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Mostrando postagens de julho, 2022

SUPERÁVIT PRIMÁRIO NO PRIMEIRO SEMESTRE

  Desde 2014 que o governo federal vem tendo déficit primário, de acordo com calendário gregoriano (de janeiro a dezembro). Geralmente, no primeiro semestre poderia o governo central tem resultado positivo, mas fechou todos os oito últimos e consecutivos anos em déficit primário. O que está surpreendendo é o grande superávit primário no primeiro semestre de 2022 e a geração de 1,334 milhão de empregos formais também neste primeiro semestre, quando também foram seis meses de superávits seguidos. Acresça-se a isso que as estimativas do PIB têm crescido, nas perspectivas de cerca de 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central e publicadas no relatório Focus.   Ou seja, de estagnação econômica ou até mesmo recessão econômica, que muitos analistas das citadas instituições financeiras acreditavam desde o final do ano passado, os mesmos analistas referidos passaram a estimar um PIB crescendo em torno de 2% em 2022, Até o FMI mudou de perspectiva e acredita que

IBOVESPA SUBIU FORTE ONTEM

  O indicador da bolsa de valores de São Paulo, o IBOVESPA, subiu forte ontem, justamente no dia em que o banco central dos Estados Unidos (em inglês, a sua sigla é FED) elevou a sua taxa básica de juros em 0,75%, a segunda alta seguida de 0,75%, depois de ter subido antes 0,5%, em três reuniões consecutivas. Ao todo, as taxas básicas de juros dos títulos da dívida americana flutuam entre 2,25% a 2,50% ao ano. Surpreendendo o IBOVESPA subiu ontem em torno de 1,67%, aos 101.438 pontos, maior patamar de encerramento do pregão desde 15 de junho. O discurso do presidente do FED foi de que haverá mais elevação de juros, mas que poderá ser em bases menores do que as de ontem. Isto animou as bolsas pelo mundo e pela bolsa brasileira, porque referir-se a juros menores é sempre agradável às bolsas, onde estão as grandes empresas, ávidas a fazer novos investimentos. Por outro lado, os balanços trimestrais das empresas negociadas em bolsa brasileira, encerrados em junho, estão sendo divulga

CUSTO DO AUXÍLIO BRASIL

  O assistencialismo é uma prática antiga do governo federal. Ele decorre do fato do País possuir pessoas em situação de miséria, muito pobres e pobres, em decorrência da exclusão social, cujas origens remontam à etapa colonial e que continuou até o Brasil contemporâneo. As famílias necessitadas buscam os municípios brasileiros para fazerem o Cadastro Único e se habilitarem a receberem os benefícios. O mais amplo programa era o Bolsa Família, que chegou a atender cerca de 14 milhões de famílias e tinha o gasto médio   por assistidos aproximado em R$180,00. O dispêndio com o citado programa era de cerca de R$36 bilhões anuais. A pandemia do covid-19, desde março de 2020, engrossou o desemprego, a fome e a miséria, forçando o governo a fazer auxílios emergenciais em 2020 e 2021, que não permitiram que a situação dos referidos necessitados se agravasse ainda mais. Em 2022 não houve nenhum auxílio emergencial. Entretanto, o governo federal criou o Programa Auxílio Brasil, em substitu

FMI FAZ PREVISÕES SOMBRIAS

  O Fundo Monetário Internacional (FMI) produz relatórios trimestrais sobre a evolução da economia mundial. Desta vez, as perspectivas são sombrias. Textualmente, o FMI diz que as projeções “estão inclinadas esmagadoramente para o lado negativo”. Nos últimos 50 anos provavelmente poderá ser a recessão mundial a maior já a ser vista. Entre as exceções estão o México e o Brasil, que deverão crescer. O FMI está muito preocupado com a guerra entre Rússia e Ucrânia. A hipótese de corte do gás natural pela Rússia atingiria fortemente a Europa, assim como nova onda de aumentos dos preços dos alimentos levaria a elevação   da fome no mundo. A estimativa do FMI para o crescimento médio mundial de 2023 é de 2%. Isto aconteceu apenas cinco vezes desde 1970. Na verdade, o FMI teme a recessão mundial, logo depois de dois anos da recessão provocada pela pandemia do covid-19.

PODER DO CONGRESSO SOBRE O ORÇAMENTO

  25-07-2022 O orçamento público é uma peça contábil cujo anteprojeto de lei é enviado até o último dia de agosto, pelo Executivo, para análise e aprovação do Legislativo. Este aprova de acordo com a lei do teto de gastos públicos. Cerca de 90% do orçamento obedecem às leis de gastos obrigatórios para a educação, saúde e outros destinos. São também despesas com salários e aposentadorias. Acerca dos 10% das despesas chamadas de gastos livres, o poder do Congresso Nacional sobre o orçamento federal atingiu um patamar histórico no País. Atualmente, 25% dos citados gastos são de deliberações dos congressistas. Em 2014, os congressistas controlavam 4% do referido valor. As despesas ditas discricionárias podem ser dirigidas para investimentos, bolsas de estudo e manutenção da máquina pública em geral. As criticas para os gastos dos parlamentares são de que não existem análises de custos-benefícios, a maioria sendo feita com base nos pedidos das bases eleitorais, sem uma lógica de pol

CONTIGENCIAMENTO PELO TETO DOS GASTOS

  24-07-2022 As despesas públicas federais são cerca de 5% do orçamento do governo central, passíveis de contingenciamento. Isto quer dizer que o governo federal pode ser inadimplente, para obedecer a lei do teto dos gastos públicos, a qual impede o governo de gastar acima do ritmo inflacionário. O Ministério da Economia veio a público para informar que o contingenciamento deste ano terá um bloqueio de mais R$6,739 bilhões, para cumprir a lei do teto das despesas referidas. Os cortes até agora são de R$12,74 bilhões. Na prática, os valores ficam suspensos sine das verbas destinadas aos ministérios. os quais já se queixam da falta de recursos nas operações cotidianas.   Os detalhamentos das áreas que serão atingidas serão feitos na semana seguintes. São, por exemplo, contas de energia elétrica, telecomunicações e água dos edifícios públicos, serviços de limpeza, segurança e manutenção terceirizados das universidades e rodovias federais, além de ações de Defesa Civil para proteçã

REDUÇÃO DO EMPREGO INDUSTRIAL

  A redução do emprego do setor industrial se deve ao baixo nível de investimentos, quando não desinvestimentos, devido à baixa, nula ou negativa produtividade da indústria. No Brasil, isto vem ocorrendo desde o último quartel do século XX. Enquanto isto o setor agropecuário tem crescente produtividade, ocupando seu espaço no PIB nacional. O terceiro setor, na clássica divisão de três setores de Colin Clark, serve de extensão dos dois setores referidos e tem baixa produtividade. O fato se comprova nas baixas taxas de incremento médio do PIB desde 2011. O IBGE divulgou anteontem, que o setor industrial brasileiro, durante dez anos, de 2011 para 2020, último ano em que tem dados coletados do emprego industrial, perdeu um milhão de empregos formais. Estava com 8,7 milhões de postos formais de trabalho em 2011, passando para 7,7 milhões, registrados em 2020. A redução corresponde a 11,5% dos empregos no setor industrial. A análise se tem feito de décadas. A década em tela é a primeira

INFLAÇÃO NO G 20

O chamado G 20, grupo das vinte maiores economias do globo, cujo lugar em PIB, o Brasil está em 13º, é composto de: Estados Unidos, China, Japão, União Europeia, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá, Itália, Índia, Rússia, África do Sul, Brasil, Turquia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, Coréia do Sul, México e Argentina, PIB estes não nesta ordem de grandeza. O G 20 é um conjunto de países que se reúnem, anualmente, para discutir os usos e destinos do globo mundial. Um grupo menor, o G 7, compõem-se países que possuem, quase todos, artefatos nucleares e muitos deles a bomba atômica, sendo os mais industrializados. Na última reunião deles, na Alemanha, eles ficaram contra a Rússia, na guerra em ação contra a Ucrânia. Compõem-se dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália. Geralmente, eles convidam dois países emergentes para participar das reuniões anuais. Outrora, havia o grupo do G 8, que seria do G 7 com a Rússia. Mas, se desfez, devido às esca

REVERSÃO DA VALORIZAÇÃO CRESCENTE DO REAL

  Há cerca de seis meses a moeda brasileira vinha sendo valorizada, devido ao fato de que as taxas de juros do Brasil tiveram fortes elevações seguidas, saindo a SELIC de 2% ao ano, em março de 2021, para chegar agora a 13,25%, anuais, atraindo capitais estrangeiros para aplicações financeiras no País. Ademais, a reunião dos próximos 15 dias do Banco Central ainda terá um aumento da SELIC, projetado pelos analistas financeiros, consultados semanalmente pelo Banco Central, de 0,5%, podendo ir a 13,75% ao ano. Entretanto, ainda o mercado financeiro não precificou se a SELIC irá parar de subir ou se continuará ainda subindo. Entretanto, nos últimos dias, está havendo a reversão da valorização do real frente ao dólar, visto que os países desenvolvidos vêm elevando as taxas básicas de juros, para conter a elevada taxa inflacionária, que está disseminada entre eles, fato que não se via há cerca de quarenta anos. Depois de valorizar o real, tendo o dólar comercial se reduzido até R$4,61

PLANO REAL INDICADORES DES 28 ANOS

  Lançado em 01 de julho de 1994, em 30 de junho, passado, completou o Plano Real 28 anos. A nova moeda, o real (R$), estabilizou a economia brasileira, que teve mais de dez moedas diferentes em sua história, sendo sete delas de 1964 até 1994. A LCA Consultores, através do economista Bruno Imaizumi, divulgou perante a imprensa, o comportamento da inflação e do poder de compra do brasileiro. Sobre a inflação. Acumulou elevação de 653%. Um quadro bem diferente do que vinha antes de 1994, quando somente no ano de 1993 alcançou em torno de 2.500%. Sobre a corrosão do poder de compra. A cédula de R$100,00, lançada naquela época, hoje seria possível comprar, apenas R$13,91, deflacionada a cédula de então. Sobre o salário mínimo. Subiu de R$64,79 para os atuais R$1.212,00. Uma elevação de aproximadamente 1.770%. Sobre o PIB, supondo que o crescimento do primeiro semestre de 2021 fora de zero (o IBGE ainda não divulgou a taxa semestral, mas ela estaria em torno de 1%). Em 1994 o PIB

RELATÓRIO DE DESMATAMENTO ANUAL

  Divulgado, ontem, pela empresa MapBiomas, o Relatório de Desmatamento Anual do Brasil. Segundo a empresa o desmatamento corresponde a um crescimento de 20%, em 2021, em relação a 2020, de 1.655.782 hectares, a cada dois minutos o Brasil perderia um estádio do Maracanã. A Amazônia perderia cerca de 18 árvores por segundo. O estudo da pesquisadora começou em 2018. Garimpo, desmatamento e expansão urbana são as causas do desmatamento. Ademais, os períodos de secas trazem o fogo, principalmente no pantanal, conforme ocorre agora. A MapBiomas diz poder identificar as fazendas que promovem o fenômeno, através do cadastro ambiental rural e de outros sistemas de controle do governo federal. O relatório usou como base 69.796 alertas de desmatamentos feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.   Consoante ainda a pesquisadora a perda do ano passado corresponde a uma área correspondente ao Estado do Rio de Janeiro. Mas, não se referem à compensação de áreas que foram repl

CHEQUES AINDA SÃO MUITO USADOS

  O Banco Central informou que no ano passado foram compensados 200 milhões de cheques, em tempos de transferência eletrônica imediata, sem custos de remessa, de forma quase que instantânea, simples, mediante uso de CPF, CNPJ, e-mail ou celular, o PIX é o sistema mais utilizado. Popularizado o PIX, serve-se de qualquer valor. Por motivos de segurança, os bancos podem fixar tetos dos seus clientes. Mas, ao pedir autorização as remessas podem ser feitas de até valores altos. O uso do cheque segue forte no País, principalmente na região Sudeste, responsável pela emissão de cerca de 50% deles. Os costumes de compras com cheques pré-datados ou cheques parcelados ainda é bastante comum. Há também o uso como garantia de transações. Em 2020, conforme o Banco Central, foram emitidos 287 milhões de cheques. Em 2021, aqui se repete, 200 milhões. Em 2022, em seis meses, já foram emitidos por volta de 76 milhões de cheques. Os cheques emitidos eem 2021 correspondem a cerca de 10% do total d

PACOTE DAS BONDADES

  O Senado aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), feita pelo governo federal, em caráter de emergência, visto que ela elevará o gasto público a mais despesas, no valor de R$41,25 bilhões, visando aumentar o poder de compra dos consumidores, perante os excessivos aumentos nos preços dos combustíveis, em decorrência da política de preços de paridade de importações do barril de petróleo, que é a política de preços da Petrobras. Referida política se iniciou em 2016, para que a estatal se tornasse lucrativa, visto que, em exercícios anteriores, os preços eram manipulados pelos presidentes da República, antes de 2016. No governo de Michel Temer ocorreu a nova política, o qual teve de pagar por várias ações executivas na Justiça, de acionistas da bolsa de valores de Nova York, que não aceitavam referida manipulação, bem como pela existência de escândalos de desvios de dinheiro da Petrobras, de bilhões de reais, identificados pela operação da polícia federal, den

INFLAÇÃO DO TURISMO

  A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio - SP), baseada no índice de inflação oficial, calculado pelo IBGE, divulgou que Junho, sendo um mês de festas e período de férias para algumas categorias de pessoas, tiveram os serviços ligados ao turismo   mais caros 41%   no comparativo com junho do ano passado. Na variação de maio para junho, o aumento foi de quase 4%, tendo as passagens aéreas se elevado por volta de 12%. Sem dúvida, os números de turistas, tanto no âmbito doméstico como ao nível internacional, feito por nacionais, diminuíram significativamente..   Os preços das passagens aéreas foram aqueles que mais contribuíram para a alta, vindo num crescendo, em doze meses consecutivos, cuja variação respectiva foi mais de 122%. Para a referida Fecomércio a elevação se explica, em parte, pela alta temporada de férias e festas, bem como pelo recesso escolar. Entretanto, citado órgão identificou que o preço do querosene de aviação subiu, conforme paridade em dólar foi o que

BOLETIM MACROFISCAL

  O Boletim Macrofiscal é o documento realizado bimensalmente pelo Ministério da Economia, acerca dos principais parâmetros da economia nacional, servindo para confecção de modelos para ajustes da execução orçamentária. O documento é perspectivo para dois anos. Assim, a estimativa da inflação deste ano foi revista de 7,9% para 7,2%, enquanto e elevou a projeção do PIB do exercício final de 1,5% para 2,0%, Recorde-se aqui que a inflação fechou o ano de 2021 em 10,06% e o PIB cresceu 4,6%, mais do que recuperando as perdas do PIB de 2020, que fora de – 3,9%. A inflação mais baixa se deve ao teor do chamado “pacote das bondades”, que reconheceu a situação de emergência, da insegurança alimentar e do custo de vida em alta, o que trará gastos públicos por volta de R$41 bilhões, para as classes mais pobres. Vale dizer, para amenizar os impactos do alto desemprego, da carestia em geral, dos elevados preços dos combustíveis, da energia elétrica, dos transportes e das telecomunicações. No

REVISÃO PARA CIMA DO PIB

 E m face da aprovação da “PEC das bondades”, em caráter definitivo, que injetará na economia brasileira mais de R$41 bilhões até o final de ano, o governo anunciou hoje que a sua previsão do PIB de 2022, passará de 1,5% para 2%. Estarão em curso aumentos dos gastos públicos e reduções de tributos. É fato de que a inflação começou a cair, mediante redução dos preços dos combustíveis e da energia elétrica. Maior poder de compra reforçará o consumo agregado das famílias. O governo já tinha antecipado o 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS, além do saque extraordinário de R$1 mil do FGTS e da redução de imposto sobre produtos industrializados da faixa de 30% para a faixa de 25%. A revisão do governo central está em linha com as instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central. É o caso do banco BTG que elevou o incremento do PIB para 1,9% neste ano. O mercado de bolsa de valores não gosta da SELIC elevada, dai que tem recuado para o menor nível des

PESQUISA DO SETOR DE SERVIÇOS DE MAIO

  O setor de serviços é o maior da economia brasileira, correspondendo a 70% do PIB. Referido setor está surpreendendo positivamente, já que a cada mês tem puxado a projeção do PIB para este ano, que poderá ser bem maior do que a expectativa que os 100 instituições financeiras costumam avaliar, semanalmente, consoante o Banco Central. O setor de serviços segue acima do período anterior da pandemia do covid-19, que foi decretada em 06 de março de 2020, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O IBGE divulgou a taxa de maio, correspondendo a 0,9% de incremento dos serviços, enquanto o mercado estimava em 0,2%, em relação a abril. De janeiro a maio, o setor em referência cresceu 9,4%. Em doze meses, o ganho é de 11,7%. Assim, o volume dos serviços prestados alcançou m maio um patamar 8,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária do covid-19. O bom resultado do setor terciário se soma ao desempenho da indústria, que se elevou em 0,3% em maio, em compa

POPULAÇÃO MUNDIAL DE 8 BILHÕES

  Ainda neste ano, em 15 de novembro, a população mundial atingirá 8 bilhões de pessoas. Conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), denominado por World Population Prospects 2022, divulgado ontem. A China tem uma população ainda maior do mundo, com mais de 1,4 bilhão de pessoas. Mas, a Índia já está no seu encalço com aproximadamente 1,4 bilhão. A ONU acredita que a Índia já ultrapassará a China em 2023. Referido relatório aponta que em 2030 serão 8,5 bilhões de almas. Em 2050, o mundo atingirá 9,7 bilhões de pessoas. Mais da metade do aumento projetado até 2050 estará concentrado em oito países, localizados na Ásia ou na África. São eles: Índia, Paquistão, Filipinas, Egito, Etiópia, Nigéria, Tanzânia e República Democrática do Congo. Cerca de 61 países poderão diminuir 1% ou mais da população, devido aos baixos níveis de fecundidade. A expectativa de vida global ao nascer tinha como média 72,8 anos, em 2019. Um avanço de cerca de 9 anos desde 1990. Entretanto,

VINTE ANOS DEPOIS

  O presidente do Banco Central em 2003 era Henrique Meirelles, que vê semelhança deste ano de 2022 com 2002. Na época como agora a inflação estava bastante elevada. As causas que eram e são diferentes. Em coluna no jornal Estado de São Paulo de hoje, Meirelles afirma que a inflação que estará em vigor em 2023 é causada pela política fiscal frouxa e pela desorganização das cadeias produtivas. Em 2003. No primeiro ano do governo Lula, a alta da inflação se devia à elevada taxa cambial. Isto é, os preços das importações em alta contaminavam a inflação local. Sabe-se que a inflação importada corresponde a cerca de 30% da inflação brasileira. O preço do dólar estava alto porque havia grande desconfiança do mercado quanto ao que o ex-presidente Lula dizia que iria realizar, mesmo com a “carta aos brasileiros” dele de que iria respeitar os contratos. Meirelles é hoje Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e está de olho nas eleições, acreditando que o seu antigo chefe poderá ganh

MERCADO PREVÊ MENOR INFLAÇÃO

10-07-2022 O  boletim Focus do Banco Central está mostrando nesta semana que a mediana das previsões de 100 instituições financeiras consultadas reduziu a taxa inflacionária prevista para este ano de 8,27%, para 7,96%, enquanto para o ano que vem, eles elevaram a estimativa da inflação de 4,91% para 5,01%. Há um mês, as previsões eram de 8,89% e 4,39%, respectivamente. O boletim Focus não estava sendo divulgado por causa da greve dos trabalhadores no Banco Central, que se encerrou no dia 5 passado. O que ocasionou o recuo da previsão de 2022 se deveu à redução de tributos dos  preços dos combustíveis, que começou a vigorar agora em julho e deverá continuar até o final do ano. O Índice Nacional de Preços ao Atacado (IPCA) em junho foi de 0,67%, o maior para junho desde 1995. Entretanto, para o mês de julho em curso, o mercado financeiro está projetando deflação. Os preços da gasolina, do óleo diesel e do etanol recuaram nos postos de combustíveis, o que fora verificado em 22 E

PREVISÃO DE DEFLAÇÃO EM JULHO

A previsão é de deflação em julho, devido a lei recentemente aprovada de redução das alíquotas do ICMS sobre combustíveis, que está obrigando às 17 unidades da federação a reduzir as alíquotas para 17% a 18%. Estava em vigor e, ainda alguns Estados insistem em querer que o Supremo decida Tribunal Federal como inconstitucional, para não reduzir as citadas alíquotas. Certos Estados praticavam alíquotas próximas de 30% do ICMS sobre a gasolina e o álcool. A maioria cobrava tributos em referência na casa de 20%. A questão é de racionalidade econômica. Pode até existir negócio que renda nas faixas de cobrança do citado ICMS. Porém não existe negócio que renda tanto como os referidos ICMS, de forma instantânea, sem fazer força. O ICMS está sendo captado diretamente nos postos de combustíveis. Por isso mesmo é que, embora a União apresente desde 2014, déficit primário, os Estados da União têm sido superavitários. Assim, é muito bom (para eles). Decreto governamental federal obrigou os org

INSEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO é a sigla em inglês) definiu o conceito de insegurança alimentar como aquele no qual as pessoas são diagnosticadas, passando fome no globo terrestre. Conforme um recente relatório da FAO, divulgado anteontem, existem praticamente três em cada dez habitantes com insegurança alimentar no mundo, na média global. A quantidade de brasileiros, em período recente, que enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar ultrapassou 60 milhões de pessoas. Ou seja, em torno de 61,3 milhões, sendo que 15,4 milhões ficaram em estado alimentar grave, segundo a FAO. As estatísticas consultadas, que revelaram os citados mais de 60 milhões de brasileiros se referem ao período de 2019 a 2021. A FAO ainda contrasta com o período de 2014 a 2016, quando a insegurança alimentar atingiu 37,5 milhões de cidadãos. As comparações que estão fazendo na FAO estão bastante separadas no tempo. O período de 2014 a 2016 foi aquele das maiores r

RISCO FISCAL EM ALTA

O Tesouro Nacional, ao colocar seus títulos à venda no mercado financeiro, vê-se pressionado a elevar o ganho real dos mesmos, tendo em vista a elevação do risco fiscal da União estar em alta. Isto porque a chamada PEC das Bondades, ou seja, a Proposta de Emenda Constitucional, prestes a ser aprovada, elevará o benefício por família do Programa Auxílio Brasil de R$400,00 para R$600,00, ao incluir mais cerca de 2 milhões de famílias no referido programa, bem como dobrará o valor do vale para gás, às famílias menos favorecidas, de R$60,00 para R$120,00, atribuindo também uma bolsa caminhoneiro de cerca de R$1.000,00, para minorar os efeitos da elevação dos preços do óleo diesel, dentre outros gastos. A PEC sairá hoje para votação na Câmara de Deputados e não foi feita nenhuma mudança pelo relator daquela Casa, o que, se aprovada em duas votações hoje, poderá ser sancionada pelo presidente da República. Em ano eleitoral, os políticos congressistas querem tal aprovação, porque poderão na

PETRÓLEO CAIU FORTEMENTE

  O barril de petróleo do tipo Brent, que é o comprado pelo Brasil, caiu próximo de 10% ontem. O barril do petróleo exportado pelos Estados Unidos do tipo Wti caiu ontem para menos de cem dólares. Os analistas econômicos estão prevendo uma forte recessão global. Dessa maneira, o Citibank está prevendo, nesse novo cenário, que o barril de petróleo irá recuar para próximo de US$45.00. O indicador de referência da bolsa brasileira, o IBOVESPA, ontem teve um dia atípico, tendo chegado ao final do pregão com queda de 0,32%, aos 98.264 pontos. Porém, durante o dia, chegou aos 96.499 pontos. No geral, as ações da Petrobras tiveram forte recuo, refletindo a referida baixa do preço do barril de petróleo. Ademais, as ações da Petrobras, conjuntamente com as da Vale, são mais de 30% das ações negociadas na bolsa de valores nacional. As conclusões acima são as de mercado. No entanto, as medidas de política econômica que o governo federal tem adotado, estão se refletindo na forte retração dos p

VESTUÁRIO SUBIU 16% EM 12 MESES

  Não somente o barril de petróleo, os combustíveis e os alimentos tiveram fortes elevações de preços, o vestuário teve a maior inflação desde a implantação do Plano Real, em 1995, em 12 meses. O processo inflacionário se acelerou principalmente depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, no final de fevereiro deste ano e que não tem data para acabar, segundo os próprios grupos em ver o seu final, tal como o G7 e a OTAN. A inflação do grupo de roupas, calçados e acessórios no País, em 12 meses, até maio, período mais recente dos dados coletados pelo IBGE, para o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial da inflação, acumulou, no período em tela, mais de 16% da elevação de preços. Trata-se da maior inflação no referido grupo de bens, desde julho de 1995, cerca de um ano depois da implantação do o Plano Real. Mas, não foram somente esses grupos que elevaram os seus preços. Os produtores de leite já elevaram o preço do produto em

MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS

  04-06-2022 O Ministério da Economia revelou que 70% de empresas brasileiras ativas são de Microempreendedores Individuais (MEIs). As mudanças no mercado de trabalho, principalmente com o combate aos efeitos da pandemia do covid-19, levaram a que no Brasil em cada dez empregos, seis são formais e quatro informais. Cálculos da Secretaria de Produtividade e Competitividade dão conta de que existem em torno de 19 milhões de empresas no Brasil, sendo que por volta de 14 milhões estão registradas como MEIs. Há um crescendo do número de aberturas de MEIs pelo País, indicando uma considerável mudança econômica e social, em uma reorganização produtiva. Referida Secretaria acredita que se organizando mais, aos poucos as MEIs se tornam micro ou pequenas empresas. A taxa de desemprego que esteve na casa de 14% e que agora ainda está alta, por volta de 9,8%, levaram milhões de cidadãos a serem empreendedores individuais. Estes são uma camada de empresários que se arriscam e são incentivados

DESIGUALDADE SOCIAL AUMENTOU MORTES POR COVID 19

  03-07-2022 O Centro de Integração de Dados de Conhecimentos para a Saúde da Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), desenvolveu um indicador de taxa de mortalidade acumulada pela Covid-19.   Quanto maior a desigualdade regional, maior a taxa de mortalidade pelo referido vírus. Em outras palavras, a desigualdade social contribuiu relativamente para mais mortes, revelou a referida Fundação. Na região Nordeste, em torno de 92% dos municípios permaneceram nas piores situações de desigualdade em saúde e não alteraram isso nas três ondas do covid-19. Na região Sudeste, 35% dos municípios se encontravam nas piores situações de desigualdade no enfrentamento da pandemia em referência. No Nordeste, no período de festas juninas, houve uma ampliação dos casos de contaminação pelo novo coronavírus. Os cálculos são da FIOCRUZ. No caso do Estado da Bahia, o maior do Nordeste, a impressão de que a pandemia citada tinha acabado, enganou muitos cidadãos da região. A maioria dos internados por covid não

BOLSA DE VALORES NO 1º. SEMESTRE

As bolsas de valores no mundo registraram fortes quedas no primeiro semestre de 2022, quando, no início do ano se visualizava um semestre no azul nelas e uma economia mundial crescendo acima de 3,5%, conforme instituições internacionais, tipo Fundo Monetário Internacional. Agora as noticias aguardadas são de que a taxa média mundial poderá ser até negativa. A bolsa de valores do Brasil recuou no semestre por volta de 6%. Mas, somente em junho, a retração fora de 11,5%. Sintetizando o que houve, analistas de mercado afirmaram que o recuo decorreu às altas taxas de juros no País e no exterior, além de um medo de uma recessão mundial. Em outras palavras, se os juros subiram muito, para combater principalmente a inflação, a sua contrapartida foram retrações produtivas, que poderão levar à recessão econômica. É a explicação da teoria econômica liberal. Na verdade, o que está por trás disso tudo foi à inesperada invasão da Rússia na Ucrânia, imaginada como passageira, mas que agora se visu

TAXA DE DESEMPREGO RECUOU PARA UM DÍGITO

  Conforme divulgado pelo IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no trimestre encerrado em maio, caiu para 9,8% a taxa de desemprego. É a menor taxa de desocupação desde janeiro de 2016, quando ficou em 9,6%. A menor em mais de seis anos. Quando se compara com a taxa do trimestre encerrado em maio, é a menor desde 2015, quando ficou em 8,3%. A menor em sete anos. Quando se trata de comparação anual, o número de desempregados caiu 30,2%. Ou seja, menos 4,6 milhões de pessoas. Já a comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, imediatamente anterior, a redução foi de 11,5%. Quer dizer, uma redução de 1,4 milhão de desempregados.      O número de pessoas ocupadas é recorde, chegando a 97,5 milhões de cidadãos, sendo o maior da série histórica, que começou em 2012. Na comparação anual, o pessoal ocupado se elevou em 10,6%. Em relação ao trimestre encerado em fevereiro o incremento das pessoas ocupadas ficou em 2,4%. Ocorreu ainda, consoante a ci