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Mostrando postagens de novembro, 2018

30/11/2018 - DESEMPREGO RECUOU PARA 11,7%

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no trimestre encerrado em outubro, o mercado de trabalho voltou a gerar vagas na reta final do ano, mas ainda concentrado na informalidade. A taxa de desemprego caiu 0,6% em relação ao trimestre encerrado em julho, indo para 11,7%. Conforme a referida pesquisa do IBGE foram criadas 1,240 milhão de vagas e foram demitidos 58 mil trabalhadores com carteira assinada no setor privado no último trimestre. Cerca de um ano a taxa estava por volta de 13%. Aproxima-se de 2 milhões o retorno ao emprego em relação a mais do 6 milhões que foram demitidos depois de 2014. Os sinais dos mercados de trabalho são de melhoras relativamente pequenas. Porém, quase todos estão aguardando a nova política econômica do governo de Jair Bolsonaro, a partir do próximo ano. A esse respeito, o artigo de hoje, do economista Armando Avena, no jornal Correio da Bahia, assim se refere: “Em 1969, um grupo de economistas da Universidade Cató

29/11/2018 - GASTOS PÚBLICOS DECLINANTES

Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os gastos públicos de 42 países escolhidos, foram em média 3,51% do PIB, entre o ano 2000 a 2017, atingindo 3,9% n Rússia, 3,38% na Turquia e 2,95% na África do Sul. No Brasil foi de apenas 1,92% no período em referência. Porém, a análise da OCDE está entendendo só os investimentos em infraestrutura. Após 2014, no Brasil o investimento público recuou com força, devido aos déficits que se sucederam por cinco anos. A média brasileira caiu então para 1,16% na média do período, o menor nível da série de inversões públicas iniciada em 1947. Há certo consenso de que a média dos investimentos públicos deve girar em torno de 3% do PIB. Não sem motivo é a taxa recomendada pelo Banco de Compensações Internacionais (em inglês, BIS), com sede na Suíça, de que é taxa de risco dos bancos mundiais em seus empréstimos e também é a taxa de déficit publico suportável, adotada pelo FMI, em momentos de crises pelas naç

28/11/2018 - GOVERNOS SÃO MÁQUINAS VORAZES

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez campanha política dizendo que reduziria o número de ministérios executivos de 29 com Temer, para 15 com ele. Eleito, dizia que o número deles seria entre 15 a 17. Agora afirma que serão 20. Mesmo dizendo que fará um governo de técnicos. De que não leiloará cargos e não os daria a partidos políticos. De que não fará um governo de cooptação, nem de coalizão. Ao que tudo indica será de cooperação. Mas, começou definindo logo três ministérios para o DEM. É verdade que cerca de 15 números definidos, a maioria é de formação técnica e de bons quadros. Aguarda-se então a sua gestão. Em artigo “Tirar o gesso do orçamento”, de Miriam Leitão, no jornal O Globo de hoje, em seu primeiro parágrafo: “A proposta de desvincular as receitas do destino estabelecido pela Constituição tem sido um sonho de inúmeros economistas. Na última campanha, alguns candidatos chegaram a falar nisso, mas quem mais defendeu abertamente foi o grupo do candidato Geraldo A

27/11/2018 - CUNHO LIBERAL

O liberalismo econômico surgiu no século XVIII, cujo marco é o ano de 1776, quando foi publicado o livro de Adam Smith, tido como pai da economia moderna, intitulado “A Riqueza das Nações”. Diferentes escolas surgiram, sendo as mais premiadas pelo Nobel de Economia a escola austríaca e a de Chicago. Após o fim da União Soviética, cujo marco é a derrubada do Muro de Berlim, em 1989, houve uma reunião de dirigentes mundiais nos Estados Unidos, de onde se tirou o Consenso de Washington, passando o decálogo a chamar-se de neoliberalismo, cujos maiores princípios são o Estado Mínimo e a Privatização. No Brasil, Fernando Collor participou das reuniões daquele Consenso, em 1989. Eleito, em 1990, fez o contrário, aumentando a presença do estado com congelamentos de preços, mas levou a cabo a privatização. Já FHC, governou de 1994 a 2002 e não diminuiu o tamanho do Estado, mas aumentou muito o processo de privatização das estatais. Lula e Dilma desprezaram a privatização, quer dizer não

26/11/2018 - PRIVATIZAÇÃO SERÁ A TÔNICA

O governo eleito de Jair Bolsonaro tem declarado que não irá criar mais impostos. O Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, pretende diminuir a carga tributária. Mansueto de Almeida, Secretário do Tesouro Nacional, que permanecerá no cargo, tem declarado que não será possível aliviar a carga tributária, mesmo porque, já realizado neste ano, o déficit primário está acima de R$90 bilhões, nos últimos 12 meses. Acredita Mansueto que somente terminará o referido déficit em 2021. A expectativa de que a economia crescerá 2,5% em 2019, não garantirá o fim do déficit. Portanto, o governo eleito terá que realizar as privatizações. Existem hoje 147 estatais. Todas gigantes empresas. Logicamente, a privatização deverá ser daquelas que dão prejuízos. Para este ano conta já o governo com os leilões da Petrobras, na camada do pré-sal, que poderá gerar os estimados R$100 bilhões, melhorando o caixa federal. Desde 2014 que vem ocorrendo déficit primário. No acumulado já se tem mais de R$550 bilhõ

25/11/2018 - ENGESSAMENTO DA ECONOMIA

A carga tributária brasileira por volta de 35% do PIB representa mais de um terço de recursos financeiros retirados da atividade produtiva e colocados à disposição do Estado. O novo Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, tem reiterado que os maiores problemas do engessamento estatal são: o pagamento de R$100 bilhões anuais de juros da dívida, a elevada folha de pagamento dos servidores públicos e seus penduricalhos, além das gordas aposentadorias, principalmente dos citados servidores. Para ele, tanto os governos do PSDB como os do PT se serviram do Estado e não deram em troca os melhores serviços para a coletividade. Entre 1995 a 2017, o salário mínimo subiu 165%. Este é a principal referência para que os vencimentos dos servidores públicos também se multiplicassem. Por sua vez, o gasto primário da União subiu, no mesmo período, de 11% para 20% do PIB. A conta da Previdência passou a 14% do PIB, muito superior àquela dos países europeus. Nesta década a arrecadação começou a cair

24/11/2018 - VOLTOU A FOME COM SIGNIFICÂNCIA

Instrumento de análise econômica é a Estatística, porque os estatísticos, por praticarem a ciência dos números se aproximando da verdade, estabeleceram, dentre outros postulados, margens de erro de 2,5% para mais ou para menos, na curva de distribuição normal de freqüência, fixaram que, depois de milhões de testes de hipótese, ao longo de décadas, que a margem de erro de um fenômeno seria de 5%. Em outras palavras, sendo 2,5% como vieses de cada lado da curva normal, da curva de Gauss. No propósito desta escrita sobre economia, naquilo em que se é mais carente, verificou-se que a fome retornou no Brasil de forma significativa. A desnutrição tornou a crescer no Brasil e nos países vizinhos, provocando um desastre comunitário. Na América Latina e na região do Caribe falta comida para 47 milhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês). Trata-se de 7,9% da população regional. Pode parecer pouco, quando na África há cerca de

23/11/2018 - LEI DO TETO DOS GASTOS

A lei do teto dos gastos públicos foi aprovada em 2017, a vigorar por 20 anos, a partir de 2018. Ela significa que os valores de cada item dos gastos públicos não poderão subir mais do que a inflação do ano anterior. A equipe econômica do presidente eleito, que já se reúne em Brasília, no Centro Cultural do Banco do Brasil, está fazendo contas preliminares para execução orçamentária de quatro anos. O governo de Jair Bolsonaro terá de cortar R$37,2 bilhões em despesa por ano, no total de R$148,8 bilhões. O corte é equivalente a 0,5% do PIB. Tratou-se de despesas primárias, que excluem o pagamento de juros, mas envolvem principal vencível da dívida pública. A promessa de campanha foi de zerar o déficit primário logo no primeiro ano. Porém, o governo terá de refinanciar os juros, o que poderá elevar o endividamento. Como não existe milagre em economia, a referida equipe irá reduzir subsídios e fará a reforma da Previdência em 2019, que terá efeito nos três anos seguintes. Não se

22/11/2018 - OCDE REDUZ TAXA DO PIB MUNDIAL

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na França, acompanha o crescimento de cerca de 60 economias mundiais, entre países ricos e emergentes, responsáveis por mais de 80% do PIB mundial. Não só existe ela de expressão internacional. Tem-se também o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Grupo do G-20, isto é, daqueles 20 países maiores da economia global. As estimativas deles são divergentes no tocante ao fato de que a OCDE reduziu, por exemplo, a previsão de crescimento deste ano e para o próximo, de 3,7% para 3,5%, devido às tensões comerciais introduzidas pelo governo de Donald Trump e as elevações dos juros americanos. O FMI está mais preocupado com a estabilidade monetária e o G-20 tendenciou projeções ao omitir as tensões comerciais em referência. Como a economia mundial está na fase procíclica, vale dizer de elevado crescimento, a distância entre os países se verifica pelas taxas de incremento produtivo previsto. O inverso também é

21/11/2018 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 2018

Até os anos de 1980 procurava-se uma alternativa para medir-se o progresso de uma nação, vez que a renda per capita, o mais citado indicador, é uma média e, como tal, sofre grande influência dos extremos. Nos anos de 1990, Amatya Sen, indiano que ganharia posteriormente o Prêmio Nobel de Economia, aperfeiçoou na Organização das Nações Unidas (ONU), no Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Claro, havia uma grande equipe na ONU, que já elaborava estudos, que se traduzisse mais em características humanas do que somente na renda dos indivíduos. Contudo, não deixou de levar a referida renda em consideração. Atualmente são três critérios para o cálculo do IDH: renda per capital, expectativa de vida e anos formais de estudo. O IDH passou a ser calculado para todo o mundo, a partir de 1993. No Brasil, ele é calculado também para 5.570 municípios. O IDH varia de zero a um. Por conseguinte, há quatro faixas: desenvolvimento humano m

20/11/2018 - TALENTOS EM QUEDA

Talento é a capacidade de empreender, equacionar e vencer. Evidente que essa capacidade se desenvolve ou se retrai ou permanece estagnada. No caso brasileiro vem o World Competitiveness Center (IMD), baseado em Nova York, revelar que o Brasil desceu 6 degraus na sua classificação de talentos. De 63 países examinados o País se situou em 58º. Na edição passada ocupava a 52ª posição. A análise se baseia em como os países se desenvolvem, atraem e retêm talentos, visando criar empresas e reter valor no longo prazo. Exemplifica o IMD que o País recuou em investimentos em desenvolvimentos. Tem gasto menos em educação, tanto no que se refere à educação primária, secundária e na formação de mão de obra. Vale dizer, no treinamento de aprendizes, que irão promover o progresso. Fato que é inconteste, depois da forte recessão de 2014 a 2016 e relativa estagnação de 2017 e 2018. Basta só ver os números do desemprego, do subemprego da população desalentadora. O IMD chega a afirmar através d

19/11/2018 - VISÃO DOS EMPRESÁRIOS

Pesquisa feita com 362 diretores presidentes e conselheiros de grandes empresas em 9 e 30 de setembro passado, pela revista Exame, revelou que cerca de 75 deles estão otimistas com o novo governo, que tomará posse no próximo dia 1º de janeiro. Dentro do conjunto 66% estão otimistas, 9% muito otimistas, 18% se revelaram neutros, 6% se diziam pessimistas e 1% muito pessimistas. A maioria deles espera elevar as receitas em 2019. Os planos incluem investir e contratar. Para 78% desenvolver pessoas; 52% ampliar os investimentos; 46% diversificar os negócios; 46% contratar. A expectativa dos empresários com relação ao novo governo é de que serão aprovados projetos de melhoria da política de segurança, no combate à corrupção, formação de boa equipe econômica e a reforma da Previdência. Não acreditaram que alguns projetos não sairão do papel, tais como a redução de impostos, na reforma política, na melhoria da política de saúde e em políticas sociais. Os principais riscos do novo

18/11/2018 - DETERIORAÇÃO DAS CONTAS DE GOVERNOS

A União vem apresentando déficit primário desde 2014. O montante já atinge R$576 bilhões, incluindo a projeção de déficit deste ano. Os Estados fizeram refinanciamentos de dívidas, em 2016. Mas, já em 2017 apresentaram um rombo conjunto de mais de R$20 bilhões. O fato é que 14 Estados estão gastando com pessoal mais de 60% do orçamento. Referido percentual é o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em Minas Gerais alcançou, em 2017, 79% do orçamento; 70% no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.     Apenas 13 unidades federativas estavam em condições de pedir o aval da União no ano passado, conforme relatório do Tesouro Nacional. Tal qual a União, os Estados têm dificuldades em manter o sistema previdenciário e realizar as privatizações. Na primeira reunião que os governadores tiveram com o presidente eleito Jair Bolsonaro, os Estados pediram que os recursos que serão obtidos nos leilões da Petrobras, calculado em R$100 bilhões, sejam distribuídos entre eles e a União. O M

17/11/2018 - EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA

No Brasil quem define a política monetária é o Conselho Monetário Nacional (CMN). Quem executa é o Banco Central (BC). Organismos criados no início da ditadura militar, pós 1964, mediante alinhamento do Brasil ao capitalismo. Antes havia o namoro com a União Soviética, mas que deu separação. O mais aparente do BC são as reuniões de 45 dias que realiza o seu Comitê de Política Monetária (COPOM), cujo resultado principal é a definição da taxa de juros básica, a chamada SELIC. Qual seja a taxa que o governo negocia basicamente seus títulos de endividamento servindo de referência aos juros bancários de uma forma em geral. Porém, o BC executa uma série de outras funções de controles dos meios de pagamento. Como é sabido a moeda é a variável independente da equação macroeconômica. Ela “dá as cartas”. Pelo menos, desde que Adam Smith lançou o seu livro “A Riqueza das Nações”, em 1776, ficou evidente que haveria um fio condutor capitalista. Qual seja o meio circulante, a moeda, a liq

16/11/2018 - AGÊNCIA DE RISCO MOODY’S

Baseada nos Estados Unidos, a agência de risco de crédito internacional Moody’s, uma das três baseadas em Nova York, que hoje em dia substituiu Londres como centro financeiro do mundo, veio a público dizer que o novo governo terá vida curta se não realizar as reformas da previdência e a tributária. As outras duas agências são Standard & Poor’s e Fitch. Desde 2013 ela se antecipou ao risco que o País teria de ingressar em recessão, à semelhança do risco de países como a Turquia e a Rússia. Saindo dela terá de ajustar as finanças públicas e voltar ao grau de investimento. A nota brasileira é Ba2, abaixo do nível de confiança do bom pagador. A credenciadora acredita que a economia nacional crescerá 1,4% neste ano e 2% no ano que vem. Uma agência de risco tem em todos os países em que tem dinheiro, representante dos seus investimentos, como é o caso do Brasil, em São Paulo. A Moody’s está otimista com Jair Bolsonaro, mas vê com preocupação se ele irá combater mesmo a corrupçã

15/11/2018 - GESTÃO PÚBLICA DEFICIENTE

O Império começou em 1822. Mas, o Brasil não iniciou a sua gestão pública de forma eficiente. Portugal transferiu sua dívida com a Inglaterra para o Brasil e esta foi a condição para a Inglaterra reconhecer o Império. Ademais, ao fazer guerras de independência com Portugal, a armada inglesa foi usada pelo Brasil, que teve de pagar as guerras de independência. O grande conjunto de dívidas foi registrado como dívida externa. O Brasil nasceu devendo. O que é pior, na hora de pagar juros e principal anuais, as exportações totais não eram suficientes e o País tinha que tomar mais dinheiro emprestado ao exterior. Na verdade, a administração pública sempre foi gastadora, incorrendo quase sempre em déficit primário. Para cobri-lo, o gestor começou também a emitir títulos públicos. Daí iniciou a dívida interna. Ser gerente de dívidas e cada vez mais crescentes tem sido a tônica da gestão ineficiente histórica, tanto da União como de Estados e de Municípios. Com certeza essa sempre foi a

14/11/2018 - POR QUE AS VENDAS NO VAREJO CAIRAM

As estatísticas mensais do IBGE revelam situação demográfica, econômica e social. A última delas é sobre a queda das vendas ao consumidor final de 1,3% em setembro, em relação a agosto. O que houve? Ora, a economia está fraca, crescendo por volta de 1%, o que tem reduzido muito pouco o desemprego. Isto é, até setembro haviam sido criados 719 mil empregos neste ano, mais não dá para compensar, nem de longe, os 6 milhões de desempregados desde 2014 para cá. As vendas tinham se elevado devido às liberações, já a algum tempo, do FGTS, do PIS/PASEP e do abono salarial anual. Cessados praticamente tais efeitos e considerando que a inflação se elevou em setembro, as vendas no varejo caíram. Porém, ainda estão crescentes no ano em curso por volta de 2%. Ainda fracas, pelo grau de incerteza e de pouca absorção da mão de obra subutilizada no País. Veja-se a questão do emprego a seguir. O IBGE revelou que a demografia nacional é de 208,5 milhões de habitantes. Destes, População em Idade

13/11/2018 - MERCADO PROJETA TAXA HISTÓRICA

A expectativa do mercado para o novo governo é de crescimento de 2,50%, conforme o informativo Focus do Banco Central. A palavra histórica aqui não é sensacional, mas a tendência histórica, o que deixa a desejar, já que o País precisa fazer esforço maior para romper a barreira de emergente para desenvolvido. A taxa de 2,50% é baixa, para o longo período a percorrer. Esta foi a taxa média do período após o Plano Real, durante os anos de 1995 a 2017. A chamada era de FHC obteve uma taxa média anual de 2,3% do PIB. A denominada era de Lula obteve uma taxa média anual de 4%. A ex-presidente Dilma desceu a ladeira, a média anual do PIB em seus seis anos alcançou inexpressivos 0,25% de incremento do PIB. Isto porque a partir de 2014 até 2016 o País ingressou em forte recessão, tendo saído do buraco pela gestão de Michel Temer, mas que trouxe somente a economia para a superfície, estando praticamente estagnada, tendo crescido 1% no ano passado e sendo esperado crescimento de 1,36% do P

12/11/2018 - MERCADO FINANCEIRO SEGUNDO FOCUS

A pesquisa semanal Focus, publicação do Banco Central, acerca da inflação oficial, para 2018, medida pelo IPCA, baixou de 4,40% para 4,23%. Há um mês a estimativa era de 4,43%. A projeção para o índice de 2019 foi de 4,22% para 4,21%.   Há um mês a projeção era de 4,21%. A pesquisa trouxe ainda a previsão da inflação para 2020 em 4%. No caso de 2021 se reduziu de 3,97% para 3,95%. A previsão da taxa SELIC é de que neste ano fique em 6,5%. Mas, poderá subir para 8%, em 2019, 2020, 2021. A estimativa para o câmbio comercial no final deste ano é de R$3,70, embora hoje tenha fechado em R$3,75. Para o final de 2019 está projetada em R$3,76. Conforme o Conselho Monetário Nacional a meta de inflação é de 4,5%, mediante viés de 1,5% para cima ou para baixo. Isto é, no intervalo de confiança de 3% a 6%. Logo, as estimativas estão de acordo com o centro da meta e com viés de baixa. A estimativa para o PIB deste ano permaneceu em 1,36%. Já para 2019 a estimativa é de 2,5%, segundo o bol

11/11/2018 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA

O Ministério da Ciência e da Tecnologia é daqueles que tem menor verba e que vem decrescendo nos últimos anos. Neste ano está por volta da metade do valor de 2013. Naquele ano o orçamento ministerial fora de R$9,5 bilhões. Para este ano será de R$4,6 bilhões. Por seu turno, o número de pesquisadores tem crescido muito. De 2008 a 2016 dobrou seu número. Segundo o CNPQ, existem cerca de 200 mil pesquisadores. O percentual investido é de 1,3% do PIB. Valor considerado muito pequeno. Países como Israel e Coréia do Sul investem por volta de 4% do PIB. Na Coréia do Sul, por exemplo, 77% da verba de pesquisas são provenientes do setor privado, enquanto no Brasil mais da metade vem do setor público. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, declarou em campanha que pretende investir na área em referência por volta de 3% do PIB, entre as inversões publicas e privadas. Sem dúvida os recursos públicos são muito importantes para as pesquisas básicas. Ou seja, aquelas que visam ampliar o conhecim

10/11/2018 - BOMBA FISCAL PARA NOVO GOVERNO

As leis aprovadas pelo Congresso neste ano poderão transferir para os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro uma bomba fiscal de R$259 bilhões. Foram de projetos aprovados na atual legislatura, que terão forte impacto nas despesas da União, não obstante a lei de teto dos gastos estarem em vigor. Sem dúvida, o novo presidente deverá reunir forças perante os congressistas para reverter o quadro que se anuncia. Afinal, a Câmara de Deputados teve uma renovação de 51% e de 85% no Senado. O último projeto aprovado, de elevação de 16% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal tem efeito em cascata nos poderes republicanos, em 27 unidades federativas e em 5.570 municípios. A consultoria do Senado calculou que o impacto anual seria de R$5,3 bilhões e de R$21,2 bilhões em quatro anos. O penúltimo foi o de benefícios fiscais para a indústria automobilística de R$2,1 bilhões, que somam no período vindouro R$8,4 bilhões. Continuando, em ordem inversa, o sétimo projeto foi o

09/11//2018 - BOLSA DE VALORES

Chama-se de bolsa de valores o local onde podem ser transacionadas ações, recibos de ações, commodities, títulos de crédito, moedas e obrigações contratuais futuras. Porém, é mais comum a referência a bolsa de valores como a compra e a venda de ações. Surgiu na Inglaterra, muito antes dos Estados Unidos, tendo como objetivo sustentar o capitalismo, visto que é lá que os grandes empreendedores democratizam seus capitais e formam conglomerados por volta do mundo. Não havendo insider trading a bolsa de valores é considerada pela teoria econômica como concorrência perfeita, visto que todos podem ter acessos as informações. Os outros tipos de mercado, segundo a teoria econômica são: concorrência pura, concorrência monopolística, oligopólio, oligopsônio, monopólio, monopsônio, duopólio, duopsônio. Assim, a bolsa de valores brasileira, baseada em São Paulo, chamada de BOVESPA, reflete o humor da economia. Geralmente, sobe, quando estão otimistas os investidores; desce, quando pessim

08/11/2018 - ALINHAMENTO CLARO

De 1500 a 1989 o Brasil possuiu alinhamento automático com Portugal, durante a Colônia; com a Inglaterra, desde 1808 e durante a monarquia. Depois dela, o País iniciou alinhamento com os Estados Unidos. É bem verdade que, durante a Colônia, Portugal esteve em alinhamento com a Holanda, que financiou os engenhos de açúcar; com a Espanha, pela união dos dois reinados. Depois, com a Inglaterra, em 1808, com a abertura dos portos, quando eram visíveis os benefícios para as importações inglesas, vistos os impostos de importação mais baixos dos ingleses do que os dos produtos advindos de Portugal. O Império Inglês se manteve hegemônico no mundo e o Brasil a ele se aliava durante a monarquia. Até que os Estados Unidos emergiram como Império Mundial. O alinhamento do País com os EUA se deu claramente em cinco oportunidades e em diferentes circunstâncias e também se desfizeram. Na etapa colonial, a época era mercantilista e as nações européias concorriam por um Império Mundial. Na etapa

07/11/2018 - DESEMPREGO E EXAGERO

Pesquisa conjunta da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, de longo alcance nacional, revelou que, de um modo em geral, 45% dos entrevistados declararam ter ao menos uma pessoa desempregada em sua residência. Isto é um exagero. Mas, revela certo pânico devido ao fato da economia brasileira não ter ainda superada a crise prolongada, composta de forte recessão de 2014 a 2016, além de estagnação de 2017 a 2018, claro, ainda não superado o conjunto de desacertos. Na verdade o foco da pesquisa foi verificar o medo dos cidadãos de ficarem desempregados. Estes revelaram ser quase 30% dos consultados. Outra enquete, o da Agência Brasil confirmou praticamente tal número. Porém, o medo de perder o emprego está diminuindo, tendo em vista novo governo, que se iniciará em janeiro de 2019, que gerou novas esperanças otimistas, reveladas pela confiança do mercado. Os dados compõem o Indicador de Confiança do Consumidor do mês de outubro, que não e

06/11/2018 - MELHORA AMBIENTE DOS NEGÓCIOS

O Banco Mundial, como realiza todo ano, divulgou os dados do seu doing business, para 190 países analisados. Trata-se do ambiente geral de negócios. O Brasil melhorou de 2017 para 2018, 16 posições, fato que não ocorria desde a criação do indicador, há 16 anos. Contudo, o fato não é tão alvissareiro, visto que o País se classificou em 109º lugar, na segunda metade daqueles países que ainda não alcançaram a média mundial. É ainda uma posição muito ruim para um país dito emergente e que precisa crescer significativamente. Se olhado o PIB, subindo por volta de 1%, nestes dois últimos anos, a melhoria fica pouco perceptível. Ainda mais que se encontram encalacradas no Congresso Nacional, há bastante tempo, a reforma tributária, a mais complicada, seguida pela reforma da Previdência Social, tão reclamada pelas classes produtoras. Há outras reformas que dependem do Congresso Nacional, tais como a reforma do Estado, do sistema político, do programa de ciência, tecnologia, da industrial

05/11/2018 - FALTA DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

De 1500 a 1930 a parte predominante da economia fora dirigida pelo setor primário exportador. O modelo analítico é chamado pelos historiadores de Modelo Primário Exportador. Desde a colonização que aqui se montou um sistema de grandes propriedades rurais, em plantações de monoculturas, tais como açúcar, ouro, pecuária, café. Em 1703, pelo Tratado de Metheun, entre Portugal e Inglaterra, fora proibida a indústria de desenvolver-se em território brasileiro. A partir de 1930 até 1990 a indústria que iria surgir fora, de formas mais fáceis para as mais difíceis, substituindo importações e, de forma inversa, par chegar à grande indústria competitiva. Mas, não chegava a maior parte dela ao citado objetivo. A “proteção” estatal viciou os industriais e estes não se tornaram bem competitivos. Em 1990, o governo de Fernando Collor acabou com grande parte da proteção industrial, fazendo uma abertura para o comércio internacional. No entanto, tanto atraso nunca propiciou, de uma forma em ge

04/11/2018 - SAÚDE PÚBLICA INSUFICIENTE

A Constituição de outubro de 1988 instituiu a saúde pública universal no Brasil. Todos os cidadãos têm direito a ter acesso à saúde pública. Entretanto, a saúde pública é uma calamidade no Brasil. O acesso é dificílimo ao ponto de que o gasto com o segmento de saúde privado é maior do que o gasto com o sistema público. Por oportuno, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o relatório de Aspectos Fiscais da Saúde no Brasil, uma compilação de dados do Banco Mundial. Os gastos com a saúde pública brasileira corresponderam a 3,8% do PIB, em 2015. O País se encontrava em 64ª posição em despesas da área, quando examinados 183 países. Ligeiramente acima da média da América Latina e região do Caribe, que é de 3,6%. O Brasil está abaixo dos países desenvolvidos, que aplicam, em média, 6,5% do PIB em saúde pública. Extraído do citado relatório: “Constata-se que a despesa pública em saúde no Brasil está em patamar mediano em comparação com a média internacional, mas relativamente inferio

03/11/2018 - TRABALHO INFORMAL

Você passa por cada esquina ou por lugar bem visível e lá está um cidadão, que você viu um dia em emprego com carteira assinada, trabalhando por conta própria. Você também observa que aumentou o número de pessoas na rua fazendo “bico”. Quando não você se assusta com o númer o de pessoas que foram e estão na marginalidade do crime, da corrupção, do estelionato e por aí vai. Por que esse grupo cresceu tanto? Só em uma resposta: recessão (2014-2016), sucedida por estagnação (2017-2018). É verdade que em 2017 o País cresceu 1%. Também é verdade que neste ano crescerá por volta de 1%. Porém, vem da maior recessão da história, contada em meses. Portanto, estagnação ainda é nome melhor do que recuperação ou saída do poço, mas na beirada. Vem a Folha de São Paulo de hoje, na capa, afirmar que “Informais já são 43% dos ocupados, um recorde”. Conforme o IBGE, em sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, referente ao mês de setembro, incluído como do terceiro trimestre d

02/11/2018 - RENÚNCIA FISCAL FEDERAL

Claro que existe renúncia fiscal de Estados e municípios. Contudo, a renúncia mais anunciada e maior é a federal. Dessa maneira, a Controladoria Geral da União (CGU) veio a público informar que em 2017 ela fora em torno de R$285 milhões. Ou seja, por volta de 21% da arrecadação federal. Ora, não é a toa que, nos governos do PT, principalmente com Dilma, elas cresceram, ao ponto de retornar o País ao déficit primário, em 2014, desde 1998. Por que aconteceram isso com Lula e notadamente com Dilma? Estes, além de manterem os estímulos fiscais que existiam, eles abriram mais ainda os cofres do BNDES, para grandes empresas, para que elas fossem campeãs, não só nacionais, mas internacionais. Entretanto, o tiro sai pela culatra. Não só o crédito altamente subsidiado do BNDES não contribuiu para a elevação da produtividade, bem como os grandes grupos foram pegos promovendo, corrupção sistêmica, além de também denunciarem Lula, Dilma, correligionários, os quais estão muitos presos, outro