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Mostrando postagens de janeiro, 2013

27/01/2013 - ECONOMIA GLOBAL

  Em janeiro há cerca de quatro décadas se reúnem os países ricos e os países emergentes, capitaneados pelas instituições do primeiro mundo, tais como FMI, BIRD, BCE, grandes capitalistas, sejam industriais, banqueiros, comerciantes, mais cabeças iluminadas, enfim, um contingente de 2 mil a 3 mil, na cidade Suíça de Davos, discutindo os rumos da economia mundial. No passado de 5 anos, eles se reuniam para dar conselhos e advertências aos países emergentes, subdesenvolvidos, pobres. Verdadeiros puxões de orelha. Nos últimos anos estão acanhados. O encontro começou no dia 23 e se encerrará no dia 29-01-2013. O FMI abriu as previsões de forma cautelosa, trazendo para baixo suas previsões trimestrais anteriores, muito embora afirme que a economia mundial caminha para a recuperação e este ano deve marcar a saída do fundo do poço, após cinco anos, a maior crise desde 1929, principalmente do mundo desenvolvido. Porém, a retomada é mais lenta do que ele afirmava há meses atrás. Ou seja,

26/01/2013 - CONTAS COM O EXTERIOR

O Balanço com o Resto do Mundo se chama de Balanço de Pagamentos na Contabilidade Nacional. Trata-se de grupos de contas, tais como a Balança Comercial (primeiro grupo), que se reflete pelas transações de bens, isto é, exportações menos importações, podendo ser superavitária ou deficitária. Assim como a Balança de Serviços (segundo grupo), conforme definido pelo próprio nome se tratam de dois tipos deles: (1) os serviços comuns, tais como os custos propriamente ditos, além de transportes, seguros, viagens, turismo, cinema, artes, dentre outros (desde a sua primeira contagem sempre foram saldos deficitários); (2) serviços da dívida externa (desde o primeiro ano do Império até hoje saldos deficitários). A diferença entre esses dois grupos se chama de Balança de Transações Correntes (quase sempre deficitária na história, isto é, em raro ano apresentou pequeno superávit).   Mais a Balança de Capitais (terceiro grupo), quase sempre superavitária, refletindo que o Brasil sempre foi à

25/01/2013 - DESEMPREGO ABERTO

Dois motivos principais, sob o ponto de vista econômico, fizeram o PSDB perder a eleição para o PT. O primeiro foi o desemprego aberto de mais de 11%. Esta é a taxa hoje dos países europeus, a maioria em recessão desde 2008. Lá, a austeridade está muito grande, haja vista que a maioria deles é de países desenvolvidos, acostumados com o bem estar. Convém lembrar que o desemprego aberto é a taxa que mede as pessoas que realmente não estão empregadas formalmente. Lógico, o subemprego está fora do cálculo. O subemprego é composto de pessoas que fazem ‘bico’, trabalhando muito menos do que a jornada de trabalho, de 44 horas, sem carteira de trabalho assinada. O segundo foi o racionamento de 20% de retração no consumo de energia elétrica, racionamento obrigatório de 2001, o que causou transtornos aos brasileiros. A presidente Dilma recebeu de Lula desemprego abaixo de 6% e este continuou caindo, em consequência sua popularidade continua subindo, por volta de 80%, não obstante um desem

24/01/2013 - DESEQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

O embrulho em que os governos do PT se defrontaram e se defrontam não é claro para a grande maioria da população. Ou seja, compreende a base da política econômica, alicerçada no tripé de meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário, sendo este último o limite orçamentário governamental. Isto é, geração de caixa para pagamento de parte substancial de juros da dívida pública. Na verdade, uma dívida de mais de R$1,8 trilhão, que teria de pagar juros de aproximadamente R$180 bilhões. Isto porque, embora a taxa SELIC seja de 7,25% anuais, entretanto há outros encargos do endividamento, visto que os títulos vinham com um estoque de juros bem altos, além dos custos administrativos. Dessa forma, prevê-se no orçamento de 2013 economizar R$155,9 bilhões, como superávit primário para pagar serviços da dívida, enquanto os investimentos do PAC estão em R$52,2 bilhões. Quer dizer, um terço dos juros a serem pagos é equivalente às inversões. Dessa forma, o investimento público é muito

23/01/2013 - NÃO EMPLACARAM

A presidente Dilma começou seu governo com medidas de estímulos a diferentes segmentos produtivos. Pela natureza temporária de referidos estímulos eles não emplacaram para incrementarem os investimentos. A estratégia passou longe de dar impulso às inversões das empresas. Só no ano de 2012 foram R$45 bilhões de tributos que deixaram de ser arrecadados, equivalentes a 1% do PIB. As desonerações representaram aumento de receitas para muitas empresas, manutenção de postos de trabalho e um desafogo na carga tributária. Porém, além de seu caráter temporário, as medidas não foram universais. Isto é, alguns segmentos foram beneficiados e muitos ficaram de fora, sem que fossem explicados os critérios. Na verdade um tiro de festim, causando desconfiança nos empresários, com reflexos opostos ao que se queria consolidar. Dessa maneira, o segmento mais contemplado foi a indústria automobilística, mediante 11 medidas de estímulos. O exemplo mais notório, a redução de 7% para zero do IPI sobre

22/01/2013 - NÃO TÊM SIDO BOAS PREVISÕES

Dados estimados para os principais países da America Latina colocam o Brasil na rabada do crescimento econômico. Em dez anos ininterruptos o Peru cresceu 6,4% anuais o seu PIB. Praticamente o dobro do desempenho brasileiro. A receita peruana incluiu planos de modernização da infraestrutura e reformas para reduzir entraves burocráticos, os quais conferiram maior agilidade na execução de inversões públicas e privadas. Dessa forma, é esperado para o Peru 6%; Venezuela, 5,7%; Chile, 5%; Colômbia, 4,2%; México, 3,8%; Argentina, 2,6%. Por seu turno, o ano de 2013 se iniciou com ameaça de um apagão elétrico, semelhante ao que houve em 2001. A falta de chuvas tem feito o governo usar as termelétricas e os custos delas são bem superiores. Por cada megawatt por hora, de óleo diesel se gasta R$720,00; óleo combustível, R$625,00; gás, R$189,00; carvão, R$158,00; hidrelétrica, R$91,00. De uma ponta a outra o custo da hidrelétrica é de 12% do óleo diesel. A estimativa é de elevação mensal de 1%

21/01/2013 - ADVOGADOS

Uma das profissões mais antigas é a do advogado. Existem no Brasil 1.200 cursos de direito. Há quinze anos eram 200. Como se proliferaram tantos cursos, a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) unificou o exame de capacitação. O resultado foi impressionante. Apenas 19.134 pessoas passaram dentre 114.763 inscritas. Ou seja, somente 16,6%. Foi o pior desempenho desde 2010, quando o exame foi unificado nacionalmente. Tal descontrole do ensino representa um desperdício social incrível. Alunos mal sabem escrever como serão bons profissionais é difícil ou impossível de responder. Considerando o ensino superior como um todo, se fossem feitos exames para todas as categorias, o diagnóstico seria completo. Mas, desde já se sabe que a educação brasileira precisa mesmo é de uma revolução. Enquanto isto, no Brasil há uma febre de desperdiçar dinheiro público tal como é a criação de novos partidos políticos. Existem 24 partidos registrados, mas em formulação estão mais seis. Quando o PSD foi

20/01/2013 - ESTABILIDADE E CRESCIMENTO

  Indubitavelmente, o Brasil depois de 1994, marco do Plano Real, tornou-se um país com estabilidade principalmente na sua economia. Antes, por muitas décadas, era um país instável, isto é, transitando de pequena taxa inflacionária, antes de 1950, para elevada, de 1960 em diante, para elevadíssima inflação, de 1980 em diante, processo que estava chegando à hiperinflação nos anos de 1990, corroendo fortemente os fundamentos econômicos. Porém, nos últimos 18 anos, as instituições passaram a ter credibilidade, os contratos são respeitados, existe democracia, isto é, alternância no poder, muito embora muitos vícios, defeitos, falhas e ausência de mais e melhores instituições se fazem sentir. O Brasil de quase duas décadas é considerado um país emergente, deixando a desejar um maior nível de crescimento econômico, para que seja reconhecido como país desenvolvido. O consenso mundial é que o progresso é medido pelo PIB. Começando com FHC, em dois mandatos, fazendo o PIB igual a 100 x

19/01/2013 - TALENTOS DESPERDIÇADOS

O grande desafio que o Brasil democrático se colocou, após 1994, quando a economia se estabilizou, foi o de universalizar a educação, o que vem sendo conseguido. Porém, uma educação de baixa qualidade. O Brasil não obtêm nota de aprovação (acima de 5), nem em testes internacionais, nem em testes nacionais. Por um lado, negligencia a inclusão de crianças e de jovens, nas duas pontas, seja no lado daqueles carentes, de muitas dificuldades, os quais muitas escolas se desobrigam de assisti-los, embora obrigadas por lei, seja no lado dos gênios, talentos quase todos desperdiçados. O Ministério da Educação acredita que existam 10,7 mil alunos com altas habilidades. No entanto, autoridades internacionais, tal como a sumidade americana, Joseph Renzulli, acredita que o Brasil tem pelo menos 5% de jovens supertalentosos. Ou seja, cerca de 3,15 milhões. Quer dizer, o MEC acredita em 0,34% da população. Por isso, nem dá maior atenção aos gênios da raça. Portanto, são raros aqueles reconhecidos

18/01/2013 - APARTAMENTOS FUNCIONAIS

A Câmara de Deputados tem 513 mandatários da população brasileira. Cada um tem direito a R$3.000,00 como auxilio de moradia ou pode morar em apartamento funcional de propriedade da União. Neste ano irá reformar 432 unidades, cerca de 84% deles, de 200 m2 cada, no total de R$280 milhões. Isto é, a reforma de cada um custará mais de R$648 mil. Os responsáveis por tal iniciativa, lesiva aos interesses dos contribuintes, referem-se ao fato que a referida reforma é melhor do que pagar aluguel ou diárias em hotel para o citado parlamentar. Ora, o custo de cada reforma, dividido por quatro anos de mandato, daria um custo mensal de R$13.500,00. Não dá nem para comparar com os R$3.000,00, visto que se gastará 4,5 vezes mais. Vê-se que o que está em jogo são luxo e mordomia para suas excelências. Neste exercício estão sendo renovados os mandatos de presidentes das casas legislativas. Muito difícil acreditar que as mordomias irão mudar. Para a presidência do Senado o praticamente eleito ser

17/01/2013 - FUNDO DO POÇO

Trimestralmente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta o crescimento econômico de cerca de 80% do PIB mundial, para o ano em curso. Agora, neste janeiro, aponta sinais de estabilização econômica na maioria dos principais países desenvolvidos e emergentes, cerca de mais de quarenta, aos quais acompanha. Os indicadores compostos da OCDE sugerem que o fundo do poço na zona do euro está chegando ao final, visto que as perspectivas para Alemanha, França e Itália se estabilizaram. Para o Reino Unido e Estados Unidos as indicações são de crescimento moderado. As sinalizações para China e para a Índia são de retorno mais forte de incremento do PIB do que no período anterior. Para o Brasil o crescimento será crescente. Já para o Canadá e a Rússia a expansão econômica será fraca, segundo aquele Órgão. As expectativas coletadas pela OCDE sobre a atividade industrial e o sentimento der confiança na Europa parecem ter melhorado. Corroborando a citada Organiz

16/01/2013 - CONTAS DE LUZ

No ano passado a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o mais forte órgão do empresariado brasileiro, intensificou campanha, principalmente na televisão, sobre o chamado ‘custo Brasil’, batendo forte com respeito ao elevado gasto industrial com energia elétrica, um dos cinco maiores do mundo. Por oportuno, em face de a pressão maior vir de São Paulo, justamente onde o esforço do PT foi o de ganhar a eleição municipal, como de fato aconteceu, o governo federal resolveu rever as concessões que venceriam ainda nos próximos anos, objetivando renová-las agora em janeiro, por mais 30 anos, mas reduzindo as contas de luz para empresas e famílias. As contas para as empresas comerciais e industriais cairiam até 28% e para as famílias por volta de 16%. Quanto maior o consumo, maior o desconto. No conjunto de grupos de empresas e de famílias a taxa média seria de redução de 20%. Dessa forma, a presidente Dilma sancionou a Lei 12.783, que prorroga as concessões do segment

15/01/2013 - DESCONTROLE NO STE

Abusos no pagamento de horas extras no mês de novembro, cujos gastos adicionais foram de R$3,7 milhões, para pagamento de 567 funcionários do tribunal Superior Eleitoral (STE). O montante recebido por alguns funcionários suplantou o valor da remuneração de ministros. Os vencimentos de um total de 161 servidores variarão de R$26.778,81 a R$64.036,74. A direção do STE, a partir da ministra Carmem Lúcia, determinou a análise rigorosa dos pagamentos, caso a caso. O pagamento de horas extras está previsto durante o período eleitoral. No topo da pirâmide dos beneficiados pelas horas extras estão 50 pessoas, que, somente em novembro, receberam juntas R$907,8 mil. Ou seja, um adicional nos salários de R$18,1 mil mensais por funcionário. Quando são examinados os 10 mais bem remunerados, a média desse pequeno grupo ascendeu a R$23,8 mil. Os valores foram praticamente os mesmos em outubro. Há registros de servidor que percebeu R$29 mil de horas extras naquele mês. Ora, o teto constitucional

14/01/2013 - LEGISLATIVO CARO

Os poderes mantidos pelo povo, Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, custam uma fábula aos cidadãos. Existe a necessidade da reforma política. Uma das discussões mais febris é sobre o Legislativo. Há aqueles que defendem o status quo, bicameralismo, Câmara e Senado, isto é, o que existe. Há aqueles que defendem o unicameralismo, uma só casa de legisladores. A questão é quanto custa ter duas casas legislativas, principalmente para um país que não é rico. Conforme a ONG Transparência Brasil, cada senador custou em 2012 cerca de R$33,4 milhões, aproximadamente 400% as mais do que custa um deputado federal, isto é, R$6,6 milhões. Um levantamento pelo jornal O Globo demonstra que subiu 13,45% no ano passado os gastos dos senadores com passagens aéreas, alimentação, hospedagem e consultoria. Muito mais do que o dobro que a inflação de 5,84%. Sem dúvida, o valor grosso de tais recebimentos não paga imposto de renda. Quer dizer, ganham muito e ainda não recolhem o que a mai

13/01/2013 - CADERNETA DE POUPANÇA

Criada há cerca de 150 anos, pelo imperador Pedro II, dando suporte à Caixa Econômica Federal e fonte de depósito de recursos populares, garantida pelo governo federal, possui hoje o Brasil mais de 100 milhões de depositantes, a caderneta de poupança. Atualmente tem rendimento mensal, liquidez mensal e garantia de até R$70 mil, pelo Fundo Garantidor der Crédito. Depois de 1964 passou a ter juros de 0,5% ao mês mais correção monetária. Ao findar a correção monetária, passou a ter rendimento de 0,5 mais a Taxa Referencial (um resíduo das taxas de juros entre os bancos). A partir de maio de 2012, passou a existir duas formas dela: a tradicional, que permanece com a remuneração acima explícita; a ‘nova’, remunerada por 70% da SELIC mais TR. Em todo curso da sua longa história foi fruto de cobiça pelos governos devido ao seu expressivo montante. Depois de 1964 recebeu os juros recebidos mais correção monetária manipulada pelo regime militar. Aliás, a manipulação da correção monetária cont

12/01/2013 - SISTEMA ECONÔMICO

O sistema econômico é a compreensão de setores na vida das pessoas, que fazem parte da esfera monetária (quantidades de diferentes tipos de meios de pagamento), que conduz à esfera real (produção e preços), compostos de diferentes agentes, tais como são os produtores, empresários, capitalistas, agricultores, comerciantes, industriais, banqueiros, trabalhadores, gestores, pesquisadores e o resto do mundo (elementos domésticos não enumerados e elementos internacionais). A teoria econômica é o conhecimento acumulado. A política econômica é a aplicação do referido conhecimento. Aqui se chama pelo ícone Economia Brasileira. Portanto, as medidas de política econômica devem manter coerência para atender ao sistema econômico. Olhando a atual gestão econômica brasileira, vê-se claramente que ela peca, por não ser integral. Na verdade, não há planejamento global e de longo prazo. A gestão tem sido de curto prazo (atuação na conjuntura), baseada no tripé de metas de inflação, superávit primário

11/01/2013 - CREDIBILIDADE ECONÔMICA

O maior patrimônio da presidente Dilma tem sido a sua credibilidade política. Mesmo sendo eleita sem ter exercido nenhum cargo de grande importância política, ou seja, vereador, deputado, prefeito, governador, senador, ela se tornou conhecida por ter sido lançada pelo ex-presidente Lula, no seu segundo mandato, vindo inicialmente do Ministério das Minas e Energia, depois assumindo o lugar tenente, que era de José Dirceu, na Casa Civil. No seu primeiro ano de mandato, afastou oito ministros envolvidos em desvios de conduta, gerando credibilidade crescente com a população. Internacionalmente, foi eleita pela revista Forbes, pela segunda vez, a terceira mulher mais poderosa do mundo. A sua credibilidade econômica, pelo contrário, decaiu bastante, em relação ao governo do ex-presidente Lula, cuja média de crescimento do PIB foi de 4% anuais, em oito anos, enquanto a dela, em dois anos, tem sido de 1,8%, muito aquém do fraco desempenho de FHC, que, em oito anos, obteve média anual de

10/01/2013 - PÓS-NEOLIBERAIS

Os economistas nasceram liberais, cujo livro central é A Riqueza das Nações, de Adam Smith, publicado em 1776. Na medida em que os países passavam a ser protecionistas, Adam Smith morreu amargurado, pedindo que rasgassem os seus livros, já que não havia livre mercado, livre concorrência, nem mão invisível, nem equilíbrio automático. Na tentativa de dar continuidade aos supostos de Adam Smith surgiram os economistas neoclássicos, criando modelos que supunham o pleno emprego. Na verdade, prevaleciam os economistas do Reino Unido, que pregavam o protecionismo. Vindo de encontro ao capitalismo, surgiram em meados do século XIX os marxistas, críticos defensores da ditadura do proletariado. O livro clássico de Karl Marx, O Capital, foi lançado na segunda metade do século XIX. Chegaram a ser voz de meio mundo, União Soviética, China, Cuba, mas o modelo ruiu, por falta de liberdade, a partir de 1987. Hoje os marxistas são os teóricos ou críticos do capitalismo. A economia mundial chegou a su

09/01/2013 - EDUCAÇÃO PROBLEMA 1

Ao contemplar o mapa do Brasil é fácil dizer quanto enorme é a questão educacional. Porém, não é pelo território que se justifica a questão. Em Sergipe, menor Estado da federação, aonde existem 75 municípios, 51 deles, cerca de aproximadamente 70% dos municípios não tinham depositado o salário de dezembro dos professores. Isto sem falar nos atrasos do pagamento do 13º salário dos trabalhadores, entre outros direitos nos planos de carreira, além de não pagar-se em muitas cidades o piso salarial da categoria, que é lei, mas não se cumpre em muitos casos. O não recebimento dos salários tem causado desequilíbrio financeiro e também emocional às famílias dos professores. Conforme o sindicato da categoria, três municípios dos que estão em atraso, Aquidabã, Telha e São Francisco, não pagam desde novembro os vencimentos dos professores. Já em Santana do São Francisco (outro município sergipano) somente se pagou 3 dias do salário de outubro. Quer dizer, o dinheiro para educação é carimbado, c
08/01/2013 - JULGAMENTOS RELEVANTES DO STF O Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012 realizou o seu trabalho mais marcante da história, não somente porque agiu com independência, mas porque conseguiu instaurar princípios antes não existentes ou menosprezados. Convém lembrar que os membros do STF são indicados pela presidência da república e sabatinados no Senado. Ninguém ainda foi reprovado pelo senado. Portanto, seria de supor que os ministros do STF teria uma linha de obediência ao poder executivo. Já aconteceu isto na ditadura militar. Como exemplo, naquela época, o ex-deputado Francisco Pinto foi condenado a seis meses de cadeia, tendo a cumprido, somente porque criticou o ditador chileno Augusto Pinochet em visita ao Brasil. A democracia não permite mais tal subordinação. São dignos de expressivas notas: (1) Estatísticas. Chegaram em 2012 àquela Corte 73.464 processos de diferentes classes processuais. Somente de agravo de instrumento e de recursos extraordinários foram 13

07/01/2013 - EDUCAÇÃO FALTA NA ECONOMIA

Órgãos internacionais de pesquisa sempre tem classificado o Brasil em péssimo lugar.Órgãos nacionais de pesquisa nem sempre assim a consideram. Porém, tratama educação como deficiente. O fato é que as deficiências estão mostradas e o esforço tem sido pequeno para resolvê-la. A última pesquisa, divulgada ontem, feita pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit, encomendada pela Pearson, comparou 40 países, classificando o Brasilem penúltimo lugar. Os 40 países foram divididos em cinco grupos, de acordo com os resultados de critérios de qualidade, levando em conta notas dos testes, qualidade dos professores, número de alunos ingressantes, dentre outros. Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coréia do Sul e de Hong Kong. Os sistemas piores do mundo são a Turquia, Brasil, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, não necessariamente nesta ordem. A baixa escolaridade da maioria da população não term sido resolvida também pelos governos do PT, não é difere

06/01/2013 - ORÇAMENTO DO FGTS

Todo órgão de governo é obrigado a ter orçamento público. Os dez maiores orçamentos do País são: o da União, do Estado de São Paulo, da cidade de São Paulo, da Petrobras, do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Fundo de Participação dos Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do FGTS. Ontem foi a vez de saber-se o orçamento do FGTS, de R$48,9 bilhões, um fundo tão grande quanto aproximadamente o do FPE, de R$50 bilhões. E, mais do que isso, crescente e estável. O orçamento do FGTS para este ano destinará R$20 bilhões a concessão de financiamentos, a pessoas físicas e jurídicas, que beneficiem famílias com renda mensal bruta limitada a R$3.275,00, enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida. Destinados ao saneamento básico estarão R$4,4 bilhões, para operações de crédito com o setor público. Já R$800 milhões na mesma área irão para o setor privado. As aplicações em infraestrutura urbana estão previstos R$6 bilhões, para operações de c

05/01/2013 - FPE

O governo federal arrecada de 60% a 70%, a depender do ano, dos tributos totais do País. A arrecadação em 2012 ultrapassou R$1,5 trilhão. Para os 27 Estados e os 5.565 Municípios, do valor arrecadado, parte substancial é devolvida, sob a forma principalmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPR). No momento, é mais oportuno referir-se ao FPE, devido ao fato de agora, tradicionalmente, no dia 10 de janeiro, serem distribuídos os recursos de 21,5% do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados arrecadados no exercício anterior, sob a forma de FPE. Tal distribuição ocorre desde 1966. A soma deste ano está prevista em R$50 bilhões. O embasamento do propósito ocorreu visando atribuir a maior parcela às regiões menos favorecidas, Norte, Nordeste, Centro Oeste, atribuindo-se a elas 85% do FPE. Os outros 15% vão para a região Sudeste e a região Sul. Premidos por necessidades eminentes de recursos, os Estados de Rio Grande

04/01/2012 - BALANÇA COMERCIAL

A economia mundial iniciou o ano com ameaça de recessão, a partir dos Estados Unidos, na medida em que os impostos poderiam ser elevados em US$500 bilhões. Exatamente, no dia primeiro do ano, o Congresso americano resolveu restringir a elevação dos impostos aos mais ricos, cerca de 2% da população, poupando a classe média, conforme queriam os democratas, bem como adiar o debate sobre os cortes no orçamento, como querem em resposta os republicanos, para fechar o orçamento, os quais virão nas áreas militar e social, ao que tudo indica. Portanto, uma ducha fria está preparada para o baixo incremento do PIB mundial neste ano, com a consequente influência na balança comercial brasileira, visto que o comércio está por demais difícil e pegado. Dessa forma, o superávit comercial brasileiro em 2012 foi o pior em 10 anos, resultado de queda de exportações, que devem ser mantidas estagnadas em 2013, conforme admite o próprio Ministério do Desenvolvimento, ao divulgar o superávit de US$19,4 bilh

03/01/2012 - ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Tomaram posse os novos prefeitos no dia 01-01-2013. Foram mais de 2.200, dentre 5.565 municípios brasileiros. O prefeito da maior cidade brasileira, de São Paulo, Fernando Haddad, fez um discurso em que a tônica é a repactuação das dívidas do município com a União. Aquela cidade tem uma dívida de 200% da arrecadação. O prefeito da segunda maior cidade do País, do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reeleito, anunciou corte de 10% nos gastos públicos. Afirmou que todo governo acumula gordura e com o dele não foi diferente. Entre as principais medidas excessivas, está, por exemplo, o aluguel de carros. Os cortes fazem parte de um programa de ajuste fiscal, que ainda prevê novas análises de contratos vigentes. Serão 40 decretos a serem baixados. O prefeito da terceira maior cidade brasileira, ACM Neto, prevê medidas emergenciais das vias e calçadas, além de ações para desafogar o tráfego. Já anunciou 39 decretos de desafogar a cidade do Salvador. O prefeito de Manaus, Arthur Neto, na posse di

02/01/2013 - RIQUEZA INCLUSIVA

O artigo de Eduardo Athayde, diretor da Worldwatch Institute no Brasil, no jornal A Tarde, de 31-12-2012, merece ter a transcrição dos parágrafos a seguir e comentários adicionais. Assim, ele se expressa: ”Avaliado entre os 20 países que juntos representam 3 quartos do PIB mundial, o Brasil foi destacado como o quinto país que mais se desenvolveu de maneira sustentável entre os anos de 1990 e 2010. Abrigando 16% do biopotencial do planeta, detém inigualável capacidade para fomentar e investir na indústria dos econegócios, onde o turismo e o entretenimento sustentável, as tecnologias e as energias limpas, a biotecnologia com preservação de ecossistemas, do conhecimento e das culturas tradicionais estão incluídos. Medido pelo indicador mais comum para a produção econômica, o Produto Interno Bruto (PIB), as economias da China, Estados Unidos, Brasil e África do Sul cresceram, respectivamente, 422%, 37%, 31% e 14% entre 1990 e 2010. Quando o desempenho é avaliado pelo Índice de Riqueza

01/01/2013 - DESAFIOS DE 2013

O governo federal chegou à metade do seu mandato com um desempenho econômico medíocre, não obstante a popularidade da presidente Dilma tenha alcançado 80%. A tendência de dois anos agora finalizados é o caminho para a recessão. Nesta perspectiva, a equipe econômica tem que apresentar sinais claros de que rumo seguirá na segunda metade do atual mandato, visando reverter essa tendência. Começa agora o embate político aberto, visto que dois candidatos já se colocam na disputa pela presidência com ela. Trata-se do senador Aécio Neves (PSDB) e do governador de Pernambuco, Eduardo Paes (PSB). Correndo por fora, o ex-presidente Lula sempre se insinuou. Qualquer candidato dentre os quatro prováveis terá que adotar um discurso de confiança. Porém, que não seja somente de elevar o salário mínimo real, de programas assistencialistas, de manutenção do nível de desemprego tão baixo. Mas, sobretudo, de gerar confiança para que os investidores realizem novos projetos. Não esperava o atual

31/12/2012 - BALANÇO ECONÔMICO

O ano de 2012 é do de pior desempenho econômico em dez anos de governo do PT. A defesa da economia doméstica com incentivos ao consumo deu certo em 2010, quando o País cresceu 7,5%, mas fracassou em 2012, cravando 1% ou até menos. A equipe econômica enfatiza que retomará com força investimentos em infraestrutura e logística. No grupo dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, o Brasil foi o que teve um PIB que encolheu muito, em face às perspectivas do início do ano de crescer 4,5%. A frustração foi enorme, em razão de quatro trimestres de retração dos investimentos. Por seu turno, a inflação foi bastante superior ao centro da meta, sendo esperados 5,8%. Houve um recuo de 6,5% da inflação de 2011. Porém, a queda do PIB foi bem pior, descendo de 2,7% para 1% no mesmo período. Neste ano, câmbio se elevou bem mais do que a inflação, quase o dobro, trazendo pressões inflacionárias. Por outro lado, houve forte elevação das cotações dos bens agrícolas, consequências das s

30/12/2012 - MERCADO FINANCEIRO ERRANTE

Segundo ano do governo da presidente Dilma e nunca os ganhos do mercado financeiro ficaram tão baixos. A teoria econômica convencional aduz ao fato de que se isso acontece, a produção cresce mais do que o esperado. Tal fato não aconteceu em 2012, quando é estimado um PIB de 1%, ou até menor, em crescimento. O que ocorreu de verdade? Uma explicação acreditada pelos empresários é de que a presidente Dilma não imita o ex-presidente Lula, sendo uma governante tensa, sem cintura política e obcecada por catástrofes econômicas, além de criadora de várias estatais, o que gera insegurança nos empresários e estes não investem, até porque ela não cumpriu as promessas quando candidata ao governo. Ela persiste na linha assistencialista, reforçando o Programa Bolsa Família, criando o Programa de Erradicação da Miséria e, no final deste ano, criando o Vale-Cultura. Estes não emancipam a maioria dos assistidos e não estimulam investimentos. Sua tendência é de ser populista, jamais de ser desenvol