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Mostrando postagens de setembro, 2016

30/09/2016 - PROGRAMAS DE INFRAESTRUTURA

Por mais que se diga ou se queira fazer um plano de desenvolvimento, não se tem conseguido atualmente no Brasil, visto que foram feitos oito deles de 1949 a 1979, mas a economia rumou para a hiperinflação, obrigando sete programas de estabilização (de 1985 a 1994, ano este, quando se estabilizou a economia com o Plano Real). A gestão federal mudou de foco do longo prazo (plano de governos), para o médio prazo (programas) e o curto prazo (projetos). Longo, aqui entendido como de 4 ou mais anos; 8, 10 ou 20 anos. Médio, de até quatro anos de governo. Curto, que germinem geralmente em um ano ou mais. Entretanto, as flutuações cíclicas não muito demoradas têm levado ao governo federal a adotar políticas econômicas mais breves, tais como a monetária, cambial e fiscal, explicitadas no tripé de meta de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal. Após o Plano Real, em 1994, o tripé econômico foi perseguido. FHC iniciou e manteve a estabilidade monetária, Lula a consolidou, mas Dilma a det

29/09/-2016 - LUGAR RUIM E CAINDO MUITO EM COMPETITIVIDADE

Nos anos de 1970 surgiu o conclave mundial, em Davos, na Suíça, para celebrar anualmente encontro dos grandes capitalistas, banqueiros e cientistas sociais. Cerca de quatro décadas depois, as reuniões de janeiro do citado Fórum Econômico Mundial se tornaram de comissões permanentes, apresentando relatório anual acerca de diferentes problemas que afligem o mundo, tais como competitividade, sustentabilidade, demografia e desenvolvimento econômico. A respeito da competição entre países, em 1998 foi elaborada uma metodologia de estudos sobre competitividade. No Brasil, o Fórum Econômico Mundial fez parceria para seus cálculos com a Fundação Dom Cabral (FDC). Ela, nesta semana, está mostrando seu relatório de 2016, quando destaca que o Brasil caiu seis posições, registrando a marca mais baixa no ranking de competitividade. O Brasil ficou em 81º lugar na atual edição, dentre os 138 países analisados. Conforme a FDC, a queda brasileira na classificação mundial reflete sinais claros da

28/09/2016 - ANALISE DO BC APONTA REDUÇÃO DE JUROS

Em reunião, de ontem, em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, ao apresentar o Relatório Trimestral da Inflação, admitiu que o órgão pudesse reduzir agora em 19 de outubro a taxa básica de juros, visto que há espaço para isso. Porém, a redução seria mínima, de 14,25 para 14%, segundo o mercado financeiro. Primeiro, a taxa inflacionária vem caindo desde janeiro, lentamente. Segundo, os preços dos alimentos não tendem a sofrer nova onda altista, por melhores previsões de safras. Terceiro, é grande a possibilidade de aprovação da PEC 241, fixando o corte de gastos públicos. A ideia é de que a SELIC caia também lentamente. Mesmo sem essa terceira hipótese, o BC abre caminho para cortar juros. As estimativas do BC são de inflação de 7,3% em 2016; de 4,4% em 2017 (abaixo do centro da meta de 4,5%); de 3,8% em 2018. Os juros básicos chegariam a 11% no final de 2017. O PIB encerraria a recessão de três anos, em – 3,3% neste ano e cresceria 1,3% em 2017, enquanto o gov

27/09/2016 - PEQUENA PARTICIPAÇÃO NO COMÉRCIO MUNDIAL

Criado como economia primária-exportadora, o País se defrontou com os grandes ciclos do pau-brasil, da cana de açúcar, da mineração, da borracha e do café. Naquela época para os anos de 1950, a maioria da população vivia no campo, quando cessaram os referidos ciclos, que eram de monoculturas, em grandes extensões de terra. Dos anos de 1930 aos de 1960, a economia foi cada vez mais se tornando urbano/industrial, fechando-se ao comércio internacional. A economia doméstica era tão grande que, em 1960, o índice de abertura da economia (exportações mais importações) correspondia a 18% do PIB. Transcorridos 55 anos, referido indicador chegou a 21%, enquanto a média mundial passou de 18% em 1960, conforme a era da globalização, para 45%, por país tipificado. Quer dizer, o Brasil tem cerca de um século de país muito fechado ao relacionamento comercial mundial. Já foi bem pior, depois dos anos de 1970, devido aos choques do petróleo e à crise do balanço de pagamentos internacional, em 19

26/09/2016 - CICLOS DE BAIXA

Dois ciclos de baixa são bastante esperados, no atual momento de sair da forte recessão: o da inflação e o da taxa básica de juros. O da inflação já começou, desde o início do ano, quando a taxa de juros era de 10,7%, sendo hoje a alta acumulada de 12 meses de 8,78%, esperando o mercado financeiro que encerre o ano por volta de 7%. Ainda distante da meta do Banco Central, de 4,5%. Porém, gerando esperanças de que a alcance ou a um número bem perto dela. Ademais, tem crescido a confiança dos consumidores e dos empresários, além de aumentar a confiança na capacidade do governo de aprovar no Congresso as medidas de controle dos gastos ainda neste ano, para valer no próximo. Os preços dos alimentos deixaram os períodos de seca e de entressafras, não se elevando mais e até se reduzindo em alguns casos. A estabilização da cotação do real, em nível menor do que há meses atrás, barateia produtos importados e encarece produtos exportados. Finalmente, há a recessão em curso, gerando mai

25/09/2016 - DADOS DE RETOMADA

“Há sinais ainda tímidos, mas animadores, de que o Brasil começa a se afastar do fundo do poço para onde foi lançado pela maior recessão econômica da sua história, fruto de políticas equivocadas, populistas, ancoradas no subsídio público e em distribuição de benéficos fiscais a alguns setores apenas”. Lendo isto, no jornal A Tarde de hoje, cujo editorial é “Início da retomada”, a questão não está em dados da recuperação, mas saber se foram superados os entraves e quando serão aprovadas as reformas econômicas. Os erros foram muito maiores. O primeiro, o fiscal. Quebrou o tripé, com déficit primário, depois de 18 anos; inflação passando de dois dígitos (10,7% em 2015); câmbio superestimado em 50%. O segundo, discriminando o grande capital, que recuou muito nos investimentos. O terceiro, perdendo a base política, em gestos autoritários. O quarto, congelando parcialmente preços dos combustíveis. Quinto, reduzindo preços da conta da energia elétrica em 20%, em 2013, tendo que resta

24/09/2016 - MAIS UMA REFORMA DE GRANDE IMPACTO

  A Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), de estabelecer um teto para os gastos do governo, conforme a inflação do ano anterior tem grande chance de ser aprovada neste ano. O seu impacto proposto seria de 20 anos, conforme enquetes, 60% dos congressistas poderão aprová-la. Sem dúvida, a redução do gasto governamental contribuirá para a redução do déficit público e do processo inflacionário. Cogitada para o ano que vem a PEC da Previdência Social passou a ser urgente. Sabe-se que até 2025 o Brasil terá a sexta maior população de idosos do globo e hoje a situação já é vexatória, não sendo possível segurar mais o rombo atual. Segundo cálculos da equipe econômica, o déficit previdenciário do setor privado poderá ser de R$149 bilhões e do setor público de R$90 bilhões. Ora, o déficit primário aprovado pelo Congresso deste ano é de R$179,5 bilhões. Logo, poderá estourar, em muito, o déficit aprovado, o que exigirá cortes até o final do ano, se confirmado. Notícias venti