depois, na mesma comissão, Maria das Graças Foster, atual presidente da

20/04/2014 - PRODUTIVIDADE EM BAIXA

A revista The Economist desta semana afirma que o brasileiro tem estado, por décadas, com produtividade em baixa. O título do artigo é “Soneca de 50 anos”. Após duas décadas anteriores de aumento de produtividade (1960-1970), a produção por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo de cinco décadas. O estudo revela que a paralisia da produtividade brasileira ocorreu com o contraste do cenário internacional, quando outros emergentes como Coréia do Sul, Chile e China mostraram firme tendência de melhora do indicador. Assim, a produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB brasileiro entre 1990 a 2012, em comparação com 91% da China e 67% da Índia, baseados em pesquisa da consultoria Mc Kinsey. A ironia é grande quando a citada revista se refere: “A partir do momento em que você pisa no Brasil você começa a perder tempo. Os brasileiros são gloriosamente improdutivos. Eles precisam sair do seu estado de estupor para acelerar a economia”. As razões es

19/04/2014 - ECONOMIA DESACELERA

O Banco Central (BC) se constitui em centro rápido de pesquisa, trabalhando com amostra infinitamente inferior a do IBGE. Por isso mesmo, divulga muito antes do IBGE o Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O índice do BC é considerado uma prévia do indicador oficial do IBGE. Conforme o BC, a economia brasileira desacelerou entre janeiro e fevereiro, depois de registrar um avanço de 2,35% em janeiro, em fevereiro houve taxa mais modesta de 0,24%. Dessa forma, especialistas alertam que se consolida um quadro de crescimento fraco para este início de 2014, consistente com uma expansão até dezembro deste ano de um PIB por volta de 1,5%. Portanto, é muito grande a diferença entre os 4,5% projetados pela Lei de Diretrizes e Bases de 2013. Na verdade, desde o início do mandato da presidente Dilma, os números prospectados vêm sempre superestimados, trimestralmente, gerando descrédito até internacionalmente, como pelo jornal londrino Financial Times e pela agência de ri

18/04/2014 - DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Entre 1949 a 1979, a Federação fazia Plano Econômico de cada Governo. Porém, a partir de 1980, não fez mais Plano, e sim, Programas e Projetos. Os Programas são setoriais, tal como o atual Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que trata da infraestrutura. Já houve o PAC i e está em vigor o         PAC 2. Ambos, em mais da metade das realizações que propõem. Ou, tal como o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Referido documento deste ano foi enviado no dia 16 deste. O motivo do planejamento atual ser assim, desde 1980, é porque o Plano é global, nacional, exigindo metas de longo prazo (quatro anos ou de um mandato de governo), bem como fontes estáveis de recursos, que são financiamentos garantidos de longo prazo. Compromissos que são cobrados e avaliados com mais rigor. Já o Programa ou Projeto envolve projeção para um ano, embora possa conter estimativas de outros anos. No entanto, a cada ano o PLDO é reformulado. Portanto, a prática atual é de planejamento

17/04/2014 - PETROBRAS, MAIS TRAPALHADAS.

A última trapalhada da Petrobras aconteceu nesta semana, quando a presidente da Petrobras, em depoimento no dia 15, declarou em Comissão do Congresso, que investiga denúncias de corrupção na estatal, não sendo ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mais ampla, proposta para ser exclusiva, a ser julgada pelo STF, Maria das Graças Foster arrematou sobre a compra da refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos: “Assim, o negócio originalmente concebido, transformou-se em num empreendimento de baixo retorno sobre capital investido. Definitivamente, não foi um bom negócio, a contabilidade prova isso”. Colocou a culpa no diretor internacional da época, Nestor Cerveró e no ex-presidente, seu antecessor. Duas semanas atrás, perante a mesma comissão, o ex-presidente José Sérgio Gabrielli afirmou que a compra da citada refinaria “foi um bom negócio”. Ora, não foi e não é bom negócio. Ademais, atualmente, está preso o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pela operação Lava

16/04/2014 - CAPITAL HUMANO

Classicamente os fatores de produção são cinco: natureza, trabalho, capital, capacidade empresarial e tecnologia. Desde o início dos anos de 1970, pelo menos, na Universidade de Chicago, foi feita a junção de dois fatores como um fator só, refinado, que vem sendo aprimorado por décadas subsequentes: capital humano. Isto é, o investimento que se faz no homem para sua qualificação. A propósito, o professor Gary Becker, daquela Universidade, escreveu um livro intitulado Human Capital. Mais tarde, em 1992, o citado professor recebeu o Prêmio Nobel de Economia. Consta que ele, embora idoso, ainda estuda nessa linha. Dessa forma, as empresas líderes do mundo estão perseguindo sempre os melhores cérebros. Assim tem acontecido com General Motors, Exxon, Microsoft, Unilever, IBM, Petrobras, dentre outras, hoje sendo a maior do mundo a Apple, cujas maiores forças dos seus profissionais se encontram não somente na produção, mas em inovação, design e marketing, como exemplos. O jornalista D

15/04/2014 - FHC DIZ QUE O REAL FICOU PELA METADE

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem declarado que o Plano Real ficou pela metade. Isto é, houve somente a reforma monetária. Faltaram a reforma política, a reforma tributária e a reforma da previdência social, segundo ele. Esta última foi tentada, no seu governo. Porém, somente foi criado o fator previdenciário, quando deveria ter sido mudada a idade mínima para a aposentadoria, visto que a expectativa de vida do brasileiro ultrapassa 73 anos e a aposentadoria por idade acontece aos 65 anos. Parece que o que aconteceu com FHC foi a de maior confiança nas suas negociações políticas, coisa que Lula teve muita, mas mudou pouco, não fazendo as citadas reformas. A presidente Dilma falta a habilidade em referência. Nas manifestações de rua de junho de 2013, as bandeiras principais foram a reforma política, a luta contra a corrupção, a qualidade dos serviços de saúde, educação e segurança. Encabeçando veio a questão política. A presidente da República chegou a falar de uma A

14/04/2014 - BIÊNIO DIFÍCIL

O biênio 2014-2015 está sendo visto como muito difícil para a economia brasileira. As projeções, inclusive as do Banco Central, publicadas semanalmente são de taxas de crescimento até inferiores a 2% anuais. A economia doméstica se defronta com a problemática de deterioração da contabilidade nacional. O ex-presidente Lula entregou a presidente Dilma uma economia estabilizada, inflação controlada, a maior taxa de crescimento em mais de 30 anos, em 2010, de 7,5% do PIB, uma Petrobras que lucrava R$35 bilhões ao ano. Depois de oito anos no poder, Lula tinha a confiança dos empresários e da população, isto é, credibilidade. A presidente Dilma continuou com o mesmo tripé de política econômica de Lula. Porém, falta-lhe atuação política, jogo de cintura, diálogo, além de não ter feito as reformas econômicas prometidas, deixou seu ministro da Fazenda fazer malabarismos com a contabilidade nacional, ao ponto de mascarar o prometido superávit fiscal. Mas, não foi somente o acima exposto.

13/04/2014 - DESEMPREGO É ÍCONE

A questão econômica do emprego é tão importante, ou melhor, é a mais importante para a economia. Trata-se de grande preocupação dos teóricos.   Por exemplo, o livro clássico de John Maynard Keynes se denomina de “Teoria Geral”, tendo como subtítulo “dos Juros, do Emprego e da Moeda”. A lógica geral de quando uma economia está bem, o emprego é o mais amplo possível. Logo, as taxas de desemprego são baixas. O que é baixo? A teoria estatística se refere a um erro de no máximo 5%.   Depreende-se daí, que um desemprego desejável seria até este número ou por volta dele. Os países mais organizados assim se apresentam. Depois da maior crise do capitalismo, a de 1929, em 2008, surgiu a segunda maior desse sistema, a qual hoje está quase debelada. Isto é, em processo de recuperação. Dessa forma, os países avançados experimentaram taxas até superiores a 10% de desemprego, tal como na economia dos Estados Unidos. Hoje, está taxa lá, está em torno de 7%, convergindo para 6% ou menos. Na Euro

12/04/2014 - VIOLÊNCIA REITERADA

No dia primeiro deste mês, aqui se referiu a pesquisa da ONG mexicana Conselho Cidadão, em sua quarta edição, mediante estudo mundial de estudos com mais de 300 mil habitantes, entre 50 municípios, 16 brasileiros estavam entre os mais violentos do globo. No dia 10 deste, a ONU divulgou a lista de 30 cidades mais violentas do mundo, da qual o Brasil tem 11 cidades. As posições brasileiras são: Maceió se encontra em 5º; Fortaleza está em 7º; João Pessoa, 9º; Natal, 12º; Salvador, 13º; Vitória, 14º; São Luiz, 15º; Belém, 23º; Campina Grande, 25º; Goiânia, 28º; Cuiabá, 29º. O Brasil é o país com mais cidades na lista das violentas, seguido pelo México, com seis cidades. Ambos são os países mais populosos da América Latina. Venezuela e Colômbia têm três cidades cada, Honduras e Estados Unidos, duas cidades. Dessa forma, a América latina desbancou a África como a região mais violenta. Honduras é o país com maior número de assassinatos por 100 mil habitantes. Lá, a situação é considera

11-04-2014 INFLAÇÃO EM ELEVAÇÃO É RUIM

Sim, a inflação em elevação é ruim, principalmente quando mostra a tendência de permanecer no longo prazo, tendo em decorrência baixo crescimento econômico. Claro, na famosa teoria da equação quantitativa da moeda, MV = PY, quando o lado monetário (MV) é muito maior do que o lado produtivo (PY), isto implica em dizer que o ajuste se dá via inflação e baixo crescimento econômico. Na equação, M = quantidade de moeda; V = sua velocidade renda; P = nível geral de preços; Y = volume das transações. Antes do Plano Real, de 1994, a inflação era indexada. Vale dizer os preços e os contratos eram corrigidos cotidianamente. A economia era desorganizada, tendo levado cerca de três décadas desajustadas. O Plano Real acabou com esse triste passado, vindo a inflação, nestes cerca de vinte anos, repetir, na maioria desses anos, a taxa inflacionária na casa de um dígito, assemelhando-se à inflação dos países civilizados. No entanto, referida taxa ainda tem sido bem maior. Vale dizer que a econo

10/04/2014 - DESLANCHE DOS GASTOS PÚBLICOS

Quando Fernando Collor quis realizar o Plano Brasil Novo, no início do seu governo, em 1990, ele disse que tinha somente uma bala de prata, que seria deflagrada para o enxugamento monetário, perante a inundação de dinheiro prevalecente, que causava a hiperinflação (acima de 1.000% ao ano; em determinado momento, anualizada, chegou a ser maior do que 2500%). Ele deixou todos perplexos, quando sequestrou 80% do dinheiro da economia, para devolvê-lo em doses homeopáticas. Para isto, ele fez a fusão de muitos ministérios e cortou imensamente os gastos públicos. Porém, em 1990, houve brutal recessão, de 4,3% ao ano. A história chamou tal Plano de Collor I. Terminado 1990, a devolução paulatina do dinheiro, não reanimou a economia e o resultado foi o retorno da inflação em 1991. Paulatinamente, também, vinha elevando os gastos públicos, mediante Plano Collor II, em 1991. Em 1992, Collor foi forçado a renunciar, mediante corrupção generalizada com dinheiro público. Seu vice-presidente,

09/04/2014 - INDÚSTRIA EM PERSPECTIVA NEGATIVA

O século XX se caracterizou no Brasil como aquele no qual o País buscou recuperar o grande atraso no seu processo de industrialização. Na etapa colonial a indústria brasileira foi proibida, pelo tratado de Methuen, de 1703, entre Portugal e Inglaterra.   Portanto, aqui era o reinado das importações de indústrias europeias. Através do domínio quase que total da oligarquia, durante o período de Independência (1822) até a República (1889), os interesses ruralistas sufocavam a luta dos poucos industrialistas que aqui existiam. O golpe militar de 1930 veio proteger a incipiente indústria nacional, a qual contou com inúmeras dificuldades, visto que o progresso mundial já estava bem além do local. O governo Vargas adotou a política de industrializar via substituição de importações, protegendo a nascente indústria brasileira, mediante fortes subsídios, barreiras alfandegárias, importação de máquinas, equipamentos e combustíveis. O governo de JK, período de 1956-1960, lançou o Plano de M

08/04/2014 - EFEITO CRIMÉIA

No ano passado a bolsa de valores brasileira acumulou perdas de no mínimo 15%. Em janeiro, fevereiro e início de março a BOVESPA caiu mais de 7%. A explicação de ter reiterados prejuízos se deveu ao fraco desempenho econômico do ano, de 2,3% em 2013, além de perspectiva ainda pior de crescimento de 1,5% para este ano. No primeiro semestre de 2008, a BOVESPA chegou ao pico de 73 mil pontos. Advinda a recessão no segundo semestre de 2008, a bolsa brasileira caiu até 37 mil pontos, recuperando-se meses depois, para acima de 50 mil pontos. No cenário dos três últimos anos, não havendo mais recessão, a BOVESPA chegou ao mínimo de 45 mil pontos, recuperando-se rapidamente para 55 mil pontos. Agora, em março de 2014, ela voltou a cair até 45 mil pontos. Porém, recuperou-se e voltou em direção aos 55 mil pontos. A revista Veja, da semana passada, trouxe como principal matéria, já na sua capa, “Dilma caiu, a bolsa subiu”, de que, a última pesquisa do IBOPE, divulgada na terceira semana d

07/04/2014 - MAIS QUENTE

Entre 1983 a 2012 ocorreram as três décadas mais quentes dos últimos 1.400 anos. Isto foi apresentado em reunião no dia 31 de março, em Yokohama, Japão, mediante resultados de 12 mil estudos compilados por 259 cientistas. Dessa forma, divulgou-se o relatório do 5º Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, sigla em inglês). A continuada elevação da temperatura global continuará produzindo fome, ondas migratórias e conflitos mundiais nas décadas seguintes, se não forem reduzidas as emissões principalmente de dióxido de carbono, o principal elemento causador do aquecimento. A concentração de gases é também reforçada por metano e óxido nítrico. As regiões mais pobres serão as mais afetadas principalmente as áreas tropicais de baixa latitude. No Brasil, a Amazônia e o Nordeste são as áreas que serão mais prejudicadas, justamente aquelas onde se concentram mais pobres. No mundo, a perspectiva é de que países do Centro da África e parte do Sudeste Asiático sejam

06/04/2014 - PENTACAMPEÃO EM TRIBUTOS

Por que o Brasil cobra tributos de país rico e devolve em serviços de país pobre? Referida verdade se deve à herança colonial, que colocou o Brasil até hoje em dependência da dívida pública. Isto é, o Brasil carrega uma dívida pública impagável desde a independência política, visto que foi exigência para seu reconhecimento pelo império inglês, que assumisse a dívida portuguesa e de que lhe pagasse o custo das guerras da independência. Países como os Estados Unidos, por exemplo, não pagaram a sua dívida aos seus colonizadores. O fardo hoje está em R$2,1 trilhões. Somente em juros, pagaria por baixo, considerando a SELIC de 11% anuais, o montante de R$231 bilhões. Por seu turno, isso pressiona, por baixo, mais de 20% do orçamento federal. Em consequência, a carga tributária hoje é de 36%, uma das mais altas do mundo. Pelo menos, desde 1946, quando era de 16%, tem crescido anualmente. Portanto, desde 1822 nenhum dirigente resolveu a citada questão. O Instituto Brasileiro de Plan

05/04/2014 - TAMANHO DO ERRO

A matemática aplicada gera a estatística. A estatística aplicada na pesquisa gera poderoso instrumento de política econômica. Os manuais de estatística afirmam que o erro da pesquisa no máximo é de 5% (- 2,5%, 2% dos extremos da curva normal). No Brasil, os grandes institutos de pesquisa, IBOPE, DATAFOLHA, VOX POPULI, tomam, geralmente, 4% (- 2%, 2% dos extremos da curva normal). Em 1967, os militares criaram o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com o objetivo de produzir estudos técnicos, visando subsidiar a política econômica. Na verdade, o IPEA tem sido linha auxiliar do governo federal. Presentemente, ele faz parte da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ao nível de ministério. Ontem, o IPEA divulgou nota reconhecendo que houve erro na divulgação de uma das suas pesquisas sobre estupro, intitulada “Tolerância social à violência contra as mulheres”. A divulgação chocou o País. Até a presidente da República manifestou indignação em r

04/04/2014 - JUROS SELIC EM 11%

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) decidiu elevar, pela nona vez consecutiva, desde abril de 2013, a taxa básica de juros da economia, denominada por SELIC. Citada taxa é a referência da maioria dos contratos, estabelecendo um nível mínimo de remuneração das negociações dos títulos da dívida pública de mais de R$2 trilhões. Toda vez que a SELIC sobe, os juros bancários também sobem em diversas proporções, bem como o inverso é verdadeiro. A teoria econômica explica que o investidor, a quem cabe decidir se aplica no mercado produtivo ou no mercado financeiro, em geral investe mais, quando a taxa de juros é baixa; investe menos, quando a taxa de juros é alta. Em consequência, acredita-se que, em tese, a elevação de juros é deflacionária, assim como a baixa taxa de juros é inflacionária. Portanto, a atuação do BC é de intervir na fixação da sua taxa de juros nominal em pequenas doses, para evitar sobressaltos. Quando descontada a inflação anua

03/04/2014 - EDUCAÇÃO, MÁ COINCIDÊNCIA.

“Educação, vergonha nacional”. Ibrahim Sued, colunista famoso na segunda metade do século XX, geralmente, encerrava sua coluna diária no jornal O Globo, bem como em programa televisivo da emissora do grupo, com tal bordão. Sem dúvida, existe uma unanimidade, quanto a de que a boa educação conduzirá o Brasil ao rol dos países desenvolvidos. Mais de cinco séculos e até hoje a educação brasileira, de uma maneira em geral é deficiente. Sabe-se que a educação nacional precisa ser de tempo integral, de que deve haver, creches suficientes e bem equipadas, de recursos humanos e materiais, de que não deve haver evasão, de que deve haver mais verbas da educação. Em suma, a educação, de uma forma em geral, na escala convencional de zero a 10 ou de 100 a 1.000, deveria ultrapassar a nota 5 ou 500. Em direção a nota 8 ou 800, perfil da maioria dos países avançados. Enfim, “só o conhecimento liberta”. É bem verdade que, desde o Plano Real, de 1994, a estabilidade da economia, trouxe fundam

02/04/2014 - PAC DA SAÚDE

No dia 22-01-2007, o governo federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa de investimentos públicos em uma infraestrutura semi-destruída, após trinta anos de baixo crescimento. Naqueles anos próximos, do fim de um mandato e início de outro, o governo Lula obtinha taxas de crescimento acima de 5% ao ano. No final de 2008, adveio a recessão mundial e o Brasil também ingressou nela. O fato é que a era Lula cravou taxa média anual de 4% de incremento do PIB. O PAC 1, do referido segundo mandato, realizou investimentos infraestruturais em cerca da metade daqueles previstos. Naquela época, a infraestrutura, que era tida como rodovias, portos, aeroportos, passou a agregar os gastos com saneamento, segurança, educação, transportes, energia, saúde, dentre outros. Enfim, todos os investimentos públicos começaram a fazer parte do PAC. Para o governo da presidente Dilma foi delineado o PAC 2, em curso, bem como um anúncio de que haveria um PAC 3, para outro gover