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Mostrando postagens de março, 2020

31/03/2020 - OPERAÇÃO GREENFIELD

No momento, a preocupação maior dos órgãos dirigentes do País é com a pandemia do coronavírus e sua enorme repercussão na economia. Não bastasse isso, o Sistema Unificado de Saúde se prepara para três epidemias nos próximos meses. A prioridade para o COVIT-19, para a dengue e para a gripe. Pouco há referências dos problemas de fraudes e corrupção e a Justiça continua lentamente. A propósito, veio ontem ao conhecimento público, o que se deduz como Operação Campo Verde, que seria a tradução literal de Operação Greenfield da Polícia Federal. O Ministério Público Federal de Brasília (MPF) entrou com ação de improbidade administrativa contra 16 pessoas e as empresas Millar Importação e Exportação Ltda, Ribeiro Tristão Comissaria de Café Ltda e JR-M Participações Ltda, por fraudes bilionárias contra participantes dos fundos de pensão FUNCEF e PETROS. O MPF pede a condenação por improbidade administrativa e o ressarcimento integral dos danos causados aos fundos de pensão referido, a

30/03/2020 - DÉFICIT PRIMÁRIO ACIMA DA LEI

Ao aprovar o estado de emergência do País o Congresso Nacional atendeu à proposta do Executivo. Ontem, em decisão monocrática, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais, autorizou que o governo ultrapasse o valor do déficit primário aprovado pelos parlamentares de R$124,1 bilhões para este ano. As decisões coordenadas dos três poderes garantem que se ultrapasse o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Estão dadas as condições para o Estado intervir na economia brasileira, protegendo setores e empresas. Gastando para superar a crise da pandemia do coronavírus, prevista para cerca de três meses, de março a maio. Em junho espera-se que a economia nacional volte a crescer. Ontem, o economista Mansueto Almeida, Secretário do Tesouro Nacional, afirmou que o déficit primário deste ano poderá ultrapassar R$300 bilhões, visto que o cálculo objetiva reduzir os efeitos das medidas tomadas de controle da pandemia do coronavírus, as quais já ultrapassam R$100 bi

29/03/2020 - A QUESTÃO DO EMPREGO E A FORÇA DOS VAREJISTAS

Não se têm ainda estatísticas, por ser ainda recente, dos efeitos das medidas de controle da pandemia do coronavírus no Brasil, que reduziu drasticamente o nível de atividade produtiva. O desemprego é grande e tem sido crescente. A questão social se apresenta vexatória em todo o País. A situação das favelas é explosiva. As moradias precárias estão abarrotadas de gente, devido ao fato das crianças e adolescentes não estarem nas escolas e não estão também recebendo a merenda escolar, pressionando os adultos a maiores gastos, sem contar que eles são os mais sensíveis às retrações da atividade, visto que são trabalhadores informais, estes que estão se constituindo em 40% da população economicamente ativa. Mais os desempregados. Faltam muitas coisas nas favelas, desde infraestrutura, até alimentos, papel higiênico, fraldas, detergentes e sabão. Por exemplo, no centro de São Paulo, a chamada área da cracolândia, os pobres estão atacando pessoas e veículos em busca de comida. Nos ba

28/03/2020 - REPASSE DIRETO DA UNIÃO

Claro está que o governo terá ação proativa na economia nacional. Não tem outra saída, visto que quase todos governos liberais estão sendo keynesianos. O Ministério da Economia se incumbe de calcular e colocar nas mãos do presidente da República a perspectiva do montante dos recursos a serem gastos. Porém, tem feito grande esforço de uso de poucos recursos próprios, para não engrandecer o déficit primário. A cada dia são editadas novas medidas e mudadas algumas daquelas já tomadas para combater os efeitos da pandemia do coronavírus na economia brasileira. No entanto, convém destacar o que está aprovado. Assim, do novo valor anunciado de recursos que serão colocados à disposição, cerca de R$781,8 bilhões, somente aproximadamente 6% serão repasses diretos da União. Ou seja, serão R$48,1 bilhões de repasses direto à população. O grosso dos recursos virá de crédito bancário e que não será a fundo perdido, terão encargos de pelo menos a taxa básica de juros, a SELIC, hoje em 3,75%

27/03/2020 - SAIR DA BEIRA DO COLAPSO

Sair da beira do colapso tem sido a preocupação da maioria dos fazedores de política econômica pelo mundo, devido à pandemia do coronavírus. Só há um consenso: de que deve haver as medidas de política econômica, de intervenção do Estado na economia. Lembrando os ensinamentos de Keynes, em seu livro “Teoria Geral”, enquanto se aproxima a depressão (que é o colapso econômico), antecedida pela recessão (à beira do colapso), cabe ao Estado gerar empregos, na famosa expressão dele: “mandar cavar buracos e depois mandar fechar buracos”. Órgãos internacionais como ONU, Banco Mundial e FMI, já se referem em crescimento zero da economia mundial, o governo brasileiro também a isso já se referiu. Ou seja, quanto mais cedo acabar o isolamento quase total, mais cedo deverão ser tomadas medidas de reativação do aparelho produtivo. Não há ainda estatísticas econômicas precisas sobre a citada contaminação, devido ao fato de que o isolamento de pessoas e a retração do sistema econômico são ba

26/03/2020 - QUARENTENA VERSUS RACIONALIDADE

A quarentena de combate ao coronavírus veio para fazer o isolamento das pessoas. Há dois tipos deles: horizontal e vertical. Horizontal para todas as faixas de idade. Vertical somente para idosos. A forma horizontal é a que está havendo na maioria da população mundial. Até agora a forma mais radical está sendo feita na Índia com quase toda a população de cerca de um bilhão e trezentos milhões de almas. No caso brasileiro tem sendo feito de forma desordenada. A cada dia Estado e municípios fazem o isolamento. Referida quarentena reduz a atividade produtiva. Isto implica em prejuízos e quanto mais demorar mais levará à recessão. Hoje o medo é de uma depressão. Ninguém é capaz de prevê o que ocorrerá neste ano com certa precisão. Nos Estados Unidos o presidente Donald Trump conseguiu aprovar pelo seu Congresso uma ajuda de US$2 trilhões nesta madrugada e declarou que gostaria que a quarentena lá se encerrasse em abril. No Brasil, o Ministério da Economia já toma medidas protetiv

25/03/2020 - SÍNTESE DE MEDIDAS ECONÔMICAS TOMADAS

O Ministério da Economia tem tomado medidas econômicas para reduzir os efeitos da redução do nível de atividade, em decorrência da pandemia do coronavírus. Os recursos são da ordem de R$477,8 bilhões. (1) TRANSFERÊNCIA DE RENDA - a) pagamento antecipado em 23 de abril da primeira parcela do 13º do INSS, R$23 bilhões (daqui em diante os valores finais de cada item será em bilhões); b) pagamento antecipado da segunda parcela em 23 de maio, 23; c) transferência de valores não sacados do PIS/PASEP para o FGTS, 21,5; d) transferência de R$200,00 por três meses para trabalhadores informais, 15; e) pagamento antecipado do abono salarial em 12 de junho, 12,8; f) adiantamento de 25% do seguro desemprego para quem tiver carga de trabalho e salário reduzido, 10; g) expansão de 1 milhão de beneficiários do Bolsa Família, 3,2; h) reforço do orçamento da assistência social, 2; i ) simplificação para concessão do benefício do INSS, 2; j) suspensão do teste de vida do INSS por 120 dias. APOIO À

24/03/2020 - AJUDA A ESTADOS E MUNICÍPIOS

Um plano do governo federal para ajudar a Estado e municípios, com acesso a novos empréstimos, suspensão de dívidas e transferências adicionais de recursos, envolvendo R$85,8 bilhões. Apenas os repasses aos fundos de saúde somarão R$8 bilhões em meses. Duas medidas provisórias estão sendo editadas para garantir referidos recursos. O Fundo de Participação de Estados (FPE) e dos Municípios (FPM) serão alvos de um seguro contra a queda de arrecadação durante a crise do coronavírus. Haverá uma disponibilidade de R$16 bilhões em quatro meses, para recompor esses fundos. Haverá a facilitação para operações de crédito bancários num total de R$40 bilhões. Suspensão da dívida com a União na ordem de R$12 bilhões. Renegociação de débitos de Estados e municípios com bancos, no valor de R$12 bilhões. Acréscimo de R$2 bilhões no orçamento da assistência social, recursos destinados ao Programa Bolsa Família e demais programas assistenciais do governo federal. Uma extensa medida provisória

23/03/2020 - INJEÇÕES DO BNDES

Novas medidas estarão realizando o BNDES. Colocará R$55 bilhões para reforçar o caixa de grandes empresas. O Banco determinou a transferência de recursos do PIS/PASEP, no valor de R$20 bilhões, com o objetivo de que extraordinário dos trabalhadores. Decidiu pela suspensão temporária do pagamento de parcelas de financiamentos direto das empresas de R$19 bilhões e de R$11 bilhões dos financiamentos diretos. O prazo total será mantido e não haverá incidência de juros de mora durante o período de suspensão de pagamentos. O BNDES anunciou ainda a ampliação do crédito para as micros, pequenas e médias empresas, de R$10 milhões para R$70 milhões. O reforço do crédito será para capital de giro, mediante carência de 24 meses e cinco anos para pagamento. Número de mortes causadas pelo coronavírus aumentou para 25, sendo confirmados 1.546 casos da doença no último balanço. Foram 418 registros a mais, perante crescimento de 37% e mais sete mortes, em crescimento de 39%. São Paulo continu

22/03/2020 - CONTAMINAÇÃO COMUNITÁRIA

O Ministério da Saúde afirmou que está havendo transmissão comunitária do novo coronavírus em todo o Brasil. A ação tem a intenção de unificar ações em todos os Estados e tornar mais restritivas as medidas de contenção do COVID-19, tal como a limitação de circulação de pessoas acima de 60 anos e a possibilidade de atestado médico para a família de pessoas com sintoma de gripe, independente da idade. A transmissão em tela é caracterizada quando não é mais possível identificar a origem da contaminação de uma pessoa em meio a uma epidemia. Os sintomas da manifestação virótica é tosse seca, dor de garganta, dificuldade respiratória acompanhada ou não de febre. Identificado o contaminado deve-se fazer o isolamento domiciliar pelo período de 14 dias, bem como de seus familiares. As repercussões econômicas da pandemia têm levado aos bancos e consultorias financeiras revendo seus modelos e divulgando projeções negativas. O Banco Itaú estimava um crescimento do PIB de 1,8% e agora uma

21/03/2020 - FORTE REGRESSÃO NAS PREVISÕES

A pandemia do coronavírus continua fazendo estragos e ninguém sabe quando seus efeitos nefastos irão acabar. As previsões sobre o crescimento do PIB estão a cada dia indo para trás. Os grandes bancos brasileiros fazem previsões que saem de 2%, em direção a 1%. O boletim Focus do Banco Central desta semana, divulgado dia 16, consultou médias de cerca de 100 agentes financeiros, calculada em 1,68% de PIB. O Banco JP Morgan, um dos maiores do mundo, referiu-se a um PIB de – 1% (também dia 16). A revista Exame desta quinzena, datada de dia 18, refere-se em editorial que “num cenário mais extremo, com uma pandemia de longa duração, a economia global poderá recuar 1,5% em 2020”. No jornal O Globo de ontem (dia 20) Miriam Leitão se referiu: “As previsões do PIB brasileiro estão despencando num ritmo que atordoa. A cada momento é um banco ou consultoria que está levando o número para a recessão. Já se fala em menos 3%. Por isso a corrida no governo é para tirar o atraso e anunciar medid

20/03/2020 - COMO QUASE SEMPRE PAGAM OS POBRES

Em um País de renda tão concentrada, os pobres são aqueles que menos recursos têm para enfrentar as crises econômicas, sejam elas por parte da economia da produção ou sejam da economia da saúde. Como quase sempre pagam os pobres. Com a pandemia do coronavírus, os pobres são aqueles que não poderão fazer geralmente os trabalhos domiciliares, vivem em precária e lotadas habitações, utilizam-se de transporte público e de metrô, não tem dinheiro suficiente para comprar remédios e alimentos, além de serem os mais afetados por desemprego, visto que na maioria é mão de obra não qualificada, aquela justamente mais desempregada. Em síntese, nos casos severos são justamente aqueles que se aproximam mais dos grupos de riscos por estarem quase sempre em aglomerações. A distribuição de renda no Brasil mostra um dos países mais desiguais do mundo, conforme os censos do IBGE. Assim, constatou-se que apenas 0,1% dos brasileiros detêm 48% da renda nacional. Já 5% da população percebem 95% do

19/03/2020 - QUEDA DA BOLSA É MAIOR DO QUE A DE 2008

O IBOVESPA sofreu ontem queda acumulada de 42% neste ano, mais do que em 2008, quando caiu 41%, ano da considerada segunda maior crise do capitalismo (a primeira foi a de 1929). As negociações foram as mais fortes pela aversão ao risco, devido aos temores de uma recessão, em razão das políticas econômicas de combate à pandemia do coronavírus. A retração de ontem é a segunda pior desde que o IBOVESPA foi criado em 1967. A primeira queda foi em 1972 de 44%. O índice ficou em 66.894 pontos, menor patamar desde 18 de agosto de 2017, quando o IBOVESPA chegou a 61 mil pontos. Naquela época fora divulgada a conversa entre Michel Temer e Joesley Batista, presidente que se enfraqueceu bastante e deixou de realizar as reformas estruturais que pretendia reformas estas que poderiam ter feito o País crescer mais e eram esperadas pelos mercados, somente fazendo a reforma trabalhista. Quer dizer quase três anos de atraso de reformas estruturantes e o País vem crescendo por volta de 1% nestes t

18/03/2020 - PIB DE CRESCIMENTO ZERO

As medidas defensivas adotadas pelo governo, para combater os efeitos nocivos da pandemia do coronavírus são insuficientes até o momento, embora as demandas de gastos sejam expressivas, no valor de R$147,3 bilhões. São valores destinados a manter o nível de emprego e atender certas carências dos mais idosos. Contudo, ficaram de fora os desempregados, grande parte daqueles que trabalham por conta própria e os trabalhadores informais. Provavelmente, ainda haverá medidas de proteção a serem anunciadas. Dessa maneira, as medidas protetivas, de reduzir a circulação, de evitar aglomerações, de minimizar o turismo e muitas outras irão diminuir a demanda efetiva global e reduzir o nível de crescimento do PIB. As expectativas dos projetistas consultados semanalmente pelo Banco Central, cerca de 100 deles, cujas medianas de estudos são divulgadas no boletim chamado de Focus, estimavam no início do ano que o PIB cresceria 2,3% e veio reduzindo a cada semana, estando agora em 1,68%. Aind

17/03/2020 - RESPOSTA ECONÔMICA AO CORONAVÍRUS

O governo federal não tinha ainda tomado decisões na área econômica, enquanto vem tomando na área da Saúde e na área social. Porém, a sociedade como um todo passou a exigir a atuação na área econômica de modo a estimular o aparelho produtivo. Os impactos da pandemia do coronavírus têm colocado o País em forte tensão econômica. A semana começou com mais uma queda na bolsa de valores, que acionou o circuit breaker mais uma vez. É a quarta vez de blecaute em cinco dias de negociações nela. O dólar passou do valor nominal de R$5,00 pela primeira vez, cotado a R$5,05. Em termos reais, quer dizer corrigindo o dólar pela inflação, desde o pico de R$4,00, em 2002, o dólar valeria nominalmente R$10,80 hoje. No caso de ser levada em conta a inflação americana o dólar valeria R$7,50. O que está acontecendo com os detentores de poupança é uma aversão ao risco e o dólar é considerado uma aplicação segura. Ainda mais que a redução dos juros dos títulos americanos em 1%, pelo Banco Central dos

16/03/2020 - RAPIDEZ DE INFECÇÃO DO COVIT-19

A rapidez de expansão do coronavírus no Brasil, segundo pesquisas do Banco Central, é maior do que aquela ocorrida na China. Em reconhecimento à imprensa ontem, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a equipe econômica não tinha dado o devido cuidado à retração econômica, devido às manifestações do coronavírus pelo País. A sua equipe estava debruçada sobre as reformas há três meses, prazo maior de quando o vírus começou a alastrar-se. Rapidamente, a economia mundial se desacelera. Os Estados Unidos baixaram os juros de seus títulos de dívida em 1%. Estão de zero a 0,25% anuais. Claro, considerando a inflação próxima de 2% ao ano, os juros já estão bem negativos, o que, em tese, poderá fazer as pessoas aplicarem nas ações das empresas. Porém, as grandes empresas pelo mundo estão reduzindo as previsões das suas taxas de lucros. Muitos já estão perdendo o grau de investimento. As bolsas de valores pelo mundo, durante o ciclo do hemisfério norte, que acontece antes

15/03/2020 - LIBERAIS VERSUS DESENVOLVIMENTISTAS

A teoria econômica tem sua origem acreditada em Adam Smith, através do seu livro “A Riqueza das Nações”, marco que o faz ser acreditado como o pai da economia. Smith é um liberal. Trouxe como principio máximo o funcionamento do sistema de mercados, cabendo ao Estado o papel de regulador e não de interventor na economia. Várias correntes de pensamento se colocaram depois e antes dele, sendo a principal, o seu oposto, o marxismo (autor Karl Marx, seu clássico, “o Capital”), defensor da total intervenção nos mercados. Na virtude veio John Maynard Keynes, mediante seu livro “Teoria Geral, dos juros, do emprego e da moeda”. É o keynesianismo a defesa da combinação do Estado regular e do Estado interventor. Esteve muito em voga usar o termo “neoliberalismo”, após o fim do bloco comunista no mundo, que, em 1989, lançou o “Consenso de Washington”, resumindo-se no princípio do “Estado mínimo”. No entanto, voltou-se a considerar hoje, em resumo, a dicotomia entre liberais versus desenvolv

14/03/2020 - PIOR SEMANA DESDE 2008

Na sexta feira 13 de ontem, a bolsa de valores brasileira encerrou a pior semana desde 13 de outubro de 2008, quando se iniciava a segunda pior crise do capitalismo. A primeira fora em 1929, chamada de Grande Depressão. Encerrou com alta expressiva de 14%, mas não fora suficiente para salvar as vertiginosas quedas de outros dias da mesma semana, na ocorrência de quatro circuit breakers no período em tela, fechando o período em baixa semanal de 15,63%. Pelo mundo as bolas também subiram. Em Nova York, os três principais indicadores de referência de bolsas americanas, qual sejam o índice Dow Jones, o S & P 500 e o Nasdak, revelaram ganhos médios de 9%. Por que aqui o ganho fora bem maior, a despeito de também quando caem os índices de lá, os daqui caem bem mais. Muito mais? A resposta é de que o Brasil nunca deixou de ser uma economia reflexiva e dependente. Quando ocorrem lá fora, principalmente nos EUA, um desastre, aqui se torna uma catástrofe. A história mostra assim.

13/03/2020 - PIOR CENÁRIO SERIA ELEVAÇÃO DO PIB DE 1%

O vexame de ontem com duas paradas de negociações na bolsa de valores de São Paulo, não ingressou nos cálculos do Ministro da Economia, Paulo Guedes, anteontem (11), quando ele esteve na Câmara de Deputados. Ele disse que, no pior cenário, com o coronavírus se alastrando pelo País, o PIB teria crescimento de 1% em 2020. Foram suas palavras: “Se, ao contrário, a pandemia tomar conta do Brasil e não fizermos nossas reformas, pode chegar até 1%”. Ou seja, menos 1,1% do projetado pela sua Secretaria da Fazenda, apresentando projeções de redução de 2,4% para 2,1% do PIB. O quadro mais realista para Guedes seria incremento de 1,8% do PIB para este ano. Logo, o otimista seria de 2,1%. Não só no Brasil, mas no globo os mercados vivem situação de pânico, sendo o clímax anteontem, quando os Estados Unidos proibiram por 30 dias de europeus ingressarem naquele país. Na manhã de ontem o dólar bateu R$5,00 pela primeira vez na história. Mas, no final do dia ficou abaixo de R$4,90. Fechou e

13/03/2020 - PIOR CENÁRIO SERIA ELEVAÇÃO DO PIB DE 1%

O vexame de ontem com duas paradas de negociações na bolsa de valores de São Paulo, não ingressou nos cálculos do Ministro da Economia, Paulo Guedes, anteontem (11), quando ele esteve na Câmara de Deputados. Ele disse que, no pior cenário, com o coronavírus se alastrando pelo País, o PIB teria crescimento de 1% em 2020. Foram suas palavras: “Se, ao contrário, a pandemia tomar conta do Brasil e não fizermos nossas reformas, pode chegar até 1%”. Ou seja, menos 1,1% do projetado pela sua Secretaria da Fazenda, apresentando projeções de redução de 2,4% para 2,1% do PIB. O quadro mais realista para Guedes seria incremento de 1,8% do PIB para este ano. Logo, o otimista seria de 2,1%. Não só no Brasil, mas no globo os mercados vivem situação de pânico, sendo o clímax anteontem, quando os Estados Unidos proibiram por 30 dias de europeus ingressarem naquele país. Na manhã de ontem o dólar bateu R$5,00 pela primeira vez na história. Mas, no final do dia ficou abaixo de R$4,90. Fechou e

12/03/2020 - PANDEMIA AFETA EM MUITO A ECONOMIA

A pandemia de um novo vírus, fruto da mutação virótica na família dos vírus da gripe, chamado de Covit-19, afeta em muito a economia mundial porque a maioria dos países do mundo já está contagiada por ele, conforme declarações de ontem da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que mais de 100 países registram casos de contágio. Milhares de mortes registradas. A Alemanha, a quarta economia mundial, através da chanceler Ângela Merkel, declarou que mais de 60% da sua população poderá ser afetada. No Reino Unido até a Ministra da Saúde está contaminada. No Irã se comenta que o primeiro ministro está contaminado. Na Itália existe todo um esquema de quarentena e as reuniões estão proibidas. Os Estados Unidos proibiram o ingresso de europeus e rigor no exame dos que lá chegam. Nos países do mundo rico que tem os acontecimentos antes do Brasil, as bolsas globais fecharam em baixa. Um forte indicativo de que aqui também ocorrerá. Até ontem a bolsa brasileira tinha perdido R$1 trilhão de

11/03/2020 - DIA DE RECUPERAÇÃO

A bolsa de valores ontem teve a maior alta em 11 anos, valorização de 7,14%, dos 86 mil pontos para os 92 mil pontos, depois da queda histórica de 12,17%, anteontem, a pior em 22 anos. Como sempre a recuperação foi puxada pela Petrobras, que subiu 9% (recorde-se que no dia anterior tinha perdido 30%), além da Vale, que subiu 18%. O preço do petróleo subiu também 8,3%. Os investidores aproveitaram a oportunidade para comprar ações que se baratearam muito e mediante estímulos econômicos que os Estados Unidos anunciaram que pretende cortar impostos sobre salários. Contudo, não está descartada a hipótese de que haverá solavancos, perante um mundo que vê o surto do coronavírus se alastrar e a oitava economia mundial, a Itália, decretar quarentena em todo o seu território. Outro fator de alternância em grande baixa e recuperação da bolsa de valores é que os fundos têm recomendações dos seus gestores de desfazer de ações quando a baixa ultrapassar 7%, por exemplo, para reduzir os ef

10/03/2020 - ONTEM FOI DIA DE PÂNICO

Segunda feira, ontem, a economia mundial ingressava em pânico, devido ao fato de que os efeitos da epidemia do coronavírus retraíram a demanda mundial de petróleo e os preços se reduziram bruscamente. No domingo à noite, que já era segunda feira no hemisfério norte, os preços do barril de petróleo desabaram 30%. O que houve? Num efeito defensivo, a Arábia Saudita declarou que reduziria 1 milhão de barris de petróleo por dia, visando manter preços, propondo à Rússia que fizesse o mesmo. A Arábia Saudita é país líder da OPEP. No entanto, a Rússia não participa da OPEP e disse que, pelo contrário, elevaria a sua produção. Preços baixos, em torno de US$30.00 seriam suportados por ela por dez anos. Porém, nos últimos anos, os Estados Unidos se tornaram exportador de petróleo extraído do xisto betuminoso. Ocorre que, abaixo de US$40.00 o petróleo do xisto é antieconômico. Em tese, isso faria que aquele país baixasse sua produção ou até voltasse a ser importador da matéria prima. As

09/03/2020 - PETRÓLEO CAIU 30%

O petróleo caiu 30% hoje, após a Rússia ter rompido o acordo com a OPEP, que queria que ambos reduzissem a produção. No caso os dois maiores exportadores, Rússia e Arábia Saudita. Pelo contrário, disseram que iriam aumentar a produção. Os reflexos nas bolsas pelo mundo foram devastadores. Nos Estados Unidos as negociações foram suspensas, ao índice da bolsa de Nova York chegar 7%. No Brasil, hoje, ao abrir as negociações, o IBOVESPA caiu 10% e foram suspensas as transações. Reabertas, 30 minutos depois, o indicador permaneceu perto de 10%. O principal motivo foi a queda do preço do barril de petróleo, tipo Brent, que chegou a US$30.00, sendo o menor preço dele desde a Guerra do Golfo Pérsico, em 1991, quando a cotação despencou 35%. Com duas semanas de quedas nas bolsas, empresas que pretendiam lançar novas ações estão reavaliando o fato, pensando em adiar lançamentos, visto que o efeito da epidemia de coronavírus está levado o mundo a retrair a produção. Nos três últimos

08/03/2020 - VALORIZAÇÃO E DESVALORIZAÇÃO DE AÇÕES

O coranovírus está fazendo muitos estragos, desde o início do ano até o dia 6, do último pregão. As dez ações de empresas mais valorizadas nas bolsas mundiais estão nas áreas de remédios e produtos hospitalares. A japonesa Kokan se valorizou 58%. A chinesa Kahua em 38%. A chinesa Shangai Dron, 33%. A chinesa, Ping An, 31%. A chinesa BGI, 19%. A americana Gilead, 23%. A canadense Fielkinoss, ouro, 20%.Africana do Sul, ouro, Golden Fields, 18%. A chinesa TCL Eletronics, 17%. A candense Barrick, ouro, 14%. As dez ações que mais perderam foram das áreas de turismo e da indústria. A americana Norwegian se desvalorizou 54%. A americana Royal Caribean, 51%. A americana Carnival Cruzeiros, 46%. A francesa Renault, 45%. A francesa Air France-KLM, 42%. A inglesa Hammerson, incorporadora, 41%. A inglesa Cairn Energy, 41%. A americana United Airlines, 40%. A americana Tronox, química, 38%. A alemã Trivago, turismo, 34%. No Brasil, as maiores quedas são aquelas ligadas ao turismo, tais como

07/03/2020 - O QUE É PIOR DO QUE O CORONAVÍRUS

O que é pior do que o coronavírus? Ele fechou fábricas, escolas, ruas, estradas, vôos internacionais e locais e ainda está em expansão pelo mundo, embora em retração na China, onde começou. Ele tem efeito globalizante. Pior mesmo é o que ocorre na economia brasileira. O risco do País já se elevou cerca de 30%, em poucos dias deste mês, o dólar já se elevou mais de 20% em um ano, o País está crescendo menos, desde 2019, do que nos anos de 2018 e 2017. Claro, a perspectiva deste ano é de crescimento maior. Porém, os indicadores estão recuando muito mais do que o avanço da epidemia em referência. O índice da bolsa de valores brasileira despencou. Em menos de duas semanas mais de 15%. O capital estrangeiro retirou R$45 bilhões da bolsa de valores neste ano, mais do que em todo o ano de 2019. Pelo volume de compra e venda o capital externo corresponde a 45% dos negócios. A saída de estrangeiros supera o que ocorreu em 2008. Apenas ontem a bolsa brasileira caiu mais de 4% e a ação da

06/03/2020 - CRESCE RISCO DO PAÍS

Em um ano o dólar se valorizou cerca de 20%. Isto se deve principalmente à queda da taxa básica de juros, a SELIC, que também em um ano caiu de 6,5% para 4,25%, representando queda de 34,6%.   A SELIC, em forte retração, é usada para controle da inflação e impulsionar o crescimento econômico. Quanto à inflação está dando certo. Quanto ao crescimento é frustrante que a situação não melhora, piorou até um pouco, visto que o PIB de 2019 cresceu 1,1% e, nos dois anos anteriores, 1,3% em cada ano. Em 2020 se esperava um melhor nível de incremento do PIB, acima de 2,5%. Porém, a epidemia, em expansão, do coronavírus tem provocado pânico pelo mundo. As bolsas caem pelo globo já há muitos dias. Há economistas que projetam um novo ciclo recessivo, tão grande como aquele de 2008/2009, este, o segundo maior da história, só perdendo para a grande depressão de 1929/1930. Inesperadamente, há três dias, os Estados Unidos baixaram sua taxa básica de juros em 0,5%, procurando defender-se dos efe

05/03/2020 - INICIO DE NOVA DÉCADA MAIS POBRE

O início desta década mostra um país mais pobre do que na década anterior. O inverso do ocorrido na década 2.000, quando o Brasil ficou melhor do que na última década do século XX. O País está preso na armadilha de nação de renda média. Ou seja, conforme a ONU, na faixa de US$6 mil a US$16 mil. O cálculo do IBGE encontrou um PIB de R$7,3 trilhões. Dividido pelo dólar médio de R$4,00 se teria US$1,83 trilhão. Dividido por 210 milhões de cidadãos o PIB per capita seria de US$8,714.00. Assim, a renda per capita estaria ainda menor do que aquela de 2013. Se fosse tomado o dólar de fevereiro de 2019, a R$3,75, a renda per capita seria de US$9,270.00. Em 2013 era superior a US$10,000.00. Nos anos mais valorizados do dólar a renda per capita chegou a estar em torno de US$11,000.00. Valor mais próximo do limite inferior da referida faixa. O Brasil se estabilizou com o Plano Real, quando a hiperinflação deixou de existir e passou a ser bem comportada. Na era FHC, de 1996 a 2002, a eco

04/03/2020 - REDUÇÃO ABRUPTA DE JUROS

O Banco Central dos Estados Unidos vinha cortando os juros em reuniões programadas, em 0,25%. Ontem, em reunião extraordinária, cortou 0,5% da taxa de juros básica dos seus títulos públicos. Lá o custo do dinheiro ficou em 1% a 1,25% ao ano. A atitude surpreendeu o mercado mundial. As bolsas subiram. Mas, depois caíram, em uma melhor avaliação, ao tempo em que o risco de uma recessão mundial estar bem próxima. O Banco Central do Brasil sinalizou que poderá também reduzir a taxa por aqui, em reunião do próximo dia 18. Analistas consultados revelaram que poderia ser também 0,5% na SELIC, que iria para 3,75% anuais. Ocorre que se o País baixar demais a SELIC poderá ter de recompor, através de alta, isto porque o dólar tem subido bastante e afetará a inflação. Em tão pouco tempo, a indefinição do cenário aflige os mercados. Os sinais a cada momento surgem notícias da China. As mais recentes dão conta de que o movimento diário de containers caiu de 50 mil para 2 mil.

03/03/2020 - OCDE PROJETA QUEDA DO PIB

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)baseada na Europa, é um clube que reúne países ricos. Por seu turno, veio agora a declarar que o impacto econômico do coronavírus poderá trazer recessão mundial, à semelhança da grande crise de 2008/2009. A entidade projeta agora 2,4% de crescimento médio mundial. Porém, se a epidemia se espalhar pela Ásia, Europa e Estados Unidos, a sua estimativa cairá para 1,5%. Nesta semana se encontrarão os sete países mais industrializados do globo, o chamado G7. Eles discutirão como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial poderão ajudar os países que enfrentarão processo recessivo. Aliás, quem já está em recessão é o México. Em vista do exposto, as bolsas de valores pelo mundo reagiram ontem e subiram. O IBOVESPA subiu mais de 2%. As empresas estrangeiras no Brasil têm adotado medidas para que o vírus em referência não ataque o ambiente corporativo. Entre elas está o trabalho com controle remoto e evitar reuniões

02/03/2020 - LADO POSITIVO DO SURTO DE CORONAVÍRUS

Mediante o surto de coronavírus se espalhando pelo mundo, tendo como origem a China, há um lado também positivo das medidas tomadas de combate ao citado vírus. Trata-se da redução da poluição na China. Houve uma queda muito grande de poluentes na atmosfera. Satélites da Agência Espacial Americana (NASA) e da Agência Espacial Européia (ESA) estão apontando para quedas significativas de dióxido de nitrogênio nas cidades chinesas. A desaceleração econômica da China contagiou o mundo e as projeções de crescimento mundial caíram de 2,9% par 2,4%, segundo o Fundo Monetário Internacional. No Brasil, a estimativa é de que o PIB não crescerá mais do que 2%. As imagens dos satélites permitem comparar os indicadores de poluição e elas revelaram que caíram os poluentes em todo país. O coronavírus está sendo identificado na cidade de Wuhan como centro da epidemia. A hipótese é de que a nova forma viral adveio de um animal que faria parte do mercado de frutos do mar. A mutação viral ou “sa

01/03/2020 - REDUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DA CHINA

Os efeitos do coronovírus levaram à China a desativar parte significativa do aparelho produtivo, visto o cuidado que as autoridades sanitárias vêm tendo. Escolas fechadas, ruas pouco movimentadas, pessoas em casa com medo e em quarentena, produção restrita e em queda, turismo quase nulo, dentre outras medidas tomadas em combate ao surto do vírus-19, que não tem ainda vacina. Os efeitos se propagaram pelo mundo e já atingem pessoas contaminadas em mais de 60 países. O mundo como um todo crescerá menos. Fala-se até em novo ciclo recessivo. Claro que no Brasil os efeitos são danosos, mediante dois casos já registrados. Muito mais pelos efeitos externos. Por exemplo, a redução das importações da China, principalmente de bens de consumo popular. Estavam previstos aportarem no País 28 navios cheios de bens de consumo, peças, máquinas e equipamentos, que iriam aportar para atender principalmente a Zona Franca de Manaus e a Rua 25 de Março em São Paulo. Somente 19 cruzam os oceanos,

29/02/2020 - TAXA DE DESEMPREGO NO GOVERNO ATUAL

A taxa de desemprego no Brasil dobrou de 2014 para 2018, saindo por volta de 6% para acima de 12%. No período se tem cerca de 2 anos de Dilma e em torno de 2 anos de Michel Temer. Por que aconteceu isto, em uma economia que, de 2003 a 2013, pegou um desemprego histórico médio de 30 anos, por volta de 8% e o baixou para 6%. Não resistiu e soltou as rédeas e ele quase que chegou a 13%. O País passou e passa por grandes dificuldades desde 2014. Quando no segundo trimestre se iniciou forte recessão por 11 trimestres. Saindo do fundo do poço o Brasil pouco cresceu, por volta de 1% anual e não consegue deslanchar. Sem dúvida, precisa realizar as reformas econômicas estruturais, para atrair investimentos, reduzir o desemprego de forma mais forte e crescer sustentavelmente. Isto só quando o desemprego baixar de 10%, em direção aos 6%. No cenário atual, as reformas estão tendo obstáculos políticos no Congresso, os investimentos não desarquivam projetos e o desemprego não cai de forma for