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Mostrando postagens de maio, 2015

31/05/2015 - RECESSÃO ANUNCIADA E CONFIRMADA

Não somente fora anunciada, agora confirmada, mas o pior ainda virá em termos econômicos. Os assessores, consultores, projetistas possuem uma linha em comum: procuram os sinais que indicam o futuro mais próximo. Suas projeções são bem parecidas. Assim, quase todos aqueles cem consultados semanalmente pelo Banco Central, inclusive a gestão econômica atual se reportavam ao País em recessão. Não deu outra. No primeiro trimestre, - 0,2% de recuo do PIB. Porém, o importante é ver a taxa anualizada: - 0,9%. Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, de hoje, a economista Mônica Baumgarten de Bolle afirmou: “a recessão está apenas no começo... Acredito que o País irá registrar uma retração entre 1,5% e 2% neste ano... embora essas duas áreas do governo tenham melhorado (fiscal e monetária) são políticas de estabilização, apenas para correção de rumos errados adotados nos últimos anos pelo próprio Executivo... é preciso fazer mais para que o País saia da recessão e possa crescer o qua

30/05/2015 - RANKING DE COMPETITIVIDADE

Várias vezes aqui se foram reportado à baixa competitividade dos produtos brasileiros na economia internacional. Sem dúvida essa é a razão pela qual o Brasil é um país pouco aberto para o exterior. Embora sendo a sétima economia mundial, somente participa de 1,3% das transações internacionais, assim considerado um “país pequeno” da espécie. Corroborando isso, pela quinto ano consecutivo, o Brasil perdeu posições no ranking das economias competitivas globais. Não é dizer que foi só com Dilma em todo o seu tempo até agora, mas caiu também no último ano da era Lula, mesmo o País tendo crescido 7,6% em 2010. Em 2014, o País recuou duas posições, entre 61 nações, passando a ser o 56º, em termos de eficiência para fazer negócios, consoante o World Competitiveness Yearbook, anuário de negócios da empresa Suíça IMD, publicação desde 1989. É a pior classificação desde 1996, quando passou a fazer parte do referido livro. Para este 2015 os organismos internacionais, tipo FMI, BIRD, estão p

29/05/2015 - JUROS EM ELEVAÇÃO, DIFÍCIL ENCONTRAR EMPREGO, SAQUE NA POUPANÇA

Na semana que vem se reunirá o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC), quando, segundo expectativas do mercado financeiro, a SELIC poderá se elevar de 13,25% para 13,75%. A atual taxa SELIC, que serve de referencial para as taxas de juros em geral, já é maior do que aquela de 2008, quando descambou na recessão de 2009. Juros básicos altos têm sido eficientes no combate a inflação, mas inibem investimentos, retraindo a atividade econômica e elevando o desemprego. Mesmo assim, a estimativa do mercado, conforme a última pesquisa do boletim Focus do BC, fechará a inflação de 2015 a 8,37% ao ano. Em 12 meses, até abril, ela já estava em 8,17%, maior nível em mais de 11 anos. Perante a renda média real em queda desde o início deste ano, os trabalhadores têm recorrido aos saques na caderneta de poupança, para ficar com suas contas em dia, ou, então, têm-se endividado ainda mais. Consoante pesquisa mensal da Fundação Getúlio Vargas, sobre a situação financeira bra

28/05/2015 - CARTA NA MANGA DA CAMISA

Fala-se que o jogador que surpreende, blefa ou tem carta na manga da camisa. Quem blefa faz jogo do tudo ou nada. Muito perigoso. Às vezes, fatal. Ao fazer uma guinada à direita, no segundo mandato, a presidente Dilma colocou na direção da equipe econômica Joaquim Levy, economista ortodoxo, neoliberal, que prega a redução do tamanho do Estado (estas três coisas compõem um todo), nem sempre conseguindo as três partes. Por isso, que somente anunciou o ajuste fiscal de 1,2% do PIB de superávit primário para este ano, de R$66 bilhões, assim como de 2% em 2016, que seria de R$110 bilhões, se o crescimento fosse zero em 2015, mas como está praticamente garantida a recessão, o superávit primário estimado está próximo de R$100 bilhões. Como não está blefando, Levy declarou: “O Brasil precisa passar por uma reengenharia para ser competitivo”. Logo, reengenharia é retração, para depois crescer, entende-se que haverá mudanças mais profundas do que o ajuste fiscal anunciado. A reengenharia

27/05/2015 - ENTRAVES LOGÍSTICOS

O Ministério dos Transportes possui muitos entraves logísticos, havendo dezenas de obras interrompidas, inacabadas e a serem recuperadas. Mesmo assim, o seu orçamento para este exercício recebeu fortes cortes, de R$5,7 bilhões, relativos ao recente ajuste fiscal. A propósito, ainda sem referidos contingenciamentos orçamentários, no final do mês passado o Ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, depôs na Comissão de Infraestrutura do Senado, dizendo que não tinha ainda recebido recursos neste ano e que, por isso, as obras iriam parar. Na sua saída, mais tarde, declarou à imprensa, o inverso, de que as obras não iriam parar, mostrando estar “perdido feito cego em tiroteio”. Nem foi demitido. Irão ou não irão parar? Claro, que não. Mas, continuarão em ritmo lento, contingenciado. A Confederação Nacional de Transporte (CNT) divulgou conclusão do estudo “Transporte & Desenvolvimento – Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho”. Assim, são as condições precár

26/05/2015 - INFLAÇÃO DA SAÚDE

  Os gastos com a Saúde são de dois níveis: públicos e privados. Vendo a seara federal, no dia 23 deste o governo anunciou os cortes dos gastos de R$69,9 bilhões, sendo o contingenciamento do Ministério da Saúde o segundo maior, de R$11,8 bilhões, por volta de 17%, sendo o primeiro no Ministério das Cidades, de R$17,2 bilhões, cerca de 25%, assim como o terceiro, no Ministério da Educação, de R$9,4 bilhões, em torno de 13,4%. Estes três ultrapassaram 55% do total do ajuste fiscal. Através de Emenda Constitucional, promulgada em março passado, que prevê que os gastos públicos com a Saúde poderão chegar a 15% da receita da União até 2020, eles, no entanto são de 4% do PIB, em torno de R$240 bilhões. Assim, o contingenciamento na referida área foi de aproximadamente 5%. Em termos internacionais, a França gasta 8,9%; o Canadá, 7,9%; o Reino Unido, 7,7%; os Estados Unidos, 8,2%. O Sistema Único de Saúde (SUS) é mal administrado, havendo desperdícios de 20%, péssimo atendimento, consu

25/05/2015 - TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

  A presidente Dilma, atrás de votos no Congresso, colocou nas mãos do vice-presidente Michel Temer, o leilão de vários cargos como moeda de troca. Desde 2011 foram preenchidos 22 mil cargos em comissão no governo federal. Reproduzem também nos Estados e Municípios verdadeiros balcões de negócios. Agora mesmo para aprovar o ajuste fiscal, mais de 200 cargos de confiança na direção dos ministérios estão sendo preenchidos. São cargos ocupados sem concurso público e é onde se encontram as raízes da corrupção. Cortar cargos de confiança é mais eficaz do que reduzir ministérios, no jogo político. Em levantamento feito pela revista Veja, publicado nesta semana, em cinco órgãos federais se concentram os casos de desvios de dinheiro, 262 ao todo, sendo alto o percentual de filiados em cargos de confiança. (1) No Ministério da Saúde existem 95 escândalos, 22% de filiados à base aliada. (2) Na SUDAM há 48 processos, 22% de filiados. (3) No INCRA há 45 escândalos e também 22% de membros da

24/05/2015 - CORTES POR MINISTÉRIOS

O maior corte do orçamento federal aconteceu no Ministério das Cidades, em R$17,2 bilhões. Seguiram-lhe Saúde, R$11,8 bilhões. Educação, R$9,4 bilhões. Transportes, R$5,7 bilhões. Defesa, R$5,6 bilhões. Integração Nacional, R$2,2 bilhões. Ciência e Tecnologia, R$1,8 bilhão. Desenvolvimento Agrário, R$1,8 bilhão. Secretaria da Aviação Civil, R$1,5 bilhão. Agricultura, R$1,4 bilhão. Justiça, R$1,3 bilhão. Turismo, R$1,3 bilhão. Fazenda, R$1,23 bilhão. Esportes, R$900 milhões. Cultura, R$500 milhões. Desenvolvimento, Indústria e Comércio, R$ 400 milhões. Comunicações, R$300 milhões. Meio Ambiente, R$300 milhões. Trabalho, R$300 milhões. Portos, R$200 milhões. Previdência Social, R$100 milhões. Relações Internacionais, R$4 milhões. São vinte e três ministérios relacionados. Outros 16 ministérios tiveram cortes de R$4,56 bilhões. O valor total dos cortes é de R$69,946 bilhões. Os freios mais criticados foram no Programa de Aceleração do Crescimento e no Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

23/05/2015 - IMPEACHMENT NÃO É SEIS POR MEIA DÚZIA

Por pior, não tão pior seria esperado, que sejam dos quadros do PMDB, o Brasil não merece estar com Dilma. Referida senhora insiste em intervencionismo estatal crescente, enquanto grande parte do mundo sai desta. A ideia de o Estado ser empresário ser para o bem de todos é somente ideal. A estatal é uma figura de um dono do partido político e não dos brasileiros como ela diz. O escândalo da operação Lava-Jato na Petrobras (tem de lavar muito mais ainda) é prevalecente em quase todas as estatais. A Petrobras se recuperou, dizem, com um lucro de R$5 bilhões no primeiro trimestre. Recuperou? Como se ainda várias ações no resto do mundo pipocam? Como ainda os seus cargos são preenchidos pela base política e não pelo mercado? Esse Bendine, presidente atual deve ser um cara “virado para a lua”. Saiu do Banco do Brasil para gerir na área de petróleo. Um baita “engenheiro”. Cortar R$69, 9 bilhões do orçamento público, inclusive, 30% na educação, é não respeitar a piada e o sucesso, po

22/05/2015 - BÔNUS E ÔNUS EMPRESARIAL

O bônus empresarial é toda forma de lucro. O ônus, óbvio, prejuízo. Mas, dentro da própria classe empresarial, o governo discrimina de forma indecente. Os maiores grupos econômicos obtêm financiamentos subsidiados do BNDES. Os menores não. O BNDES foi criado como BNDE, por Getúlio Vargas. Atendia somente a burguesia nacional. José Sarney colocou o S, dando a ideia de social, que nunca foi. O S abriu financiamentos para as esferas de governo e para o capital estrangeiro. As gestões do PT abriram mais ainda, financiando governos ditatoriais, tais como são ditaduras africanas e Cuba, cujos empréstimos são secretos. Uma ignomínia ao povo brasileiro. A principal linha de crédito interno, sendo muitos bilhões, é feita mediante Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Esta é de mais de seis pontos percentuais menores do que a taxa SELIC. O grande capital toma este dinheiro e aplica na própria dívida federal. Portanto, obtêm lucros extraordinários, sem fazer nada. E quem paga? A sociedade c

21/05/201- 42º RECUO CONSECUTIVO DO EMPREGO INDUSTRIAL

O IBGE divulgou ontem que o emprego industrial recuou pelas 42ª vez consecutiva. Ou, três anos e meio de demissões. A indústria hoje emprega o menor contingente de trabalhadores em toda a série histórica da pesquisa realizada desde dezembro do ano 2.000. Trata-se ainda da queda mais intensa desde outubro de 2009, ano recessivo, caindo – 0,6%, também em ano recessivo. A terceira grande baixa consecutiva. O setor industrial sofre com a competição de bens importados, além de retração das exportações. Há muito tempo que os capitalistas da área reclamam também contra os juros elevados, crédito restrito, baixa confiança deles mesmos, devido também a elevada e crescente carga tributária, além de falta de confiança dos consumidores. Quando considerado o primeiro trimestre de 2015, a queda alcançou – 4,6%, na comparação com o mesmo período de 2014. Entre os ramos pesquisados as retrações foram generalizadas com todos os 18 segmentos pesquisados apresentando taxas negativas. A maior reper

20/05/2015 - PRÁTICA INFLACIONÁRIA AMEAÇA VOLTAR

Antes do Plano Real, datado de 01-07-1994, uma prática inflacionária muito comum era as pessoas comprarem produtos para fazer estoques em casa. Dessa maneira, havia uma grande demanda adicional, que pressionava especulativamente a oferta, gerando inflação. A situação ficou pior, quando os governos da Nova República (1985) resolveram fazer congelamentos de preços e salários (1986-1991). A primeira febre de consumo ocorreu no Plano Cruzado, em 1986. Depois, em 1987, maior febre consumista no Plano Bresser. Em 1989, febre mais alta de realização no Plano Verão. Em 1990, hiperinflação no Plano Collor, ano em que ela atingiu o maior índice histórico de janeiro a dezembro, de mais de 2.500%. Em 1991, hiperinflação no Plano Collor II. Assim, no passado, anterior a 1994, quanto mais estoque de produtos, maior inflação. A espiral era cada vez maior. Depois de 1994, no Brasil de 20 anos do Plano Real, a inflação ficou geralmente menor do que dois dígitos, estando agora acima de 8%. Não é

19/05/2015 - INFRAESTRUTURA COM A CHINA

Previsto para chegar nesta semana o primeiro ministro da China, Li Keqiang, acompanhado de 200 empresários, visando negociar investimentos de US$53 bilhões em infraestrutura, principalmente em ferrovias e energia. Cinco são os projetos principais visados pelos chineses. (1) Ferrovia Transoceânica, ligando o Mato Grosso até o litoral do Peru, a tão sonhada saída pelo oceano Pacífico. Assim, o escoamento das safras de grãos poderá ter custo mais baixo do que o atual. A China também ganhará com isto, visto que chegarão os seus produtos mais rápido e mais barato ao Brasil. O investimento estimado é de US$10 bilhões. (2) Linha de transmissão energética da usina de Belo Monte, trecho Minas Gerais/São Paulo, investimento projetado de US$1,5 bilhão. (3) Aquisição de 49% da EDP do Brasil, segmento de energia de parques eólicos, inversões de US$900 milhões. (4) Construção da fábrica de automóveis Chery, em Jacareí, São Paulo, investimento estimado de US$550 milhões. (5) Construção de fábri

18/05/2015 - CONSTRUÇÃO CIVIL SOFRE MAIOR TOMBO

A expectativa do desempenho neste ano da construção civil é de encolher – 5,5%, segundo o jornal Folha de São Paulo de ontem. A repercussão do segmento na recessão brasileira será de - 0,3%. Trata-se do pior desempenho desde 2003. No primeiro trimestre já foram realizadas 50 mil demissões no País. A referida indústria foi bastante beneficiada nestes tempos dos governos do PT, através de crédito farto e de programas habitacionais, tais como Minha Casa, Minha Vida. O dinheiro do FGTS é utilizado neste programa. Os da caderneta de poupança para a habitação em geral. Porém, neste exercício, os bancos, tanto públicos como privados, aumentaram as taxas de juros e colocaram mais dificuldades para ter acesso ao crédito. A retração é grande principalmente porque está havendo saques na caderneta de poupança, principal fonte de financiamento habitacional. Em janeiro foram sacados R$4,4 bilhões; em fevereiro, R$4,9 bilhões; em abril R$5,2 bilhões, no total de R$23,7 bilhões. No atual ritmo

17/05/2015 - ECONOMIA ENCOLHE

O Boletim Regional do Banco Central avalia trimestralmente o que acontece nas regiões brasileiras. No primeiro trimestre o Índice do Banco Central (IBC-Br) recuou – 0,6%, em relação ao trimestre anterior, revertendo alta de 0,7% naquele período. Em relação às regiões, o PIB nordestino caiu – 0,1%. O Sul recuou – 1,4%. A retração será ainda maior porque hoje estará havendo reunião de ministros, visando cortar R$80 bilhões dos gastos públicos. Mas, o governo federal somente anunciará as áreas no dia 23 vindouro. Infelizmente, é um governo fraco, que faz mal e ainda anuncia para o futuro. Deixa quase todos pessimistas. A gerente geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, anunciou vinda ao Brasil, mas já está dizendo que a Índia ultrapassará neste ano o Brasil. O PIB brasileiro é de US$2,2 trilhões. O da Índia é de US$2 trilhões. Logo, não é verdade. É terrorismo. A Índia crescerá 7% e o Brasil recuará mais de 2% (?). É uma “crônica de uma morte anunciada”.

16/05/2015 - POLÍTICA MACROECÔNOMICA EQUIVOCADA

Geralmente, fala-se em política econômica. Porém, há uma divisão em política microeconômica, aquela destinada aos indivíduos, as empresas e ao seu conjunto, bem como política macroeconômica, aquela destinada à nação e as relações internacionais. Portanto, as relações diretivas vêm das políticas macroeconômicas. O que aconteceu no primeiro mandato da presidente Dilma foram várias linhas de política macroeconômica equivocada. Quanto à política microeconômica praticamente nada. Na verdade, a presidente Dilma, que nunca teve uma gestão econômica digna de nota, foi alçada pelo ex-presidente Lula à presidente da República. Devido ao seu temperamento dominador, ela se arvorou a ser ministra da Economia. O primeiro erro se deveu ao maior crescimento da máquina pública, visando partidarizar mais ainda o governo federal. Levou o número de 35 para 39 ministérios, sem dar autonomia aos seus ministros. Como resultado, cresceu gastos mais do que receitas, o que a levou a déficit fiscal em 201

15/05/2015 - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

Não se vê falar mais na grande imprensa sobre o decreto que criou conselhos para respaldar as decisões do poder Executivo, visto que nem se cogita em colocá-lo em debates no Congresso, estando engavetado. O propósito do PT e da presidente Dilma, que o editou, seria governar com decisões dos conselhos, conforme existe em países de um Executivo autoritário, conforme acontece em Cuba e na Venezuela. A democracia verdadeira não aceita isso. Conselhos de administração de ministérios e estatais têm permitido escândalos de corrupção, tais como os deste século XXI, conhecidos como “mensalão”, já julgado, “petrolão”, com investigações em curso, “eletrolão”, “bndeszão”, dentre outros cogitados. O mais recente escândalo está acontecendo com as investigações da Polícia Federal, na operação Zelotes, efetuada no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão este constituído de funcionários graduados do ministério da Fazenda e de empresários, mediante exame de 74 julgamentos de

14/05/2015 - BAIXO GRAU DE INOVAÇÃO

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem forte órgão de pesquisa, o que não seria diferente, para defender os interesses dos associados. A mais recente enquete, divulgada dia 12 deste, demonstra que 57% dos seus filiados pretendem aumentar os investimentos em inovação nos próximos cinco anos. Atualmente, a maior parte dos entrevistados, cerca de 54%, investem apenas 3% em inovação. Muito pouco. Os outros 46% investem menos. Na progressista Ásia os países investem de 5% a 15% em inovação. No conjunto, as companhias brasileiras afirmaram que a inovação faz parte da estratégia de negócios, por volta de 62% delas. Argumentam os empresários que os fatores que mais dificultam a inovação são a educação e a qualificação da mão de obra. Ressentem 89% dos capitalistas pesquisados de que os profissionais, que se encontram no mercado, para as inovações, chegam às empresas sem estarem suficientemente qualificados, precisando de treinamento. Os empresários pesquisados foram taxativos, q

13/05/2015 - REFORMAS PEQUENAS NOS PORTOS MELHORARIAM QUARENTA POSIÇÕES

Muitas vezes nesta coluna, o artigo se utiliza de pesquisa secundária, tendo o propósito de ampliar a análise econômica. Ora, se os países que estão chegando ao grau de desenvolvimento maduro tem buscado a abertura para o comércio exterior, tal como fizeram os chamados tigres asiáticos, em especial, Coréia do Sul, Taiwan, Singapura, os quais vieram na esteira do exemplo japonês, sendo agora o grande exemplo a China, que há 30 anos emergiu da condição de um país muito pobre para a segunda economia do planeta, porque não reforçar os caminhos que o Brasil poderia seguir? Assim, reformas pequenas nos portos podem trazer ganhos bilionários, sem ser necessário reformar leis nem assinar tratados. Bastam mudanças de gestão e na infraestrutura para levar o comércio exterior brasileiro a novo patamar. Trata-se de estudo inédito do Fórum Econômico Mundial, que está instalado em Davos, na Suíça, a que teve acesso a revista Veja, datada de hoje. Conforme a classificação do citado Fórum, S

12/05/2015 - ECONOMIA DESAQUECIDA

  No segundo mandato da presidente Dilma parece que ela não quer ser mais a protagonista principal. Delegou ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a execução do necessário ajuste fiscal, devido ao desajuste que ela efetivou no seu primeiro mandato nas contas públicas. Na área política, delegou ao vice-presidente da República, Michel Temer, as costuras políticas e este está fazendo as mudanças no segundo escalão, tal como foi a escolha do presidente do Banco do Nordeste, este ligado ao PMDB. Este segundo período está tão devagar quase parando, basta ver que a presidente demorou 9 meses para indicar o candidato à vaga do Supremo Tribunal Federal, que hoje será sabatinado no Senado. O aperto fiscal paralisa parcialmente o governo federal e os gastos públicos caem bastante. A demora na aprovação do orçamento federal e o contingenciamento de recursos para os ministérios têm adiado obras, atrasando repasses e programas sociais e reduzindo o crédito em geral. Até a semana passada, no

11/05/2015 - RICOS BRASILEIROS

Estudo do técnico Marcelo Ribeiro do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) colocou no topo da distribuição de renda 629 mil trabalhadores brasileiros como ricos, mais seus familiares, seriam 1% da população brasileira. Estes detêm 25% da riqueza nacional. Sendo assim, o Brasil está em décimo lugar como um dos países mais desiguais do mundo. Os ricos brasileiros ganham a partir de R$15.200,00, sendo a média de rendimento de R$28.500,00. As três profissões que têm mais chances de produzir ricos são as de médicos, engenheiros e advogados. O estudo do técnico referido considerou os trabalhadores entre 25 a 64 anos. Geralmente pessoas nessa idade já se formaram. Quatro grupos de cursos de graduação concentram os ricos: (1) administração, negócios e economia; (2) engenharia, ciências da computação, produção, construção e arquitetura; (3) direito; (4) medicina. Os graduados, mais aqueles que fizeram mestrado e doutorado são 86% dos ricos. Os diplomados brasileiros represent

10/05/2015 - CONDIÇÕES DIFERENTES DE LULA E DILMA NA ECONOMIA

Eleito com um discurso de mudanças radicais, o ex-presidente Lula fez o contrário do prometido, obtendo bom desempenho em oito anos. Por que? Primeiro, ele nomeou seu ministro da Economia, de fato, Henrique Meireles, eleito deputado federal pelo PSDB, para dirigir o Banco Central, que fez cumprir o tripé da economia, baseado no sistema de metas da inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante. Segundo, aconteceu uma estupenda elevação dos preços das commodities. Terceiro, havia capacidade ociosa dos fatores de produção. Quarto, o consumo tinha grande espaço de crescimento. Quinto, também havia grande espaço de endividamento das famílias e Lula estimulou bastante o crédito para o consumo. Sexto, o déficit habitacional era maior do que sete milhões de moradias, sendo estimulada fortemente a construção civil. Sétimo, ao respeitar contratos, coisa que se temia devido ao seu discurso, gerou confiança dos empresários para investirem. Sétimo, o salário mínimo continuou tendo ganhos rea

09/05/2015 - DESEMPREGO EM ASCENSÃO

O aperto geral nas finanças, que está fazendo a atual equipe econômica está trazendo entre as piores consequências o aumento do desemprego. E, rapidamente, enquanto a recessão se instala lentamente. Ou seja, o desemprego subiu de 6,5% em dezembro para 7,9% em março. Em três meses, ele subiu 21,5%. A desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos chegou a 17,6%. Também, como grande reflexo disso, a popularidade da presidente Dilma, de ótimo a bom, caiu de 41% para 13%. Na posição anterior, somados os de opinião de que ela é regular, levava-a a folgada aprovação. Na atual posição, admitido o mesmo critério, ela está bastante reprovada. Não pode sair na rua sem ser vaiada. Ontem, esperada no Rio de Janeiro, para comemorar os setenta anos da segunda guerra mundial, perante o monumento aos Pracinhas, ela faltou, fazendo cerimônia reservada com o exército de Brasília. Antes, sequer fez pronunciamento no dia primeiro de maio, dia do trabalhador. Na propaganda do PT na televisão no dia 5 p

08/05/2015 - MAIORES EMPRESAS DO MUNDO

As maiores empresas do mundo são acompanhadas pelas bolsas de valores mundiais, comissões de valores mobiliários, corretoras, distribuidoras, agências de risco, dentre outros órgãos, bem assim pelas revistas e jornais internacionais, tais como Fortune e Forbes (americanas), The Economist (de mais de 200 anos) e Financial Times (ingleses) e muitos outros. No Brasil, a revista Exame examina as 1.000 maiores empresas e analisa as 500 mais poderosas. As maiores firmas são cabeças de conglomerados de outras grandes. Portanto, são gigantes. Possuem integração de firmas de forma horizontal (no mesmo ramo) e de forma vertical (de ramos diferentes). As pessoas mais ricas do globo não ocupam os mesmos lugares na classificação dos grupos que fazem parte. Tampouco, as empresas estatais, gigantes pela própria natureza, representam, em ordem de valor patrimonial, o poder econômico global. Neste poderio se encontram as empresas dos sete maiores países detentores do poder industrial e armado, o

07/05/2015 - SETOR EXTERNO DIMINUI QUANDO DEVERIA CRESCER

Neste ano, o setor externo brasileiro também tem diminuído, quando deveria crescer. Assim, o desempenho retroagiu a 2010. No curto prazo, a economia doméstica está pior, porque está em recessão. Até agora a balança comercial brasileira, em quatro meses, possui déficit de US$5 bilhões. Há esperança de que se encerre o exercício com superávit. Porém, o PIB de 2015 é projetado por quase todos como negativo, inclusive, de conformidade com as pesquisas semanais do Banco Central, publicação Focus desta semana é de – 1,18%. Observado o primeiro mandato de Dilma, o PIB, de 2011 a 2014, obteve crescimento de 3,9%, 1,8%, 2,7%, 0,1%, respectivamente, média anual de 2,2%. Quer dizer, crescimento modesto. Mas, de janeiro a abril deste ano, as exportações caíram – 16,4%, as importações – 15,9%, já a corrente de comércio no período em referência se reduziu para – 16,1%, voltando ao nível mais baixo desde 2010. Nesta década está havendo a reversão das expectativas do ciclo das commodities, que

06/05/2015 - MÁ GESTÃO, MENOR POUPANÇA, MENOR INVESTIMENTO, MENOR CONFIANÇA

É preciso eliminar a má gestão e reverter o trio econômico de menor poupança em 14 anos, por volta de 14% do PIB; menor investimento em 4 anos, menor do que 18% do PIB; menor confiança dos capitalistas, que caiu nestes quatro últimos exercícios, além de turbinação dos gastos públicos em relação as receitas, que somente em 2014 elas subiram 12% contra uma arrecadação que cresceu 3%. Dessa maneira, os resultados do primeiro mandato foram de chegar-se a um PIB estagnado, déficit primário depois de 18 anos, elevação da dívida pública bruta para 63% do PIB, déficit das contas correntes externas de 7% do PIB, desemprego se elevando para 6,2% e ameaça das agências internacionais de risco de rebaixar o grau de investimentos internacional. Portanto, já que ainda não se evitou a má administração, ficou patente que, no segundo mandato da presidente Dilma, não há alternativa senão promover primeiro o ajuste fiscal e depois colocar no rumo certo o modelo de crescimento, o qual responderá com

05/05/2015 - ESGOTOU RECURSOS PARA O FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma opção barata e de prazo adequado de pagamentos para que o estudante de faculdades particulares de ensino superior conclua seus estudos. A demanda deste semestre foi de 500 mil tomadores, mas o Ministério da Educação (MEC) aceitou cerca da metade, 252 mil, tendo sido disponibilizados R$2,5 bilhões. Por que aconteceu isto? Por que os recursos da educação foram contingenciados em 30%. Isto é, cortados. Deveriam ser alocados ao FIES pelo menos R$4,6 bilhões. Valor ainda insuficiente e daria para atender a 92% da demanda. O contraditório em tudo isto é que o lema do segundo mandato da presidente é “Brasil - Pátria Educadora”. De forma semelhante ao lema do primeiro mandato presidencial de “Brasil – País sem miséria”, os dois lemas são enganadores. O acesso ao FIES somente seria possível para aquele estudante que atingisse nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), sendo eliminado quem tirou zero em redação.

04/05/2015 - PREVISÕES EM QUEDA

Divulgados hoje, conforme ocorrem toda semana, as previsões dos 100 analistas ouvidos pelo Banco Central, no boletim Focus, sendo que os números estão ainda desfavoráveis relativos a – 1,18% de recuo do PIB para estes 2015, inflação, pelo IPCA, fechando o exercício em 8,26%, dólar a R$3,20 e SELIC em 13,5% no final do ano. Já pesquisa do SPC Brasil admite que 53% dos brasileiros farão menos compras parceladas, informando que o cenário econômico está pior e de que cortarão muitas das despesas supérfluas. Dos entrevistados, 61% são de maior nível de renda e de escolaridade. O vice-presidente da República, Michel Temer, que se tornou o negociador político do governo fez declarações ameaçadoras ao Congresso, de que se o ajuste fiscal não for aprovado, a situação irá piorar ainda mais. Já está dando cartas também fazendo nomeações em empresas e órgãos do segundo escalão governamental, como a indicação de Marcos Holanda, para presidente do Banco do Nordeste do Brasil. A bolsa de

03/05/2015 - ENERGIA ELÉTRICA DEVERÁ SUBIR MAIS NESTE ANO

A situação dos reservatórios recebeu um alívio com as chuvas de março e abril no Sudeste e Centro Oeste, os quais são responsáveis por dois terços da geração hidráulica brasileira, mas o nível atual de águas é tão baixo quanto o de 2001, quando houve racionamento. A oferta de eletricidade será assegurada pelas termelétricas, cujo preço de produção é de quatro vezes o das hidrelétricas. A queda no consumo, em face da recessão atual ajudará a evitar o racionamento. Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico, em 2001, os reservatórios do Sudeste/Centro Oeste estavam em 32,2%; em 2014, 38,8%; em 2015, 33,3%; já os reservatórios do Nordeste em 2001 estavam em 33,1%; em 2014, 43,6%; em 2015, 27,4%. Em 2001 não existiam tantas termelétricas como atualmente. Por isso mesmo, houve o racionamento. A gestão da presidente Dilma não admite a hipótese, estando as termelétricas ligadas a todo vapor, visando poupar água das hidrelétricas. As termelétricas não podem funcionar ininterrup

02/05/2015 - INDÚSTRIA PERDE PESO NO PIB

A revisão metodológica que fez o IBGE colocou o setor industrial brasileiro representando 10,9% do agropecuário está por volta de 33%, sendo o agronegócio 23% e a pequena produção 10%, compondo com 56,1% do setor de serviços. Tal representação industrial é depurada, visto que a agroindústria é computada no setor agropecuário, forte segmento de matérias primas, minérios, semiprocessados ou semibeneficiados. Em 1703, pelo tratado de Methuen, Portugal se comprometia não desenvolver indústrias nas suas colônias, enquanto a Inglaterra lhe forneceria bens industrializados. Quer dizer, no século XVIII iria haver a revolução industrial e o Brasil estava proibido de ingressar nela. Veio a Independência, a República Velha e cresceu no País uma indústria incipiente. Após 1930, o governo de Vargas irá proteger indústrias, mediante mecanismo conhecido por processo de substituição das importações. Quando nos anos de 1950 foram criadas as grandes estatais da infraestrutura, petróleo e banco

01/05/2015 - MINISTRO RECALCITRANTE

Quantos dos 39 ministros são recalcitrantes? Pelo menos um se declarou, mas poucos minutos depois, voltou atrás. Este é o clima do segundo mandato. Enquanto no primeiro exercício a presidente dava um “carão” ou demitia o ministro. Agora, nada faz. Quanto à negociação política, a cargo do vice-presidente, Michel Temer, a gestão dele é de não ter atritos. Deixa-se tudo com o Joaquim Levy, no monotema do ajuste fiscal. Na referência, trata-se do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele disse que as obras de infraestrutura irão parar, por falta de recursos. Porém, ao deixar o Órgão, disse à imprensa que foi mal interpretado e garantiu que as obras não serão interrompidas. Na audiência, ele disse ter recebido reclamações dos empreiteiros, cobrando quando o ministério vai pagá-los pelas obras. São suas palavras: É notório para todos que, ontem, recebi o recurso... Estou acabando de pagar ainda dezembro e iniciand