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Mostrando postagens de dezembro, 2020

SENTIMENTO DO ANO QUE TERMINA

O órgão internacional de pesquisa Instituto Ipsos fez uma pesquisa com os brasileiros e 72% deles disseram que tiveram um ano de 2020 ruim para si e para suas famílias. O índice que mede a insatisfação teve um ganho de 10% em relação a 2019. Trata-se de um patamar internacional quase igual aos 70% revelado em pesquisas com 23 mil pessoas, em 31 países, com idade entre 16 a 74 anos, realizado entre 23 de outubro a 06 de novembro. Entretanto o aumento da insatisfação com o ano que se encerra para a média mundial foi duas vezes mais do que a do Brasil, elevação de 20%. As piores avaliações foram de 89% para a Turquia; 81% para a Índia e 80% para a Itália. Já as melhores avaliações foram as de 54% dos entrevistados na Suécia; 55% na Holanda e 56% em Israel. A visão média dos pesquisados no mundo para 2021 é de que 77% esperam bons resultados. No Brasil a esperança média é de 81%. Para si e para suas famílias. Na China se encontraram 94% dos entrevistados com o maior otimismo do pla

DESEMPREGO CONTINUA AVANÇANDO

Por que o desemprego continua avançando, se a economia brasileira já retomou o crescimento econômico, não obstante, em doze meses, houve uma forte recessão, por volta de 4,5%? Resposta direta: quando fora decretada pela OMS a pandemia do novo coronavírus, a determinação universal fora de que deveria haver o isolamento social de várias camadas da população brasileira, o que reduziu, de imediato, drasticamente, desde 16 de março até meados deste ano, o número de pessoas trabalhando. Ademais, muitas pessoas perderam o empenho em procurar o emprego, visto que não tinham esperança de encontrá-lo, que são chamados de desalentados. Mas, depois do relaxamento das medidas do isolamento social, nos últimos meses, estes passaram a procurar trabalho. Não o encontrando, forçaram para cima a taxa de desemprego, que deve continuar avançando, pelo menos, até que haja uma recomposição da força de trabalho. Hoje em dia, da chamada população economicamente ativa, mais da metade não retornou ainda à

ALGUNS IMPACTOS DURADOUROS DA PANDEMIA

Findando o ano e começam a serem divulgados impactos duradouros da pandemia do covit-19, decretada em 16 de março pela Organização Mundial da Saúde, que, longe está de terminar, mas já está deixando efeitos muito fortes da sua presença. Pela primeira vez, desde 1940, quando a expectativa de vida dos brasileiros era 45,5 anos, agora em 2020 irá recuar em até 2 anos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em estudos divulgados ontem. O que veio existindo desde 1940 foi a redução da mortalidade infantil, a longevidade populacional e os avanços da ciência médica, os quais fizeram aumentar ano a ano a esperança de vida do brasileiro, conforme estatísticas populacionais do IBGE. Por exemplo, em 1980 alcançou 62,5 anos; em 2000, 69,8 anos e, em 2019, 76,6 anos. As mulheres vivem em média mais do que os homens. No ano passado a esperança para as mulheres fora calculada em 80,1 anos, em relação aos 73,1 anos dos homens. Conforme o ec

GASTOS SOCIAIS COM A PANDEMIA

No site do Poder 360, baseado no Portal Transparência Brasil e Painel Coronavírus Siga Brasil, é revelado que os gastos sociais com a pandemia do covit-19 ultrapassou os R$508 bilhões, maiores do que os gastos com o Programa Bolsa Família em seus 17 anos, estimados em R$450 bilhões, em valores corrigidos pela inflação oficial. Foram gastos com o auxílio emergencial R$293,4 bilhões; auxílio a estados e cidades, R$78,3 bilhões; saúde pública, 41,1 bilhões; manutenção de empregos, 31,8 bilhões; fundo garantidor do FGTS, R$27,9 bilhões; fundo garantidor de investimentos, R$20,0 bilhões; financiamentos para pagamentos de salários, R$6,8 bilhões; aporte para empréstimos do BNDES, R$5,0 bilhões; financiamento da infraestrutura turística, R$1,4 bilhões; outros, R$2,6 bilhões. Claro que esses valores estão aproximados, visto que, por exemplo, o auxílio emergencial tem agendamento até 27 de janeiro e os financiamentos não são a fundo perdido. Terão que ser ressarcidos. A recuperação da

O QUE PODERIA VIR

Ao exemplo de muitos países em todo o globo, o Brasil adotou medidas de proteção das camadas de sua população mais vulnerável aos efeitos da pandemia do covit-19. Não somente aqueles que ficaram desempregados, subempregados e desalentados, pelo isolamento social implantado, calculados como 25 milhões, mas também a um imenso contingente de pessoas vulneráveis por não terem ou terem pouca renda, alcançando os assistidos em torno de 67 milhões de cidadãos. A renda média do brasileiro chegou a aumentar neste ano da referida pandemia. Miriam Leitão, jornalista de economia da rede Globo, quando acerta em seus comentários, sem ser azeda às ações do governo federal, pela qual faz ferrenha oposição, entrevistou o renomado economista Ricardo Paes de Barros, publicando em sua coluna do dia 25, palavras dele que se extraiu a seguir: “Precisaríamos em janeiro chegar com ajuda para 25 milhões, que são os desempregados, subempregados e desalentados. Não os 70 milhões do auxílio emergencial.

VACINAÇÃO CONTRA O COVIT-19

Por que o Brasil demora tanto em iniciar a vacinação da população contra o novo coronavírus? A resposta é aquela de que o País tem uma herança colonial de cartórios, de muitas leis, de muitos decretos, de muito governo, de muita burocracia. O País quase tudo é lento. Ontem mesmo aqui foi referido que o Marco Legal da Infraestrutura foi regulamentado há dois dias por decreto, conforme previsto em lei. Quer dizer, faz-se uma lei e ela precisa ser regulamentada. Demorou cinco meses para fazer-se o decreto. Entre outras coisas incríveis estão dispositivos da Constituição de 1988, que até hoje não foram regulamentados. Quer um exemplo, a Constituição tem artigo que fixa, no máximo, em 12% a taxa anual de juros. Não se move uma palha, porque o lobby dos bancos não assim o permite. Enquanto muitos países já iniciarão a citada vacinação, o Brasil ainda não tem uma data oficial para começar a campanha de imunização dos brasileiros contra o covit-19. Atrás de países europeus, como o Rein

DECRETO DA INFRAESTRUTURA

25-12-2020 Ao completar quase dois anos, a metade do atual mandato, o governo federal muito pouco fez em reformas, em termos do que prometeu em sua campanha. Quase tudo caminha lentamente e outros até regrediram, tal como a oferta agregada (PIB), que neste ano demonstrará decréscimo de, aproximadamente. – 5% do PIB. Assim, cinco meses após a sanção do novo Marco Legal do Saneamento Básico, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que regulamenta o referido marco. O decreto define as regras para que o governo central envie os recursos e ofereça apoio técnico para que estados e municípios se adaptem as novas regras do segmento de saneamento básico. O decreto estabelece uma série de atividades a serem executadas pela União, para facilitar a transição dos governos locais ao novo modelo. O documento aprovado pelo Congresso Nacional tem entre outros objetivos: universalizar o abastecimento de água e esgoto. Ou seja, fornecimento de água potável para 99% da população até o final

FORTE GERAÇÃO DE EMPREGOS EM NOVEMBRO

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de novembro mostrou a maior criação de empregos para o mês em referência desde 1992. O Brasil criou 414.556 empregos diretos. No acumulado de onze meses ficou registrado o saldo positivo de 227.025 empregos formais. Até novembro foram admitidos 13.840.653 e demitidos 13.613.628. O saldo de novembro veio bem acima das expectativas dos projetistas. Aconteceram em novembro saldos positivos em todas as regiões geográficas. No Sudeste foram criados 215.059, sendo São Paulo o maior gerador de postos de trabalho, com 138.411. Seguiram-lhe: o Sul com 92.610; Nordeste, 71.879; Centro Oeste, 19.421; Norte, 16.187. A bolsa de valores continua em ascensão, tendo subido ontem 1%, estando nos 117.807 pontos, bem perto de alcançar o recorde do final de janeiro, quando se avizinhou dos 120 mil pontos. Naquele mês, bem antes da decretação da pandemia do novo coronavírus, havia a expectativa da economia brasileira crescer mais de 3% em 2020. A cri

CONSUMER SURVEY

Diante do gigantismo que se tornou os sites de informações do Google, entre outras pesquisas, em outubro deste ano, embora divulgada somente anteontem, o Google realizou uma Consumer Survey (tradução literal: sondagem do consumidor), ferramenta que permitiu entrevistar mil brasileiros conectados em todo o País, sendo escolhidas pessoas nas idades entre 18 e 64 anos. A principal conclusão é de que 19% dos cidadãos adiaram seus projetos deste ano para o ano que vem, por força da pandemia do novo coronavírus. Porém, eles responderam que a meta do novo ano é organizar a vida. Conforme a pesquisa, cerca de 35% dos entrevistados responderam que a prioridade será cuidar melhor da saúde. Já 26% afirmaram que pretendem perder peso e fazer mais ginástica. Outros 23% responderam que a sua prioridade para 2021 seria investir mais e melhor a sua própria grana, sem detalhar como seria isso. Entre outras respostas, 24% disseram que queriam aprender uma nova língua, 19% queriam comprar um carr

PRÉVIA DA INFLAÇÃO

O IBGE a cada mês divulga o IPCA-15 que é a prévia da inflação mensal. Para este mês de dezembro, ele ficou em 1,06%, podendo fechar o ano em 4,23%. Houve uma aceleração em relação ao IPCA-15 de novembro, de 0,81%. O indicador foi mais uma vez pressionado pelo grupo de alimentos e bebidas, que subiram 2,00% em dezembro. O IPCA-15 ficou acima do centro da meta de 4,00%, mas abaixo do centro mais o viés de alta, que seria de 5,5%. Entre os grupos pesquisados somente vestuário ficou em queda de - 0,44%. Alimentos e bebidas poderão encerrar o ano em alta de 14,36%, a maior elevação do grupo desde 2002, quando registrou 18,11%. A batata inglesa subiu 17,96% neste dezembro; óleo de soja, 7,00%; carnes, 5,53%. Todas as regiões apresentaram o IPCA-15 de alta.   Estudo realizado pela Associação de Supermercados de São Paulo revelou que até 15 de janeiro de 2021, leite, frutas, legumes, carnes, pães e outros alimentos levarão o indicador de 12 meses a 4,32%. De janeiro a novembro, os ali

PROJEÇÃO DO IPEA DE 4% PARA O PIB DE 2021

21-12-2020 O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), criado em 1967, que subsidia as políticas econômicas, está projetando que o PIB de 2021 poderá crescer 4%. Sua projeção anterior fora de 3,6%. Os desafios para o ano vindouro são o enfrentamento de uma segunda onda do covit-19, pelo fim do auxílio emergencial e a deterioração fiscal. Para 2020, o IPEA também melhorou sua estimativa de – 5,00% para - 4,3% do PIB, devido à recuperação mais rápida dos setores secundário e terciário.   Interessante é que os – 4,3% é a taxa registrada da forte recessão do Plano Collor (1990). Para 2021, o IPEA acredita que os agregados macroeconômicos que mais crescerão serão: a formação bruta de capital fixo (5,3%), da indústria (5,00%), os serviços (3,8%) consumo das famílias (3,5%). O IPEA afirmou que a inflação irá desacelerar, estimando uma inflação de 4,40% neste ano e 3,49% em 2021. Estima também que o dólar ficará em R$5,00 e a SELIC fechará 2021 em 3% anuais. Vendo o lado da

MEDIANA DA INFLAÇÃO SOBE MAIS

20-12-2020 A mediana é a medida de tendência central, que divide ao meio a curva da distribuição normal, também chamada de curva de Gaus. Ela tem a forma de sino e serve ainda para calcular as probabilidades de um evento ocorrer. Nas suas extremidades estão os erros. Geralmente de 2,5% ou 3,00%, para mais e para menos. A Fundação Getúlio Vargas calcula o Indicador de Perspectiva de Inflação para os Consumidores. O seu novo cálculo é de que a inflação fechará este ano em 5,2%, perante um resultado de 4,8% em novembro. O indicador em referência é obtido em sondagem aos consumidores. Cerca de 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relativos à onda inflacionária. Houve elevação estimada para   inflação entre todas as faixas de renda. Conforme a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção Crédito notaram, como sempre ocorre mais de 9,3 milhões de pessoas foram às compras nas últimas horas para o Natal. No ano passado foram 10 milhões. Por seu turno

TERMÔMETRO BROADCAST DA BOLSA

19-12-2020 O jornal Estado de São Paulo divulga o Termômetro Broadcast Bolsa que procura captar os pressentimentos dos operadores, analistas e gestores financeiros como poderia se comportar a bolsa de valores brasileira. É um refinamento do capitalismo, que, se você tosse, parece que ocorre um sintoma de doença; se você diz estar bem, interpreta-se que pode ser. Mas, visto que ninguém tem bola de cristal, pode até ser. Ademais, eles fazem pesquisa de opinião. Assim, na sua última pesquisa semanal, 54% disseram que obteriam ganhos, refletidos na elevação do Ibovespa semanal. Já 23% de queda e 23% de estabilidade. O índice em referência está perto do seu ápice de janeiro e próximo de tangenciar os 120 mil pontos. O Bank of America previu 130 mil pontos do Ibovespa em 2021. Há quem preveja mais e muito mais. Não se conhece quem preveja menos, muito menos, neste mercado. A economia brasileira está crescendo, sem descontinuidade, no setor agropecuário. Aí não há dúvida. Quanto ao se

LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias é obrigatória ser votada no exercício anterior, tal como a deste ano, para vigorar no ano seguinte. Logo no primeiro dia do novo ano vigorará o novo salário mínimo, que passará de R$1.045,00 para R$1.088,00   havendo reajuste nominal, conforme inflação estimada de 2020, de R$43,00 sem ganho real. Conforme a lei, o salário mínimo é corrigido pelo INPC do ano anterior. No caso, 2020. Nas contas públicas o impacto em 2021 será de R$7,4 bilhões. Cada R$1,00 de aumento no salário mínimo implica em elevação de gastos governamentais de R$355 milhões. Entretanto, poderá sofrer alterações, com base na inflação de 2020. A elevação referida se deve a um repique da inflação e da revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o qual é usado para cumprir o dispositivo constitucional de correção do salário mínimo, do valor das aposentadorias, no abono salarial e no seguro desemprego. Conforme o DIEESE, o salário mínimo serve de referênc

CNI PROJETA PIB CRESCER 4%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem ativo departamento de pesquisas econômicas, divulgando o seu Informe Conjuntural. Ontem, surpreendeu o mercado financeiro ao apresentar sua projeção de PIB, crescendo 4% em 2021, puxada principalmente pelo o Produto Industrial a 4,4%. A explicação principal da CNI é de que a base de 2020 é muito baixa, até mesmo muito negativa, por volta de - 4,3%. Este é o mesmo número da maior história recessiva da economia brasileira, ocorrida em 1990, quando Fernando Collor sequestrou cerca de 80% dos ativos financeiros da economia. Retirando dinheiro caiu tremendamente a produção nacional. Para o PIB da Indústria a CNI projetou queda de – 3,5% do PIB neste ano. O presidente da CNI, Robson Andrade, reitera que o isolamento social ainda provoca elevadas incertezas sobre o futuro próximo. Porém, acredita que elas cessarão na medida em que for realizada a vacinação contra a pandemia da covid-19. Andrade assim se referiu à Revista Isto é, desta s

IBOVESPA ZERA PERDAS DA PANDEMIA O

principal indicador da bolsa de valores do Brasil, o IBOVESPA, zerou ontem as perdas das ações em bolsa de valores nacional, ao subir 1,34%, atingindo mais de 116 mil pontos, desde que se iniciou a decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde, em 16 de março passado, sem que esta tenha ainda se acabado. Claro, mesmo antes da citada decretação já tinha sido atingido o pico da bolsa, acima de 119 mil pontos, sem romper a barreira psicológica dos 120 mil pontos. Há poucos dias o Bank of America, ao analisar o retorno de capitais estrangeiros na bolsa, em mais de R$30 bilhões, um terço do que saiu praticamente desde o início deste ano, assinalava que o IBOVESPA chegará em 2021 aos 130 mil pontos. Começou o ano acima dos 115.645 pontos e em 23 de janeiro bateu o recorde de 119.527 pontos. A reação à pandemia do covid-19, mediante isolamento social, fez o IBOVESPA desabar para 63.569 pontos em 23 de março, correspondentes a 53% do citado índice. Em relação aos 115.645 mil p

MERCADO PROJETA INFLAÇÃO A 4,35%

Pela 18ª vê o mercado financeiro elevou a projeção da inflação deste ano para 4,35%, na semana passada, para 4,21%, nesta. Há um mês era de 3,25%. Quer dizer, cada vez mais se distancia do centro da meta e ainda ficou no viés do limite superior, que vai até 5,50%. Na verdade, os preços dos alimentos são aqueles que mais têm pressionado a inflação. Enquanto de janeiro a novembro o IPCA ficou em 3,13%, o grupo dos preços dos alimentos alcançou 12%. Para 2021, a estimativa da inflação permaneceu em 3,34%, como na semana passada e há um mês era de 3,22%. As informações foram colhidas pelo Banco Central junto a 100 instituições financeiras, as quais acreditam que o recrudescimento inflacionário é de curto prazo e de que a inflação cairá para abaixo do centro da meta de 2021, que será de 3,75%. As previsões para a SELIC permaneceram em 2,00% para este ano, confirmado pela última reunião do exercício, na semana passada. Para 2021, acredita-se que subirá para 2,75% e depois fechará o a

BAIXA MOBILIDADE SOCIAL

14-12-2020 Sem dúvida, a baixa mobilidade na economia brasileira é fator de retardar o maior nível de crescimento econômico. Estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que, os descendentes da camada da população correspondentes aos 10% mais pobres, levam, em média, nove gerações para alcançarem a renda mediana da sociedade. Esta conclusão evidencia como é muito difícil a ascensão social dos mais pobres. No referido estudo o Brasil só perde para a Colômbia. Na Argentina se leva seis gerações para atingir a mediana da sua distribuição na curva normal. No Canadá, quatro gerações. Na Dinamarca duas gerações. A principal causa de mobilidade é a educação. A tese de doutorado de Carlos Geraldo Langoni, publicada em livro, nos anos de 1970, já evidenciava a educação como fator de melhoria no nível da distribuição de renda. A educação insuficiente não leva aos melhores níveis tecnológicos, de pesquisa e crescimento. Ou seja, é mínima a elevação de

PESQUISA MENSAL DOS SETORES PRODUTIVOS

13-12-2020 O IBGE promove mensalmente pesquisa sobre os setores produtivos. Os dados de outubro mostram que o varejo, a indústria e o setor de serviços tiveram resultados positivos. A pesquisa mensal divulgada anteontem foi especificamente sobre o setor terciário. Em outubro se elevou 1,7%. Nos cinco meses de avanços, o setor acumulou um ganho de 15,8%. Porém, precisa crescer 6,5% para voltar ao nível de fevereiro, anterior à pandemia do covid-19, decretada pela OMS em 16 de março. O setor de serviços permanece crescendo, porém, a taxas mais baixas, devido o atual estágio de uma segunda onda da citada pandemia. Em audiência virtual do Congresso, no dia 11 deste mês, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o fim do auxílio emergencial fará os preços baixarem e que o governo tem instrumentos para atenuar o fim do auxílio emergencial em 2021. Guedes assim se referiu: “Nós achamos que esse aumento da inflação vai se dissipar... Porque a própria suavização do auxílio e

INDICADOR DO IPEA SOBRE A INFLAÇÃO

12-12-2020 O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) calcula a inflação por faixa de renda. A inflação para os pobres é mais do que o dobro da dos ricos. Na verdade, a inflação de alimentos seguiu pesando mais sobre os pobres em novembro, conforme o IPEA. No mês passado, enquanto a taxa das famílias mais pobres revelou alta de 1,00%, a faixa da renda mais alta apontou um avanço de 0,63%. Considerando um ano, até novembro, a inflação dos mais pobres foi de 5,80% e os de mais alta renda 2,69%. Dessa forma, o custo de vida para os mais pobres aumentou mais do que o dobro, em relação aos mais ricos. Em 11 meses de 2020, o Indicador IPEA de Inflação para as famílias de baixa renda acumula alta de 4,56%. Para aquelas famílias de mais alta renda ele é de 1,68%. O índice oficial da inflação é o IPCA, que contempla famílias com até 20 salários mínimos, acumulando alta de 4,31% em 12 meses até novembro. O que explica a penalização dos mais pobres, segundo o IPEA, é a elevação

DÓLAR EM QUEDA FORTE

Por que o dólar comercial caiu ontem 2,60%? Menor patamar desde 12 de junho, quando estava menor do que R$5,00. Os analistas financeiros precificam o dólar de janeiro a R$5,02. Este é um indicativo de provável fortalecimento da economia brasileira, visto que se valorizam ativos nacionais, ao nível internacional. O próprio cálculo do PIB não caminha em direção a casa de 12% e sim em direção à casa de 10%, muito embora a agência de risco Standard & Poor’s (S&P) ter mantido a sua avaliação de BB-. Somente tem uma explicação a S&P, a de que as reformas estão indo muito lentamente. Quanto ao dólar comercial, mesmo com a vacinação desorganizada contra a Covid-19, tendo anúncios de que não demorará tanto como o anunciado pela União, Estados e Municípios, fortalece a esperança de retomada econômica, ao tempo em que surgem notícias de aumento dos pedidos de seguro de emprego nos Estados Unidos. É a economia mundial interligada. Por seu turno, o indicador da bolsa de valores

FORWARD GUIDANCE

Orientação para frente seria uma tradução do que o mercado financeiro está chamando hoje de forward   guidance. Ou seja, o comportamento esperado para a taxa básica de juros (SELIC) em 2021, que seria deslocar-se para cima. A política monetária ortodoxa é bem clara: se a inflação está ascendente se combate coma elevação dos juros básicos e vice versa. Não é o que está acontecendo neste ano, quando o Banco Central (BC) reduziu a SELIC até 2%, já abaixo da inflação há pelo menos dois meses, mantendo referida taxa pela terceira vez neste ano (em mais de quatro meses). Pela política monetária referida era para ter-se elevado a SELIC. Mas, o BC argumentou que não elevou porque a inflação aumentou no curto prazo e se reduzirá no longo prazo. E se não se reduzir e se elevar mais ainda? Taxas de juros negativas estimulam o consumo e, se o auxílio emergencial for prorrogado, haverá pressões para cima do consumo das famílias. Perante as incertezas do fim ou não da pandemia do covit-19 e

NFLAÇÃO OFICIAL ACIMA DA PREVISTA

I O IPCA de 0,89%, divulgado pelo IBGE ontem, em novembro é o maior em cinco anos, vindo acima do previsto pelos analistas financeiros geralmente consultados pelo Banco Central. Ou, pela agência secular Reuters, que previu 0,78% em novembro. No ano a inflação está em 4,31%. Pela primeira vez, depois de muito tempo, acima da meta inflacionária de 4%, o que desequilibra a lógica da taxa básica de juros (SELIC) seguir a inflação. A SELIC está bem abaixo do centro da meta e, também, pela primeira vez, o Banco Central (BC) irá reunir-se na próxima semana, sendo ventilado no mercado financeiro que o BC irá manter a SELIC em 2% ao ano, porque acredita que a inflação é de curto prazo. As explicações do recrudescimento inflacionário são da forte alta dos preços dos alimentos e bebidas, puxados pela forte demanda internacional de commodities agropecuárias, além dos reajustes também fortes dos preços dos combustíveis, cujo preço do barril do petróleo tem se elevado acima da média histórica.

PROJEÇÃO DE MERCADO PARA INFLAÇÃO É DE ALTA

Pela 17ª vez neste ano o mercado financeiro elevou a previsão para a inflação de 2020, conforme enquete semanal do Banco Central, chamada de informativo Focus. Dessa maneira, o mercado elevou a perspectiva inflacionária de 3,54% para 4,21%, ultrapassando neste exercício o centro da meta de inflação de 4%, mas dentro do limite superior de 5,5%. Há um mês a previsão a inflação oficial era de 3,20%. Para 2021, as instituições financeiras consultadas prevêem inflação de 3,34%. A explicação para o recrudescimento inflacionário se deveu à alta dos preços das commodities, dos alimentos, dos combustíveis e do gás. A cada semana também o mercado financeiro vem reduzindo a taxa de recessão de 2020. Há um mês era de - 4,80% do PIB. Há uma semana era de 4,50% e agora é de 4,40%. Para o ano que vem o crescimento da economia está estimado em 3,5% do PIB. Há um mês era de 3,31% e há uma semana era de 3,45%. Quanto à perspectiva da taxa básica de juros, a SELIC, é de que encerre o ano em 2%. P

CONTRATAÇÕES DO CRÉDITO RURAL

O Brasil cada vez mais vê o seu setor primário crescer mais do que os setores secundário e terciário. O setor primário compreende a agricultura, a pecuária, a mineração, o extrativismo e a agroindústria. Conforme o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o crédito rural realizou contratações que atingiram R$108,75 bilhões, uma elevação de 19% em relação à safra 2019/2020. Decorridos cinco meses de aplicação de recursos do Plano Safra 2020/2021, os financiamentos para investimentos chegaram a R$32,4 bilhões, aumentando 46%.Para os empréstimos de custeio o valor contratado foi de R$60,27 bilhões, elevação de 13%. Os financiamentos para a agroindústria ficaram em R$6,6 bilhões, elevação de 9%. Os empréstimos para comercialização tiveram queda de 7%. O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) contratou mais 7,3% e o Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pro

CADERNETA DE POUPANÇA CRESCEU EM NOVE MESES

O Banco Central informou ao mercado que a caderneta de poupança pelo nono mês consecutivo apresentou saldo positivo. Isto é, os depósitos foram superiores aos saques de março a novembro. O que ocorreu e fato? As pessoas ficaram preocupadas com a pandemia do covit-19 e, desde o início, retraíram-se no consumo e passaram a guardar mais dinheiro do que antes. Ademais, teve também o auxílio emergencial do governo que reforçou a quantidade dinheiro em mãos das famílias, que começou em abril e terminará em dezembro. Este movimento de consumir relativamente menos e poupar mais é típico do processo recessivo brasileiro, visto que o consumo das famílias corresponde a 60% do PIB nacional. Informou o Banco Central que em março (a pandemia foi decretada em 16 de março pela OMS) as famílias depositaram de forma líquida R$12 bilhões. A poupança por precaução em novembro, em termos de depósitos globais foram de R$297 bilhões. Já os saques corresponderam a R$295,5 bilhões. A captação líquida f

IBOVESPA ACUMULA MAIOR SÉRIE COMPLETA DE GANHOS

O IBOVESPA acumula a maior série completa de ganhos neste ano. Ou seja, é a quinta semana consecutiva com desempenho acumulado positivo e quase zerando a perda acumulada neste ano, isto porque existe o entusiasmo com a vacinação que se iniciará no Reino Unido contra a covit-19 e se prolongará pelo mundo. A bolsa brasileira subiu 1,2%, chegando a quase 114 mil pontos. No ano o declínio agora é de 1,74%. O volume financeiro esteve próximo de R$30 bilhões, ontem. Em janeiro chegou a encostar-se aos 120 mil pontos, conforme análise da agência Reuters. A propósito, a Reuters é inglesa e tem idade tão longa, aproximando-se da revista The Economist. No pior momento depois da pandemia em referência, o índice da bolsa chegou a ficar em 52% do indicador de referência do mercado de ações. Dessa maneira, o volume de ações negociadas na bolsa brasileira vem crescendo muito ano a ano, aproximando-se do valor do PIB do País. Chegou a 80% dele. A consultoria Economática acredita que fechará o

PIB EXAGERADO DO TERCEIRO TRIMESTRE

04-12-2020 Como tem sido registrado aqui, a data do artigo é a acima. Geralmente consignada quando ele é editado no dia posterior. Foi 7,7% a taxa de crescimento da economia brasileira de julho, agosto, setembro deste ano. Olhando o número de forma fria ele se mostra exagerado. Porém, a base em que ele cresceu, que fora de abril, maio, junho, tinha recuado 9,9%. Ou seja, para recuperar tinha que crescer mais de 2%. O presidente Jair comemorou o resultado porque ainda não se saiu da pandemia do covit-19, mas já flexibilizou parcialmente o isolamento social. Aqui se reporta ao célebre economista Roberto de Oliveira Campos, componente da equipe brasileira que, em Bretton Woods, nos Estados Unidos, em 1944, criou o Fundo Monetário Internacional. Depois foi ministro, deputado federal, escritor, dentre outras virtudes. Disse ele: “a estatística é como o biquíni: mostra o acessório, mas esconde o essencial”. O PIB divulgado é menor do que o projetado pelo mercado financeiro, que apont

ESPECULAÇÃO ESTRANGEIRA NA BOLSA

Nos últimos dias ingressaram mais de R$31 bilhões de capital externo e parece que continuarão numa onda especulativa. Bolsa de valores não tem parado de crescer. Há cerca de dois meses as aplicações em títulos de renda fixa deram elevados prejuízos. A bolsa de valores brasileira estava perto de 95 mil pontos. A XP Investimentos, que investe basicamente em títulos de renda variável, previu que em pouco tempo a bolsa chegaria aos 105 mil pontos. Não só chegou como ultrapassou. Com ingresso de capital estrangeiro referido chegou ontem a mais de 112 mil pontos. A máxima deste ano foi de 119 mil pontos, antes da pandemia atual. A sucursal da agência secular Reuters divulgou o seguinte: “O Bank of America (BOfA) está ‘overweight’ nas ações brasileiras em 2021, vê chances do dólar cair abaixo de R$5,00 e recomenda posições vendidas nos DIs janeiro e janeiro 2023, apostando em um cenário de ‘organização’ fiscal, que contemple manutenção do teto de gastos e progressos em reforma micro”.

DESEMPREGO TEM MAIOR TAXA DA PANDEMIA

O IBGE divulgou que a taxa de desemprego em outubro atingiu o seu maior percentual depois da pandemia do novo coronavírus. Cresceu 0,1%, em relação à taxa de setembro, indo para 14,1%. A população desocupada alcançou agora 13,8 milhões de pessoas, sendo o recorde da série, iniciada em maio, chamada de PNAD-COVID, cujos resultados semanais são divulgados. Elevou-se 2,1% em relação a setembro e desde maio já se elevou em 35,9%, dados do IBGE. Estes números tem se elevado por que muitas pessoas voltaram a procurar emprego formal. Desde março que um contingente enorme de pessoas passou a não procurar emprego. De setembro para outubro a taxa de desemprego das mulheres passou a 17,1%. A média nacional é maior do que a média similar dos homens, de 11,7%. O IBGE revelou ainda que a taxa de desemprego fora maior entre os declarados pardos e negros, de 16,2%, enquanto os declarados brancos tinham taxa de desocupação de 11,5%. Os mais jovens continuam sendo os mais afetados em outubro. Pa