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Mostrando postagens de dezembro, 2022

REONERAÇÃO DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

  O Ministro da Fazenda do novo governo, que poderá ser Fernando Haddad, pediu ao atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, que não edite medida que prorrogue a isenção de PIS/COFINS sobre combustíveis, sancionada no meio deste ano e que contribuiu para que houvesse até deflação em três meses de meados deste exercício, cujo prazo de vencimento é 31-12-2022. A volta de tributos federais sobre combustíveis deve elevar os preços para os consumidores, de acordo com cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBE). A isenção foi estabelecida como resposta à grande elevação dos preços do barril de petróleo, que já vinha se elevando a um bom tempo, em direção a US$100.00 o barril, devido principalmente à guerra da Rússia com a Ucrânia, sendo a Rússia um grande produtor da referida matéria prima. Cálculos do CBE são de que o impacto da volta dos citados tributos poderá implicar elevar o preço da gasolina em R$0,69 por litro. Por seu turno, estimou também 1% seria o impacto máximo

CONGRESSO APROVA GASTOS ACIMA DO TETO

O Congresso aprovou na semana passada o orçamento para 2023, priorizando a Proposta de Emenda Constitucional da Transição, mediante gasto para 2023 de R$145 bilhões, acima da lei do teto de gastos. Na última semana de deliberações o Congresso aprovou dentro do orçamento um salário mínimo que irá passar, já no primeiro dia de janeiro, de R$1.212,00 para R$1.320,00 (reajuste de 8,9%, provavelmente com ganho real, visto que o mercado projeta inflação de 5,9%), quando o governo atual tinha mandado projeto de R$1.302,00 (reajuste de 7,4%, também com ganho real). O orçamento também prevê o pagamento em 2023 de benefício de R$600,00, para o atual Programa Auxílio Brasil, além de R$150,00 por criança da família de até 6 anos. Ainda reservou R$11 bilhões adicionais, para conceder reajuste de 9% a servidores do Poder Executivo em 2023, equiparando-se aos servidores do Poder Judiciário. Prevê também a destinação de R$22,7 bilhões a mais para o Ministério da Saúde, para recompor os recursos de

MORTES POR CONSUMO DE ULTRAPROCESSADOS

  Pesquisa da Universidade de São Paulo, consorciada com a Universidade do Chile e a Fiocruz, calculou o número de mortes prematuras, entre 30 a 69 anos, associadas ao consumo de produtos ultraprocessados no Brasil. São aproximadamente 57 mil óbitos por ano, com base nas estatísticas de 2019. Isto representa mais do que o total de homicídios   ocorridos no País naquele mesmo ano, quando foram 45,5 mil, conforme o Atlas da Violência, além do que maior do que a soma de mortes por câncer de pulmão (28,6 mil) e de mama (18 mil), os dois tipos de tumores que mais matam no Brasil, consoante o Instituto Nacional do Câncer. Os ultraprocessados são formulações industriais feitas com partes de alimentos e que geralmente contém aditivos sintetizados em laboratórios, tais como corantes, conservantes aromatizantes; são guloseimas industrializadas, salgadinhos de pacote, refrigerantes, pizzas congeladas, salsichas, nugetts, dentre outros. Ademais, um conjunto crescente de pesquisas apontam que

CUSTO PESADO DA DÍVIDA

  A taxa básica de juros de 13,75%, a SELIC, é muito elevada. Mas, poderá começar a cair no segundo semestre deste ano. Porém, as cerca de 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central, acreditam que a SELIC fechará 2023 em 12%, pressionando com o custo pesado da dívida pública bruta sobre o PIB. Em 2023, os títulos públicos atrelados à SELIC, atingirão um recorde de vencimentos, na medida em que o governo se antecipou com gastos públicos aprovados, pela Proposta de emenda Constitucional da Transição, no   valor de R$145 bilhões em 2023. Já a dívida publica a vencer será de R$464 bilhões, cujo maior volume está concentrado em R$178 bilhões, em março, além de R$286 bilhões em setembro. As despesas extraordinárias para enfrentar a pandemia, tais como os auxílios emergenciais e a elevação do valor do Programa Auxílio Brasil, elevaram os gastos públicos, via endividamento federal. As taxas de juros praticadas no País são as das mais altas do mundo. Nomin

PREVISÃO DE BAIXO CRESCIMENTO EM 2023

  Conforme o Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial haverá contração de vários sistemas econômicos no ano que vem, por força da contração da atividade produtiva, dados que as taxas de juros estão sendo elevadas pelos bancos centrais do globo para combater a inflação. Por via de consequência, os juros para os empréstimos estarão mais caros o que reduz a tomada de financiamentos, tanto para capital de giro como para investimentos fixos. Ainda segundo o referido centro, a economia global alcançou pela primeira vez cem trilhões de dólares, mas que irá estagnar nesse nível. A consultoria britânica em referência disse que a batalha contra a inflação mundial ainda não está ganha e de que os juros poderão crescer mais. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, estima que a economia mundial crescerá no próximo ano em torno de 2%. Para o Brasil o FMI calcula que o PIB poderá crescer menos, ao redor de 1% em 2023. O FMI ainda estima que até 2037 o PIB global dobrará, che

PESQUISAS SOBRE INFLAÇÃO

  O Instituto Datafolha veio ao público revelar que a expectativa de 31% da população é de que a inflação irá cair no próximo ano, conforme auscultar cerca de 2.000 pessoas, nos dias 19 e 20 de dezembro, sendo este o maior percentual nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. No final do artigo se voltará ao assunto. Na pesquisa anterior somente 13% diziam que a inflação iria cair, como de fato caiu bastante, em junho deste ano. Quase seis meses depois e a inflação caiu praticamente a metade, de quase 12% para próximo de 6%, em doze meses, conforme ainda o Datafolha. O Instituto Datafolha é polêmico. Reflete sempre o contraditório. Na verdade é contra tudo e todos e o seu dono, o jornal Folha de São Paulo. Já começou a falar mal do próximo governo de Lula, que ainda não começou oficialmente, mas que está dando ideias de como será, de 22 Ministérios Executivos passaria a 37 Ministérios, mas o falar mal está conforme noticiou o jornalista Alexandre Garcia. Famoso por ter transit

BOLSA É UM JOGO

  Nas palavras dos analistas de mercado, da revista Dinheiro: “O IBOVESPA recupera a linha dos 109 mil pontos e se manteve mais uma vez à frente dos índices acionários americanos e europeus, nesta sexta feira que antecede o Natal. Foi o quinto ganho consecutivo para a referência da B3, uma sequencia vitoriosa que não se via desde o intervalo entre 15 e 21 de outubro. Os descontos que se acumularam na Bolsa deram lugar a uma recuperação técnica nesta semana em que o IBOVESPA avançou 6,65%, vindo de perdas de 4,34% e 3,94% nas duas semanas anteriores, o que resulta ainda em recuo no mês de 2,48%, bem inferior, contudo, à retração de 7% vista no começo desta semana em dezembro”.   “Hoje, o índice oscilou entre mínima de 107.551,70. Da abertura, à máxima de 109.994,23, flertando assim com os 110 mil pontos, patamar não visto desde 7 de dezembro no intradia. No fechamento desta sexta feira o IBOVESPA mostrava alta de 2,00% aos 109.697,37. No ano o IBOVESPA avança 4,75%. Fraco, o giro fi

PRÉVIA DO IBGE PARA A INFLAÇÃO

  O maior indicador para a inflação brasileira é feito pelo IBGE com quase 500 produtos que compõe a cesta de preços, relativo ao Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA). A prévia do IBGE para a inflação é o IPCA-15, que, como o próprio nome sugere é medido até o dia 13 ou 14 de cada mês, como indicador mensal de dezembro, de 15 de um mês até 13 do outro mês. Para o dia 13 de dezembro, acumulado ao ano, o indicador é de 5,90% de inflação, enquanto até 13 de novembro, em doze meses, era maior do que 6%. Dos nove grupos de bens e serviços pesquisados, sete tiveram elevações em dezembro. Os maiores aumentos foram para transportes, alimentação e bebidas. Mas, a maior variação veio para vestuário, que acumulou alta maior do que 18%, em doze meses. Ainda houve outros destaques para saúde, cuidados pessoais e habitação, que desaceleraram em dezembro. Obviamente que a inflação do início do ano, por volta de 10%, veio caindo até o patamar de 5%, em dezembro. Porém, com a aprovaçã

NOTA DE RISCO DA FITCH

  No mundo existem três grandes agências de risco: a Fitch, a Moody’s e a Standard & Poor’s, baseadas na capital financeira do globo, Nova York, mas com filiais nas economias mais fortes, inclusive no Brasil, e que servem como termômetros para medir o grau de confiança das empresas, instituições e governos, na tomada de crédito e no seu grau de investimento. A Fitch reafirmou anteontem o rating brasileiro como BB-, sendo a nota de risco com perspectiva de estabilidade. Segundo ela, o Brasil é uma grande e diversificada economia, com alta renda per capita, mercados domésticos estabilizados, com capacidade de financiamento próprio de grande parte da sua dívida pública, visto que a dívida externa é menor do que 10% das suas finanças públicas totais. Ademais, possui também capacidade de absorver choques externos, diante do câmbio flexível, mediante pequenos desequilíbrios externos, além de grandes reservas internacionais em moeda estrangeira, principalmente dólar, ouro e outros ati

ROBÔS ECONOMIZAM TRIBUTOS

  O sistema tributário brasileiro é um imenso conjunto de leis, decretos, normas, resoluções, portarias e regras, sujeitando-se às multas por descumprimento delas ou de erros, que fazem os empresários gastarem muito tempo em tarefas de interpretações e pagamentos de tributos. É um grande cipoal. A última grande reforma tributária aconteceu pela Constituição outorgada de 1967. As alterações não mudaram a essência de tributos em todas as décadas passadas. Tem sido impossível até agora, desde aquela data, fazer a reforma tributária. O jornal Estado de São Paulo publicou e aqui se reproduz algumas informações, de que a inteligência artificial pode ser usada na economia de pagamento dos tributos e cita o estudo de um caso de que robôs podem substituir o analista fiscal ou o tributarista. Assim, a consultoria tributária Roit colocou 200 robôs a serviços de grandes empresas brasileiras, que deixam passar despercebidas formas de economizar no pagamento de tributos. Na verdade brechas q

PERSPECTIVA DO FUTURO PRÓXIMO

  A perspectiva do futuro próximo para os brasileiros foi realizada pela empresa Poder Data, empresa do grupo Poder 360 Jornalismo, com recursos próprios, realizada de 11 a 13 de dezembro, com 2.500 entrevistas, em 302 municípios nas 27 unidades da federação, com pessoas acima de 16 anos, cujo intervalo de confiança é de 95%, por meio de ligações telefônicas. Para chegar a amostra referida, a Poder Data realizou mais de 100 mil ligações. O objetivo é de chegar à representatividade por grupo de sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica.    Dessa forma, 44% acreditam que a vida vai melhorar nos próximos seis meses. Outros 20% acreditam que irão ficar igual, 26% esperam uma piora e 11% não souberam responder. A votação no segundo turno das eleições presidenciais teve influencia na opinião dos entrevistados, segundo a pesquisadora. Em geral, os que votaram em Lula acreditam que irão melhorar. Os que votaram em Bolsonaro de que vão piorar. No entanto, este raciocínio é

PROJEÇÕES SEMANAIS

  O relatório Focus do Banco Central desta semana, contendo a mediana das projeções semanais de cerca de 100 instituições financeiras, refere-se a que a inflação deste ano se reduziu para 5,76%. É a segunda semana que os analistas financeiros recuam na previsão. Para 2023, a estimativa é de inflação de 5,17%. A estimativa do PIB continuou em 3,05%. Já para 2023 subiu para 0,79%.   Já vem sendo assinalado pelo mercado financeiro que o ano que vem será de baixo crescimento e boa parte do mundo poderá ingressar em recessão, visto que a guerra entre Rússia e Ucrânia prossegue e a elevação dos preços das commodities continua em perspectivas. As previsões para as taxas básicas de juros permaneceram inalteradas. Para 2022, a visão é de que se encerre o ano em 13,75% e para 2023 concluirá o exercício em 11,75%. Já o dólar comercial poderá encerrar 2022 em R$5,25 e, em 2023, em R$5,26.  

TAXA DE JUROS É SEGUNDA DO GLOBO

  Observando o grupo dos vinte maiores países do mundo, o chamado G-20, o Brasil tem a segunda maior taxa nominal de juros do planeta: 13,75%. Somente perdendo para a Argentina, que está em 75% ao ano. No referido grupo somente o Japão tem a taxa nominal de juros negativa, em – 0,1%.   Como o próprio nome indica a taxa nominal é aquela que vem referido nos contratos. Já a taxa real de juros é aquela descontada da taxa inflacionária. Abaixo do Brasil vem o México com 10,5%. O Banco Central Europeu pratica 2%. A taxa de muros elevada é indicativo de desânimo para a atividade produtiva. Ora, se sem “fazer nada” se pode ganhar 13,75%, qual a razão para se produzir normalmente é a indagação comum.

RELATÓRIO DE PROJEÇÕES FISCAIS

  O Tesouro Nacional realiza o Relatório de Projeções Fiscais e, com respeito à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, prestes a ser aprovada pelo Congresso, cuja estimativa de gastos públicos em dois anos se aproxima de R$200 bilhões (valor este com outros custos presumidos), projetou a dívida bruta do governo federal sobre o PIB, que poderá chegar a 81,8% do PIB, em 2026. Com os custos da PEC da Transição a dívida em referência poderá subir para 8,1%. O Tesouro Nacional usou os dados da PEC aprovada pelo Senado, em dois turnos e que se encontra na Câmara de Deputados, para votação também em dois turnos. O valor líquido da PEC em referência é de R$168 bilhões, sendo R$145 bilhões, para financiar o novo Programa Bolsa Família e R$23 bilhões para investimentos, fora da lei do teto dos gastos públicos. As inversões embutidas nos cerca de R$200 bilhões acima são estimadas em R$25,6 bilhões, dos quais R$24,6 bilhões para o PIS-PASEP e R$1 bilhão para as instituições fe

PREVISÕES DA CEPAL E RECEIO DE FRAGA

  A Comissão Econômica para América Latina e Região do Caribe (CEPAL), baseada no Chile, entidade filiada à Organização das Nações Unidas (ONU), baseada nos Estados Unidos da América, desde o final dos anos de 1940, costuma fazer previsões sobre a América Latina. Desta vez veio a público que a região em referência desacelerará no ano que vem devido às elevadas taxas inflacionárias, mediante as políticas monetárias de aperto que serão adotadas para reduzi-la e elevação dos gastos públicos. Os desafios serão internos e externos no ano que vem. Na verdade, continuarão. A elevação dos preços do petróleo, de outras matérias primas e de alimentos. A continuada guerra da Rússia e da Ucrânia. As mudanças nos regimes políticos menos ortodoxos ou mais intervencionistas. Por fim, as expectativas inflacionárias. A projeção do crescimento do PIB da região acredita que será de 1,3%, sendo que para ela, o crescimento do PIB brasileiro poderá ser de 0,9%, quando para 2022 acredita que seja de 2,

ESTRUTURA E CONJUNTURA DA INDÚSTRIA

  A estrutura industrial continua se desmoronando, desde 1985, isto se percebe nas estatísticas anuais do IBGE, bem como também é o que diz a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No século XX, principalmente, a partir de 1930, o setor industrial deslanchou e, em 1985, a indústria chegou a representar 36% do PIB, estando atualmente em 11% do PIB, conforme a CNI. Em 1995, o setor industrial era 2,77% da indústria global. Atualmente, 1,28%, também, consoante a CNI. No cipoal de dificuldades estão, dentre outros, a custosa estrutura tributária, a logística reversa, os juros elevados, usados para combater a inflação, que, por si só, já é grande dificuldade, a baixa produtividade, deficiências de ciência e de tecnologia. Desde aquela época que o Brasil vem perdendo competitividade. Não sem motivo, o Brasil já chegou a 6º PIB mundial e nos últimos 10 anos caiu para 12º lugar. A mesma CNI faz análise mensal da conjuntura da indústria brasileira. Chama-se de sondagem industrial, calcul

PRÉVIA DO PIB DO BANCO CENTRAL

  A prévia do PIB do Banco Central, sendo o Índice do Banco Central do Brasil (IBC-Br), caiu 0,5%, em outubro. Entretanto, durante 12 meses, o PIB cresceu 3,13% até outubro. Já o PIB acumulado neste ano, em dez meses, está em 3,41%. Até aquele mês, o PIB brasileiro estava acelerado. Na comparação com o mesmo período de 2021, o PIB está em 4,63%, pela série de ajustes sazonais. O fato é que a atividade econômica calculado pelo Banco Central, iniciou o quarto trimestre em leve queda. Para o Banco Central isto indicou leve acomodação da atividade neste final do ano. A característica principal do referido indicador é que o PIB sofrerá os impactos defasados das elevações dos juros básicos da economia, marcadas pelo aperto monetário do BC, em razão da iminência ou ameaça de uma recessão global, ainda mais que a guerra entre Rússia e Ucrânia continua sem prazo para acabar. A tendência que o BC verifica é a queda da taxa de incremento do produto bruto nos próximos meses, retroagindo pa

TEORIA MONETÁRIA MODERNA

  No texto da Proposta de Emenda Constitucional da Transição, apresentada ao Congresso Nacional, já aprovada no Senado em dois turnos, bem como na Câmara de Deputados Federal, em discussão, para votação também em dois turnos, ele trouxe uma novidade, chamada de Teoria Monetária Moderna, qual seja a defesa de que o governo central pode ter déficit, primário e nominal, dívida pública, externa e interna, além de emitir moeda o quanto quiser. Trata-se de várias liberalidades econômicas, que podem ficar enormes, justamente o contrário do que defende a Teoria Monetária Ortodoxa, a qual estabelece superávit primário e redução ou anulação do déficit nominal, redução da dívida pública e controle rigoroso da emissão de   moeda. A novidade foi introduzida pelo senador Alexandre Silveira (PSDB-MG), relator da PEC da Transição, que trouxe a possibilidade do governo elevar os gastos além da lei do teto, em 2023. A novidade foi suprimida no texto, mas ficou explícita, na medida em que o gasto ini

PESO DOS TRIBUTOS NA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA

  Estudo da consultoria PwC e do Instituto Acende Brasil revela que a cada R$100,00 na conta de energia elétrica, R$46,00 são para bancar 11 custos do segmento elétrico e 8 tributos federais e estaduais dessa mesma conta. A relação dos encargos na conta de luz é hoje o principal fator de elevação dos custos ao consumidor. Além do mais, poderão crescer por uma série de encargos que ainda estão sendo examinados pelos congressistas de Brasília. A análise em referência levou ao exame de 45 empresas do segmento elétrico brasileiro, as quais correspondem a cerca de 70% das geradoras de energia. O montante recolhido em 2021 alcançou R$106,1 bilhões, perante R$95 bilhões recolhidos em 2020. A receita bruta de referidas empresas somou R$230,7 bilhões em 2021. A estrutura de custos de quase a metade serem de encargos mostra o quanto têm sido prejudicadas as margens de lucro das referidas empresas. A conta consolidada mostra que tributos foram de 35,6% em 2021 e os encargos setoriais repres

PESQUISA MENSAL DO COMÉRCIO

  11-12-2022 O gerente Cristiano Santos, do IBGE, responsável pela Pesquisa Mensal do Comércio, informou ao público que a principal razão para as vendas do comércio terem crescido 1,7%, em três meses, agosto, setembro e outubro, devendo-se ao aumento do Auxílio Brasil de R$400,00 para R$600,00. A maior alta das vendas no varejo se deu em setembro, de 1,2%. Os outros dois meses, em agosto de 0,2% e de 0,4% em outubro foram considerados de estabilidade. Houve crescimento da massa dos benefícios e também deflação nos três meses em referência. No mês de agosto houve influência da política para redução dos preços dos combustíveis. mediante redução da alíquota do ICMS, para a faixa de 17% e 18%. Em setembro a maior influência veio da transferência de renda de recursos do governo central. Já para outubro houve a elevação da massa de rendimentos do número dos trabalhadores ocupados.

BLOQUEIO PARA BOLSISTAS

 10-12-2022 A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) veio ao público dizer que, pela lei do teto de gastos, o Ministério da Economia teria bloqueado e o MEC deixado de pagar cerca de 200 mil pesquisadores. As Universidades federais também ficaram em risco de pagar as contas básicas nesta semana. No dia 8 o MEC anunciou o desbloqueio de verbas. A execução orçamentária da União tem que ser rigorosa, mas é possível remanejar verbas e que não se fira a lei federal em referência. Se o governo federal descumprir, infringiria também à outra Lei, a de Responsabilidade Fiscal. Não sem motivo, o novo governo conseguiu que o Plenário do Senado aprovasse a chamada PEC da Transição, que poderá liberar R$145 bilhões, para serem gastos em dois anos. O texto tinha sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça. A citada PEC foi aprovada com 64 votos a favor e 16 contrários, no primeiro turno. Mas, foi confirmado por 64 votos a 13 no segundo turno da votação. Irá

ARRECADAÇÃO RECORDE, MAS GASTOS LIMITADOS

  09-12-2022 Nos últimos dez anos, em 2022 a arrecadação tem batido recordes sucessivos. No entanto, falta dinheiro para a educação, para a saúde e até para confecção de passaportes. A explicação está na obrigatoriedade de cumprir-se a lei do teto dos gastos. Aprovada em 2016, para vigorar a partir de 2017, a lei do teto das despesas do governo só podem crescer a cada ano, a taxa inflacionária dos doze meses anteriores. Os gastos são um conjunto de despesas obrigatórias, tais como vencimentos dos servidores e com benefícios da previdência social. Ademais, somam-se a elas os gastos discricionários, tais como investimentos, despesas de água, de luz, aluguéis e compras de equipamentos. A elevação da arrecadação não permite que se faça mais gastos do que o previsto em lei. Além do mais, os custos obrigatórios cresceram bastante neste ano. Neste ano, o Congresso aprovou despesas para emendas dos parlamentares, no valor de R$16,5 bilhões. Estas pressionaram os custos e elevou a limit

CUSTOS MAIORES DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

  Os custos comparativos da indústria brasileira, em relação aos custos médios da indústria mundial, são maiores e vêm sendo crescentes, pelo menos desde o ano de 1985, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI), processo este que se vem chamando de desindustrialização, o contrário do que ocorreu em longo período no Brasil, desde 1930, chamado de industrialização. Assim, intensificou-se o referido processo, desde 1985, quando a indústria chegou a representar 36% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje corresponde a apenas 11% do PIB. Ademais, o setor industrial brasileiro, que chegou a representar 2,77% da produção mundial, em 1995, hoje em dia está por volta de 1,28%, segundo recente estudo da CNI. Simplesmente, referidos custos são reunidos em um conjunto chamado de custo-Brasil, qual sejam um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas, que influenciam negativamente o ambiente geral dos negócios.   Os resultados são a perda de competiti

RETIRADAS NA CADERNETA DE POUPANÇA

  As retiradas na caderneta de poupança dos brasileiros neste ano, até novembro, de forma acumulada, superaram os depósitos em aproximadamente R$109,5 bilhões, recorde da série histórica, iniciada em 1995. Somente em novembro, o saque líquido foi de R$7,4 bilhões, sendo R$4,4 bilhões da poupança urbana e R$3,1 bilhões da poupança rural. As saídas líquidas do mês de novembro em referência só foram superadas pelas retiradas de R$12,4 bilhões, realizadas em novembro de 2021, em plena fuga de dinheiro dos poupadores, para enfrentar um período crítico de necessidades de recursos, tendo em vista as medidas restritivas de combate à pandemia do covid-19, que vinham provocando o isolamento social e mediante elevada taxa de desemprego. O que aconteceu agora em novembro é um período também crítico das necessidades dos poupadores em fazer face aos seus gastos, perante elevada taxa inflacionária, que vem corroendo o poder de compra da população. Não foi somente este motivo. O outro foi à ba

PIB PARECE QUE PERDEU DINAMISMO

  Segundo os analistas financeiros, consultados semanalmente pelo Banco Central, o PIB brasileiro, que cresce a cinco trimestres consecutivos, neste ano mostra desaceleração, conhecidas as taxas de crescimento dos três trimestres, divulgadas pelo IBGE, de 1,3%, 1,0% e 0,4%, respectivamente. Não obstante a taxa de investimento esteja em crescimento, próxima de 20% do PIB, a inflação está muito alta, muito acima da meta do Conselho Monetário Nacional. A expansão em um ano, até setembro, permite perceber um crescimento de 3% do PIB. Já, para 2023, os economistas do setor privado nacional, continuam estimando um incremento de 1% do PIB, em cenário complicado de elevada inflação e de dificuldades fiscais. No terceiro trimestre, o setor de serviços liderou com aumento de 1,1%, seguido do setor industrial com aumento de 0,8%, mas o setor agropecuário recuou 0,9%, principalmente pelas condições adversas do clima. O setor terciário foi o que mais sofreu com o enfrentamento da pandemia do

TAXA DE INVESTIMENTO TRIMESTRAL

  A taxa de investimento é dada pela relação Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) dividido pelo Produto Interno Bruto (PIB). O IBGE divulgou no dia primeiro deste mês que a taxa de investimentos do Brasil no terceiro trimestre de 2022, anualizada, é a maior em oito anos: 19,6%.   A taxa de investimento é a ampliação da atividade produtiva futura, através de investimentos correntes em ativos fixos. Refere-se o quanto as empresas elevaram os seus bens de capital. Isto é, compras de máquinas, equipamentos, instalações, móveis, utensílios, materiais de construção. Neste século, a taxa de investimento chegou ao máximo de 21,5%, em duas ocasiões, no mesmo patamar, no terceiro trimestre de 2009 e terceiro trimestre de 2012. Nos anos de 1970, quando o Brasil vivenciou taxas de crescimento do PIB acima de 10% ao ano, a taxa de investimento esteve por volta de 25% do PIB. Os economistas acreditam que o nível ideal da FBCF estaria entre 22% a 25%.

PIB CRESCERÁ MAIS DE 3%

  Através da Secretaria de Política Econômica do   Ministério da Economia, o governo acredita que o PIB deste ano crescerá mais de 3%. Se 3%, se for nulo o crescimento do último trimestre. Geralmente, o último trimestre costuma ser positivo. Se ele crescer 0,2% a 0,4%, a referida fonte acredita que o PIB crescerá 3,1%. O IBGE se referiu a que os dados do terceiro trimestre perderam mais força, pelos exames preliminares. Mas, não indicaram reverso das expectativas. A influencia dos efeitos da pandemia do covid-19 e a guerra da Rússia com a Ucrânia,, que implantaram o isolamento social e restrições de circulação de pessoas, além de repercussões na atividade econômica, ficaram bem menores. Assim, a economia não perdeu o rumo da recuperação, segundo o referido Órgão.

PIB DO TERCEIRO TRIMESTRE DE ALTA

  O PIB do terceiro trimestre, divulgado há dois dias pelo IBGE, foi de 0,4%, mesmo sendo abaixo do esperado, o que se entende com as projeções do IBGE, em um PIB crescendo 3% neste ano. O Ministério da Economia afirmou que o Brasil continua numa trajetória de recuperação, principalmente depois de ter vencido as retaliações advindas pelo combate da pandemia do covid-19. Na segunda revisão do PIB de 2021 (ainda existe afinal a terceira), o IBGE recalculou para 5% o incremento do PIB no ano passado, mantendo a recessão de 2020 em 3,3% do PIB. Vendo de perto, a pandemia trouxe para o País não tanto os efeitos que os projetistas afirmavam. Aliás, os projetistas de plantão anunciavam que o PIB deste ano iria ficar próximo de zero e tampouco acreditavam que o País reduziria o desemprego aberto próximo de 14% para cerca de 8% deste ano. Ao avançar 0,4% no terceiro trimestre o PIB brasileiro, o IBGE apontou que é o maior patamar de crescimento desde 1996, ainda que abaixo do esperado.