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Mostrando postagens de maio, 2014

30/05/2014 - INTERRUPÇÃO NOS JUROS

O comportamento econômico de curto prazo é previsível. No entanto, podem acontecer acidentes de percurso. A política econômica geralmente é de agir com medidas globais. Macroeconômica. Isto é, como exemplos, trabalhando com juros, moeda, crédito. A reunião desta semana do Comitê de Política Econômica (COPOM) do Banco Central (BC) interrompeu a ascensão da curva dos juros básicos da economia, taxa SELIC, que vinha em evolução de 7,25%, em abril de 2013, em nove reuniões consecutivas, para 11%, em março. Dessa forma, a reunião deste maio encerrou o mais longo ciclo de aperto monetário da história do COPOM. Porém, a expectativa dos economistas consultados pelo próprio BC é de que a taxa SELIC voltará a subir em dezembro e chegará a 12,5% em 2015. Então, por que a interrupção? A explicação do próprio COPOM é de que ele irá esperar os resultados das referidas nove altas, visto que os efeitos das citadas elevações se dão meses depois. Será? Esta é a interpretação de que as coisas p

29/05/2014 - RECORDE DE HOMICÍDIOS

Criado em 1979, pelo sociólogo Júlio Jacobo, no ministério da Saúde, o Mapa da Violência apresenta o Brasil batendo recordes de homicídios. Daquela época para 2012, data da última atualização, a violência cresceu em números de forma assustadora, tal como ocorreu de 2011 para 2012, quando 56.337 pessoas foram assassinadas, cuja elevação foi de 7,9%. Considerada a taxa de crescimento da população, esta taxa ainda está próxima de 7%. Considerando o número médio de assassinato, ele é de 29 por 100 mil habitantes. Mas, a faixa de variação, aproximadamente nos extremos, está entre 10 a 70 homicídios por 100 mil. Para o referido coordenador: “Nossas taxas são 50 a 100 vezes maiores do que a de países como o Japão. Isso marca o quanto ainda temos que percorrer para chegar a uma taxa minimamente civilizada. O Brasil vive um equilíbrio instável. Não se pode dizer que o ano de 2012 seja uma tendência, mas é preocupante. As ações pontuais na área de Segurança Pública estão mostrando seus limit

28/05/2014 - MARCAS DA ECONOMIA POLÍTICA

Na Colônia e no Império as marcas da economia política são de total dependência dos países avançados. Surgiu a República Velha (1889), o primeiro ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, lançou a primeira tentativa de independência da economia política, cujo episódio ficou conhecido como Encilhamento. Isto é, o Brasil teria uma bolsa de valores onde os incipientes capitalistas recorreriam, visando à industrialização brasileira. Não deu certo. Faltou quase tudo. Capital, tecnologia, capacidade empresarial. Deu-se uma quebra geral. O País não conseguia sair das amarras da economia rural exportadora, subordinada aos países avançados. O golpe militar de Getúlio Vargas, em 1930, instalaria no Brasil a indústria substitutiva das importações. Uma indústria muito protegida, por isso mesmo, não competitiva. Nos anos de 1950, estabeleceu-se a Instrução 113 da SUMOC (1955), tendo o governo de Juscelino implementado a indústria pesada com tal instrumento e construído Brasília. O Plano de Metas de JK

27/05/2014 - REUNIÃO DO COPOM

A cada 45 dias o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central se reúne para decidir sobre a taxa de juros básica da economia, a chamada SELIC, hoje em 11% anuais, que baliza o quanto paga o governo por seus títulos da dívida pública. Os juros privados são livres, mas os bancos também fazem seus cálculos conforme a SELIC, embora cobrem bem mais juros e encargos, argumentando que recolhem elevados depósitos compulsórios. Mas, não é bem isto.   Afinal os bancos são as empresas que desfrutam das mais altas de lucros no País. A teoria econômica consagra o fato de que o BC aumenta a taxa básica para que a inflação não se eleve e até se reduza. O BC reduz a taxa básica para elevar o ritmo de desempenho econômico. Portanto, taxa de incremento do PIB varia inversamente com a taxa básica de juros. Daí a sua grande importância. A pesquisa semanal FOCUS do Banco Central, divulgada ontem, apresenta a projeção do mercado financeiro para a taxa SELIC seguir em 11% ao ano. Os cem anali

26/05/2014 - ENERGIA CARA

O custo da energia elétrica no Brasil é de cerca de 60 dólares por megawatt hora (MWh). O dobro do pago pelas empresas fora do País. Existem dois mercados domésticos, aquele de fornecimento energético pelas estatais e aquele do mercado livre de empresas privadas. Devido ao uso de termelétricas de forma intensiva neste ano, a conta de energia subiu no mês passado 18%. No entanto ainda há um buraco maior do uso intensivo de termelétricas, bancado pelo governo federal, que irá transferi-lo para as empresas e a para as famílias depois das eleições do próximo dia 05 de outubro. A exemplo disto, as estatais vendem com subsídio a R$110,00 por MWh. No mercado livre, em abril, ela foi vendida a R$276,00. O brasileiro há um ano teve sua conta reduzida em cerca de 20%. Mas, com o recente aumento de 18% praticamente a vantagem foi retirada. Já as empresas, por também de pagar caro, não conseguem serem competitivas internacionalmente. Nas eletrointensivas, tal como na produção de gases indus

25/05/2014 - PAC PREJUÍZO

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) escolheu seis grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para calcular o prejuízo delas, em razão de não estar gerando benefícios para a sociedade. O valor encontrado é de R$28 bilhões, bastante similares aos gastos realizados com as obras para a Copa de Futebol Mundial, a iniciar em 12 de junho próximo. A obra que tem causado o maior prejuízo é a transposição das águas do rio São Francisco originalmente prevista a conclusão em 2010 (eixo Leste), bem como em 2012 (eixo Norte). O estudo dela levou em conta o quanto se deixou de produzir, pela agropecuária nordestina. O valor encontrado correspondeu a R$11,7 bilhões. Em seguida a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. Esta deixou de ser uma via importante para o escoamento de minérios para exportação. A duplicação da BR 101 em Santa Catarina. As linhas de transmissão do rio Madeira. O aeroporto de Vitória. O projeto de esgotamento sanitário de Fortaleza. Referido estudo

24/05/2014 - DESEMPREGO E INFORMALIDADE

A economia brasileira cresceu seu PIB em 2,7%, no exercício de 2011, em 1%, no ano de 2012, 2,3% em 2013, tendo projetado a equipe econômica crescer mais, por volta de 3%. No entanto, as previsões do Banco Central a quase toda semana desde o início do ano recua, estando previsto pelo BC 1,7%. Entretanto, há projeções credenciadas pelo próprio BC, variando de 1% a 1,5%. Quer dizer, a economia estagnou.   Isto é, o incremento do PIB se eleva aproximadamente por volta do crescimento vegetativo da população. Em sentido inverso, a taxa de desemprego, divulgada pelo IBGE como Pesquisa Mensal de Emprego, desde o governo da presidente Dilma em recuado mês a mês. De mais de 6%, no mês de março esteve em 5% e em abril bateu em 4,9%. O que está havendo? A lógica do sistema econômica é que a taxa de crescimento do PIB se eleva mês a mês e o desemprego se retrai. O IBGE afirmou que a retração do desemprego não se deu por geração de novas vagas. O recuo do número de desempregados ocorreu,

23/05/2014 - PERDAS DOS PLANOS ECONÔMICOS

A partir do primeiro Plano Econômico, em 1949, o Plano SALTE, a economia brasileira passou a ter uma intervenção geral do Estado. Antes o Estado intervinha setorialmente. As experiências   anteriores mais abrangente se deram duas vezes. A primeira, chamada de “Processo de Substituição das Importações”, a partir dos 1930, que perdurou até os anos de 1970, isto é, o estímulo ao crescimento rápido à retardatária indústria brasileira, que fora proibida na etapa colonial (1703, pelo Tratado de Methuen). A segunda, em 1939, mediante Plano de Obras para a 2ª Guerra Mundial, circunscrito a esta. A lógica do Plano SALTE (1949-1954), do Plano de METAS (1956-1960), do Plano TRIENAL (1963) era crescimento rápido, trazendo em consequência níveis mais altos das taxas de inflação, até atingir 92%, na passagem de 1963 para 1964, motivo econômico principal para ser realizado o golpe militar de abril de 1964. Os governos militares indexaram a economia, fazendo o Programa de Ação Econômica do Governo

22/05/2014 - MOBILIDADE URBANA

A possante indústria automobilística coloca há décadas uma quantidade de carros de passeio e caminhonetes que congestionam todos os dias os grandes centros urbanos, de uma maneira em geral. Mas, muitas cidades do interior também têm congestionamentos de trânsito. É impressionante que, a cada minuto, 152 novos automóveis deixam as fábricas do mundo. A projeção é vigorosa. Para 2020 a produção de veículos é de 203 por minuto. Tomando-se o Brasil, entre 2002 e 2012, a frota de veículos se elevou mais de seis vezes a taxa de crescimento da população. Ou seja, em uma década praticamente o número de habitantes das cidades brasileiras cresceu 14% e a quantidade de automóveis se elevou em 85%. Em 2002 existiam 26,66 milhões de veículos no Brasil; em 2012 alcançou 50,21 milhões de carros. Nesse ritmo, conforme a fonte Observatório das Metrópoles, citado pela revista Veja, de 09-04-2014, em 2022 serão 94,56 milhões de veículos. Os tormentos de excesso de carros são engarrafamentos quil

21/05/2014 - BATENDO CABEÇAS

Não bastasse a paralisia da atual gestão econômica, visto que a inflação continua insidiosa, o crescimento é raquítico e a preocupação mais nítida é a reeleição da presidente Dilma, ainda dois doutores economistas, ministros mais fortes, da Casa Civil e da Fazenda, estão em contradição, quanto à imobilidade governamental. Em entrevista à Folha de São Paulo, na semana passada, o ministro Aloizio Mercadante admitiu que o governo segura tarifas para evitar que elas tenham impacto negativo na inflação. Na mesma semana, o ministro Guido Mantega, declarou que o governo tem elevado as tarifas sim, tal como fez com aumento de 18% na conta de energia elétrica. Batem cabeças e a economista presidente nada declara. Comenta-se no Palácio do Planalto que estaria sendo entabulado um “pacote de maldades”, mas cujo lançamento somente se dará após as eleições. Uma das medidas é elevação da carga tributária. Claramente de contenção dos investimentos e de retração do incremento do PIB. O minist

20/05/2014 - PLANO SAFRA

O Brasil tem dois ministérios que trata do setor primário. O Ministério do Desenvolvimento Agrário cuida da reforma agrária e da pequena produção e o Ministério da Agricultura do agronegócio. Todo ano é feito o Plano Agrícola e Pecuário, também chamado de Plano Safra, no âmbito deste último ministério. Na verdade, é a alocação R$156,1 bilhões para financiar a produção agrícola de larga escala. Houve uma elevação de 15% em relação aos R$136 bilhões alocados para a safra anterior. Para o ministro da Agricultura, Neri Geller, o Brasil poderá atingir s liderança na produção mundial de soja na nova temporada, além de também crescimento esperado para grãos e oleaginosas, no total de 200 milhões de toneladas. A Sociedade Rural Brasileira, através do seu presidente, Gustavo Diniz Junqueira, criticou a elevação da taxa média de juros de 5,5% para 6,5% ao ano e elogiou a inclusão de recursos para florestas plantadas. Na verdade, considerou a dotação da atual safra como adequada. Ora, o

19/05/2014 - PROFESSORES FORA DE AULA

O professor brasileiro é selecionado por concurso. Mas, é muito comum ele ser requisitado por órgão público, gabinete de políticos, de magistrados. Em média, 20% deles estão cedidos, conforme o Tribunal de Contas da União. Uma pesquisa realizada em 20 unidades da federação, pela revista Isto é, desta semana, detectou que milhares de professores também ocupam funções burocráticas na própria escola. O desfalque maior foi encontrado em Brasília, dos 28.900 professores, 10.062 estão licenciados da função de lecionar. Goiás possuía cedidos 26,6%. Sergipe, 24,8%. O menor percentual se encontrou no Piauí, 15,85%. Para contratar um docente basta o pleito chegar à secretaria da educação, sob promessa de pagamentos de seus direitos trabalhistas. Em situações especiais, o docente poderá ate estar cedido com ônus para as referidas secretarias. Ora, a escassez detectada pelo Ministério da Educação (MEC) é de 32 mil professores, não obstante os 20% não estarem realizando suas funções originai

18/05/2014 - CONJUNTURA MORNA

Esperava-se da economia mundial indicadores de melhor desempenho. No entanto, os números do primeiro trimestre são mornos. A economia americana cresceu somente 0,1%; a economia europeia só 0,2%; a economia brasileira, em tese, somente 0,3%. Em tese porque esta é uma estimativa parcial do Banco Central. É necessário saber-se o indicador do IBGE, o índice oficial, que sempre sai mais tarde, bem tarde. Leigos ou não conhecedores dos limites da ciência podem argumentar que referidos números, como anteriores, podem ser manipulados. Claro que podem. Porém, a ciência estatística é de fornecer os dados aproximados da realidade, a verdade relativa. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) diagnosticam um cenário de desaceleração desde 2013 e que ela vai perdurar por todo este ano, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de economia da FGV. Um dos pontos básicos do acompanhamento econômico é o ciclo de negócios. No País, a FGV o faz, bem como a FIPE, o IPEA, o IBGE, além de insti

17/05/2014 - CONTRA-ATAQUE DE LULA

Em São Bernardo Campo – São Paulo, onde mora o ex-presidente Lula, cidade com 800 mil habitantes, participante de um congresso sobre a Imprensa, com 380 integrantes, promovido pela Associação de Diários do Interior, onde recebeu homenagem no dia 13 passado, falando 20 minutos, em que evitou qualquer improviso, ele contra-atacou a “mídia econômica do Reino Unido”, representada pelo jornal Financial Times e pela revista The Economist, os quais têm criticado a política econômica de Dilma Rousseff. “Quanto mais distante, mais erram. Não posso entender como classificam de frágil uma economia com reservas de US$338 bilhões e com pleno emprego, no momento em que o mundo destruiu, desde 2008, 62 milhões de empregos. E ficam repetindo aqui como papagaios. Gostaria que fossem estudar economia antes de repetirem previsões que não se concretizam”, disse ele. Continuando, em Brasília, no mesmo dia: “a regulamentação democrática da mídia é o desafio que se apresenta”. A imprensa do Reino U

16/05/2014 - EXCESSO DE DEPUTADOS

A Câmara de deputados brasileira possui 513 membros. Em si, já demonstra muita gente. Há um “bate cabeça”, ao ponto de eles mesmos terem aprovado uma lei que somente os fazem trabalhar três dias na semana, terça, quarta e quinta feira. O deputado Clodovil, famoso estilista de moda, morto há alguns anos, apresentou em seu mandato um projeto de lei para reduzir referido número à metade. Devido aos excessos de privilégios, notadamente financeiros, bem como o alto custo para a sociedade, que tem um deputado brasileiro, além de foro privilegiado, proteção que pouquíssimos cidadãos têm neste País, eles mesmos se protegem, nunca tendo colocado o projeto de lei de Clodovil em pauta, mesmo ficando patente para toda Nação como tem tanta gente na Câmara. A prova disto é como é tão difícil aprovar uma lei, havendo um estoque de milhares de projetos para serem debatidos, fundamentais para o aperfeiçoamento das instituições nacionais. Comparando com os Estados Unidos, cuja população está p

15/05/2014 - REFLEXOS DA BOLHA CHINESA

O jornal Financial Times, através do seu correspondente de Pequim, Jamil Anderlini, transmitiu esta semana que a economia chinesa parece que está engasgando, conforme evidências de que uma bolha imobiliária estaria prestes a estourar. Em quatro meses deste ano, as vendas de imóveis caíram 7,8%, em relação há um ano. As obras recentemente iniciadas se reduziram em 22,1%, na mesma relação comparativa. O jornal Valor Econômico de ontem refere-se que de 2011 a 2012, a China produziu mais cimento do que os Estados Unidos em todo o século XX, baseados em estatísticas dos dois países. Isto é, deve estar muito estocada da espécie. Ademais, reporta-se ainda à estimativa da Moody’s Analytics de que a construção, venda e instalação de equipamentos em imóveis representam 23% do PIB chinês, sendo esta maior relação do que a dos Estados Unidos, Espanha ou Irlanda. As expectativas de queda nos preços dos imóveis e dificuldades financeiras das construtoras poderiam levar a um desarranjo da economi

14/05/2014 - ENVOLVIMENTO EM CONFLITOS

O Brasil participa da Organização das Nações Unidas (ONU), entidade que congrega cerca de 200 países. Ao pleitear um acento permanente no Conselho de Segurança da ONU, reunindo mais ênfase em tal aspiração desde 2003, quando Lula assumiu a presidência, é mantido como membro provisório, havendo somente uma explicação plausível, visto que o Brasil não possui artefatos nucleares como os demais membros do citado Conselho. Ora, porque continuar pleiteando tal vaga? O Brasil não é um país imperialista. Mesmo assim, o País tem maioria de integrantes das forças de paz no Haiti (América Central) e na República Democrática do Congo (África). No Haiti, o Brasil está fortemente presente há mais de dez anos, fazendo parte da ajuda humanitária e estabelecimento da ordem, mesmo antes do último terremoto que ceifou milhares de vidas. No Congo, pela primeira vez na história, a ONU abandonou a política de neutralidade e imparcialidade, autorizando as forças comandadas pelo general brasileiro,

13/05/2014 - LINCHAMENTOS

No Brasil o desemprego está por volta de 5%, conforme o Ministério do Trabalho, ou de 7,1% consoante a PNAD Contínua do IBGE. A taxa gera controvérsia nas explicações. Os 5% se aproxima dos 3% dos anos de 1970. Os 7,1% se aproximam do grande desemprego das décadas de 1980, 1990 e primeiros anos do século XXI. A verdade é que muitas pessoas tem deixado de trabalhar, para estudar. Outras parecem estar migrando para a marginalidade e violência crescentes. A Universidade de Chicago tem estudado essa “economia esquisita”. Um dos livros mais vendidos é denominado por “Freakonomics – o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta”, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, mostrando a economia subterrânea em profusão e em crescimento. No Brasil o Código Penal é dos anos de 1940, quando a expectativa de vida era de 45 anos. Assim, as penalidades são bastante abrandadas. Por seu turno, a justiça brasileira tem quatro instâncias (são demasiadas), cabendo recursos que fazem os processo

12/05/2014 - PRESSÕES INFLACIONÁRIAS

O Banco Central já elevou em nove vezes consecutivas a taxa básica de juros de 7,25% para 11%. Mesmo assim, a inflação resiste de cair. Em abril do ano passado, quando começou a elevação da SELIC, a inflação atingiu 6,6%. Ela recuou até 5,8%, mas voltou a subir. A expectativa do mercado financeiro é de que termine este ano em 6,5%. Porém, a quem aposte em 7%. Em 2013, o vetor dos preços administrados se situou abaixo d e 2%. Neste ano, o governo vem adiando reajuste dos seus preços. Por exemplo, a Petrobras está se deteriorando a passos largos. Ainda hoje a presidente da estatal, Graça Foster, propugnou por reajustes nos preços dos combustíveis. Estão previstos para junho a mudança neles e isso irá repercutir na inflação. Ajustes em tarifas nos preços de transportes urbanos estão sendo cogitadas. A inflação brasileira é de expectativas. Os empresários reclamam do intervencionismo governamental crescente e ausência de uma reforma tributária. As projeções para o PIB deste ano é

11/05/2014 - FINANÇAS PESSOAIS

Pesquisa feita pela Ricam Consultoria, publicada pela revista Isto é desta semana, pelo colunista Ricardo Amorim, que entrevistou 1.555 cidadãos entre 18 e 60 anos, em 255 municípios, mostra um quadro em que somente um em cada três brasileiros anota e controla seus gastos. Sete em cada dez que usam cheque especial, não sabendo quanto paga de juros, nem a que taxa de juros. Cerca de 43% dos entrevistados revelaram que nunca receberam uma orientação financeira. Já 64% informaram que possuem caderneta de poupança. Apenas 3% investiram em ações de empresas. Conforme a Confederação Nacional do Comércio (CNC) duas em cada três famílias brasileiras têm dívidas. A mesma CNC divulgou no ano passado que 60% dos brasileiros vêm seu salário acabar até o dia 20 de cada mês. No Brasil de hoje o crédito é farto. Porém, a grande maioria da população não possui educação financeira, endividando-se acima das suas possibilidades. É contrastante com a pesquisa o fato de que 52% dos brasileiros pe

10/05/2014 - COMÉRCIO EXTERIOR

O Brasil é o país emergente do BRIC, menos conectado à economia mundial, considerados China, Rússia e Índia, conforme estudo da consultoria Mc Kinsey, publicado pela revista Exame desta quinzena. Os fluxos comerciais e financeiros em transações com o exterior, em 2012, colocaram a China com o volume de US$5,124 trilhões; à Rússia, US$1,277 trilhão, à Índia US$1,131 trilhão; ao Brasil, US$757 bilhões. As somas das transações financeiras e comerciais do Brasil com os outros países equivalem a 34% do PIB brasileiro. É muito pouco quando se verifica que a citada relação é de 546% para Hong Kong, 436% para Singapura, 241% para a Estônia, 123% para a Coreia do Sul, 97% para o Chile, 78% para o México, 63% para a Rússia, 62% para a China, 61% para a Índia, 42% para a Argentina. Na comparação com 85 países feita pela referida consultoria, o País está em 40º lugar. O fato é que o Brasil evolui lentamente na economia global. Assim, desde 1995, a soma das transações internacionais cresceu

09/05/2014 - INDÚSTRIA ENCOLHENDO

A queda na fabricação de caminhões, de máquinas e equipamentos, isto é, a fabricação de bens de capital, aqueles bens que produzem outros bens e permanecem no ciclo produtivo, responsáveis pela sustentação da produção, registrou recuo de 3,6% na passagem de fevereiro para março deste ano. A indústria brasileira como um todo revelou uma perda de 0,5% no período em referência. A indústria brasileira demonstrou que ainda não engrenou uma retomada na produção no início deste exercício. Em 2013, a indústria subiu apenas 1,2%. Dessa forma, alguns economistas começaram a rever as perspectivas para 2014, para menos de 2% de incremento do PIB, em face das perspectivas industriais não serem nada animadoras. Segundo Rogério César de Souza, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), em declarações à imprensa no dia 07 deste: “A aposta era que bens de capital seriam um dos setores que desapontariam este ano. Diante da queda da produção, isso comprom

08/05/2014 - PAC SANEAMENTO

    O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 21-01-2007, inicialmente contemplava cerca de 200 obras de infraestrutura, envolvendo aquelas antigas e novas. Naquele momento o presidente Lula tinha sido reeleito e a economia brasileira crescia, em mais de um ano, acima de 5% anuais. Assim, o PAC passou a ser a principal bandeira de realizações de infraestrutura. A cada trimestre era uma festa as avaliações do PAC. Então as obras do PAC se multiplicaram. Passaram a ser também dos 27 Estados e de 5.565 Municípios. Logo, logo, o número atingiu mais de 2.000 projetos. Porém, em razão da crise mundial de 2008, ainda não totalmente debelada, o PAC veio também definhando. As avaliações passaram a quadrimensais e depois semestrais. Enfim, nem se chegou à metade das contratações. A Ministra da Casa Civil de então, Dilma Rousseff, ficou sendo chamada de “mãe do PAC”. Logo, candidatou-se com esta principal bandeira, sendo eleita. Em seguida, ainda no final do governo do ex

07/05/2014 - INSATISFEITO E INDIGNADO

Ao contrário do que se tem colocado muito mais aqui, críticas e não elogios, mostrar que o brasileiro está insatisfeito e indignado é bastante positivo, visto que o fará propugnar por mudanças. Não é correta aquela visão outrora muito acreditada, de que o brasileiro é cordial, conforme escreveu Sérgio Buarque de Holanda, no clássico livro “Raízes do Brasil”. Pesquisa realizada pela consultoria Brand Analytics, participante de um dos maiores grupos de pesquisadores do mundo, examinou quatro países: Estados Unidos, Inglaterra, China e Brasil. Para 52% dos americanos os Estados Unidos são o lugar ideal para se viver. Para 30% dos ingleses a terra deles é adequada para se residir. Para 26% dos chineses a sua nação é ideal para se morar. Para 18% dos brasileiros aqui é o melhor lugar de vida. Portanto, existem muitas coisas para serem mudadas. Tomando somente dados do Brasil. Nota-se que a educação deverá desempenhar cada vez espaço desbravador. Primeiro, a pesquisa revela que os bra

07/05/2014 - INSATISFEITO E INDIGNADO

Ao contrário do que se tem colocado muito mais aqui, críticas e não elogios, mostrar que o brasileiro está insatisfeito e indignado é bastante positivo, visto que o fará propugnar por mudanças. Não é correta aquela visão outrora muito acreditada, de que o brasileiro é cordial, conforme escreveu Sérgio Buarque de Holanda, no clássico livro “Raízes do Brasil”. Pesquisa realizada pela consultoria Brand Analytics, participante de um dos maiores grupos de pesquisadores do mundo, examinou quatro países: Estados Unidos, Inglaterra, China e Brasil. Para 52% dos americanos os Estados Unidos são o lugar ideal para se viver. Para 30% dos ingleses a terra deles é adequada para se residir. Para 26% dos chineses a sua nação é ideal para se morar. Para 18% dos brasileiros aqui é o melhor lugar de vida. Portanto, existem muitas coisas para serem mudadas. Tomando somente dados do Brasil. Nota-se que a educação deverá desempenhar cada vez espaço desbravador. Primeiro, a pesquisa revela que os

06/05/2014 - ELEIÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

  Oportuno comparar a síntese da pesquisa Instituto Sensus/Isto é, a primeira em que a presidente Dilma não ganha no primeiro turno desde 2011, divulgada no dia 03 deste, com o que o forte representante da indústria, Benjamin Steinbruch, problematiza em seu tradicional artigo quinzenal da Folha de São Paulo, publicado hoje. O resumo da primeira aponta oito pontos nos quais a Dilma se vê criticada, sem querer mudar, no presente. As questões de Benjamin são relativas ao futuro. Em um são mostradas as fraquezas. No outro, as ausências. Referida pesquisa, comentada pelo diretor do Sensus, Ricardo Pinto. 1º) “Depois de três anos com um PIB médio de 2% ao ano e inflação perto dos 6%, milhões de brasileiros retornaram à linha de pobreza”. 2º) “As denúncias envolvendo a Petrobras”. 3º) “50,2% acham que o País não está no rumo certo”. 4º) “65,9% da população está perdendo no bolso”. 5º) “Pela primeira vez se constata que o índice de reprovação da presidenta é maior do que o da apro

05/05/2014 - PESSIMISMO DO MERCADO FINANCEIRO

A pesquisa semanal FOCUS, do Banco Central, auscultando 100 analistas financeiros de fé, divulgada hoje, retrata o fato de aumento do pessimismo para o próximo biênio, reforçado pelo discurso da presidente Dilma no dia 30, relativo às comemorações do dia do trabalho, dia 1º . Quer dizer, a propaganda política de seus feitos, sujeita à multa, porque está fora do início da propaganda eleitoral, não conseguiu encobrir as expectativas de inflação em alta, crescimento em baixa e de juros em alta. As perspectivas para 2014 e 2015 são de inflação no limite máximo da meta de 4,5% mais o viés de alta de 2%, isto é, 6,5%. Em face disso, a previsão é de que os juros básicos da economia se elevem ainda mais, para 12,25% anuais, até o final de 2015. O PIB estimado para 2014 recuou de 1,65% para 1,63%; o PIB de 2015 retroagiu de 2% para 1,91%. Em particular, o produto industrial continua definhando, em perspectiva de recuo de 1,40% para 1,21% neste ano de para 2015 se manteve em 2,65%. A q

04/05/2014 - POPULISMO PODE NÃO SER EFICIENTE

Ao contrário do que se imagina o “passo populista”, aludido pelo jornal Financial Times, a respeito do discurso do dia 1º de maio da presidente Dilma, interferência muito comum da imprensa londrina, não é um passo para frente. É um passo para trás, haja vista que o seu discurso acentuou traços de uma campanha política antecipada, o que é proibido pela legislação eleitoral e mostrou que a atual mandatária está com medo. Tanto está que ela assumiu de vez a candidatura à reeleição, mesmo sem apoio da base aliada, fazendo promessas, autos elogios e mostrando contradições numéricas, quando elevou em 10% o benefício do Programa Bolsa Família, enquanto a inflação está em 6%, bem como somente corrigiu em 4,5% a tabela de desconto na fonte do imposto de renda.     O autor de artigo do jornal Financial Times, Joe Leahy, assim se referiu: “O passo populista marca o mais agressivo contra-ataque da presidente contra a oposição, que ainda tenta diminuir sua forte liderança nas pesquisas”. Out