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Mostrando postagens de setembro, 2014

30/09/2014 - MATRIZ ENERGÉTICA NA CONTRAMÃO

Em 2011, 88,9% das energias usadas no Brasil eram renováveis. Em 2012, 84,3%. Em 2013, 79,3%. Por que essa queda em grandes proporções? Em primeiro lugar, a descoberta e o início da exploração de grandes reservas de petróleo na camada do pré-sal, o excesso de acomodação com as usinas hidrelétricas, além dos aspectos de atraso tecnológico e elevação da intervenção do Estado na área. Neste último aspecto, houve um esfriamento do mercado livre de energia elétrica, no qual as empresas fecham contratos de longo prazo, para comprar energia diretamente dos geradores. A Medida Provisória 579, promulgada em 2012, teve como objetivo diminuir a conta de luz em 20%. O mercado livre parou praticamente de crescer, visto que a MP 579 transferiu para as distribuidoras boa parte da energia que antes era negociada livremente entre consumidores e geradores. As incertezas aumentaram. Dessa forma, os consumidores começaram a pagar o preço já em 2014, com 14% de reajustes. Para o ano que vem já se esp

29/09/2014 - DESPERDÍCIOS E LOGÍSTICA

A coleta seletiva de lixo é realizada em 927 dos 5.565 municípios brasileiros. Pouco, menos de 17% deles.   Apesar de mais cara, a coleta seletiva contribui para a redução de gastos com aterramento de resíduos. Aumentam a vida útil dos aterros sanitários. Quando separado do lixo reciclável, o lixo orgânico pode ser adubo. Recicláveis: papel, papelão, 30%; plásticos, 24%; vidros, 9%; metais ferrosos, 4%; alumínio, 1%. Assim, no mínimo, cerca de 70% do lixo pode ser aproveitados (recicláveis e adubos). No Estado da Bahia, somente a rica cidade de Luís Eduardo Magalhães, a 940 quilômetros de Salvador existe a coleta seletiva solidária. No ano que vem a referida capital ingressará no aludido sistema. Na indústria da construção civil a perda é calculada em 30%. Semelhantemente, nos transportes das estradas, perdem-se mais de 30% de grãos. Segundo a Fundação Dom Cabral, mediante pesquisa com 111 empresas, os gastos com logística brasileira correspondem a 11% dos custos totais, cont

28/09/2014 - FORÇA DO AGRONEGÓCIO

Chama-se de sistema do agronegócio o que no passado foi chamado de modelo primário exportador. Quer dizer, em idas e vindas, na constituição do PIB, chegou-se no século XX a um País que tinha mais de 80% de contribuição da agricultura   no produto nacional, declinando, desde 1930, quando o governo federal passou a proteger a incipiente indústria nacional. Até 1956 a indústria alcançou cerca de 16% do PIB, quando o Plano de Metas de JK a turbinou, chegando a alcançar o produto industrial 25% do PIB em 1985. De lá para cá, o PIB industrial veio recuando e hoje é de 13% do PIB. Em contraponto, o agronegócio mais a produção familiar, de quatro décadas atrás se situaram em menos de 20% do PIB. O País naquela época era grande importador de produtos agrícolas. Politicamente, a sua bancada no Congresso sempre foi a mais forte, com mais de 100 membros. Não foi sem motivo que, depois dos golpes dos choques do petróleo nos anos de 1970 e da incapacidade de pagamento da dívida pública nos an

27/09/2014 - ESTATÍSTICAS APARENTES

O IBGE é o maior e mais respeitado órgão de estatísticas do País. Mas, nem por isso, deixa de mostrar contradições. Porém, aparentes contradições. Porque as estatísticas por mais que se aproxime da realidade não contempla os grandes universos, salvo exceções. Por exemplo, nesta semana divulgou o referido Instituto os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de agosto deste ano, cuja taxa nacional de desemprego é de 5%. A instituição também divulgou as taxas médias anteriores de julho, em 4,9%, junho, 4,8%, maio, 4,9%. Aparentemente, a média é de 5%. A PME é realizada em seis regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre. A taxa de desocupação de 5% é o menor indicador para meses de agosto desde o início da pesquisa em 2002. A pergunta da PME é se o cidadão está registrado, isto é, tem emprego, ou não, no Ministério do Trabalho. Como a economia está em recessão técnica, dois trimestres de recuos em taxas de incremento do PIB, c

26/09/2014 - COMBATE À POBREZA

O governo Lula se iniciou em 2003 com um lema de “fome zero”, criando até um Ministério de Combate à Pobreza, afirmando que retiraria o Brasil do Mapa da Pobreza logo no primeiro governo. Não conseguiu. Uma série de desvios naquele ministério, chefiado pelo economista José Francisco Graziano da Silva, professor famoso da UNICAMP, mas que, questionado porque não tinha ainda acabado a fome logo no primeiro governo de Lula, referiu-se, infortunadamente, a que o problema não tinha sido resolvido, em razão de todos os anos as grandes cidades incharem com a presença de famintos nordestinos. Tamanho disparate fez com que Lula o afastasse do governo, indicando-o para ser dirigente da FAO, da Organização das Nações Unidas, que analisa no mundo a agricultura, pobreza a fome, fazendo diagnósticos. A propósito, há poucos dias, declarou o referido professor que o Brasil não fazia mais parte do Mapa da Fome. A presidente Dilma, ao abrir os trabalhos normais da ONU, como é praxe o Brasil abri-

25/09/2014 - REDISTRIBUIÇÃO DE RENDA

A análise da distribuição de renda leva em consideração como as pessoas se movimentam entre as classes sociais. Na verdade, ao longo do tempo é preciso verificar se está havendo desconcentração, estabilidade ou reconcentração no geral ou entre os extremos. Um país avançado ou desenvolvido é aquele onde menores são as desigualdades entre seus habitantes e vice-versa. Ao acabar com a inflação galopante, o Plano Real, em 1994, é um marco da desconcentração de renda, já que a alta inflacionária é notoriamente tida como concentradora de renda. Antes do Plano Real, os censos decenais, desde aqueles verificados ao longo do século XX, demonstraram concentrações de renda, censo a censo, aguçadas pelo alto processo inflacionário. Ademais, depois de 1994 começaram 20 anos de recuperação do salário mínimo, mediante ganho real. Durante a era FHC (1995-2002), a economia brasileira cresceu 2,3% em média anual, o índice de Gini, que mede a concentração de renda, em termos médios, varia de zero

24/09/2014 - PORTO SUL EM ILHÉUS

Na atualidade não existe planejamento estratégico verdadeiro no Brasil. Isto aconteceu de 1949 a 1979, quando o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo, em torno de 6% em média anual, sendo o mais completo deles o iniciado em 1956, no governo JK, propondo “crescer 50 anos em 5”. Lançou ele o Plano de METAS. Os três principais objetivos do Plano de METAS foram: 1. Investimentos estatais em infraestrutura. O governo JK deu prioridade ao segmento rodoviário para atingir o objetivo de introduzir a indústria automobilística. 2. Estímulos ao aumento da produção de bens intermediários, como o aço, o cimento, o carvão, dentre outros. 3. Incentivos à introdução dos segmentos de bens de consumo duráveis e bens de capital. O Plano de METAS destacava trinta metas, agrupadas em cinco setores: Energia - energia elétrica, energia nuclear, carvão mineral, petróleo e gás. Transporte - ferroviário, rodoviário, serviços portuários, serviços de drenagem, marinha mercante e transporte aeroviári

23/09/2014 - REUSO DE ÁGUA

A seca que assola a Califórnia, que se fosse um país seria detentor do quinto PIB do mundo, existe há três anos. Ela está mudando o comportamento de milhares de grandes companhias.   As corporações investiram milhões de dólares em vegetação e tecnologias para economizar água desde a seca passada, relativa ao período de 2007 a 2009. Os investimentos variaram desde servidores de computador resfriados com ar, em substituição à água, passando por filtros que usam correias transportadoras que não precisam de água como as correias do metal, menor quantidade de grama das áreas livres, até descargas sanitárias que consomem menos água. Campanhas educacionais foram encetadas para atingir principalmente as 400 lavouras da região. O governo exigiu da população para reduzir 20% do uso de água, impondo a primeira restrição ao seu uso, multando infratores em até quinhentos dólares por dia. No geral, as empresas têm economizado usando a chamada água cinza, que é aquela reciclada das pias, banhe

22/09/2014 - ICMS CONCENTRADOR

A reforma tributária é justa reivindicação de amplas camadas da sociedade. Porém, uma das coisas mais difíceis e obter-se consenso da sua aprovação no Congresso. Assim, o sistema tributário brasileiro foi instituído pela Constituição outorgada de 1967, pela Junta Militar. A Constituição Federal de 1988 a manteve, fazendo aperfeiçoamentos. O artigo 155, parágrafo 2º, inciso VII, alínea b, da Constituição Federal de 1988, determina que o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deverá ser recolhido unicamente no Estado de origem onde são produzidas as mercadorias e os serviços. Os Estados consumidores sempre reivindicaram uma parcela desse tributo, tendo em vista que o Estado produtor é o mais rico, em especial o Estado de São Paulo. Dessa maneira, os Estados consumidores realizaram legislação específica para também ficar com parte do ICMS. Portanto, todos estavam recebendo uma parte, até que o assunto, em grau de recursos, subiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e na

21/09/2014 - CORREÇÃO DO IBGE

O IBGE divulgou dia 19 deste mês errado o índice de Gini de 2013 de 0,498, em contraste com 0,496 de 2012. O dado indicava elevação na concentração de renda dos brasileiros. No dia seguinte, o IBGE retificou o indicador de 2013 para 0,495, afirmando que o indicador            estaria estagnado pelos dados do PNAD 2013. O cálculo errado ocorreu porque a Coordenação de População enviou projeções incorretas de alguns Estados, onde existem mais de uma região metropolitana. A PNAD divulgou resultados de nove regiões, a saber: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. O IBGE aproveitou também o ensejo para alterar estimativa da renda do trabalho, cuja média teria uma alta menor, de 3,8%. A renda média foi reestimada de R$1.681,000 para R$1.651,00.   A taxa de desemprego foi confirmada de 6,5%, em 2013, acima dos 6,1% de 2012. No geral, o PNAD mostrou uma melhoria dos brasileiros como um todo. Mas, existe um retrocesso na

20/09/2014 - PNAD 2013

O IBGE realiza há décadas, anualmente, a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD). O IBGE é muito criterioso na sua divulgação, depois de fazer cálculos de erros mínimos e extrair ilações do levantamento. O PNAD 2013, divulgado nesta semana, entrevistou 362.555 pessoas em 1.100 municípios, dentre 5.565 deles. A população para uma estimativa até setembro está prevista em 201,5 milhões. As mulheres são 51,5%. Os que se declararam brancos foram   46,1%, já 45% se declararam pardos, 8,1% negros. As pessoas com 40 anos ou mais eram 37,6% da população. Os principais pontos positivos foram: (1) o analfabetismo caiu de 8,7% para 8,5% da população com mais de 15 anos de idade, contingente de aproximadamente 13 milhões. A meta do Plano Nacional de Educação é zerar este número até 2024.   (2) a desigualdade na distribuição de renda, consoante o índice de Gini, cuja variação é de zero a um, vem caindo desde o Plano Real, em 1994, quando estava acima de 0,6, em 2001 era 0,563, em 2

19/09/2014 - ARROCHO NOS APOSENTADOS

O sistema econômico é composto de fatores de produção definidos como natureza, trabalho, capital, capacidade empresarial e tecnologia. Todos têm suas remunerações. Todos pagam tributos, recolhidos pelo Estado, que deveria devolvê-los à sociedade sobre a forma de serviços.   Mas não o faz. Tampouco cobra tributos conforme a equidade. No sistema capitalista, hoje, na quase maioria dos países do mundo, o capitalista é o fator dominante. Para Karl Marx, em seu conjunto clássico de livros chamado de “O Capital”, o capitalismo é definido pela luta de classes. Isto é, entre os proprietários dos fatores de produção. O fator trabalho é composto por bilhões de pessoas. Entre os mais de 7 bilhões do globo, a maior parte está trabalhando; a segunda parte mais numerosa é de crianças e adolescentes, chamados de menores de idade que ainda não trabalham; a terceira parte em número são os desempregados, não amparados, desvalidos, excluídos, famélicos, marginalizados e marginais, enfim, fora d

18/09/2014 - INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL

Certas discussões parecem que não tem importância para a maioria dos cidadãos, muitos dizem desconhecer o que é a independência do Banco Central (BC), mas para os executores da política econômica e seus críticos ela tem imensa importância. Senão, agora no debate eleitoral da presidência da República, o assunto não seria objeto de briga judicial. A questão começou quando a candidata Marina assumiu o fato de que o BC teria autonomia no seu provável governo, forçando a presidente Dilma a assumir que em seu governo não tem. Ela não admitia isto claramente. Chegou a dizer que continuava a autonomia dada por FHC e Lula. Mas agora admitiu, peremptoriamente, o que velado se referia a uma baixíssima taxa de juros de 6,5% como a ideal, exatamente o que é atualmente a taxa de inflação, hoje ela se expõe assim. Nem nos países avançados de inflação até 2% anuais o juro é zero. Chega a 0,5%, vai a 2%, volta e é o que se vê em mais de uma década. No Brasil a inflação não varia muito pouco. Pod

17/09/2014 - INADIMPLÊNCIA EMPRESARIAL

A Serasa Experian é a maior empresa internacional, fruto da aquisição da Serasa, anteriormente de propriedades dos bancos brasileiros, com a Experian francesa, do mesmo ramo, as quais realizam há mais de três décadas acompanhamento cadastral para o sistema financeiro em geral, comércio, serviços, indústria e para quem queira comprar informações empresariais ou de consumidores, relativas ao crédito, legalmente estabelecidos, relativos à idoneidade financeira ou a falta dela. Cadastro inédito começou a fazer em julho de 2012, acompanhando a inadimplência das empresas brasileiras com credores e fornecedores, registrando 2,99 milhões de inadimplentes. Um ano depois o número subiu para 3,28 milhões (mais 10%). Dois anos depois, 3,57 milhões (mais 9%) de empresas inadimplentes estavam constantes do cadastro da Serasa. Isto é, mais da metade das empresas nacionais atrasaram pagamentos consideravelmente, situação indesejável para a maioria, pelo visto. O segmento de pequenas e médias em

16/09/2014 - ESTADO INOVADOR

Na primeira metade do século XX dois economistas notáveis ensinaram o que move o desenvolvimento capitalista. No Reino Unido, John Maynard Keynes. Nascido na Áustria, Joseph Alois Schumpeter. Keynes deixou sua maior contribuição com o livro “Teoria Geral, dos Juros, do Emprego e da Meda”. Schumpeter com o seu livro “Teoria do Desenvolvimento Econômico”. Mesmo sem se conhecerem eles desenvolveram a posição correta que o Estado tem na intervenção da economia. Para Keynes, os investimentos estatais em ciência, tecnologia e na infraestrutura são multiplicativos. Em seguida, os empresários iriam organizar a produção realizando efeitos acelerados em bens e serviços. Para Schumpeter, existe a “destruição criativa”, isto é, cabe ao Estado realizar as pesquisas que levem a que os empresários “acabem” a velha produção, fazendo “novas”, mais versáteis e que promovam melhor nível de bem estar. Sem dúvida, tais propósitos inovadores têm sido relegados ou postergados nos últimos anos no Brasi

15/09/2014 - OCDE MUDA RADICAL

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na Europa, acompanha as 30 maiores economias do globo, responsáveis por mais de 50% do PIB mundial. Embora o Brasil não participe da entidade, a OCDE sempre tem coletado informes sobre o Brasil. Dessa forma, apresentou uma previsão de queda radical no crescimento da economia brasileira, de 1,8%, feita em maio, para 0,3% agora. Por coincidência, o Banco Central ontem divulgou sua enquete semanal de um PIB crescendo somente 0,33%, pela décima sexta vez consecutiva de recuo. A redução de 1,5% na previsão do PIB pela OCDE foi a maior nas 11 maiores economias do globo. A expectativa para os grandes emergentes é bem maior do que a do País. Por exemplo, a China poderá crescer 7,4% e a Índia 5,7%. Para 2015, a estimativa da Organização para o País caiu de 2,2% para 1,4%. Assim, no ano que vem é esperado avanço de 7,3% para a China e de 5,9% para a Índia. Entre as grandes economias para o ano que vem é esperado 3,1%

14/09/2014 - ERROS EM SÉRIE

A rede Globo nasceu procurando apoiar o poder e dele ter suas benesses. Desde os anos de 1930 fizera oposição aos governos. Vindo o golpe militar de 1964, a Globo apoiou incondicionalmente, acobertando os malefícios da ditadura, fazendo até uma glorificação do seu papel. Tornou-se a Vênus platinada, um dos maiores grupos econômicos da América Latina. Já fez mea culpa do apoio incondicionado aos militares. Porém, na democracia de 1989, apoiou também veladamente Fernando Collor, Itamar Franco, FHC, Lula. Não apoiou Dilma. Porém, depois do mensalão de 2005 passou a ser mais crítica. Aliás, a Folha de São Paulo, o Estado de São Paulo, as publicações da Editora Abril tais como Veja e Exame, o grupo Bandeirantes, o grupo SBT. Somente o grupo da Record apoia abertamente os governos do PT. O governo federal publicou dia 12, no Diário Oficial da União, a exoneração, a pedido do servidor Luiz Alberto Marques Vieira Filho do cargo de chefe da assessoria parlamentar do ministério de Plan

13/09/2014 - CAMPEÃ DE PRODUTIVIDADE

O celeiro do mundo é como é chamado o Brasil, por exemplo, pelo Banco Mundial, conforme artigo de ontem, Deborah Wetzel. O Departamento de Agricultura do Reino Unido há muito tempo vaticinou que o Brasil será o maior produtor mundial agrícola em 2050. Porém, isto não é fácil, exigem-se décadas de pesquisas, para definir e aperfeiçoar em longo tempo tecnologias de sementes, além promover agricultura de precisão, tais como uso de tecnologia de informação para análise e preparação do solo (por exemplo, via GPS), táticas de adubação e correção do solo, de planejamento e execução do plantio, de rotação de culturas e de recuperação de pastagens. Nas últimas décadas o campeão de produtividade tem sido a soja, originária da China. A soja é uma leguminosa típica de áreas temperadas. Por isso mesmo, a região central do País, onde não existia praticamente nenhum cultivo há 40 anos foi o local onde ela se desenvolveu até hoje estar em segundo lugar na produção e primeiro lugar na exportação

12/09/2014 - BANCO MUNDIAL NO BRASIL

Depois da destruição de parte da Europa e das bombas atômicas no Japão, os Estados Unidos criaram o Banco de Reconstrução Internacional do Desenvolvimento (BIRD), também chamado de Banco Mundial, onde ele é o maior acionista. Passada a reconstrução do final dos anos de 1940, feita a fundo perdido, o BIRD continuou financiando a infraestrutura em países pelo globo, mediante cobrança de juros baixos, prazos longos de pagamento e voltados para a parceria com governos, em seus diferentes níveis, estatais e demais entidades sociais. Portanto, para a segunda guerra, na qual contribuiu para destruir uma grande parte, financiou a fundo perdido (sem retorno) obras de recomposição. No caso do Brasil, os financiamentos têm que serem pagos. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, de 09-09-2014, a diretora para o Brasil, Deborah Wetzel, revelou que nos últimos cinco anos o Banco Mundial financiou no País US$5 bilhões e não mais falou de valores de anos anteriores. Porém, referiu-se a que

11/09/2014 - BANK OF AMERICA MERRIL LINCH

O sistema financeiro internacional sempre se pronuncia sobre as eleições majoritárias no País. O Bank of America foi por muitos anos o maior banco do mundo. Porém, após a crise financeira de 2008, ele diminuiu muito de tamanho, associando-se à financeira Merril Linch (BofA é agora sua sigla, em inglês), voltando a ser atualmente um dos maiores do globo. O grupo representa muitas multinacionais com operações no Brasil. No dia 9 passado, ele reuniu 500 clientes em hotel de São Paulo, na Vila Olímpia, visando ouvir os coordenadores do programa de governo da campanha de Marina. Os participantes fizeram questões sobre as propostas para a economia brasileira, em especial, sobre governabilidade e licenciamento ambiental. Vale dizer, administração de preços públicos, trajetória da inflação, superávit fiscal, reforma tributária, investimento em infraestrutura. Em resumo, Os executivos se mostraram preocupados com a situação da economia brasileira em 2015, visto que já consideraram 2014 ence

10/09/2014 - EVASÃO DE DINHEIRO

Existem vários organismos internacionais, alguns já citados aqui, como a ONG Transparência Internacional, que procuram identificar como o dinheiro sujo sai do Brasil para paraísos fiscais. Neste instante, grupo de pesquisadores baseados em Washington, Estados Unidos, cuja entidade que os representa é Global Financial Integrity (GFI), divulgou recentemente que mais de US$33,7 bilhões, ou seja, R$67,3 bilhões, ao câmbio de R$2,00, de dinheiro sujo ligado ao crime, corrupção e a evasão de impostos sai do Brasil todos os anos, o dobro de uma década atrás, entre o período de estudo de 1960 a 2012, no montante de retirada neste espaço de tempo de US$401,6 bilhões. Na verdade, o valor médio do referido US$33,7 bilhões é do período de 2010 a 2012. A média de evasão anual corresponde a cerca de 1,5% do PIB. Ao câmbio de R$2,00, citado, do início de 2014, o PIB brasileiro seria de US$2,247 trilhões. A renda per capita corresponderia a US$11,235.00. A simulação da perda anual de cada cidad

09/09/2014 - PROGRAMA DE AÉCIO

Menos de um mês das eleições de 5 de outubro, o candidato Aécio Neves apresentou a nove editores da revista Isto é, o que seria seu programa de governo, visando a sua eleição. Nas próximas edições semanais serão apresentados os outros dois candidatos favoritos. Na sabatina o candidato afirmou que a primeira coisa a fazer é uma mudança ética, de valores, deixando “a baixa qualidade das relações políticas e o absurdo aparelhamento da máquina pública”. A segunda “é uma mudança de visão do Estado. O setor público não precisa apresentar maus resultados por ser público”. Isto é, ele defende o Estado eficiente. Para fazer as duas coisas “promovendo o resgate da meritocracia, de um governo que tenha metas, apresente resultados. Hoje vemos uma desqualificação cada vez maior dos serviços públicos. A terceira mudança é uma nova visão de mundo. O Brasil se isolou por uma visão absolutamente equivocada desse governo, que promoveu um alinhamento ideológico da política externa sem que isso trou

08/09/2014 - PROPINOBRAS

A junção do nome propina com Petrobras, Propinobras, é como é chamado mais um grande escândalo dos governos chefiados pelo PT. Desde o início deste ano que a Polícia Federal investiga um esquema de propinas montado pelo doleiro Alberto Youssef, encarregado de distribuí-las e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, quem cobrava a s faturas, ambos presos, esquema calculado em mais de R$8 bilhões. O ex-diretor da estatal, em troca de delação premiada, isto é, redução da sua pena prisional, estimada em 50 anos, passou a revelar o esquema criminoso que o PT e seus aliados montaram na maior estatal da América Latina, naquele que pode ser o maior escândalo de corrupção da história da República. Dos contratos realizados, cerca de 3%, eram desviados para o caixa dois de campanha no financiamento de políticos da base aliada do governo Dilma. O dinheiro desviado irrigava a conta de três governadores, do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Maranhão, Roseana Sarney, de Pernambuco, Eduard

07/09/2014 - OBRAS INACABADAS

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, disse em reunião de prefeitos em Guarajuba, Camaçari, Bahia, no final do mês passado, que existem 1.450 obras em andamento, duas paradas por determinação do TCU e 160 paralisadas por falta de projeto básico. Não entrou em detalhes dos grandes atrasos. A recordista em inconclusas está a construção da usina atômica de Angra III há aproximadamente 30 anos. Depois vem a ferrovia Norte-Sul, iniciada há 27 anos. Nenhum dos 1.574 dos quilômetros construídos foi entregue no prazo, tal como o trecho de Palmas (TO) a Anápolis (GO), a parte mais avançada da obra, que deveria ter sido inaugurado em dezembro de 2010. A Transposição de Águas do Rio São Francisco foi meta do início da gestão de Lula. A ferrovia Transnordestina e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro se arrastam desde 2006. A pedra fundamental da Refinaria Abreu e Lima foi lançada em 2007. À exceção da obra de Angra III, todas estas grandes obras in

06/09/2014 - EDUCAÇÃO PARA INOVAÇÃO

Uma função econômica, educação para inovação, é postulado para incremento de produtividade. A diretora executiva do movimento “Todos pela Educação”, Priscila Cruz, declarou no Fórum “Educação e o mundo do trabalho: o ponto que o Brasil precisa construir”, na capital paulista, no final do ano passado que é preciso todas as crianças na escola, garantindo níveis adequados de conhecimento para todos, visto que os países que têm avançado economicamente, com melhoria na distribuição de renda, qualidade de vida e de forma sustentável. Acrescente-se a sua fala que têm que ter também educação em tempo integral. Na verdade o atual modelo brasileiro não garante aprendizagem, visto que a preocupação governamental não está assim focada, conforme se vê nas palavras do atual ministro da Educação, Henrique Paim, naquele seminário: “Constituímos no Brasil um grande sistema de avaliação e estatística dos mais modernos, com um cadastro atualizado todos os anos. O outro elemento é a avaliação que m

05/09/2014 - ANALFABETISMO FUNCIONAL

Dados oficiais do Ministério da Educação acerca do analfabetismo brasileiro revela que há cerca de 8% da população iletrada. Seriam 16 milhões com base em 2013. Claro, este dado progrediu bastante no tempo, haja vista que a um século atrás mais de 90% dos brasileiros se enquadravam nesta situação. Porém, sempre o maior problema brasileiro foi e é o analfabetismo funcional. Isto é, aquelas pessoas que aprenderam a escrever o nome e de que são incapazes de ler e de interpretar uma lauda. O pesquisador sobre educação, que escreve quinzenalmente na revista Veja, doutor em economia, Gustavo Iochpe, examinando estatísticas do MEC, calculou que 60% da população se enquadram nessa dinâmica funcional. Ou seja, 120 milhões de cidadãos com enormes dificuldades de entender a situação do País perante o mundo e como poderia progredir. O que vale dizer que tais cidadãos têm grandes dificuldades de contribuir para a tão almejada qualidade da mão de obra, para que o Brasil deixe décadas de atras

04/09/2014 - PRETENSA RECUPERAÇÃO

Em julho a indústria cresceu 0,7% e o governo comemorou como se a economia retornasse aos eixos. Mas, trata-se de um pequeno espasmo, visto que nada mais melhorou. Pelo contrário, pela décima quarta vez consecutiva o Banco Central (BC) divulgou a pesquisa semanal Focus, na qual foi reduzida a taxa de incremento do PIB para 0,52%, se não foi alterada nada na política econômica atual. Por exemplo, a alta (que desestimula investimentos) taxa básica de juros da economia foi mantida em 11% anuais, pela terceira vez consecutiva, conforme reunião de ontem do BC. Somente há otimismo por parte do governo, sem mostrar por onde, bem como as previsões do PIB continuarão em descida da ladeira, conforme indica a própria pesquisa semanal do BC. No caso da indústria, ela já caiu seis meses consecutivos, de janeiro a junho, havendo a citada recuperação em julho, mas a projeção para 2014 é negativa em – 2%. O que aconteceu no governo Dilma? Ela recebeu de Lula, por exemplo, a taxa do investimento br

03/09/2014 - FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL

Criado há mais de trinta anos, o Fórum Econômico Mundial se reúne na terceira semana de janeiro. Em virtude de já ser tradicional encontro de grandes capitalistas e líderes de governo, os quais se fixaram em Davos, na Suíça, nos últimos anos como comitê permanente, produzindo estudos técnicos sobre sustentabilidade, competitividade, cenários mundiais, dentre outros. É justamente em setembro que divulga o ranking de competição mundial. Na divulgação de agora, o Brasil perdeu uma posição na classificação global de competitividade, ocupando a 57ª posição entre 144 nações. O estudo mostra a principal causa da piora à ineficiência do governo brasileiro, nos quesitos de organização e infraestrutura, tendo melhorado em educação superior e saúde. Para Carlos Arruda, coordenador do núcleo de inovação da Fundação Dom Cabral e responsável pelos dados brasileiros, o País precisa fazer reformas tais como a tributária e a trabalhista. No relativo às instituições, o Brasil ficou em 94º lugar.

02/09/2014 - MUNDO DA LUA

“É inadequado falar em estagnação, em recessão e, muito menos, em crise da economia brasileira”. Guido Mantega, ministro da Fazenda, em declaração à imprensa, dias depois da realização do Sexto Exame Fórum, no dia 13 de agosto passado. Ele está há praticamente 12 anos no poder. Começou com o ex-presidente Lula, no ministério do Planejamento, depois foi transferido para a presidência do BNDES. Após desgraça de Antônio Palocci, em 2005, assumiu em seu lugar o ministério da Fazenda, onde até hoje permanece. A equipe comandada por Mantega é o principal obstáculo para a mudança na política econômica, além da velada interferência da presidente Dilma, como fez na redução abrupta de 5% na taxa de juros básica da economia, há cerca de dois anos, que desorganizou o sistema econômico. Não veem necessidade de mudanças. Mantega continua atribuindo o mau momento do País aos efeitos persistentes da crise mundial de 2009. Ora, o PIB veio de 7,5% de crescimento em 2010, em grande resposta a 2009

01/09/2014 - AUMENTO DO SUPREMO

A instância mais alta da justiça é o Supremo Tribunal Federal (STF) onde as suas súmulas representam diretrizes para as demais instâncias de justiça. As maiores questões econômicas são julgadas por ele. Para citar alguns exemplos já transitados em julgado as perdas do Plano Verão e do Plano Collor, relativas às recomposições aos possuidores de contas (1989-1990), bilhões de reais foram desembolsados de 2001 a 2008, referentes ações interpostas antes do citado “acordo”. Porém, lá também ficam paralisadas questões tais como as perdas das cadernetas de poupança dos Planos Bresser, Verão e Collor, cuja prévia dos valores ultrapassa a centena de cem bilhões de reais. Portanto, decisões coletivas do STF tem grande repercussão. A última decisão do STF é a de elevar os já mais altos salários deles, em 22%. Nominalmente, de valores aproximados, já que os contracheques não estão a todos disponíveis, presumíveis, aqui, portanto, de R$28,7 mil para cerca de R$35 mil, visto que outras beness