Postagens

Mostrando postagens de junho, 2018

30/06/2018 - FUNDO DA AMAZÔNIA

Não é de hoje que a floresta amazônica é cobiçada. Henry Ford há mais de um século criou uma cidade, a Fordlândia, que desapareceu. Na segunda metade do século passado outro americano, Ludwig, criou outra cidade, mas que não vingou. Existem explorações de minérios, campos de pouso de aviões e de helicópteros clandestinos. Enfim, inúmeros mistérios e ONGs atuando sem prestar contas ao País. Há dez anos que a Noruega entrega recursos ao BNDES para preservação da floresta amazônica, tendo alcançado US$1,1 bilhão, mais doações do governo da Alemanha e da Petrobras se alcança US$1,2 bilhão. Os recursos são utilizados na medida do sucesso em evitar o desmatamento. Quando a devastação cresce o fundo cai de participação. O BNDES já desembolsou recursos para cerca de 100 projetos, no total de R$945 milhões. São beneficiadas 345 instituições dedicadas a atividades produtivas sustentáveis. São organizações não governamentais e órgãos públicos, como é o caso governo federal, que lhe tem

29/06/2018 - PROGRAMA ECONÔMICO

Não mais se chama de plano econômico, mas de programa econômico o que os candidatos à presidência da República irão lançar, a partir de julho, nos próximos dias. O fato é que um plano precisa de recursos internos e externos, difíceis de conseguirem mais do que os têm. Um programa fica mais fácil, indo de encontro a algumas reformas estruturais. A primeira é a da Previdência Social. Não há como correr. Ela absorve 62% dos gastos e cresce a taxas crescentes. A segunda é a necessidade um verdadeiro ajuste fiscal. Aquelas medidas adotadas desde 2015 não surtiram os efeitos esperados e o País continua mergulhado em grande déficit primário, o que só tem trazido crescimento da dívida pública em relação ao PIB, que saltou da casa de 50% para a casa dos 70%, ultrapassando a capacidade de pagamento, tida como máxima de 60%, para aqueles que estão endividados. A terceira é a revisão e avaliação da lei dos tetos de gastos públicos. A quarta é a reforma tributária. A quinta é a melhora do am

28/06/2018 POLÍTICA MONETÁRIA DE LONGO PRAZO

Incumbe-se no Brasil, desde 1965, o Conselho Monetário Nacional (CMN) de projetar a política monetária de longo prazo. No curto prazo e no imediato, atua o Banco Central (BC). Vale dizer que o CMN é o estrategista e o BC o executor. O que há de novo? Considerando que uma das poucas vitórias, mas de grande importância, está sendo o controle do processo inflacionário, cuja inflação (2,8%) está abaixo do centro da meta de 4,5% e também abaixo, hoje, já que as projeções não se farão manter por longo tempo, do piso da meta de 3%, o CMN está projetando para 2019, em 4,25%; em 2020, em 4%, em 2012, em 3,75% Nestes termos, está assinalando que acredita que o País converge para ter uma inflação estritamente controlada, o que é correto. Convém frisar que, em 2003, fixou-se ela em 5,5%. Ente 2005 a 2017, a meta foi mantida em 4,5%. Foram 13 anos, quando o CMN resolveu mudá-la para projeções anuais trimestrais, definindo nova situação para o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Por s

27/06/2018 - CAPACIDADE OCIOSA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

A recessão econômica recente, de 2014 a 2016, levou a economia brasileira à elevada capacidade ociosa. Uma prova de como ela é grande está na taxa de desemprego aberto dos trabalhadores formais de 12,9%, correspondentes a mais de 13,4 milhões de pessoas. Considerando dados do IBGE, a População Economicamente Ativa (PEA) seria de 63% da população total, ou seja, 130,4 milhões. Trabalhadores com carteira assinada seriam 32,7 milhões; sem carteira assinada, 10,9 milhões; por conta própria, 23,0 milhões; subempregados, 26,4 milhões; informais, menores, outros, 24 milhões. Somados os contingentes acima de 13,4 milhões, 26,4 milhões, 24 milhões, tem-se 67,8 milhões de nacionais, em constituir o maior ‘exército de reserva’ do País, ou seja, mais de 50% da PEA ou mais de 30% da população total do Brasil. Um dado comparativo interessante é de que a PEA de 130,4 milhões é de 90% do número de 145 milhões de eleitores projetados para eleger o novo presidente da República. Ademais, a mão

26/06/2018 POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOBROU EM DEZ ANOS

Conforme Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, de junho de 2016, a população brasileira quase dobrou em dez anos, passando de 402,2 mil para 726,7 mil de 2006 a 2016. O número do crescimento deve ser maior do que 4% ao ano. A situação apresentada poderia ser pior, visto que há um grande número de mandados de prisão pendentes. Segundo o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça, estavam ainda fora da cadeia 143.947 pessoas, sem considerar Estados que ainda não inseriram no referido banco as informações completas sobre seus sistemas, tais como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Do total dos pesos, 40% eram detentos em regime de prisão provisória, ainda sem condenação judicial. Em todo o País estão registradas 368 mil vagas, o que significa uma taxa de ocupação média de 197,4%. Quer dizer, uma vida de cão, uma vida de promiscuidade, conforme muitos estudos divulgados sobre o assunto. A realidade do cárcere contrasta

25/06/2018 - PIORA CONTINUA E IDOSOS CONTINUAM A TRABALHAR

Mais uma vez neste ano o informativo Focus, semanário editado pelo Banco Central (BC), mostra que a expectativa de alta para o PIB deste ano baixou de 1,76% para 1,55%. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,37%. No início do ano, há cerca de cinco meses era próximo de 3%. Para 2019, o mercado reduziu mais uma vez, de 2,70% para 2,60, ante 3% de quatro semanas atrás. Por coincidência, o mercado agora e BC, em 15 de junho havia informado que o IBC-Br subiu 0,46% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia do PIB. No acumulado do ano, houve avanço de 1,55% do IBC-Br. Na semana passada o Comitê de Política Econômica do BC manteve a SELIC em 6,50% ao ano. Mencionando no seu comunicado o IBC-BR O BC lembrou que a greve dos caminhoneiros dificulta a leitura da evolução (ou involução) recente da economia. A projeção atual do BC, que será atualizada no próximo dia 28, no Relatório Trimestral de Inflação é de alta de

24/06/2018 - DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

O livro-texto de N. Gregory Mankiw, Introdução à Economia, de quase 900 páginas em 36 capítulos, traz em seu início um panorama do que seriam os principais fundamentos da economia, a saber: 1º) As pessoas enfrentam tradeoffs. Ou seja, troca com benefícios. 2º) O raciocínio do custo de oportunidade, que é o custo alternativo. 3º) As pessoas racionais pensam na margem. A variação da variação unitária. 4º) As pessoas reagem a incentivos. 5º) O comércio pode ser para todos. Há vantagens relativas e absolutas no comércio. 6º) Os mercados são uma boa maneira de organizar a atividade econômica. 7º) às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados. 8º) O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir. 9º) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais. 10º) A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego. As chaves da economia seriam a escassez, a eficiência, igualdade, mudanças marginais, p

23/06/2018 - SISTEMA DE META DE INFLAÇÃO

Um dos princípios da teoria econômica é de que os preços sobem quando o governo emite moeda demais, Isto se chama de inflação monetária, na mais pura teoria ortodoxa. Porém, no decorrer da atividade produtiva, ocorrem interferências pelos sistemas de organização dos mercados. Os países quando se tornaram capitalistas sentiram a necessidade de um príncipe e de um xerife dos mercados financeiros, que acompanham as velocidades de circulação da moeda, juros e preços, criando o Conselho da Moeda (Currency Board) e o Banco Central (nos EUA, Federal Reserve). No Brasil, em 1965, foram estabelecidos o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN define as diretrizes de política monetária e o BC executa. Embora muito importante, as formas de controle da moeda, através dos meios de pagamento, chamados de M1, M2, M3, M4, forma de moedas quanto aos prazos, imediato, curto, médio e longo, que são bem administrados pelo BC, para que o multiplicador dos depósitos bancário

22/06/2018 - SALVAR A ECONOMIA

Nelson Rodrigues, escritor, teatrólogo, jornalista, ficou famoso pelas suas peças, que retratavam o incomum, os dramas da vida, os problemas do povo pobre e marginalizado, pelos falsos valores e ausência de ética de muitos da sociedade brasileira, além de suas frases que ficaram para a eternidade. Uma delas é “toda unanimidade é burra”. Ou, quando a população na tem sua maioria da população bem educada, ocorre com freqüência o “efeito manada”. Isto é, havendo um boato, a maioria dos brasileiros corre para se proteger, principalmente quando se trata de dinheiro. Eles correm aos bancos ou sofrem de véspera com o simples fato de ocorrer “novo Collor”, que seqüestrou 80% dos ativos financeiros em 1990, no Plano Collor. No Brasil um dos mais famosos Institutos de pesquisa é o Datafolha, cujas estatísticas na sua maioria se aproxima da verdade. Porém, a última delas, publicada hoje pela Folha de São Paulo, revela que: perguntados mais de 2000 cidadãos brasileiros quem seria “o salv

21/06/2018 - EXTENALIDADES QUE NÃO SÃO COMPENSATÓRIAS

Em seu conjunto de erros, o governo de Michel Temer editou Medida Provisória (MP) ontem, tirando dinheiro do Fundo de Investimento Estudantil (FIES), um dos principais programas governamentais, para colocar no novo fundo para Segurança Pública. Ora, se reforçar a segurança pública cabe ao governo realizar uma externalidade positiva, mas, jamais, será externalidade tão positiva como o investimento na educação. A externalidade na segurança poderá poupar vidas e melhorar a forma de vida dos cidadãos. Porém, a externalidade na educação faz o homem crescer a sua produção e produtividade, tão necessários ao desenvolvimento econômico. Evidentemente, que se o governo federal, minguante de recursos, devido à expectativa de déficit primário de R$159 bilhões, cada vez mais próximo de ser confirmado, ou de valor próximo a ele, principalmente pelos efeitos da greve dos caminhoneiros de maio, não tem de onde tirar mais dinheiro. Hoje mesmo, tendo o IBGE divulgado o IPCA-15, relativo ao dia

20/06/2018 - PRODUÇÃO DE CARNE PRINCIPALMENTE DO MATO GROSSO

O agronegócio, que era inexpressivo em 1956, quando não havia Brasília ainda, a região Centro Oeste era pouco povoada e não pontuava no PIB. De lá para cá, a região Centro Oeste foi a que mais cresceu no País. É lá que se mais produz do agronegócio, que já está em cerca de 23% do PIB. Lá se concentra também a produção de carne, notadamente para exportação. Somente o rebanho bovino, onde também está a maior parte dele, o País tem mais de bois do que a sua população, excedendo em mais de 10 milhões de animais. O Estado do Mato Grosso, que já era líder na produção de carne, conforme a consultoria Rabobank, especialista do mercado de carne, destaca que referido Estado possui custos mais baixos na produção da matéria prima, cuja projeção para cinco anos, será também líder, aumentando em 40% a sua produção da espécie. Inovações e desenvolvimento de sistemas integrados de produção, apesar das dificuldades logísticas de transportes, principalmente para as exportações e para grandes c

19/06/2018 - RENÚNCIA FISCAL É O DOBRO DO DÉFICIT DE CAIXA

Em entrevista da segunda feira, na Folha de São Paulo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que o Brasil faz renúncia de tributos até sobre o salmão e o filé mignon. Sem transparência nas suas deduções de receitas, o governo abre mão de 4% do PIB da arrecadação federal. É mais do que o dobro do seu déficit de caixa. Isto é, o déficit primário é hoje de 1,8% do PIB. Em outras palavras, em 2018 se estima que a União deixe de arrecadar R$283,4 bilhões, o que corresponderá ao dobro da média mundial e equivalente a 4% do seu PIB, ainda que se relativize o fato de que não é tão simples retirar subsídios que estão vinculados ao processo produtivo. Segundo o Tribunal de Contas da União, a maioria das isenções e deduções não tem data para acabar, o que demonstra insensatez e falta de planejamento. Em primeiro lugar está o Simples Nacional, previsto em R$62,8 bilhões para 2018. O faturamento anual de cada pequena empresa beneficiária é de R$4,8 bilhões. Em segundo lug

18/06/2018 - ECONOMIA CRESCEU EM ABRIL

Divulgado hoje, após dois meses de retração, que a economia brasileira cresceu em abril, conforme o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), por volta de 0,46%, em abril, perante março, considerando a série já livre de feitos sazonais. De janeiro a abril, o indicador do BC mostrou 1,55% de incremento econômico, depois de um trimestre fraco. Porém, maio veio com a sua depressão. Desde então os ativos brasileiros estão com grande volatilidade. Segundo James Amine, chefe d área global de investimentos do Banco Credit Suisse: “Os investidores estão procurando imaginar como será o impacto depois das eleições. Ou seja, devo investir agora ou devo esperar para investir depois do resultado? Mas, há uma grande verdade, investidores têm que investir em algum lugar. E, em muitos deles, hoje, o comportamento político está presente”. Para ele, ainda, a situação dos emergentes piora com alta da taxa de juros nos Estados Unidos, quando o dinheiro está saindo mais forte. Isto porque os tí

17/06/2018 - GIGANTES BRIGAM E BRASIL PERDE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resolveu sobretaxar cerca de 818 produtos importados de origem chinesa. Os preços das commodities que o Brasil exporta deverão cair. Por ora, as associações de comércio mundial evitam fazer projeções do provável superávit neste ano. No conjunto, as exportações chinesas cairão US$50 bilhões. A China se pronunciou dizendo que vai retaliar os americanos. Muitos dólares estão saindo do Brasil, que estavam aplicados aqui dentro, mas que retornaram aos Estados Unidos porque o FED já fez duas elevações de taxa básica de juros. Aplicar em títulos da dívida americana, que rendem de 1,7% a 2%, torna-se mais seguro para os grandes financistas internacionais e fundos de pensão. O Banco Central na semana passada vendeu mais de US$24 bilhões e prometeu vender mais US$10 bilhões, tendo em vista que a procura por dólares está sofrendo efeito manada. Quer dizer, muitos nacionais estão procurando a moeda estrangeira. A moeda brasileira, está sendo

16/06/2018 - BOM PARA OS ESTADOS UNIDOS BOM PARA O BRASIL

O ex-ministro das Relações Exteriores, Juraci Magalhães, que foi um dos interventores na Bahia, em 1930, nomeado por Getúlio Vargas, depois governador da Bahia, em 1950, eleito pelo voto popular, disse em 1964: “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Selava-se o alinhamento automático brasileiro com o imperialismo americano. Porém, as diferenças são enormes, na forma de crescer e de comportar-se. Nem sempre o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Atualmente, a economia americana vai de vento em popa. O seu PIB se aproxima de 3% ao ano, o que é muito para uma economia abastarda. A sua inflação está dentro da meta de 2%. Os seus juros básicos recentemente foram elevados para 1,75% a 2% ao ano. Como a economia americana está muito aquecida, os juros básicos previstos para elevar-se até 3,4%, no ano de 2021, prospecta o FED. Em tese, o Brasil pode sair ganhando com o bom desempenho dos USA. Porém, não é bem isso. O que o Brasil poderia ganhar

15/06/2018 - DEPRIMIDAS ESTÃO AS FORÇAS PRODUTIVAS

As forças produtivas são o mesmo que os fatores de produção. Natureza, trabalho, capital, capacidade empresarial e tecnologia. Em 2017, quando o País saiu da recessão, crescendo 1% no ano, a Organização Mundial da Saúde classificou o Brasil em quinto lugar como um povo de maioria deprimida. Porém, tal resultado econômico de 2017 parecia indicar que o Brasil tinha saído da depressão, do período de 2014 a 2016. Mas, qual nada, no início de 2017 o presidente Michel Temer começou a ser denunciado por corrupção e não se parou mais de aparecer em denúncias, contornados, por meios legais, mas, logo quando ao sair do governo, que não terá foro privilegiado, irá responder por seus crimes. Temer, em menos de um ano de governo se tornou um presidente fraco. Não passou mais a empreender as reformas estruturais e passou a recolher-se, a defender-se. A população sentiu e o pessimismo tomou conta de muitos. Em artigo de ontem, na Folha de São Paulo. o psicanalista italiano, escritor famoso,

14/06/2018 - IMPREVISIBILIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA

O governo de Michel Temer tem ainda seis meses de duração. No seu primeiro ano, de maio de 2016 a abril de 2017 tentou as reformas do caos econômico deixado por Dilma Rousseff. Ou seja, ela deixou o tripé da economia aos pedaços. A inflação subiu acima da meta de inflação mais o viés de alta (6,5%) e alcançou mais de 10%; o câmbio fez o dólar disparar, acima de R$4,00, e o superávit primário se transformou em mega déficit primário, depois de 16 anos de superávit. As reformas que Temer realizou foram: a trabalhista (de curto prazo), a do ensino médio (de longo prazo) e conseguiu aprova a lei do teto de gastos públicos. A inflação caiu, em direção ao centro da meta e até ficou abaixo dela. A taxa de juros básica, a SELIC, se reduziu de 14,25% para 6,5%. O câmbio se estabilizou. Porém o déficit primário cresceu mais ainda. Isto no primeiro ano. No seu segundo ano, de maio a abril deste ano, as delações premiadas do grupo JBS, um dos maiores nacionais, trouxe denúncias que envolvera

13/06/2018 - SAFRA AGRÍCOLA EM COLHEITA

A safra agrícola, composta de cereais, leguminosas e oleaginosas, que se está colhendo nestes meses de meados do ano está sendo prevista como menor em 5,2% do que aquela do ano passado, de 240,6 milhões de toneladas. A atual é estimada em 228,1 milhões de toneladas pelo IBGE. A queda estimada em relação a 2017 deverá ser provocada, principalmente, pelos recuos de - 15,1% na de milho, de – 7% na de arroz. No entanto, o principal produto, que é a soja, deverá ter um aumento de 0,7%, na comparação com o ano passado, atingindo um recorde de 115,8 milhões de toneladas, sendo cerca de mais de 50% do total estimado para o conjunto agrícola citado. O grosso da safra agrícola mesmo é de grãos. A região Centro Oeste participa com 44,5% do total; a região Sul com 33%; a região Sudeste com 10,1%; a região Nordeste com 8,6% e a região Norte com 3,9%. No conjunto, a produção agrícola e a pecuária correspondem a 23% do PIB. Somada à pequena produção de 10% do PIB, a agropecuária é sem dúvid

12/06/2018 - PESQUISA FOCUS PROJETA MENOR CRESCIMENTO

Semanalmente, o Banco Central revela na segunda feira (ontem), a pesquisa que realiza junto a 120 instituições financeiras sobre PIB e inflação, do ano em curso e para o próximo ano. Os resultados contemplam as expectativas, após as paralisações dos caminhoneiros, que provocaram desabastecimento e reduziram a produção nacional, por cerca de 15 dias e ainda não está completamente restabelecido, em direção a um mês de reflexos imediatos. Ora, foi muito tempo. Daí, a média das fontes consultadas revelou que o PIB desse ano será de 1,94%, contra a previsão anterior de 2,18% da semana passada. Para 2019, a estimativa é de crescimento de 2,8%, interrompendo a série de 18 semanas em que as previsões davam conta de 3% no ano que vem. O informativo Focus espera menor crescimento industrial, de 3,5% e 3,2%, para o biênio 2018/9. Na semana passada, a projeção para a indústria era de 3,8% e 3,5%, respectivamente. As paralisações de maio duraram 11 dias consecutivos, mas seus reflexos est

11/06/2018 TEMER É O PRESIDENTE MAIS IMPOPULAR

Pesquisa do Instituto Datafolha, publicada ontem, revelou que o presidente Michel Temer só é visto como bom ou ótimo por 3% da população. A rejeição, que era em abril de 70%, depois da greve dos caminhoneiros, perante uma solução que ele não demonstrou ainda cumprir, aqueles que o consideram ruim ou péssimo subiu para 82% dos brasileiros. Depois das paralisações de maio, o Banco Itaú reduziu drástica mente a sua estimativa do PIB deste ano, para 1,7%. O problema de Temer é que ele não consegue ser protagonista da recuperação econômica. Se a ex-presidente Dilma levou o País à forte recessão de 2014-2016, Temer conseguiu parar com a recessão. Mas, não trouxe o País para o crescimento virtuoso. Há cerca de dois anos na condução do País, Temer avançou no primeiro ano. Porém, há um ano regiram fortes indícios de corrupção na sua vida. A fita gravada por Joesley Batista, dono do grupo JBS, um dos maiores grupos privados nacionais, envolve Temer bastante e a sua declaração de que “T

10/06/2018 - DESPESAS DO INSS

Na data da Constituição de 1988, as despesas do INSS eram 2% do PIB. Veio crescendo e hoje está em 9,3% do PIB. As projeções de que atinjam 10,3% em 2026, consumindo 64% da despesa pública, quando hoje é de 48%. Subindo como vem é bem difícil que daqui a poucos anos o governo federal não consiga obedecer a lei do teto dos gastos, a não ser que corte gastos com a educação, saúde e segurança. A reforma da Previdência é urgente e quanto mais tempo passar, mais será difícil colocar as regras de transição. Não se justifica que a expectativa de vida média do brasileiro aos 75 anos, havendo cidadãos se aposentando aos 60 anos e as mulheres aos 55. O governo atual parece que desistiu de fazer a reforma da Previdência. O novo governo terá que realizá-la. Sem ela o déficit primário não desaparecerá. Trabalhando no vermelho o governo não terá muitos recursos para os investimentos em infraestrutura e todo o País sofrerá. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu um pacto entre os

09/06/2018 - INTERVENÇÃO DO ESTADO NO CÂMBIO

Quando as transações com moeda estrangeira são do aumento vertiginoso do dólar, ou seja, quando desestabiliza as negociações, o Banco Central ingressa nele vendendo dólares do seu estoque de aproximadamente US$380 bilhões. Faria o contrário se o dólar baixasse desorganizando os mercados de moeda. Na verdade, há pouco tempo atrás o dólar comercial estava em R$3,35. Há dois dias foi vendido por R$4,00. Então, o Banco Central ingressou vendendo mais de US$2 bilhões ontem e o dólar recuou para R$3,70. Recuo médio de 5,35% em um único dia. Poderá baixar mais, visto que o Banco Central prometeu vender US$20 bilhões até o próximo dia 15. As operações de venda de dólares são contrato futuros de venda de dólares, chamada de swap. Ele vende dólares para tantos dias, forçando baixa de preços. Quem os compra são os grandes donos de dinheiro no mundo, que acreditam que os dólares são reservas que estão se valorizando, devido ao bom desempenho da economia dos Estados Unidos. Quando o dólar sa

08/06/2018 - TERMÔMETRO DO RISCO PAÍS

Quando um país não vai bem os juros aumentam pelos bancos internacionais, devido ao risco de emprestar-lhe dinheiro. Há no mercado a emissão de um título da dívida de uma nação, chamado de CDS. Recentes acontecimentos, tais como a greve dos caminhoneiros, a revisão para baixo da taxa de crescimento do PIB (já há quem preveja menos de 2% para este ano), a disparada do dólar, as continuadas denúncias de corrupção e a instabilidade política estão fazendo subir as taxas do CDS. Atingiu ontem 254 pontos, maior nível desde junho de 2017. Quer dizer, se o governo lançar um título de dívida no exterior, pagando, por exemplo, 10% ao ano, acrescentem-se mais 2,54%. Quer dizer a taxa é de 12,54%. Na verdade, as lideranças nas pesquisas de Jair Bolsonaro e de Ciro Gomes, pré-candidatos à presidência da República, não agradam ao capital internacional, visto que não são considerados reformistas. Assim, o investidor estrangeiro revisa para cima o risco do Brasil, colocando peso nas eleições

07/06/2018 - ATLAS DA VIOLÊNCIA

Agora em junho de 2018 foi apresentado o levantamento anual do Mapa da Violência no Brasil, baseado em estatísticas de 2016. Trabalho minucioso do IPEA. No Brasil foram 62.517 homicídios naquele ano, conforme dados do Ministério da Saúde. A média nacional foi de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, média 30 vezes a taxa da Europa. Pela primeira vez ocorre essa média brasileira.   A leitura disto é que parece que, quanto mais desenvolvido, mais civilizado, os habitantes de um país mata mais o seu semelhante. Mas, 30 vezes é uma distância muito grande. O índice de mortes provocado por armas de fogo no Brasil permanece o mesmo de 2003. Ou seja, 71% dos casos de homicídios. Em termos relativos, de 2006 e 2016, os dez que se tornaram mais violentos foram em ordem crescente: (1) Sergipe, pulou de 29,2 para 64,7 homicídios por 10 mil habitantes; (2) Alagoas, de 53,1 para 54,2; (3) Rio Grande do Norte, de 14,9 para 53,4; (4) Pará, de 29,2 para 50,8; (5) Amapá, de 32,8 para 48,7; (6

06/06/2018 - EMBRULHO DA INDÚSTRIA

No meio da cadeia produtiva, tendo à montante a agropecuária; à jusante, comércio e serviços. Portanto, conforme é conhecido a indústria é capaz de gerar maior valor agregado. É exatamente ela que mais perdeu posição no PIB, nesta década incompleta, que só tem cerca de oito anos, até agora. O embrulho industrial é aquele de ter assumido quedas maiores do que altas em oito anos. Dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que o setor industrial acumula alta de 3,9%, em 12 meses (maio de 2017 a abril deste ano), sendo o melhor resultado acumulado, desde maio de 2011, vez que cresceu 0,8% em abril. Naquele mês, parecia que a indústria retomaria a estratégia de recuperação. Porém, não se esperava que, logo a seguir, viesse a greve dos caminhoneiros, já apresentando indícios nas pesquisas preliminares, de que o PIB industrial caiu no mês passado. O resultado de 0,8% de abril veio após a queda de 0,1% de março e alta de apenas 0,1% em fevereiro. Com o dado de abril, em relação a ab

05/06/2018 - PREJUÍZOS INICIAIS ESTIMADOS APÓS RECENTE GREVE

Estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) avaliou preliminarmente que a greve dos caminhoneiros, que durou aproximadamente 15 dias, provocou um recuo por volta de 0,3% do PIB, na previsão inicial do crescimento da economia deste ano, que seria de 2,3%. Os segmentos produtivos que revelaram suas perdas as estimam em torno de R$100 bilhões. As estimativas do IBRE/FGV parecem serem confirmadas pelo mercado financeiro, consultado semanalmente pelo Banco Central e publicado como informativo Focus. A previsão do mercado saiu de 2,37%, na semana passada, para 2,18%, nesta semana. Não há um receio de que a inflação possa ter recrudescido, devido à boa safra, em colheita. Porém, o mesmo IBRE/FGV concluiu que a batata inglesa subiu mais de 150% com a greve. Por certo, outros itens alimentícios subiram bastante. No entanto, se junho tiver maior taxa inflacionária do que as dos últimos meses, provavelmente, em julho recuará, devido aos ajustes

04/06/2018 - INSTABILIDADE DE MAIO CONTINUA

Investidores em bolsa de valores esperam mais volatilidade e compradores de dólares enfrentarão novas altas em junho e nos próximos meses, segundo analistas financeiros, inclusive Bloomberg, isto porque o Banco Central Americano (FED) prometeu fazer duas elevações de juros neste ano e o mercado de lá espera três. Ademais, a instabilidade do final do governo de Michel Temer é uma tônica, ainda mais que somente depois das eleições de outubro se descortinarão novos cenários. O ranking dos negócios financeiros em maio mostrou que os que mais subiram foram os fundos cambiais, em 4,19%. A caderneta de poupança até 03 de maio de 2012 rendeu 0,5%. Depois desta data só 70% do CDI. Ou seja, 0,37% em maio. A LCI com 80% do CDI rendeu 0,41%. Tesouro Direto Selic 0,41%; CDB 0,80% do CDI 0,35%. Fundos de renda fixa 0,31% Fundos multimercados menos 0,75%. 0uro menos 1,15%. Tesouro Direto IPCA 2024 menos 3,18%. Fundos de ações indexados menos 8,28%. Bolsa de valores menos 10,87%. Preço do dó

03/06/2018 - PIB PERDENDO FORÇA

O IBGE divulgou o PIB do primeiro trimestre deste ano, ontem. Mais de dois meses depois. A defasagem, para comparações é muito grande, dado que se está encerrando praticamente o segundo trimestre. No referido primeiro trimestre o PIB teve 0,4% de crescimento, em relação ao último de 2017. Já em relação ao primeiro trimestre de 2017 cresceu 1,2%. Em quatro trimestres medidos está em 1,3%. Porém, neste segundo trimestre houve recuo considerável do PIB, devido às paralisações de duas semanas dos caminhoneiros, que geraram desabastecimento e bilhões de prejuízos, número ainda não estimado em definitivo. Somando-se ainda o desmonte da equipe econômica, elevadíssimo desemprego e desconfiança de produtores e consumidores, já há consultorias calculando número do ano da atividade econômica menor do que 2%. A grande instituição otimista, o Banco Itaú calculou 4% para 2017. Deverá reduzir sua estimativa, muito embora ainda não incorporasse os efeitos das paralisações citadas. Já os números

02/06/2018 - DESMONTE DA EQUIPE ECONÔMICA

O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo de política econômica. Suas reuniões são às portas fechadas com três ministros: o da Fazenda, o do Planejamento e o do Banco Central. Com a desculpa de concorrer à presidência da República, Henrique Meirelles, saiu do Ministério da Fazenda. O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que antes era diretor do Banco Itaú, permanece no cargo, mas orientou aos diretores do BC, para que não reduzissem mais a SELIC, e 6,5%, quando o mercado aguardava mais uma redução dela. O Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, deixou o Ministério da Fazenda, indo para o BNDES. Há duas semanas estourou a rebelião dos caminhoneiros que trouxe bilhões de reais de prejuízos, até agora não calculados, visto que ainda persistem seus reflexos. Ontem, renunciou à presidência da Petrobras, Pedro Parente. A sua saída acentuou o desmonte da equipe econômica do governo de Michel Temer. A demissão de Pedro Parente, ontem, impactou em queda de 15% no preç