Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2021

LUCRO DA PETROBRAS CAIU 82% EM 2020

26-02-2021 O lucro líquido da Petrobras, divulgado ontem, caiu 82% em relação a 2019. Uma semana depois de a estatal voltar à berlinda. Desta vez com um lucro de R$7,1 bilhões em 2020, em relação a 2019, quando obteve o lucro líquido anual recorde de R$40,1 bilhões. A petroleira explicou que a queda, de um ano para o outro, decorreu da redução do preço do barril do petróleo do tipo Brent, que recuou em 2020, 35%, além da elevação do preço do dólar americano de 31%, no ano passado. Os dados constam do seu balanço do quarto trimestre de 2020. No centro das atenções, porque realizou quatro elevações dos preços dos combustíveis em um mês e meio deste ano. Claro, não por coincidência, uma correção somente da gasolina superior a 30%, o que causou a ira presidencial, levando-o a retirar Roberto Castelo Branco da presidência e de colocar o general Joaquim Silva e Luna, que estava dirigindo a Itaipu Binacional. O general estava com prestígio por ter construído uma ponte entre o Brasil e o

PRÉVIA DA INFLAÇÃO OFICIAL

O IBGE calcula a prévia da inflação oficial, definida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), de 15 dias finais de um mês a 15 dias iniciais do outro mês, registrando alta de 0,48% até 15 de fevereiro, sendo o resultado o mais alto para o mês, desde 2017, depois de ter avançado 0,78% até 15 de janeiro. Perante os resultados acima, a inflação de 12 meses é de 4,57%. Uma prévia muito acima do centro da meta para este ano, definida pelo CMN, de 3,75%, somente abaixo do centro da meta mais o viés de 5,25%. A esse respeito, o sistema financeiro já sugere que na próxima reunião do Comitê de Política Econômica do Banco Central (COPOM do BC), em março, haja uma elevação da taxa básica de juros, com o fito de conter a alta da inflação. Medida ortodoxa e que é tomada por BC independente. A propósito, o presidente da República sancionou ontem a lei que estabelece a independência do BC. Agora seus diretores terão mandato de quatro anos, podendo ser reeleitos, não coincidentes co

AGENDA DE PRIVATIZAÇÃO

A equipe econômica em discurso de campanha presidencial em 2018 prometeu iniciar o processo de privatizações de várias empresas estatais. Porém, as conglomeradas do País apresentam dificuldades e os deputados e senadores têm que consignar a aprovação através de leis específicas. Desde 2018 que se encontra no Congresso Nacional a proposta de privatização da Eletrobras. Outra estatal que tem sido lembrada com insistência é a Empresa Brasileira de Correios. Na verdade os economistas do governo tiveram um discurso e não conseguiram privatizar nenhuma empresa. Consta, historicamente, que os congressistas não levam avante os projetos naquelas duas Casas, porque sempre ocuparam ou seus familiares, lugares nos conselho de administração, nas diretorias e na gestão das estatais. Ontem à noite, o presidente da República, os ministros da Economia, das Minas e Energia, da Secretaria do Governo entregaram pessoalmente ao Congresso, a Medida Provisória (MP) de privatização da Eletrobras, empr

PREVISÃO DE SUPERÁVIT SÓ EM 2030

23-02-2021 O Plano Real estabilizou a inflação e, em sua primeira fase, iniciou-se com o Fundo Social de Emergência, levando a que o País saísse de déficit, quatro anos depois, a apresentar superávit primário, por 16 anos (1998 a 2013). Em 2014 retornaram as contas ao vermelho e com o combate à pandemia do covid-19, as contas públicas se deterioram bastante. Estudos dentro governo federal indicavam eu o azul da contabilidade só depois de 2020. Mas, agora, equipe de acompanhamento dentro do Senado, denominada de Instituição Fiscal Independente, estudando as contas públicas afirmaram ontem que o País só retornará ao azul em 2030. O desequilíbrio fiscal brasileiro se agravou bastante com os auxílios emergenciais do ano passado e, que, provavelmente voltará a ser aprovado para este ano, no enfrentamento do que se chamou de segunda fase de combate ao coronavírus. Referida Instituição estima que haverá uma sucessão de rombos, numa sequência de 17 anos de gastos acima da arrecadação

BOLSA DESPENCOU QUASE 5%

22-02-2021 Conforme já previam analistas financeiros, o primeiro pregão da bolsa de valores na semana começou com forte queda de 4,87%. Mas, quem caiu muito foram as ações da Petrobras, as quais representam mais de 10% da bolsa de valores, devido à intervenção do governo na ordem econômica, substituindo o presidente da estatal. A queda foi de mais de 20%. A consultoria Economática calculou que somente ontem, a perda de valor da Petrobras foi de R$75 bilhões. Com mais R$28 bilhões de prejuízos do pregão do dia 19, o valor de mercado dela encolheu R$103 bilhões. A pontuação bursátil saiu da casa de 118 mil pontos para a de 112 mil. Convém lembrar que o pico dos preços da coes ocorreu aos 125 mil pontos. O receio dos investidores de ontem se deveu ao fato de que o governo acenou com interferência nos preços dos combustíveis e na gestão de outras estatais principalmente na área de energia. Por exemplo, o Banco do Brasil teve perda de quase 12% no preço das suas ações. O dólar també

PETROBRAS CRITICADA PELA POLÍTICA DE PREÇOS

21-02-2021 Em menos de dois meses, a Petrobras elevou os preços dos derivados de petróleo quatro vezes. O presidente da Petrobras, que tem mandato de 2 anos, que se encerraria no dia 20 de março, foi retirado da estatal e, em seu lugar foi colocado o general, que presidia a Itaipu Binacional, por determinação do presidente da República. O conselho de administração da empresa tem onze membros, mas o governo federal tem maioria e se antecipou ao fato. Por trás das intenções do governo está o receio de uma greve geral de caminhoneiros e o estudo de intenção da isenção de tributos federais. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a perda de arrecadação seja acompanhada de medidas de compensação, como elevação de alíquota de tributo ou criação de novo imposto. Na bolsa de valores, do dia 19, a Petrobras acumulou uma perda de R$28,2 bilhões, em eu valor de mercado. Mas, nos próximos dias a perda poderá ser maior e ultrapassar mais de R$100 bilhões, conforme disseram ontem anal

ACORDO PARA APROVAR PECS EMERGENCIAIS

20-02-2021 O governo federal, através do Ministro da Economia e do Ministro da Secretaria de Governo, esta antes era chamado de Ministério da Casa Civil, representantes do poder Executivo, bem como o presidente da Câmara Federal e do Senado da República, representantes do poder Legislativo, fizeram acordo para ser aprovada pelo Congresso Nacional, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, a PEC do Pacto Federativo e a PEC dos Fundos Públicos. Em contrapartida o governo editará um PEC de Ajuste Fiscal na próxima semana. A PEC Emergencial foi enviada no final de 2019, pela equipe econômica ao Congresso Nacional. Trata-se da tentativa do governo da União de manter o cumprimento da “regra de ouro”, evitando-se a elevação da dívida pública, já por volta de 90% do PIB. A citada regra é para que o governo possa endividar-se para realizar investimentos, gerando emprego e renda. Mas, não se endivide para despesas correntes. Seria um estado de emergência fiscal, que não permit

OFERTA INICIAL DE AÇÕES

Quando uma empresa decide captar recursos na bolsa de valores, ela faz uma oferta inicial de ações (IPO é a sigla em inglês). Mas, a empresa precisa ser uma sociedade anônima de capital aberto. A teoria econômica revela que a sociedade em referência toma tal decisão quando a taxa básica de juros (SELIC) está baixa, sendo melhor produzir do que aplicar recursos no mercado financeiro. A questão é quão baixa é essa taxa e quantos são estáveis as instituições que regem o mercado de capitais. No caso brasileiro, os juros já foram à estratosfera de mais de 40% ao ano, no segundo governo de FHC. No governo de Lula eles começaram em 26% anuais. Mas foram se reduzindo levemente. No governo de Dilma Rousseff eles baixaram erroneamente até um dígito, visto que a inflação estava se elevando e eles teriam de ir ao mesmo sentido dela. Dilma voltou a elevar os juros e deixou para Michel Temer em 14,25% anuais. Temer deixou para Jair Bolsonaro em 6% ao ano. Bolsonaro continuou baixando até ao

MUDANÇAS NAS EXPECTATIVAS DA ECONOMIA

O ano de 2020 se encerrou e a equipe econômica afirmava que a taxa básica de juros, a SELIC, ficaria em 2% e somente poderia aumentar no segundo semestre de forma gradual, até chegar ao final do ano por volta de 3% anuais. Somente decorridos um pouco mais de um mês a expectativa do mercado financeiro é de que a taxa SELIC suba em 2021, encerrando o ano em 3,75%. Na semana passada a expectativa era de fechar o exercício em 3,50%, conforme o boletim semanal Focus do Banco Central. Mais ainda, o mercado financeiro projeta que no fim de 2022 a SELIC esteja em 5% anuais. Por seu turno, a previsão das instituições financeiras, consultadas toda a semana pelo BC, é de o que Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do País, subiria agora de 3,60% para 3,62% em 2021. Para 2022, a estimativa inflacionária é de 3,49%. Também por sua vez, a previsão do crescimento da economia caiu de 3,47% para 3,43 em 2021. A esperança para o PIB de 2022 é de crescimen

CRUZAMENTO DE DADOS

O cruzamento de dados reduziu o número de beneficiários do novo auxílio emergencial. Na primeira rodada, paga a partir de abril do ano passado, receberam o auxílio emergencial mis de 65 milhões de pessoas. Apareceram muitas pessoas que não tinham recursos, ficaram desempregados, deixaram de suas atividades normais, por causa do isolamento social, ou nunca tinham ido atrás de benefícios ou ainda tinham sido excluídos pelo cadastro único. Na segunda rodada, com metade do valor, a partir de setembro, ficaram reduzidos por volta de 57 milhões. Um pente fino veio sendo realizado em 11 meses, para chegar ao número daqueles realmente necessitados. O público-alvo caiu para cerca de 33 milhões pessoas, incluindo os 14 milhões de beneficiários do Programa Bolsa Família. Referido cruzamento de dados foi realizado a partir de 11 bases de dados. Além do mais, foi também usada uma plataforma desenvolvida pela Secretaria de Governo Digital, de Previdência e de Trabalho. A citada plataforma será

PROGRAMA SOCIAL

16-02-2021 O Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo divulgou pesquisa na qual afirma que ao elevar a tributação sobre os mais ricos para transferir renda aos mais pobres poderia criar um programa social que impactaria em um incremento de 2,4% no PIB. A divulgação não traz o modelo formal de como se chegou ao referido cálculo. A equação da economia nacional tem uma forma daas formas definida, a saber Produto Interno Bruto = Consumo das Famílias + Investimentos + Gastos do Governo + Exportações – Importações. Muito provavelmente os recursos para os mais pobres iriam impactar no consumo das famílias, consumo este que representa 60% do PIB brasileiro. Assim, seria dinamizado o multiplicador do consumo em referência. A divulgação da pesquisa vem por oportuno quando a segunda onda da covid-19 se amplia, estando as autoridades econômicas e políticas já admitindo um novo reforço do auxílio emergencial, provavelmente a partir de março, em 3 ou

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS

15-02-2021 Conforme divulgou o Banco Central (BC), o endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde em novembro. O recorde anterior tinha sido em outubro. O endividamento das famílias está em processo crescente, na medida em que surge novo onda da pandemia do covid-19. O BC noticiou que as dívidas bancárias atingiram 51% da renda acumulada das famílias nos 12 meses anteriores a novembro. Em outubro foram de 49,81% dos ganhos. O BC começou a medir a série histórica em janeiro de 2015. O conjunto do endividamento é calculado de todas as dívidas com os bancos, crédito de pessoas físicas e até o financiamento imobiliário. Em janeiro de 2020, o endividamento era de 45,19%. O menor percentual fora em janeiro de 2015, início das estatísticas em tela, de 18,42%. A pandemia do covid-19 turbinou o endividamento familiar. A Confederação Nacional de Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) examinou o endividamento dos brasileiros em 2020. O trabalho mostrou que a média das famí

BARREIRAS COMERCIAIS

14-02-2021   A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou seu cálculo de medidas comerciais adotadas contra o Brasil, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2020. O País deixou de exportar US$856,8 milhões, equivalentes a R$4,6 bilhões. Conforme estudo da CNI, foram 7 medidas protecionistas aplicadas contra o Brasil por 12 países. As maiores repercussões foram nas ações adotadas pelos Estados Unidos. Foram sete medidas levadas a efeito em 2020, mediante impacto estimado de US$636 bilhões, equivalentes a R$3,4 bilhões. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não aliviou, mesmo com a defesa que lhe fez o presidente brasileiro. Jair Bolsonaro começou logo retirando a necessidade de visto das viagens dos americanos, o que não foi acompanhado por Trump. Os brasileiros continuam precisando de visto para ingressar nos Estados Unidos. Em segundo lugar na América Latina vêm as sanções americanas para com o México, no valor de US$138 milhões. As medidas de
13-02-2021 INGERÊNCIA FINANCEIRA O banco suíço e europeu mais do que centenário, Barclays Bank, como muitos outros internacionais, tem escritório e até agencias no País, dando pitaco e até comandando a política econômica, como foi o caso do banco dos Rotschilds, após a independência de 1822, no Brasil. O Barclays se referiu a que haverá crescimento negativo de -0,3% neste primeiro trimestre. Antes esperava alta de 0,1%. Tudo que os policy makers do Brasil não querem. Eles informaram isto através da agência centenária inglesa Reuters. É uma interferência financeira. Porém, já passou o tempo em que eles faziam interferência direta, quando a dívida externa era acima de 60% a 90%. Desde o Plano Real, 1994, que o País começou a reluzi-la. Hoje em dia a dívida externa não ultrapassa 10% do PIB. Eles não dão mais as cartas por aqui, como deram através do Fundo Monetário Internacional. O economista-chefe para o Brasil do citado banco, Roberto Secemski, assim se referiu ontem: “As persp

PRÉVIA DO PRODUTO DOS SERVIÇOS

No dia 02 deste mês o IBGE divulgou a prévia do Produto Industrial (PI) brasileiro, recuando – 4,5%. O PI corresponde a cerca de 10% do PIB do País. Ontem o IBGE divulgou a prévia do Produto dos Serviços (PS), recuando – 7,8%. Somente o PS corresponde a 30% do PIB. O Produto do Comércio (PC) também corresponde a 30% do PIB, ambos (PS e PC) compõem o setor terciário, que é o da maior participação (60%) do produto brasileiro. O Produto da Agropecuária (PA) não teve o seu produto ainda divulgado. Este último será positivo. Parece que a maior queda seria do Produto dos Serviços ( - 7,8%). No conjunto, os produtos setoriais ponderados levarão a aproximadamente – 4,5% do PIB de 2020. O governo federal aposta em número menor (- 4,3%). O mercado financeiro aposta em número maior (do que - 4,5% do PIB). Dessa forma, parece que a queda do segmento dos serviços, compondo o produto do setor terciário terá a maior parcela de recuo do PIB em 2020, que foi o mais impactado pela pandemia do co

EQUIPE ECONÔMICA ACENA ORÇAMENTO DE GUERRA

Depois de 16 de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia de um novo coronavírus, a equipe econômica fez o presidente da República assinar um decreto de “Orçamento de Guerra”, propondo gastar acima do déficit primário aprovado, visando uma defesa dos agentes econômicos, principalmente as pequenas empresas e os trabalhadores informais, aqueles que iriam sofrer mais e tinham menos proteção. Resultado: a União teve o maior déficit primário da história, de R$743,1 bilhões, o que turbinou a dívida pública, da casa de 70% para a casa de 90%, visto que o governo federal foi autorizado a rolar o pagamento do principal e dos serviços da dívida pública. O crédito farto para as empresas, a redução da jornada de trabalho, com manutenção de salários e transferência do ônus para a União do pagamento das horas reduzidas, e o auxílio emergencial por nove meses, cujo resultado ocasionou até o aumento da renda média dos brasileiros. Entretanto, no final de dezembro,

POLÍTICA DE JUROS PODERÁ SER ALTERADA

Em meio às discussões, de um velho projeto que está no Congresso, o de autonomia do Banco Central (BC), que possivelmente será aprovado pelos parlamentares, visto que era um dos itens da campanha dos dois novos presidentes das duas Casas, o sistema financeiro já cogita em alterar para cima a taxa básica de juros, a SELIC, devido ao recrudescimento inflacionário, quando o BC poderá intervir.   Na verdade, o BC já age hoje com relativa autonomia, embora existe a ameaça do presidente da República em poder interferir na SELIC, à semelhança do que fez a presidente Dilma Rousseff, em 2013, visando ganhar a reeleição. Com a aprovação do BC seus diretores terão mandatos prefixados e sem poderem ser demitidos pelo presidente da República, até o fim do exercício, tal como ocorre com os ministros do Supremo Tribunal Federal. É o que se espera para ser aprovado. Com isso, eles terão maior autonomia em decidir sobre a SELIC, por exemplo. Na verdade, é seguir o que já ocorre nos países desenvo

MAIS SOBRE OPERAÇÃO LAVA-JATO

Um dos maiores marcos da história de investigações da Polícia Federal foi a operação Lava-Jato. Começou em março de 2014 e terminou em fevereiro deste ano, embora ainda prossigam investigações das 79 etapas investigativas. O nome dela decorre da lavagem de dinheiro que se fazia através de um posto de gasolina, envolvendo políticos, empresários, membros do governo e doleiros. Um seriado da Netflix tratou dramaticamente do assunto, nos filmes da serie intitulada “O Mecanismo”. Já se tratou aqui ontem de alguns aspectos da polêmica que envolve as investigações, registrada por farto materiais nos jornais, livros e inquéritos. Um ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavasky, então responsável pelo acompanhamento das investigações, morreu em acidente aéreo há cerca de cinco anos. Há hipóteses de que se o acidente foi proposital ou não. Substituiu-lhe o ministro Edson Fachin, que fez uma síntese da citada operação. Divulgou então que foram emitidos 221 mandatos de busca e apre

FINDOU A LAVA-JATO

08-02-2021 As 79 etapas da operação Lava-Jato, investigações da Polícia Federal, que se desdobrarão até o final do ano, selou a maior luta contra corrupção no País. Bilhões de reais foram recuperados, um ex-presidente foi para cadeia e responde a 10 processos por corrupção. Grandes construtores foram para cadeia e 39 conglomerações da construção civil foram investigadas e muitas punidas. Entretanto, uma das expressões da grande mídia, Elio Gaspari, assim se referiu na sua Folha de São Paulo: Título: “A Lava Jato morreu na infância”. Assim se pronunciou: “Acabou-se a força tarefa de Curitiba que durante sete anos mostrou ao País o maior esquema de corrupção da sua História. Morreu sem choro nem vela. Empreiteiros corruptos e onipotentes foram para a cadeia, suas empresas encolheram, milhares de empregos sumiram e nenhum deles ficou pobre. O juiz Sérgio Moro tornou-se uma celebridade nacional, mumificou-se indo pra o ministério de Bolsonaro e de lá para a humilhação pública. Alguns

IGP-DI VERSUS IPCA

07-02-2021 A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula há mais de cinco décadas o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), outrora índice oficial de inflação. Entretanto, era calculado o IGP-DI somente para a cidade do Rio de Janeiro, tida como proxy da inflação brasileira. Porém, o governo federal decidiu já a bastante tempo que o IBGE deveria calcular a inflação brasileira para as seis maiores regiões metropolitanas do País, através do indicador das vendas no atacado, o chamado Índice Geral de Preços ao Atacado (IPCA). Claro, seria improvável, por ser muito disperso, afora o fato de que as citadas seis regiões concentram muito mais do que 50% da população do Brasil, calcular a inflação para 5.570 municípios do País. A FGV desdobra o IGP-DI, em três outros. O Índice de Preços ao Atacado (IPA), o Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC) d o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). Todos os indicadores referidos têm várias distorções que aqui não se com

DISCRETO CHARME

Filme famoso de cineasta europeu se intitulava “Discreto charme da burguesia”. Hipocrisia pura. Nesta semana se encerrou a famosa operação policial chamada de Operação Lava Jato, iniciada em 2014, que se prolongará até o final do ano, visto que tem desdobramento de 79 fases. Sem hipocrisia e muita política. A citada operação colocou ao fim um dos maiores esquemas de corrupção do mundo, a das construtoras civis, liderada pela construtora Norberto Odebrecht. Centenas de empresas envolvidas e milhares de corruptos detectados. Uma “santa”, que atuava no País desde antes da segunda guerra mundial (1939). Liderava obras sempre ungidas por corrupção. Mar de lama, em que todos os governos até o final do mandato de Dilma Rousseff, ingressavam em patamar sem fim. O PT de Lula deu continuidade aos esquemas de corrupção no Brasil. Um dos seus líderes, atual senador Jacques Vagner, atual senador da República, disse que o PT no poder se lambuzou. Está na primeira página da Folha de São Paulo. É

O DIA SEGUINTE

Três dias subindo, mais de 4%, a bolsa de valores caiu ontem, para 3%, aproximadamente, em quatro dias, visto que a leitura do documento de 180 páginas, que deu ensejo ao discurso no dia 03, foi digerido, ao passar em revista as 35 medidas propostas pelo Executivo neste ano, ficando claro que não será tarefa fácil. O primeiro vice-presidente da Câmara, perante os holofotes de ontem, declarou que a prioridade das prioridades será a aprovação do orçamento anual até março. Depois virão a PEC Emergencial e a PEC do Pacto Federativo. Já a reforma tributária, segundo ele, representando Arthur Lyra, poderá ser aprovada entre agosto e outubro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, concordou ontem com ele. Convidou o Ministro da Economia, Paulo Guedes, para dialogar. Paulo Guedes, por sua vez, adiantou que o auxílio emergência poderá voltar para a metade dos que foram assistidos em 2020. As negociações prometem serem longas.   Provavelmente, o anteprojeto da reforma administrativa, pod

AS 35 PROPOSTAS DO EXECUTIVO

No início do ano legislativo, o presidente Jair Bolsonaro discursou hoje tanto na Câmara como no Senado. Aposta o governo federal que o Legislativo examine a aprove 35 propostas do Executivo. A relação foi entregue ontem aos novos presidentes das referidas casas agora eleitos, pelo Ministro Secretário do Governo, Luiz Fernando Ramos, a Arthur Lyra, da Câmara, e a Rodrigo Pacheco, do Senado. Os anteprojetos estão divididos em quatro áreas: fiscal, retomada dos investimentos, costumes e outros assuntos. Em outras palavras, as proposituras vão desde a retomada da economia, a exemplo da privatização da Eletrobras, a pauta de costumes, como projeto que criminaliza o infanticídio indígena, bem como aquele que flexibiliza o porte das armas e o que prevê o ensino de crianças em casa (homeschooling). O documento não foi de fácil acesso, mas se podem vislumbrar os principais tópicos. Para a retomada da economia, as prioridades são a reforma tributária, as privatizações, em especial, a da E

PRÉVIA DO PRODUTO INDUSTRIAL EM 2020

As estatísticas setoriais do PIB começaram a ser divulgadas pelo IBGE, através das prévias que trazem as pesquisas mensais do último trimestre, o qual há muitos anos divulga os resultados finais, na última semana de março, do produto global do País de cada ano passado, ainda sujeito a três revisões anuais. Os resultados que saíram primeiro foram da Produção Industrial do último trimestre do ano de 2020, devido ter a menor participação do PIB, em torno de 10%. Seguem-lhe o da produção agropecuária, por volta de 33% do PIB, depois a do maior setor, o comércio mais os serviços, correspondendo a 60% do PIB. Ontem, o IBGE divulgou que a prévia da queda consolidada do Produto Industrial (PI) em 2020, que seria de – 4,5%, após o recuo de – 1,1%, em 2019. O resultado de 2020 é o pior desde 2016, ano também de forte recessão, de – 6,4% do PIB. Pelo menos, desde 2014, o País vem fechando fábricas, em processo conhecido como desindustrialização, conforme artigo aqui publicado, do dia 18-0

ELEIÇÕES NO CONGRESSO ABREM NOVA AGENDA

Iniciou-se ontem os trabalhos no Legislativo com as eleições de Arthur Lira para a Câmara e Rodrigo Pacheco para o Senado, cidadãos que se declararam comprometidos com a colocação em pauta das reformas econômicas que foram travadas no Congresso Nacional. Ou seja, mais da metade do mandato do atual presidente se passou; mais um mês de férias do Congresso e agora os mercados esperam que a economia volte a crescer, não obstante a pandemia do covit-19 se encontrar na sua segunda onda. Vale dizer, longe de terminar a citada pandemia, porque a vacinação ainda é lenta para que o isolamento social, deixe de ser parcialmente, voltando a irrigar a economia. Os novos presidentes das duas casas também estão examinando o retorno do auxílio emergencial, em busca de reduzir a pobreza extrema e elevar o consumo das famílias. Na economia internacional há otimismo de retorno do crescimento mundial, principalmente pelo pacote de incentivos que o presidente dos Estados Unidos está aguardando que o

POBREZA EXTREMA SE ELEVOU

Com o fim do auxílio emergencial, o mês de janeiro começou com a pobreza extrema em alta. O País tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia do covid-19, que fora decretada pela OMS em 16 de março. Assim, em janeiro, 12,8% dos brasileiros passaram a viver em condições de miserabilidade. Isto é, por volta de 27 milhões passaram a viver abaixo da linha de pobreza, cuja tangente é R$246,00 ou R$8,20 por dia, conforme cálculos da Fundação Getúlio Vargas Social, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Referido contingente é maior do que a população da Austrália. A taxa de janeiro (12,8%) é maior do que a de janeiro de 2019 (11,0%). A elevação no início de 2021 é bastante significativa, visto que 55 milhões de brasileiros, com posição em agosto, colocavam-se em pobreza extrema. Naquele mês, por volta de 4,5% se situava neste contingente. Ou seja, 9,4 milhões de pessoas, sendo o menor nível da série histórica. A pandemia do covid-19

VACINAÇÃO LENTA

31-01-2021 Os cientistas da área de saúde acreditam que para combater a pandemia e torná-la inexpressiva, precisar-se-á de 70% para 90% da população brasileira. A campanha começou no Brasil há 12 dias. A Universidade de Oxford calculou que foram vacinados 1,45 milhões, numa média diária de 120 pessoas. Considerando imunizar 90% da população, no ritmo em que está ocorrendo, serão precisos cerca de quatro anos de vacinação. Para   epidemiologista Carla Domingues, que foi coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, por dez anos, afirma ela que o País tem condições de vacinar com rapidez. Assim, disse ela: “Nas campanhas de vacinação contra a gripe, que acontece todos os anos, nós conseguimos imunizar 80 milhões de brasileiros em apenas 90 dias”. Acrescenta que na vacinação da gripe, o Brasil contrata 30 mil profissionais da saúde. “Cada um deles consegue atender de 20 a 30 pessoas por dia. Portanto, não é exagero dizer que podemos imunizar 900 mil ou até