Postagens

Mostrando postagens de 2018

31/12/2018 - VÔOS ECONÔMICOS

Os ciclos econômicos são irregulares, por definição. Portanto, podem e devem ser evitados momentos de baixa. A China tem feito isto desde 1979 e se coloca hoje como a segunda maior economia mundial. Se continuar crescendo acima de 5%, como tem feito e já fez até mais de 10% ao ano. Daqui a duas décadas a China passará os Estados Unidos. O Brasil dos anos de 1970 cresceu acima de 10% anuais, desde os anos de 1980, ingressou numa fase de ciclos alternados de alta e de baixa com relativa frequência, no máximo chegou a 5% e no mínimo recuou 4,3% no primeiro ano do governo de Collor. Em artigo de hoje, na Folha de São Paulo, o atual Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, expôs que nos últimos 30 anos o País cresceu na média de 2,2%. Collor passou 36 meses e deixou saldo negativo. Itamar fez o PIB crescer 4,9%. Nos oito nos de FHC a média anual foi de 2,3%. Nos oito anos de Lula a média anual foi de 4%. Dilma deixou no seu período (2011 a 2016), o PIB em direção a menos de zero e provo

30/12/2018 - QUE PRETENDE FAZER NA CASA CIVIL

O futuro Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será um dos três superministros do novo governo, juntamente com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, além do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, dentre 22 ministérios executivos do novo governo. Em entrevista à revista Isto é, desta semana, Lorenzoni, que já cumpriu seis mandatos de deputado federal, deixou de concorrer ao sétimo, para participar do “governo constitucional, com tudo feito na lei, na segurança jurídica para o investidor, para o cidadão”. O recado aqui é para não associar as surpresas indesejáveis que aconteceram em governo de direita, como foi o de Collor. Em seguida colocou que o governo de Jair Bolsonaro fará quatro reformas e alterará marcos legais. Reformas. (1) “Nós vamos lutar para equilibrar a questão fiscal no País, que é um dos grandes obstáculos para o nosso desenvolvimento”. Claro, mediante déficits desde 2014, falta dinheiro para os investimentos públicos, que atrairiam os investiment

29/12/2018 - SITUAÇÃO DO EMPREGO EM 2018

O desemprego já esteve muito dramático, quando fora até 2017 mais de 13 milhões de desempregados sem carteira de trabalho assinada (desemprego aberto). Quem não a tem se encontra em desemprego disfarçado (subempregado) ou em desemprego como trabalhador autônomo, que faz bico ou é microempreendedor individual, seja registrado na Junta Comercial ou não. Mas, em 2018, terminou ainda dramático, visto que o desemprego aberto tem um exército de 12,2 milhões, tendo elevado o número daqueles que tem recorrido ao trabalho informal. O mercado de trabalho terminou o ano com 93,1 milhões de pessoas ativas. No conceito estatístico População Economicamente Ativa. Aqueles que poderiam trabalhar, na faixa etária de 15 a 64 anos. As deduções dos dados do IBGE se traduzem nos números de 12,2 milhões de desemprego aberto; de 11,7 milhões de trabalhadores sem carteira; de 32,9 milhões de empregados com carteira e de 36,6 milhões de trabalhadores informais. Fica assim exposto que somente 11,6%

28/12/2018 - AVALIAÇÃO DE FINAL DE MANDATO

No livro Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira, escrito por Leandro Narlock, ele se refere a que, dos 38 presidentes da República do Brasil, o mais popular foi Lula, o segundo, Juscelino Kubistchek, o terceiro, Getúlio Vargas. Hoje, a Folha de São Paulo publica as enquetes dos presidentes brasileiros, da chamada Nova República, de 1985 até 2018, no final do mandato. José Sarney terminou com 9%. José Sarney foi eleito indiretamente pelo colégio eleitoral do Congresso, imposto pelos militares, ao deixar o poder, depois de 21 anos de ditadura militar (1964-1984).   Sarney foi um presidente fraco e indeciso. Realizou quatro planos econômicos: o Plano Cruzado, o Plano Cruzado II, o Plano Bresser e o Plano Verão. Todos de estabilização monetária e todos fracassaram. Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto, em 1989. Terminou também com 9%, perante 36 meses de governo e foi afastado do poder por corrupção. Editou o Plano Collor I e o Plano Collor

27/12/2018 - DE VOLTA AOS TRILHOS

Final de mais um governo presidencial e os balanços continuam. Em dois anos e meio de Michel Temer há aqueles que dizem que ele fez um bom governo, tal como fez ontem, Antônio Delfim Netto, economista de 87 anos, figura lendária da administração pública, em sua coluna quinzenal na Folha de São Paulo. O título é “Temer missão cumprida”. De início, ele colocou muito bem a história recente: “Quando os tempos se acalmarem, pesquisadores honestos concentrarão suas teses de doutoramento nos incríveis 14 anos de governo do PT. Sob Lula, registrou-se o único surto de crescimento dos últimos 20 anos. Ajudado por uma extraordinária melhoria das ‘relações de troca’, soube aproveitá-la para melhorar a distribuição de renda. Tudo foi destruído pela ação voluntarista de Dilma, que produziu uma dramática recessão. Entre 2012 e 2016, o PIB per capita caiu 7%, a produção industrial voltou ao nível de 2003 e os PACs deixaram mais de 7000 obras inacabadas. A tragédia fiscal foi escondida pela dest

26/12/2018 - ACIDENTES FATAIS CUSTARAM 3% DO PIB

Em 2017 o DPVAT, seguro obrigatório de veículos por danos terrestres, registrou 41.151 pessoas que morreram em acidentes de trânsito, em todo o País. O custo dessas vidas representou 3% do PIB. Não somente pelos pagamentos de seguros, mas porque 90,5% dessas pessoas estavam em idade economicamente ativa, influenciando na retração do PIB. Os cálculos foram efetuados pelo Cento de Pesquisa da Economia do Seguro. Mesmo correspondendo a 27% da frota total, os acidentes com motocicletas representaram 70% do total das mortes. No ano passado ainda, mais de 50% dos acidentes de motocicletas deixaram sequelas permanentes, em um conjunto de homens com idade entre 18 a 34 anos. No Nordeste e no Centro Oeste a elevação dos acidentes de veículos da espécie de duas rodas teve um aumento de 30% de 2016 para 2017. Já a elevação global nos acidentes no mesmo período alcançou 23% no número de óbitos. No País como um todo o número de motos cresceu 40% no período em tela. Presenciou-se um grave pro

25/12/2018 - MEIRELLES NO GOVERNO DE DÓRIA

O governador eleito de São Paulo, João Dória, contará como Secretário da Fazenda o ex-ministro da Fazenda no governo de Michel Temer (2016-2018) e ex-presidente do Banco Central nos dois mandatos do ex-presidente Lula (2003 a 2010), o Henrique Meirelles, que já foi presidente mundial do Banco de Boston e CEO do grupo JBS. Vaidoso, referiu-se a sua passagem exitosa na área pública com o mote de campanha política “chame o Meirelles”, para resolver os problemas das finanças públicas, exitoso na área nas referidas participações em que esteve. Concorreu nas últimas eleições à presidente da República, gastando R$57 milhões do próprio bolso, mas obtendo somente 1% dos votos. Outrossim, não descarta candidatar-se de novo a cargo eletivo. Cidadão ortodoxo, convidado por Dória para a gestão financeira do governo paulista e, ele, repete-se aqui, vaidoso, referiu-se a que a economia paulista crescerá e puxará o crescimento da economia brasileira. Anunciou que terá três focos: (1) a desestat

24/12/2018  - POR QUE A CARGA TRIBUTÁRIA É ELEVADA

Em artigo de hoje, na Folha de São Paulo, Ives Gandra da Silva Martins, afirma que a carga tributária brasileira é bastante elevada por que existe imensa carga burocrática. O professor emérito da Universidade Mackenzie e advogado apresentou o foco que não é o resultado. A carga tributária nacional é elevada porque o Estado precisa pagar juros e principal da dívida pública, que comprometem cerca da metade do orçamento público. Os gastos federais com pessoal representam R$300 bilhões. As despesas com a dívida são cinco vezes mais, ainda que o governo central consiga rolar grande parte do principal. O foco da carga tributária elevada se deu em decorrência da necessidade da estabilização da economia, na primeira fase do Plano Real, quando se criou o Fundo Social de Emergência (FSE), vigorando desde 01-01-1994. Na época se criou a Desvinculação das Receitas da União (DRU), mediante retenção de 20% das transferências da União, para serem devolvidos três anos depois, além da criação da

23/12/2018 - OTIMISTAS COM NOVO GOVERNO

Conforme manchete hoje de primeira página da Folha de São Paulo, em pesquisa DATAFOLHA, 65% dos entrevistados de revelaram otimistas com a economia do País no ano que vem. Foram ouvidas 2.077 pessoas, em 130 municípios, nos dias 18 e 19 deste mês. As enquetes do Instituto se iniciaram em 1997. Este foi o ano de maior expectativa positiva da série histórica. Na pesquisa anterior, realizada em agosto, quando se estava longe de acreditar em Jair Bolsonaro (PSL) como presidente os otimistas eram somente 23%. Menos de 10% dos pesquisados, 9% deles, revelaram acreditar em piora da economia brasileira. Quatro meses atrás eram 31%. O novo sempre empolga, ao tempo que houve uma grande renovação política nas eleições de outubro passado, deixando a grande maioria da população confiante em retomada. Ao referir-se ao alto desemprego existente, PPR volta de 47% afirmaram que ele cairá no novo governo. Em agosto, só 19% revelaram a perspectiva. Com respeito à inflação, diminuiu de 54% para

22/12/2018 - FOCO É RESULTADO

Foi-se um tempo em que a gestão de um país se dava em fazer-se um Plano Econômico de Longo Prazo. Dentre os 15 realizados no Brasil, que só aconteceram na segunda metade do século XX, dois se destacaram, em searas bem distintas: o Plano de Metas (1956) e o Plano Real (1994). Um foi um plano de desenvolvimento, que trouxe a alta da inflação, mas com grande crescimento; outro, um plano de estabilização inflacionária, que trouxe o baixo crescimento; ambos deram certos. Porém, desde os anos de 1994, nunca mais governo se ousou a fazer um plano de longo prazo. Então, o foco passou a ser o resultado. FHC administrou o resultado, que foi o Plano Real, ganhando dois mandatos. Lula administrou o Real, no primeiro mandato e, no segundo mandato, criou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em oito anos a economia cresceu acima de 4%.   Com o PAC, Lula tornou a corrupção sistêmica. Em seguida, Lula legou à Nação a ex-presidente Dilma, “mãe do PAC”, que, no primeiro mandato cometeu u

21/12/2018 - ORÇAMENTO APROVADO E REGRA DE OURO

Anualmente, até agosto, o Ministério do Planejamento envia ao Congresso o orçamento do ano vindouro. O deste ano foi aprovado há dois dias, na pressa dos congressistas em entrarem logo no recesso parlamentar. O texto aprovado, que agora vai à sanção presidencial, prevê despesas de R$3,381 trilhões e fechará 2019 com R$139 bilhões de déficit primário. Vale dizer, 1,9% do PIB. Ademais, o problema ficará bem maior porque a Constituição Federal estabelece a Regra de Ouro do Orçamento. Ou seja, o governo federal não poderá se endividar para fazer face aos gastos correntes, tais como salários e gastos de manutenção. Assim, o rombo orçamentário ascende a R$248,9 bilhões. As operações de crédito diárias superariam as despesas correntes. A nova equipe econômica criticou o texto, visto que ele embute R$376 bilhões de subsídios, equivalentes a 21% da arrecadação federal. O projeto determina que R$758,7 bilhões serão direcionados para o refinanciamento da dívida pública. Já R$2,5 trilhõe

20/12/2018 - POUPANÇA DOS BRASILEIROS

O Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC-Brasil) fez um levantamento de como as pessoas poupam por aqui. Para 62,6% não sobra nada para a poupança. Ou seja, somente 37,4% poupam. O dado é coerente com o número de pobres brasileiros, por volta de 60%. Não sem motivo, são aqueles que o MEC identifica como de baixa educação ou nenhuma, numa prova evidente de que a educação faz a diferença em direção à riqueza. Isto é, quanto mais educado mais próspero. Dos 37,4% que poupam, cerca de 60,4% usam a caderneta de poupança, o mais popular instrumento de captação, que não incide imposto de renda. É o mais rentável, por ser de pequenos valores, cujos bancos não oferecem certificados de depósito bancário a taxas mais elevadas, além de incidir imposto de renda neles. Em seguida vêm aqueles que têm poupança como dinheiro em casa, citado por 24,1%. Já 6,5% possuíam aplicações em fundos de investimento. Outros 6,5% estão em previdência privada. Em razão da reforma da Previdência, estes t

19/12/2018 - ATLAS DO ESTADO BRASILEIRO

O número total dos funcionários públicos do País, nas três esferas de governo, sem contar os trabalhadores das estatais, cresceu 83% em vinte anos, passando de 6,2 milhões, em 1995, para 11,49 milhões em 2016. A despesa pública, por seu turno, com o funcionalismo, saltou 59%, desde 2006, chegando a R$725,4 bilhões em 2017, segundo a plataforma denominada de Atlas do Estado Brasileiro, efetuado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os servidores municipais foram o destaque nesse crescimento. O total de vínculos trabalhistas no serviço público municipal saltou 175% em 20 anos, de 2,38 milhões para 6,55 milhões, em 2016. Referido crescimento decorreu da contínua descentralização do sérico público brasileiro, conforme previsto na Constituição. Na esfera federal, a despesa com servidores ativos se manteve praticamente estável, em termos de proporção do PIB. O gasto anual passou de R$106 bilhões, cerca de 2,6% do PIB, em 2004, para R$177 bilhões, por volta de 2,7%,

18/12/2018 - FUTURO MINISTRO VIRÁ COM FACA AMOLADA

Paulo Guedes, futuro Ministro da Economia declarou ontem que pretende horizontalizar os impostos, acabando com isenções e subsídios, cortando, inclusive, verbas do Sistema S, que deve sofrer redução em torno de 30%, podendo chegar a 50% dos repasses. “Estão achando que a CUT perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? Como vamos pedir sacrifício para os outros e não contribuir com o nosso?”, declarou. O Sistema S engloba organizações do sistema produtivo, tais como Sesi, Sneat, Sesc, Sebrae, Senai, entre outros. As entidades não são públicas, mas recebem subsídios governamentais. Guedes, em reunião na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, afirmou que os empresários não esperem subsídios. “o Brasil é uma país rico, virou paraíso dos burocratas, de piratas privados, em vez de ser o País do crescimento econômico. Guedes disse também ser necessária uma reforma do Estado e garantir novo eixo de governabilidade, mediante retomada do pacto federativo e corrigir a hipertrofia do

17/12/2018 - POBREZA AUMENTOU 33% EM TRÊS ANOS

A Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, deste ano, divulgada recentemente, revelou que a pobreza se elevou em 33%, nos últimos três anos. Foram considerados pobres pelo IBGE aqueles que perceberam até R$224,00 mensais, em 2017. Destes os extremamente pobres percebiam até R$140,00 por mês. Foram mais de 6,3 milhões de novos pobres. Maior do que a população do Paraguai. A pobreza absoluta aumentou três vezes; já a pobreza extrema cresceu 13 vezes em um único ano. O PIB de 2017 cresceu 1%, mas a renda dos brasileiros caiu 0,82%. O Programa Bolsa Família caiu 4,1%, entre 2016 e 2017. Entre 2014 e 2015, a extrema pobreza se elevou 23% e a pobreza absoluta foi de 19%. O impacto fiscal do citado Programa é de 0,5% do PIB. Por oportuno, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou um levantamento com a população de 124 países, denominado “Percepções da crise”. A esse respeito, o economista Marcelo Neri, diretor da FGV-Social aduziu: “O Brasil se tornou um país desiludido. Existe um de

16/12/2018 - BANCOS FAZEM 21 PROPOSTAS PARA REDUZIR JUROS

Porque os juros básicos da economia estão em 6,5% ao ano e os bancos em várias linhas de crédito cobram até mais de 6,5% ao mês? Sem contar que há cartões de crédito, ligados aos bancos, que cobram até mais de 10% mensais. Na Constituição de 1988 existe um artigo limitando a 12% os juros anuais. Nunca foi praticado porque nunca foi regulamentado pelo Congresso. Os bancos têm forte lobby com congressistas. A Federação dos Bancos do Brasil (FEBRABAN), mediante milhões de reclamações de juros extorsivos praticados pelo sistema bancário, apresentou ao público em geral e ao governo 21 propostas para que os juros se reduzam. A 1ª é de tornar automático o cadastro positivo. Atualmente, apenas o cadastro dos devedores é assim. O dos bons pagadores não. Estes são o potencial de tomada de crédito. A 2ª ampliar a informação de renda, seja o acesso aos dados da Receita, seja aos das notas fiscais. A 3ª cobrança extrajudicial ser possível, para retomada de bens financiados, tais como veíc

15/12/2018 - COMISSÃO DO ORÇAMENTO PROPÕE BLOQUEIOS DE OBRAS

A proposta do orçamento da União, que vai ao plenário da comissão mista das duas Casas, na próxima semana, se não for, irá depois das férias de janeiro, em fevereiro, o que limitará bastante o governo logo no seu início e não será a primeira que acontecerá. Muitos congressistas já se deram férias e pode não haver quorum. Mas, o que se quer aqui registrar é que as projeções do Ministério do Planejamento, de agosto, em quatro meses de debates na comissão do orçamento propõem ao Congresso o bloqueio de recursos, em 2019, para 11 empreendimentos em construção, no todo ou em parte, o que leva à descontinuidade de investimentos e os conseqüentes prejuízos ao território nacional. Por que isto? O ritmo em que veio a economia em 2018 frustrou projeções do início do ano de 3% para por volta de 1% neste exercício. No entanto, apesar das projeções positivas para o próximo ano, a economia está chegando ao final deste ano sem ter conseguido apresentar sinais sólidos de retomada. Contribuíram

14/12/2018 - PRÉVIA DA COMISSÃO DO ORÇAMENTO

A Comissão Mista do Orçamento anual recebeu, no último dia de agosto, o projeto do Ministério do Planejamento (MINIPLAN), para ser aprovado, vigorando no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. Agora vai ao plenário do Congresso, em uma semana, visando aprovação pelas duas Casas do Congresso. O documento apresenta como resultado final um déficit primário de R$139 bilhões. Ora, será uma peça fantasma, visto que o futuro Ministro da Fazenda, Paulo Guedes informou que pretende zerá-lo? Sem dúvida, o projeto traz consigo as projeções com base no diagnóstico de uma economia fraca, praticamente estagnada. Não é isso que quer o novo governo. Virá com força para fazer as reformas estruturais e as privatizações, as quais, no conjunto, poderão levar ao crescimento acima dos 2,5% da estimativa do MINIPLAN. Que tal 3% para depois arrancar? O problema está incluído na problemática mundial. O novo governo pretende fazer “alinhamento automático” com os Estados Unidos, economia que está a pl

13/12/2018 - AFROUXAR LEI TRABALHISTA

Influenciado, principalmente, pelas relações pessoais com o dono do grupo Havan, rede varejista da região Sul, Luciano Hang, que o apoiou na campanha presidencial, influenciando seus funcionários, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem se revoltado por proposta da Procuradoria do Trabalho de Santa Catarina, de uma multa de R$100 milhões, a ser interposta ao referido grupo, porque ele tem considerado desmedida e excessiva a citada multa. Tem declarado o presidente que irá propor alterações na legislação trabalhista, sem ser específico, mas confirmando a sua posição liberal, de livre entendimento entre o capital e trabalho. A propósito, a alteração na Consolidação das Leis de Trabalho, que tem cerca de mil artigos, foi alterada em cem deles, pela reforma trabalhista do governo Temer, em vigor há cerca de um ano. Ontem, em encontro político com o Partido dos Democratas (DEM), o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declarou que é preciso afrouxar a lei trabalhista. Isto é, modifi

12/12/2018 - NÚMEROS DE DELFIM NETTO

Antônio Delfim Netto foi Ministro da Fazenda na etapa do milagre econômico dos anos de 1970, durante o governo do general Médici, depois embaixador em Paris. Retornou como Ministro da Agricultura, em 1979, mas se tornou de novo Ministro da Fazenda, em 1980, no governo Figueredo. Deixando de servir ao regime militar, pelo fim daquela era, a quem serviu durante os 21 anos. Candidatou-se a deputado federal, exercendo mais de um mandato. Depois se aposentou e se tornou consultor econômico. Escreve a cada 15 dias na Folha de São Paulo e produz uma literatura desde a sua tese de doutorado, em 1957. Tem 87 anos. Nesta quarta feira, em artigo na Folha, Delfim faz um diagnóstico do que Jair Bolsonaro encontrará: “Par entender minimamente a enorme gravidade da situação fiscal em que o País foi metido, de 2013 a 2016, é preciso lembrar que: 1º) o voluntarismo da política econômica produziu uma recessão que reduziu o PIB per capita, em média, 3% ao ano; 2º) o déficit fiscal cresceu de 2,

11/12/2018 - ESTELIONATO ELEITORAL

No Brasil têm sido comuns os mandatários da Nação, em busca de reeleição, para um segundo mandato, conforme prevê a Constituição, fazer estelionato eleitoral. A partir de 2014, a reeleição da presidente Dilma demonstrou que ela dizia que o País ia bem, quando, já, no segundo trimestre de 2014, o País ingressava em sua segunda maior recessão da história, de 2014 a 2016, estando ainda hoje praticamente estagnado, crescendo somente por volta de 1% ao ano. Ao assumir em 2015, Dilma convidou para ser Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ortodoxo de carteirinha da Universidade de Chicago, para fazer o ajuste fiscal, devido ao fato de que em 2014 houve déficit primário, fato que ocorre até hoje, em cinco anos de pesados déficits. Além de uma série de erros, este foi o principal motivo do seu afastamento do poder. Nas eleições de 2018, houve a eleição de novo presidente. Porem, vários governadores reeleitos praticaram, senão estelionato eleitoral, a mentira, ao esconder que as contas p

10/12/2018 - GARIMPOS ILEGAIS NA AMAZÔNIA

Em 8.500.000 de quilômetros quadrados quantos garimpos ilegais existem? São 26 Estados e um Distrito Federal. Neste, que é uma área desdobrada de Estado Central do País, desde construção em 1956 e inauguração em 1960, provavelmente pode não haver garimpo. Em outros Estados da Federação, do Sul e do Sudeste, muito pouco   deles se encontram nas referidas áreas. Porém, nas regiões de grandes extensões de terras, ainda não povoadas ou de pouca densidade demográfica, existem garimpos em grande quantidade, a saber: no Centro Oeste, no Nordeste e no Norte. No Norte existe a região Amazônica. Nela, historicamente, existiu a cobiça internacional. Foram várias lutas de demarcação de terras. A montadora Ford pretendia criar há mais de século a sua grande fornecedora de borracha, a Fordlândia. O milionário americano Daniel Ludwig, no século passado instalou também a sua cidade com várias fábricas, que vieram pelo mar e rios para a Amazônia. Ainda no século passado, na sua primeira metad

09/12/2018 - PESQUISA DA PRICE SOBRE EMPREENDEDORISMO

Há várias décadas atrás a empresa de consultoria, auditoria e pesquisa chamada de Price Waterhouse era uma das maiores do mundo. Depois passou a chamar-se PwC, ou seja Price Watehouse & Coopers, atuando em 158 países, mediante prestação de serviços em vários segmentos produtivos. Em seu estudo Risk in Review a análise dela se dedicou a 76 países, com 1.500 altos executivos. Eles planejam apostar em inovação para desenvolver novos produtos e atrair mais clientes. Ou seja, 86% dos líderes consultados querem investir em novas tecnologias até 2020. Dos referidos executivos, 60% já implementaram inovações para o crescimento das empresas, através de aprimorar os produtos ou a experiência dos clientes. O fato é que o mundo gira cada vez mais veloz. Novos padrões geram negócios promissores. Quatro grandes tendências se esboçam. Sociedade e economia inteligentes; novos comportamentos de consumo; gestão para o futuro e experiências reais. É o mundo, em resumo, da inteligência artif

08/12/2018 - CASUISMO PARA PREFEITURAS

A Câmara Federal aprovou um afrouxamento na gestão financeira pelas prefeituras. Pela lei de responsabilidade fiscal as prefeituras não podem gastar mais do que 60% com despesas de pessoal. Aquela Casa aprovou que referido percentual poderá ser ultrapassado, desde que haja retração de mais de 10% das receitas, tal como acontece atualmente com aqueles municípios que têm receitas com os royalties do petróleo. O projeto de lei irá à sanção presidencial e não se duvide se o presidente Michel Temer vá assiná-lo. De muita maior repercussão foi à elevação de mais de 16% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, para cerca de R$39 mil, tendo repercussões enormes nas despesas de pessoal da União, Estados e Municípios. O fato é que a criatividade é muito grande quando se trata do gasto público para cima. Trata-se de prática comum e corresponde a práticas desde que governos são governos, principalmente na contratação de mais pessoal e de aposentadorias. O Tesouro Nacion

07/12/2018 - PROJETOS DE INVESTIMENTOS QUE TEMER DEIXARÁ

A equipe econômica do governo de Michel Temer, em cerca de dois anos, tempo em que o atual presidente teve para governar, elaborou projetos de investimentos no valor de R$335,6 bilhões, decorrentes de privatizações e concessões, além de R$195 bilhões em projetos em preparação. Isto é, se concretizados serão por volta de R$530,6 bilhões. Montante este capaz de impulsionar investimentos privados e a economia crescer acima de 2,5%, conforme é a previsão oficial e a do FMI. A consultoria internacional Roland Berger, alemã, através do seu representante Antônio Bernardo, calculou que o País precisaria de R$350 a R$400 bilhões de investimentos em infraestrutura, para voltar a crescer fortemente. O que já se definiu até agora são as concessões na área do petróleo, acreditando-se que serão superiores a R$100 bilhões, além de inversões em estradas, portos, aeroportos, linhas de transmissão de energia, dentre outros. Muito embora os projetos estejam estimados para acontecer por volta

06/12/2018 - POBREZA ELEVOU-SE EM 2017

Todo ano o IBGE divulga a pesquisa chamada de Síntese de Indicadores Sociais. Neste dezembro, o relatório com dados de 2017, continua mostrando que a pobreza aumentou, em decorrência da forte recessão de 2014 a 2016 e crescimento inexpressivo de 1% em 2017, que irá repetir-se em 2018. Ou seja, a proporção de pobres aumentou de 25,7% para 26,5%. No índice a variação foi de 0,8%. Mas, na proporção a proporção alcançou 3,1%, que é o forte em números. Isto é, mais de 2 milhões. Para a população de 2017, o número de pobres era aproximadamente de 55 milhões, incluídos aí mais de 15 milhões deles estavam na miséria absoluta. O Banco Mundial define estar abaixo da linha de pobreza aquele que tem renda média diária de até US$5.50 ou R$406,00 por mês. A diária foi estabelecida conforme pesquisa do Banco Mundial, que estima a erradicação da pobreza, mediante monitoramento da Agenda 2030. Ela está expressa nas metas do 1º dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A distribuição

05/12/2018 - CARGA TRIBUTÁRIA REVISITADA

Na literatura brasileira sobre finanças públicas, autores consideram a carga tributária, juntando as formas de tributação federal, estadual e municipal, tal como faz o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que registra mais de 92 tributos. Para ele a carga em referência é mais de um terço do PIB brasileiro, cerca de 35%. Já a Federação do Comércio do Estado de São Paulo calcula a cada instante o que o cidadão paga de tributo, em máquina que fica na porta da sua sede e reproduzida em vários lugares do País, evidenciando que a carga citada está por volta de 36%. Já para a Secretaria da Receita Federal, ligada diretamente à União afirmou nesta semana que a carga tributária brasileira subiu para 32,43% do PIB, em 2017. Em relação a 2016 ela era de 32,29%. Conforme a Receita a variação ocorreu pela combinação dos acréscimos em termos reais de 0,99% do PIB, que já vem descontado da inflação, por definição, mais a arrecadação da União e dos Estados. Os dados de 201

04/12/2018 - PROJEÇÕES DE MERCADO

O boletim Focus do Banco Central divulgado ontem traz como perspectiva do PIB de 2018, de 1,32%; para 2019 a expectativa é de 2,53%.   A aposta na taxa SELIC deste ano está em 6,5%; para 2019 está em 7,75%. A inflação para este ano recuou para 3,89%; para 2019 ficou em 4,1%. A estimativa da produção industrial está em 2,16%; para o ano que vem em 3,02%. A previsão para a taxa de câmbio de 2018 é de R$3,75; para 2019 em R$3,80. A previsão do saldo da balança comercial é de US$58 bilhões neste exercício; para 2019 ficou em US$52 bilhões. Para as transações correntes o déficit estimado para o exercício é de US$15 bilhões; para 2019 é de US$27 bilhões. A projeção para o Investimento Estrangeiro Direto é de US$70 bilhões em 2018; para 2019 é de US$76 bilhões. Os dados estão bem comportados, mas muito aquém do que necessita o País. Por exemplo, a economia nacional irá crescer um pouco mais de 1%, enquanto a previsão para os Estados Unidos é de 3,5%. Aqui se está estagnado praticamente

03/12/2018 - CONCLUSÃO DO G-20

Encerrou-se há dois dias a reunião anual do G-20, grupo de países ricos e economias emergentes, sendo responsáveis por mais de 80% da produção mundial. Os países pobres têm ficado de fora. A reunião foi na Argentina. O Brasil faz parte desse grupo de 20 países. A conclusão da reunião se deu com uma trégua de 90 dias, a começar em 01-01-2019, de os Estados Unidos colocarem tarifas sobre metade dos produtos advindos da China e ela impondo sobretaxas sobre inúmeros bens americanos importados. As tarifas foram congeladas e não serão mais de 25%. Em tese, isto foi bom para todos aqueles do comércio internacional. Estados Unidos e China estão discutindo propriedade intelectual e tecnologia. A Organização Mundial do Comércio vinha defendendo o multilateralismo. Donald Trump, desde que fora eleito tem sido contra, defendendo contratos bilaterais. Dentro da reunião do G-2-, os cinco membros dos BRICS fizeram sua reunião. O presidente Michel Temer defendeu o Banco de Desenvolvimento co

02/12/2018 - PESQUISA DE INVESTIMENTOS

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgaram sua pesquisa de investimentos com as Micros e Pequenas Empresas (MPEs), quando quatro entre dez empresas revelaram que pretendem investir no próximo trimestre. Este é o maior valor desde maio de 2015, quando divulgaram que 30% da MPEs pretendiam fazer novos investimentos. Metade dos empresários que irá investir acredita em aumentar as vendas. 26% destinarão recursos para cobrir a demanda. Os principais motivos que influenciam o cenário são decorrentes do incremento de vendas do final do ano e o otimismo do novo governo. O Indicador de Propensão a Investir registrou 47 pontos, sendo 12% acima da pesquisa do mês anterior. O impacto provocado pelas MPEs é bastante significativo, vez que os pequenos negócios representam 27% do PIB; 44% da massa salarial; 54% dos empregos com carteira assinada e são 98,5% das empresas privadas. A enquete revelou também que 25% dos que planejam

01/12/2018 - PIB TRIMESTRAL EM LENTA RECUPERAÇÃO

O IBGE divulga os dados da produção nacional a cada trimestre. Geralmente dois meses depois, quando com mais um mês se fechará o ano. Os projetistas econômicos, de uma maneira em geral, calculam que 2018 encerrará com 1,4% de crescimento econômico. O PIB do terceiro trimestre veio com um incremento de 0,8%, em relação ao segundo semestre deste ano, mostrando que foi superado choque econômico do desabastecimento, provocado pela greve nacional dos caminhoneiros. O ritmo de crescimento retornou ao nível do primeiro trimestre de 2012, sendo o menor nível de desempenho da história registrada pelo IBGE. Olhando o lado da demanda agregada, o ritmo lento assegurado se deveu ao consumo das famílias, influenciado pela liberação das cotas do PIS/PASEP. Bem como dos investimentos totais. Este último foi muito influenciado pela importação de novas plataformas petrolíferas. Ademais, existe um arrefecimento da economia mundial, que vinha crescendo, em média, para 4%. Ritmo vigoroso e difíci

30/11/2018 - DESEMPREGO RECUOU PARA 11,7%

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no trimestre encerrado em outubro, o mercado de trabalho voltou a gerar vagas na reta final do ano, mas ainda concentrado na informalidade. A taxa de desemprego caiu 0,6% em relação ao trimestre encerrado em julho, indo para 11,7%. Conforme a referida pesquisa do IBGE foram criadas 1,240 milhão de vagas e foram demitidos 58 mil trabalhadores com carteira assinada no setor privado no último trimestre. Cerca de um ano a taxa estava por volta de 13%. Aproxima-se de 2 milhões o retorno ao emprego em relação a mais do 6 milhões que foram demitidos depois de 2014. Os sinais dos mercados de trabalho são de melhoras relativamente pequenas. Porém, quase todos estão aguardando a nova política econômica do governo de Jair Bolsonaro, a partir do próximo ano. A esse respeito, o artigo de hoje, do economista Armando Avena, no jornal Correio da Bahia, assim se refere: “Em 1969, um grupo de economistas da Universidade Cató

29/11/2018 - GASTOS PÚBLICOS DECLINANTES

Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os gastos públicos de 42 países escolhidos, foram em média 3,51% do PIB, entre o ano 2000 a 2017, atingindo 3,9% n Rússia, 3,38% na Turquia e 2,95% na África do Sul. No Brasil foi de apenas 1,92% no período em referência. Porém, a análise da OCDE está entendendo só os investimentos em infraestrutura. Após 2014, no Brasil o investimento público recuou com força, devido aos déficits que se sucederam por cinco anos. A média brasileira caiu então para 1,16% na média do período, o menor nível da série de inversões públicas iniciada em 1947. Há certo consenso de que a média dos investimentos públicos deve girar em torno de 3% do PIB. Não sem motivo é a taxa recomendada pelo Banco de Compensações Internacionais (em inglês, BIS), com sede na Suíça, de que é taxa de risco dos bancos mundiais em seus empréstimos e também é a taxa de déficit publico suportável, adotada pelo FMI, em momentos de crises pelas naç

28/11/2018 - GOVERNOS SÃO MÁQUINAS VORAZES

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez campanha política dizendo que reduziria o número de ministérios executivos de 29 com Temer, para 15 com ele. Eleito, dizia que o número deles seria entre 15 a 17. Agora afirma que serão 20. Mesmo dizendo que fará um governo de técnicos. De que não leiloará cargos e não os daria a partidos políticos. De que não fará um governo de cooptação, nem de coalizão. Ao que tudo indica será de cooperação. Mas, começou definindo logo três ministérios para o DEM. É verdade que cerca de 15 números definidos, a maioria é de formação técnica e de bons quadros. Aguarda-se então a sua gestão. Em artigo “Tirar o gesso do orçamento”, de Miriam Leitão, no jornal O Globo de hoje, em seu primeiro parágrafo: “A proposta de desvincular as receitas do destino estabelecido pela Constituição tem sido um sonho de inúmeros economistas. Na última campanha, alguns candidatos chegaram a falar nisso, mas quem mais defendeu abertamente foi o grupo do candidato Geraldo A

27/11/2018 - CUNHO LIBERAL

O liberalismo econômico surgiu no século XVIII, cujo marco é o ano de 1776, quando foi publicado o livro de Adam Smith, tido como pai da economia moderna, intitulado “A Riqueza das Nações”. Diferentes escolas surgiram, sendo as mais premiadas pelo Nobel de Economia a escola austríaca e a de Chicago. Após o fim da União Soviética, cujo marco é a derrubada do Muro de Berlim, em 1989, houve uma reunião de dirigentes mundiais nos Estados Unidos, de onde se tirou o Consenso de Washington, passando o decálogo a chamar-se de neoliberalismo, cujos maiores princípios são o Estado Mínimo e a Privatização. No Brasil, Fernando Collor participou das reuniões daquele Consenso, em 1989. Eleito, em 1990, fez o contrário, aumentando a presença do estado com congelamentos de preços, mas levou a cabo a privatização. Já FHC, governou de 1994 a 2002 e não diminuiu o tamanho do Estado, mas aumentou muito o processo de privatização das estatais. Lula e Dilma desprezaram a privatização, quer dizer não

26/11/2018 - PRIVATIZAÇÃO SERÁ A TÔNICA

O governo eleito de Jair Bolsonaro tem declarado que não irá criar mais impostos. O Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, pretende diminuir a carga tributária. Mansueto de Almeida, Secretário do Tesouro Nacional, que permanecerá no cargo, tem declarado que não será possível aliviar a carga tributária, mesmo porque, já realizado neste ano, o déficit primário está acima de R$90 bilhões, nos últimos 12 meses. Acredita Mansueto que somente terminará o referido déficit em 2021. A expectativa de que a economia crescerá 2,5% em 2019, não garantirá o fim do déficit. Portanto, o governo eleito terá que realizar as privatizações. Existem hoje 147 estatais. Todas gigantes empresas. Logicamente, a privatização deverá ser daquelas que dão prejuízos. Para este ano conta já o governo com os leilões da Petrobras, na camada do pré-sal, que poderá gerar os estimados R$100 bilhões, melhorando o caixa federal. Desde 2014 que vem ocorrendo déficit primário. No acumulado já se tem mais de R$550 bilhõ