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Mostrando postagens de junho, 2022

PACOTE DE BONDADES

  Já é comum no Brasil, em ano de eleições majoritárias, o governo que se finda e quer tentar a reeleição, assim tendo feito Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma e, agora quer fazer Bolsonaro, o lançamento de um “pacote de bondades” do governo federal. A três meses da disputa eleitoral, ontem, foi lançada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), para que seja examinado no Senado e depois vá à Câmara, esperando o governo vigorar neste ano, os projetos relativos a: (1)     Ampliar o Programa Auxílio Brasil, contemplando a demanda que está sendo reprimida de mais de 2 milhões de famílias, no valor estimado de R$89,1 bilhões. (2)     Perdão do FIES, no valor de R$38 bilhões. (3)     Bônus do Auxílio Brasil, estimado em R$26 bilhões. (4)     PIS-COFINS do óleo diesel, avaliado em R$17,6 bilhões. (5)     Corte de 25% na alíquota do IPI, de R$$6,6 bilhões. (6)     Voucher caminhoneiros, de R$5,4 bilhões. (7)     Medidas do etanol, de R$3,8 bilhões. (8)     Gratuidade para

PAULO GUEDES REITERA O DISCURSO

  Há cerca de uma semana que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, refere-se a que a economia brasileira crescerá neste ano por volta de 2%, ao contrário dos mais otimistas das instituições financeiras, que projetaram 1,2% para 2022. Isto ele falou em Portugal. Em nova reunião ontem, com empresários brasileiros, disse que na sua visita na Europa, sentiu interesse dos empresários investirem no Brasil. Dessa forma está projetando que a economia cresça 3% ao ano, pelos próximos 10 anos. Isto por que ele visualiza a economia internacional ingressando em recessão, devido as grandes dificuldades que o mundo passará, em vista da guerra da Rússia com a Ucrânia, que parece ser longa, conforme declarou até o presidente da OTAN. Mas, para ele, o Brasil não. Guedes identifica que o Brasil cada vez mais irá produzir mais grãos e poderá exportar barris de petróleo. Para ele, um novo governo liberal, no segundo mandato, poderá realizar a reforma tributária. Ademais, ele tem reiterado que o Brasil est

O PIOR DA INFLAÇÃO JÁ PASSOU

  O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou ontem no X Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, que a aceleração inflacionária está tendo seu fim, visto que o BC realizou um choque de juros para seu combate e para desacelerar o processo inflacionário. Segundo ele: “A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração da inflação. Os dois últimos números foram, acho que pela primeira vez dentro da expectativa. A gente acha que o pior momento da inflação já passou”. O Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), que mede a inflação oficial, no acumulado de 12 meses, até maio, atingiu 11,73%, conforme informou o IBGE. A previsão atual da inflação para 2022 é de 8,8%. Para combater o recrudescimento inflacionário, o BC elevou 11 vezes seguidas a taxa básica de juros, saindo de 2% ao ano até 13,25% atuais. Isto é, colocou-a na frente da inflação, para revertê-la. Ademais, a nova lei que reduziu o ICMS sobre combustíveis já tem sido normatizada para São Pa

CALOTE RUSSO

  Pressionada pelos embargos econômicos principalmente dos Estados Unidos, do Reino Unido e dos países europeus, em resposta à invasão da Rússia na Ucrânia, aquele país decidiu não pagar seus débitos internacionais. É a primeira vez que isto ocorreu, desde a revolução bolchevique de 1917. As sanções abrangentes cortaram a Rússia do acesso ao sistema financeiro mundial e tornaram seus ativos intocáveis para muitos investidores. Está havendo reunião de cúpula na Alemanha do grupo chamado de G7, que reúne os Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido, o Japão, a França, a Itália e a Alemanha. Referido grupo decidiu fazer retaliações contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, sendo o principal embargo a não compra do petróleo russo pelos aliados. A Rússia tem lutado para cumprir os pagamentos dos juros de 40 bilhões de dólares de seus títulos em circulação global. Mas, ontem não pagou citados juros vencidos em cerca de 100 milhões de dólares. Parece que vem aí um calote russo. Porém, as

RISCO DO PAÍS EM ALTA

  26-06-2022 As instituições financeiras internacionais criaram uma taxa de risco, que é acrescida à taxa de juros dos empréstimos tomados aos banqueiros mundiais. Ela também é o balizador do grau de investimento. Um país com taxa de risco abaixo de 150 pontos, no geral tem grau de investimento. Este mede o grau de confiança dos investidores internacionais em um país. O Brasil obteve este grau de 2008 e o perdeu em 2015, quando o País teve suas finanças públicas abaladas, vindo em recessão desde o segundo trimestre de 2014 e foi conduzido o processo para o impedimento da presidente da República, afastada em 2016. O risco do País é medido pelo Credit Default Swap (CDS) em pontos, que dividido por 100 se encontra o adicional de taxa de juros. Desde o início do ano subiu 87 pontos, atingindo 290 pontos no total. Ou seja, o adicional da taxa de juros dos contratos seria de 2,9% ao ano.   A Tendência Consultoria tem feito o monitoramento dos CDS de países da América Latina. O CDS mé

NUVEM DE APROXIMAÇÃO

  O índice da bolsa de valores de São Paulo (IBOVESPA) avançou ontem 0,60%, mas fechou a quarta semana consecutiva no vermelho. O dólar avançou para R$5,25. Estas notícias de ontem são negativas. A coisa mais difícil é uma correlação de forças para o progresso. Parece fácil, mediante investimentos. produtivos. Porém, aonde fazê-los e com que recursos são as perguntas recorrentes. Adiante, vem uma nuvem que se chama de eleições presidenciais e governamentais. A economia brasileira precisa das reformas estruturais. Porém, os próprios congressistas se digladiam e não as aprovam. Talvez porque os economistas sejam chamados de sinistros, que deles venham uma luz que ilumine o caminho do progresso. Foi assim com o Plano Real, de 1994, um trio de Aladins fizeram o esquema de resultados esperados. André Lara Resende, Edmar Bacha e Pérsio Arida (aqui uma dúvida da participação ativa de Pedro Malan). Voltando mais um pouco, foram as conduções de Roberto de Oliveira Campos e Antônio Delfim

ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS É RECORDE

  A Receita Federal informou ontem que a arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu em maio mais de R$165 bilhões. Trata-se de aumento real de 4,13%, em relação a maio de 2021. Quer dizer que o aumento nominal vem descontada a inflação. O valor acima é o maior de toda a série histórica iniciada em 1995, para o mesmo mês. No acumulado do ano também se tem o maior volume arrecado desde o início dos cálculos dos dados. Foram R$908,5 bilhões. O montante é equivalente a uma elevação de 9,75%, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano as desonerações representaram R$39,6 bilhões, contra R$31,7 bilhões de igual período de 2021. Em maio foram de R$10,1 bilhões, já em maio do ano passado tingiram R$7,3 bilhões. Números tão expressivos apontam uma economia em crescimento e não em estagnação. As instituições financeiras já admitem que o PIB deste ano crescerá pelo menos 1%. O governo afirma que será o dobro.      

COMBATE À INFLAÇÃO

  23-06-2022 Os preços dos combustíveis dispararam, não somente porque a OPEP fixou cotas restritas de produção de petróleo, mas, também, pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que tirou o barril da matéria prima da asa de dois dígitos para a de três dígitos. No Brasil, referidos preços turbinaram a taxa inflacionária, que sai da casa de um dígito para a de dois dígitos. Para combater a inflação ainda em alta, o Banco Central fez mais de dez elevações sucessivas da taxa básica de juros, a SELIC, que saiu do patamar de 2% pra 13,25% ao ano. Como o governo federal não conseguiu reduzir, nem permitir elevações dos preços dos combustíveis, em uma cruzada para conter mais o avanço da pobreza e rebaixar a inflação, as duas Casas do Congresso aprovaram uma lei que fixou limites para reajustes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina, diesel, energia elétrica, comunicações e transportes públicos, matéria já sancionada pelo presidente da República. Dessa ma

EMPRESA EM FOCO - PETROBRAS

  Em 1930, a economia brasileira passou de um modelo de uma economia de setor primário e exportador para o modelo de uma economia urbana e industrial. No mundo globalizado as economias historicamente deixam de ser de base rural para ser de base urbana. Quer dizer, o setor agropecuário preponderante cederia para o setor urbano cada vez mais gerador de riqueza. O setor industrial cresceu bastante e o setor de comércio e serviços mais ainda, secularmente. Em 1930 foram dadas as condições de crescimento urbano e industrial, mediante políticas monetária, cambial e fiscal favoráveis às indústrias. Máquinas, motores e equipamentos em geral, na sua maioria, são até hoje produzidos e alimentados por combustíveis de origem fóssil. Pelo menos, a partir dos anos de 1930, inicia-se uma luta para o Brasil produzir combustíveis de origem fóssil. A luta tomou o nome de “o petróleo é nosso”. O processo foi coroado com a criação da Petróleo Brasileiro S. A. – Petrobras, uma empresa 100% de capital n

FINAL DO CICLO DE APERTO MONETÁRIO

  Na medida em que os preços dos bens e serviços sobem uma quantidade maior de moeda é injetada no mecanismo da economia e a sua velocidade de circulação é maior, o aumento no nível geral de preços é chamado de inflação. Os economistas ortodoxos a combatem via ciclo de aperto monetário. As previsões das instituições financeiras, auscultadas pelo jornal Estado de São Paulo, são as de que se chegará ao fim do aperto monetário na próxima reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC). A taxa básica de juros poderá subir mais 0,5% naquele mês, indo para 13,75% anuais. A pesquisa foi efetuada pelo Estadão Conteúdo, Projeções Broadcast. Das 38 instituições financeiras consultadas, 28 disseram que na próxima reunião do Copom, a SELIC subirá 0,5%. A maioria das empresas consultadas acredita que o Banco Central deverá interromper as elevações da SELIC em agosto. Para o fim do ano, a maioria das instituições financeiras em referência ainda projetam uma SELIC de 10% anu

PREVISTA GUERRA LONGA

O secretário geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, em entrevista ao jornal alemão BILD, afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia será longa e de que a OTAN recomenda a que os países do hemisfério Norte não abandonem a Ucrânia. A OTAN é composta de países europeus e dos Estados Unidos. Foi criada depois da segunda guerra mundial. Está fortemente armada desde a sua criação. A citada guerra completou 110 dias e a OTAN defende a manutenção da ajuda à Ucrânia, independentemente dos altos custos econômicos e políticos. Os efeitos da guerra têm elevado os preços das principais matérias primas, em especial, do petróleo. A inflação mundial continua se elevando e trazendo retração econômica. No Brasil, o elevado desemprego aberto, a inflação de dois dígitos tem elevado o número de pessoas que precisam de apoio financeiro do governo federal, principalmente pelo fato de que a pandemia do covid-19 está na sua quarta fase de infestação. A Confederaçã

INADIMPLÊNCIA BATE RECORDE

19-06-2022 Em abril, a inadimplência no Brasil bateu novo recorde. A Serasa Experian divulgou que 66.132.670 pessoas estavam com nome com restrições. É o maior número desde que foi iniciada em 2016. Considerando desde 1º de janeiro para atualidade, mais de 2 milhões de brasileiros se tornaram inadimplentes. No conjunto, as dívidas de referidos devedores atingiam R$271,6 bilhões. A instabilidade da economia brasileira provocou que cerca de 30% da população ficassem no vermelho. Conforme a Serasa essa movimentação já era esperada. Entretanto, o governo federal tem liberado recursos de saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário, os quais deveriam ser utilizados para retirar os cidadãos do cadastro negativo. Segundo ainda a Serasa, o maior volume de dívidas está nos segmentos de bancos e cartões, correspondendo a 28% dos débitos. As contas de água, luz e gás somavam 23% de inadimplentes. Em relação ao ano passado, os devedores com atraso nos pagamentos e

SELIC A 13,25%

  18-06-2022 A SELIC é a taxa básica de juros, aquela apreciada pelo Banco Central a cada quarenta e cinco dias, podendo baixar, subir ou ficar na mesma. Depende da conjuntura econômica. Em meio aos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a economia global, a inflação mundial subiu muito, devido as elevações dos preços das commodities. Na maior economia do planeta, e mais organizada, Os Estados Unidos da América, os preços médios bateram em 8,6%, a maior taxa em cerca de quarenta anos. Na zona do Euro, a taxa média inflacionária bateu em 8,1%. No Brasil, em abril, estava em 12,13%. O remédio para combatê-la, ortodoxamente, no mundo globalizado, é mudar a taxa básica de juros. No caso brasileiro, ela mudou em mais 0,5%, chegando a 13,25%, com acenos de que continuará subindo, para combater a insinuante inflação. Nos Estados Unidos, no mesmo dia 15, passado também aqui, o banco central americano elevou a taxa básica de juros em 0,75%, sendo o maior aumento desde 1994. Os juro

INFLAÇÃO DA CESTA BÁSICA

  Equipe de professores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) calcularam a inflação da cesta básica dos últimos doze meses, a terminar em maio, encontrando o número médio de 26,75%. Se for calculado a inflação da cesta básica para vários anos, sem medo de errar, ela é bem maior do que a inflação oficial, aquela medida pelos Índice de Preços ao Consumidor no Atacado. Por muito tempo, no País, a inflação era calculada pelos preços no varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Quais são os produtos componentes da cesta básica, aprovada em 1940, para a fixação do salário mínimo!   Produtos de origem animal: carne, grãos e leite, que são grandes fornecedores de proteínas; produtos industrializados: 100 gramas de café, 900 ml de óleo, 750 gramas de manteiga, três quilos de açúcar, seis quilos de pão; legumes e frutas, classe de alimentos que pretende suprir o organismo humano de fibras (aqui a lei não dispõe dos quantitativos). Isso é muito pouco, porque não consider

INVESTIMENTOS É A PEDRA DE TORQUE

  O crescimento econômico é o objetivo principal de toda Nação. O investimento é a pedra de torque. Ou seja, é a chave do sucesso. A taxa de investimentos sobre o PIB do Brasil atual é menor do que 15%. Pode parecer grande, mas não é, visto que tem que se descontar a depreciação, por exemplo, 10% ao ano, além de que os investimentos geram de produto, geralmente na proporção de 3 para 1. Ou seja, três unidades monetárias de investimentos para uma de produto interno bruto. Na época do chamado “Milagre Brasileiro”, de 1973 a 1979, o Brasil cresceu acima de 10% ao ano, nunca visto e jamais repetido, sendo que em 1973 ficou em torno de 14% ao ano, um recorde extraordinário e pouco repetido no mundo. Na época mais forte da ditadura, que fora os anos de 1970, ficou famosa a frase “a economia vai bem, mas o povo vai mal”, dita pelo general-presidente Emílio Garrastazu Médici, ao visitar os tristes efeitos da seca do Nordeste, em contraste com o PIB crescendo mais de 10% anuais. Como disse,

COMPETITIVIDADE MUNDIAL

  O 34º relatório do Anuário da Competitividade do IMD, em parceria com a Fundação Dom Cabral, avaliou 63 economias globais e classificou o Brasil em 59º lugar, em duas colocações abaixo daquela do ano passado. A avaliação foi em termos de competências e estruturas para um crescimento sustentável. São quatro pilares em que se baseia o referido relatório: desempenho da economia, eficiência do governo, eficiência dos negócios e infraestrutura. Os pesquisadores consideraram o Brasil deficitário em todos os referidos pilares. A sua base está no estudo das contas nacionais pesquisadas pelo IBGE e, divulgadas mensalmente, como os enfoques conjunturais dos setores produtivos e, trimestralmente, pelo cálculo detalhado do Produto Interno Bruto. Dentro dos pilares em referência, os pesquisadores exploraram a qualidade da mão de obra, desenvolvimento tecnológico e logística, nos termos das informações estatísticas oficiais e de pesquisa junto ao empresariado nacional. No conjunto, foram auscu

INDICATIVO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

  A presidência da República em 1956 se iniciou com a gestão de Juscelino Kubitscheck, que fez o Plano de Metas, o modelo mais completo de planejamento encetado no Brasil, quando o País cresceu mais de 6% ao ano, em média anual, a sua meta-síntese foi a construção da capital federal, além de forte incremento da indústria automobilística, tornando-se ambas as indústrias os carros-chefes da economia brasileira, a partir de então. É claro, no segundo quartel do século XX, o agronegócio também passou a ser a terceira locomotiva da economia brasileira. É evidente que se percebem os ciclos econômicos, nos quais se observam segmentos de crescimento, estagnação e recessão. Devido ao Brasil ser um país em construção, ou uma economia em desenvolvimento, como querem dizer alguns, as fronteiras de crescimento urbano e incremento agropecuário são imensas. Assim, os indicadores delas devem ser bem analisados, principalmente dentro do seu potencial. A Associação Brasileira da Indústria de Mater

REFORMA TRIBUTÁRIA

  Ocioso tem sido repetir que o País precisa de uma reforma tributária, visto que a última foi realizada pela Constituição de 1967, outorgada pelo regime miliar. Na verdade, não se tem conseguido fazer uma reforma tributária no País, por que os 81 senadores e 513 deputados, componentes do Congresso Nacional, não formam maioria para aprova-la. Todos os governos enviaram reformas desde a redemocratização de 1985. Mas, não se forma consenso. Não se aprova nem uma mini reforma, como a atual do governo federal, em debates naquele egrégio, relativa ao imposto de renda. Os tributos em geral devem incidir sobre o patrimônio, o capital, a tenda e o consumo.   As distorções no País são imensas. A principal delas é de que 45% da tributação incide sobre o consumo. As alíquotas são fixas e, portanto, para os diferentes níveis de renda. Assim, o imposto sobre o consumo é regressivo. Em outras palavras, atinge mais fortemente aqueles de baixa renda. Referida distorção deveria ser corrigida. Pon

AGRONEGÓCIOS

  A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), fundada em 1993, foi uma necessidade pelo gigantismo que se tornou o segmento forte da agropecuária, a produção de grãos, tanto para consumo interno como para exportação. Em 1993, tinha como meta a produção de 100 milhões de toneladas, fato que ocorreu em 2001. A Companhia Brasileira de Abastecimento (CONAB), órgão do governo federal, declarou em 2015, que o Brasil tinha atingido a produção de mais de 200 milhões de toneladas. Para este ano a CONAB está projetando 271 milhões de toneladas. Nesta conjuntura está projetando 300 milhões de toneladas para daqui a três anos. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de grãos, que são principalmente alimentos para a vida, tanto humana como animal. Em especial, para os gados, que o País tem enorme potencial. Recentemente, em razão da guerra e da Ucrânia, os preços das commodities se elevaram bastante, o que reforçaram as margens de lucros dos agronegócios e reforçaram também as possib

SEIS DIAS DE QUEDA NA BOLSA

11-05-2022 A semana se encerrou com sexta queda na bolsa de valores brasileira, voltando aos 105.660 pontos. O IBOVESPA acompanhou a bolsa de valores de Nova York, temendo contração do aparelho produtivo global. As bolsas de valores pela Europa também caiaram. A economia mundial está quase toda integrada e os sinais da demanda e oferta agregadas, ao nível mundial, refletem o pessimismo econômico.   O mau humor do mercado acionário mais se refletiu por notícias externas, tal como a inflação americana ter chegado a 8,6%, a maior taxa inflacionária em quarenta anos, além de Xangai, uma das maiores cidades do mundo, ter ampliado as restrições de locomoção em quase todo o seu território. Ademais, a guerra entre Rússia e Ucrânia persiste em não acabar tão cedo, pressionando para cima os preços das commodities. A inflação dos Estados Unidos tão elevada conduz a rumores de que para combate-la virão novos aumentos da taxa básica de juros americana e o receio da maior economia do mundo ing

COVID E A FOME

  10-06-2022 O texto denominado por 2º Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, publicado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) concluiu que “a fome avança cada vez mais pelo Brasil”. O trabalho foi divulgado anteontem, pelo sistema de informações g1 (rede Globo), referindo-se a que o País tem, atualmente, por volta de 33 milhões de cidadãos sem te como alimentar-se no cotidiano. Também concluiu que é quase o dobro do contingente estimado em situação de fome em 2020, sendo 14 milhões a mais de pessoas passando fome no Brasil. É de acreditar-se que o citado primeiro inquérito fora logo no início da pandemia do novo coronavírus, cuja pandemia fora decretada em 06 de março de 2020, pela Organização Mundial da Saúde. Assim, para combater o citado mal, foram adotadas medidas severas de isolamento social, causando seríssimo desemprego, ao ponto de ter sido decretada situação emer

RECUPERAÇÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS

  09-06-2022 Em 2022, os pequenos negócios continuam se recuperando dos efeitos danosos da pandemia do covid-19, que ainda não acabou, mas que está indo em direção ao seu fim, na medida em que, novas infecções por novas variantes da família do coronavírus (inúmeros vírus em forma de coroa) estão mais fracos, ao tempo em que a vacinação se aproxima de 90% da população mundial. A imunização está crescente a passos rápidos e está próximo da OMS decretar o fim da citada pandemia e a instalação da endemia. Na conjuntura atual, conforme pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em conjunto com o Sistema Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) divulgou, os pequenos negócios mantiveram o cenário de recuperação nos vinte segmentos analisados, em relação ao levantamento anterior daqueles órgãos. Assim, 59% foi o número de pequenas empresas que relataram queda no faturamento em maio deste ano, em relação aos 68% que informaram perdas em maio do ano passado. Já, em março de 2

TRABALHADORES QUE RECEBEM SALÁRIO MÍNIMO

08-06-2022 Estudo baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), informação obrigatória para o Ministério do Trabalho, que toda empresa realiza mensalmente, examinado pelo sistema de comunicações da rede Globo, chegou à conclusão que o total de trabalhadores brasileiros, que percebem um salário mínimo mensal, alcançou 38,22% dos empregos formais, agora, no mês de abril. Ao comparar com o fechamento de 2018, o percentual alcançou 30,09%. O que a Globo quer mesmo é informar que o número de quem ganha o salário mínimo se elevou 8,2% no governo atual. Em números absolutos se elevou em 8,3 milhões, de 2018 para 2022, referido contingente, sendo aqueles que percebiam no mês passado o salário mínimo 36,415 milhões de brasileiros. O trabalho em si não estratifica os salários percebidos em faixas de renda e procura atingir somente como uma crítica, de que se aumentou o contingente citado e se elevou a pobreza. Novamente, em si, é necessário calcular o índice de Gini na d

RELATÓRIO DE MERCADO FOCUS

  07-06-2022 O mercado financeiro ampliou a previsão para a taxa inflacionária e para elevação do PIB. A inflação projetada, conforme mediana das 100 instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC), é de 8,9%, em 2022 e de 4,39% em 2023, conforme relatório do BC desta semana. Por seu turno, a mediana de incremento do PIB subiu para 1,2% em 2022 e para 0,76% em 2023. A estimativa da cotação do dólar comercial para 2022 e para 2023 é igual, sendo o dólar estimado pelo mercado em R$5,05. Já para a taxa básica de juros, a SELIC, a mediana das fontes citadas é de 13,25%, para o final de 2022 e de 9,75% para o término de 2023. Inflação elevada e crescimento econômico são antagônicos. Mas, enquanto perdurarem a guerra entre Rússia e Ucrânia, além do cartel da OPEP puxar o preço do barril do petróleo para a casa superior a US$100.00, a inflação mundial continuará alta e o crescimento econômico será reduzido. A publicação semanal do referido relatório de mercado está send

INGRESSO NA OCDE PODERÁ ELEVAR O PIB

  06-06-2022 O pretenso ingresso do Brasil na Organização para o Crescimento e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na Europa, sendo a entidade que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, é projetada para ainda este ano. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão fundado em 1967, que tem como objetivo realizar estudos para servir de subsídios para as políticas econômicas, está prevendo que o Brasil poderá ter um incremento de 0,4% no PIB deste ano, correspondendo a R$28 bilhões. A OCDE se baseia nos fluxos de comércio, que poderiam ser elevados. Ara quantificar os efeitos da entrada do País no citado órgão o IPEA se baseou em indicadores de países que aderiram à União Europeia, que tiveram incrementos em seus produtos de 0,6% a 0,8% ao ano. A OCDE é composta por 38 países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. A China, como segundo PIB mundial, não participa dessa sociedade de países ricos.

PIB EM QUATRO TRIMESTRES

  05-06-2022 O PIB acumulado de quatro trimestres, encerrado em março de 2022, revela um crescimento de 4,7%. O setor de serviços cresceu no mesmo período 5,8%. O setor industrial cresceu 3,3% e o setor da agropecuária se retraiu em 4,8%. As estimativas colhidas pelo Banco Central (BC) se referem a um trimestre positivo para o PIB.   Os analistas econômicos consultados pelo BC acreditam que o crescimento dele será menor do que o 1% registrado no primeiro trimestre do ano. A mediana das projeções da maioria dos citados analistas é de que o ano inteiro estará próximo de 1%, o que se deduz que as instituições financeiras ouvidas preveem recessão no segundo semestre. Como exemplos de estimativas tem-se para 2021 o PIB crescendo 1% para o Banco Itaú e para o Bradesco; XP e FMI, 0,8%; Rabobank, JP Morgan, 0,6%; Fibra, 0,5%; Coface. 0,4%. Por seu turno, a dívida bruta sobre o PIB está declinando de 90%, em dezembro de 2020, nível mais alto já alcançado, para 78%, em março deste ano. O

FARRA DE DINHEIRO PÚBLICO

04-05-2022 Em todos os tempos no País se fez farra com dinheiro público, quando este deveria ter gastos sociais. Muito embora existam os tribunais de contas da União, dos Estados e dos Municípios, os desvios de dinheiro são frequentes e raras são as punições, sendo a maior delas a da ex-presidente Dilma Rousseff, pelas chamadas “pedaladas fiscais”, que culminaram com seu impeachment. Mesmo assim, não teve seus direitos cassados e foi a candidata a senadora por Minas Gerais, não sendo eleita, pela sua desonestidade e falta de identidade. Nesta semana veio à tona o panis et circenses (pão e circo), praticado, pelo menos, desde os romanos. Visto que as festas abertas ao público se multiplicaram pelo País e também em homenagem a São João no Nordeste. Os cachês milionários pagos pelas prefeituras do interior do Brasil são aqueles que mais assustam, para não dizer que deixam meio mundo de cidadãos perplexo. Tomando emprestado, da página 2 do jornal Correio da Bahia, o seguinte excerto:

PIB DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022

03-06-2022 Já para terminar o segundo trimestre do ano, na primeira semana do sexto mês de 2022, o IBGE divulgou que a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre. A maioria das instituições financeiras, geralmente consultados pelo Banco Central, semanalmente, projetou para o segundo trimestre também 1%. Frente ao primeiro trimestre de 2021, o PIB cresceu 1,7%. No entanto, eles acreditam que o segundo semestre, cujas estatísticas serão divulgadas para o terceiro e para o quarto trimestre serão ruins. Pior projeção faziam as mesmas instituições citadas no ano passado. Falavam de a economia ter ficado estacionária e que poderia ingressar em recessão. O governo federal, como toa gestão é otimista, acredita em bons trimestres no final do ano e boa taxa de crescimento no final do exercício, mostrando recuperação da economia. Para isto se referem a derrubada forte da taxa de desemprego, que, dessazonalizada, deixou os dois dígitos, indo para casa de um dígito. Por oportuno, os s

SUBSÍDIOS PARA CONTER INFLAÇÃO

  02-06-2022 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu a que o governo federal realize subsídios, temporariamente, para itens como alimentos e energia, argumentando que houve melhoria na arrecadação federal, decorrente da alta global dos preços dos citados itens, tanto ao nível doméstico como internacional. Isto foi sugerido em videoconferência com instituições financeiras internacionais, afirmando que tais medidas poderiam amenizar o custo social da inflação, principalmente para a população de menor renda. Seguindo a tradição do seu avó, o celebre Roberto Campos, ortodoxo de carteirinha, ele, seguidor da Universidade de Chicago, jamais concordaria com subsídios, a não ser que acredite que a dinâmica de mercado possa corrigir os choques de oferta de ordem externa, não somente pela escassez das matérias primas, mas também pelas elevações abruptas do petróleo e dos alimentos, turbinados pela guerra em vigor, entre Rússia e Ucrânia, sem data prevista para acabar.

DESEMPREGO CAIU PARA 10,5%

01-06-2022 O IBGE divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, relativa ao trimestre encerrado em abril, quando se verificou que a taxa de desemprego caiu para 10,5%. Uma melhora acentuada em relação ao trimestre encerrado em março, cuja taxa referida fora de 11,1%. Quanto à renda média do brasileiro caiu para R$2.569,00, inferior em 7,9%, emrelação ao igual trimestre do ano passado. Conforme a coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBE\, Adriana Berlinguy: “Nesse trimestre estamos diante da manutenção do processo de retração da taxa de desemprego, que vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021, em função, principalmente, do avanço da população ocupada nos últimos trimestres”. A taxa de desocupação é a mais baixa desde fevereiro de 2016, quando esteve em 10,3%. Descontados os efeitos sazonais, a taxa de desocupação cairia para 9,9%, de março, para 9,5%, em abril, conforme cálculos de Eduardo Vilarim, do Banco Original. Quer di