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Mostrando postagens de abril, 2019

30/04/2019 - MAIS SUBSÍDIOS PARA ZONA FRANCA DE MANAUS

Criada em 1973, a Zona Franca de Manaus teve como propósito atrair grandes empresas e, um conjunto de firmas complementares em seu entorno, principalmente industriais e multinacionais, sendo estas últimas montadoras, visando instalar o progresso e preservar grande parte da região amazônica brasileira. Os incentivos fiscais já foram prorrogados até 2073. A ideia dos lobbies empresariais e de políticos de vários partidos, em curso, têm se mostrado de basta eficiência no gasto público de R$25 bilhões por ano. No Congresso a lei da prorrogação contou com muitos contentes e descontentes. Estes últimos recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela extensão de subsídios também para outras regiões, através dos impostos indiretos. Em decisão recente de 6x4, o STF decidiu a estender os incentivos fiscais para outras regiões do território, para aquelas empresas que comprarem insumos de empresas da região amazônica. As firmas da Zona Franca já têm isenção do Imposto de Produtos Industr

29/04/2019 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

O Secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, antigo deputado federal, que sempre defendeu a tese de Imposto Único, porque acredita ser mais eficiente para arrecadar e combater a sonegação, nunca conseguiu levar ao plenário da Câmara Federal o seu projeto. Agora, em uma das seis secretarias do Ministério da Economia defende o fim dos recolhimentos previdenciários na folha de pagamento das empresas, para a Contribuição Previdenciária (CP) em todas as transações. A tese lembra o Prêmio Nobel de Economia, James Tobin, que defendia a tributação de 1% em todas as transações mundiais, para acabar com a fome e a miséria no mundo. Considerada uma proposta de ação, mas sem apoio mundial. Tobin morreu e sua tese ficou no ar. Muito provavelmente a tese do secretário referido tem possibilidade de ser aprovada. Marcos Cintra quer criar uma CP de 0,9%, dividida entre quem paga e quem recebe, em todas as transações financeiras, bancárias ou não. Considera ele uma CP universal, em que todo

28/04/2019 - EXPANSÃO DO CRÉDITO DE 12% EM UM ANO

De acordo com o Banco Central, o crédito bancário para as empresas e pessoas físicas subiu 12,3%, em doze meses, alcançando o valor de R$297 bilhões. A alta nas concessões de crédito para as famílias foi de 0,7%.     Somente em março as concessões de crédito subiram 4,8%. Na época de divulgação de balanços trimestrais o desempenho do varejo surpreende positivamente especialistas financeiros, conforme se destaca o Banco Santander.   Entre as empresas de destaque estão Lojas Renner, Extra e Casas Bahia. Segundo ainda o Santander, 54% das companhias apresentaram alguma melhora de margem operacional e os segmentos de transportes, bancos e mineração têm boas perspectivas de resultados. Assim, tais sinais muito provavelmente estão a indicar crescimento no primeiro trimestre, mas nada tão expressivo. As reformas estão caminhando a passos de cágado. Desde 2014 que o Brasil está em descaminho e fechará a década atual muito pior do que a década dos anos de 1980,    que fora chamada de a ‘

27/04/2019 - REDUÇÃO DO PREÇO DO GÁS E DA PETROBRAS

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara um pacote de medidas que têm por objetivo reduzir o preço do gás natural, pela metade. Conforme afirmou ontem o impacto nas contas de luz será muito bom para os consumidores e vai garantir a reindustrialização do País. A estratégia será acabar com o monopólio da Petrobras nos segmentos de transportes e de distribuição, por meio de decisões infralegais, isto é, que não dependam de lei. São suas as palavras seguintes: “a idéia é levar para as famílias brasileiras pela metade do preço. Reindustrializar o País com energia barata é muito atraente para nós”. Conforme o ministro, as medidas estão sendo preparadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e pelo Conselho de Defesa Econômica. Por seu turno, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou também ontem a venda de oito das suas onze refinarias. A estatal irá vender ainda sua rede de postos no Uruguai, além de reduzir a sua participação na BR Distribuidora

26/04/2019 - INFLAÇÃO RECRUDESCENDO

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial do mês teve forte alta de 0,72%, a maior desde abril de 2012. Ele já vem turbinado pelo indicador de março de 0,54%. A média nacional da inflação já está próxima de 2%, ou seja, 1,91%. Seguindo a tendência de abril a inflação poderá ultrapassar a meta de inflação de 4,25%, indo em direção ao limite superior de 5,75%. Conforme o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram alta em abril. O IPCA-15 passou a subir 4,71% no acumulado de doze meses até abril, de 4,18% do acumulado do mês de março. A expectativa da mediana do mercado do Boletim Focus era de 1,66%. A maior influência do índice de abril se deu com os preços dos transportes, que subiram 1,31% no mês, sendo que a gasolina subiu 3,22% no período em referência. O componente das carnes também influenciou bastante na alta, em razão da grande mortandade de porcos na C

25/04/2019 - NOTÍCIAS NEGATIVAS QUANDO ESPERADAS ERAM POSITIVAS

A primeira notícia ruim do dia foi o desemprego formal líquido de – 43.186 vagas, em março, depois de ter saldos positivos em janeiro e fevereiro, conforme Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED). No mesmo mês do ano passado o resultado foi positivo em 56.151 almas. No primeiro trimestre deste ano o saldo fica positivo em criação de 179.543 vagas formais de emprego. A explicação da Secretaria do Trabalho e da Previdência é redundante: “Os setores que normalmente admitiam nesta época do ano anteciparam as contratações para fevereiro e aqueles que demitiam concentraram as demissões em março. O fato provocou tendências opostas entre os meses”, conforme nota divulgada por ela. Na verdade, este é um revés, em razão do descrédito no governo, em fazer as reformas estruturais prometidas em campanha para a eleição presidencial. Em conseqüência estão fracas as reações de investimentos. Não só investidores, mas consumidores também não estão animados. No mercado financeir

24/04/2019 - FASES DOS CICLOS ECONÔMICOS

A referência bem distante do que é o ciclo econômico está no Velho Testamento, quando José interpretou o sonho do Faraó, de que sete vacas magras sairiam do rio Nilo e devorariam sete vacas gordas. José entendeu que sete anos seriam de fartura e sete anos de contração. Na fartura, recomendou guardar 20% da safra agrícola, para poder enfrentar os sete anos de contrição. Assim, o Egito se defendia da ação recessiva do ciclo e se tornava a maior potência da época. As fases do ciclo econômico são: primeiro, de crescimento, quando atinge um ponto máximo; segundo, se estabiliza e depois cai, ou logo, imediatamente; a queda iria se tornando forte, ao ponto de chegar a resultados incrementais negativos, o que se chama de recessão; atingido o fundo do poço, pode-se ficar algum tempo no vale dos prejuízos, ou, recuperar-se pouco a pouco, até voltar ao crescimento. As fases são alternativas no tempo e nenhuma é igual à outra. Em outras palavras, existem níveis produtivos altos, que podem l

23/04/2019 - PERSPECTIVAS DE QUEDA DA ATIVIDADE

Pela oitava vez seguida os economistas, consultados pelo Banco Central semanalmente, reduziram a taxa do crescimento do PIB para este ano. De 1,95% para 1,71%. Não é só a diferença de 0,24%, que parece pouco. Mas o decremento que deve ser medido, em relação a taxa inicial, de 12,3%, o que é muito, em uma semana. Atribuem eles duas causas. A fraca herança deixada por Michel Temer e o desencanto com o desempenho de Bolsonaro. Os pesquisados chegaram a prever 2,6%, em meados de janeiro. Assim, o decremento ficou em 52,0%, em menos de quatro meses. No ano passado, após as eleições, o mercado financeiro chegou a projetar 3%. No último trimestre do ano a economia só cresceu 0,1% e ao conhecer tal número o mercado reduziu ainda mais a previsão do PIB. A pesquisa do informativo Focus do Banco Central, em referência, não captou as idas e vindas do aumento do óleo diesel e a ameaça de greve dos caminhoneiros. É bem provável que mediana das taxas dos cerca de 100 economistas caia na próxim

22/04/2019 - EMPERRANDO A LAVA JATO

É sempre bom citar que a preocupação desta coluna é com a economia brasileira, naquilo que pode se revelar como esclarecimento. A conjuntura é a maior referência e, portanto, serve-se da mídia e do jornal de maior circulação do País, que tem equipe competente de analistas econômicos. Os acertos, erros e complementações poderão ser efetuados, no que couber à competência do escriba. A Folha de São Paulo de hoje realiza extensa reportagem de que os doleiros identificados pela operação Lava Jato estão foragidos há cerca de ano, dificultando a continuidade das investigações e as instruções dos processos para julgamentos. Isto não é mais importante para a economia do País. O mais importante é acabar com a demora pela qual se dão as investigações e seu desfecho final. Já tem mais de cinco anos. Neste período se desmontou o esquema de 29 grandes empreiteiras, as quais funcionavam como cartel. Isto é, combinando produção, preços, vencedores e prazos, tornando mais caras as obras públi

21/04/2019 - RESSARCIMENTO DE DESPESAS DOS CONGRESSISTAS

Os salários indiretos dos congressistas são muitos. Mais de R$100 mil por mês e que não pagam imposto de renda. Os senadores ganham muito mais do que os deputados federais. Eles mesmos que aprovaram tais bondades. Além disso, somente trabalham, quando o fazem, de terça a quinta feiras, sob argumento de que na segunda vem dos seus Estados e na sexta voltam para lá. O jornal Estado de São Paulo, o terceiro em circulação no País, segundo o Instituto Verificador de Circulação, sendo o segundo O Globo e o primeiro a Folha de São Paulo, publicou hoje que o Congresso gastou nos últimos dez anos R$2,8 bilhões, para ressarcir deputados e senadores por despesas como alimentação, combustível, fretamento de aeronaves, hospedagem e passagens aéreas. Não existe até hoje um sistema de checagem de referidas despesas, no sentido de saberem se as notas fiscais são verdadeiras ou falsas. O ato que criou o chamado “cotão” na Câmara foi assinado pelo então deputado Michel Temer como reação ao esc

20/04/2019 - ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO

Um dos indicadores mais preciosos da análise de projetos de investimentos ou de gastos públicos é a análise custo-benefício. A divisão entre eles encontrada significa que quanto menor o resultado numérico, melhor para a sociedade pública ou privada. A relação inversa benefício-custo também pode ser feita. A divisão entre eles encontrada será o que exceder da unidade de medida. Quando não se puder quantificar se faz a análise qualitativa. Por exemplo, quanto se gastará para gerar um reflorestamento? Irá depender da medida e das espécies envolvidas. Quanto maior, melhor a área delimitada. Assim, a análise custo-benefício serve para situações de buscar o ótimo. Na prática, a análise econômica serve aos interesses políticos e aí se tem controvérsias. Por exemplo, uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro foi a de atribuir aos beneficiados pelo Programa Bolsa Família o 13º benefício. Cem dias após o seu governo, ele delineou como este seria feito, da mesma forma que é realiz

19/04/2019 - ECONOMIA BRASILEIRA PERDE ESPAÇO

A participação brasileira na economia global caiu pela sétima vez, segundo o FMI. Em 1980, a fatia do bolo do PIB brasileiros era de 4,4%. Atingiu seu nível mais baixo em 2018, caindo para 2,5% do PIB mundial, em quatro décadas. O Brasil estava em sétima economia global desde 2003. Porém, no ano passado perdeu lugar para a Indonésia, passando a 8ª economia do planeta. Antes tinha sido ultrapassado pela Itália. Conforme o FMI o País continuará perdendo posição até 2024. A atual situação é a de pior nível em 38 anos. Um exame do professor Alexandre Cunha, da UFRJ, publicado hoje pela Folha de São Paulo é taxativo: “Eu não me preocuparia com a perda da participação do Brasil na economia global, se estivéssemos crescendo. O problema é que não estamos crescendo e este recuo relativo a outros países também se manifesta em outros indicadores. Ele ressalta que a renda per capita brasileira como percentual da norte-americana, medida mais usada para se analisar se um país está se desen

18/04/2019 - MEGA LEILÃO DA PETROBRAS

Está previsto para 28 de outubro o mega leilão de quatro áreas de exploração do petróleo, na plataforma marítima, na chamada camada do pré-sal, que, certamente, irá contribuir para redução do déficit primário governamental, que ocorre desde 2014, após 16 anos de superávit, conquistado a duras custas. Referido déficit é quando a arrecadação é menor do que os gastos públicos. Em si, mostra incompetência administrativa, por não saber administrar o fluxo de caixa. Este persiste, há cinco anos e, o atual governo, admite continuá-lo até o seu final (irá para nove anos de incompetência), conforme projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, enviado nesta semana, pela Secretaria da Fazenda do Ministério da Economia, dizendo que isso poderá ser alterado, no caso da reforma da Previdência ser aprovada e se as privatizações acontecerem. Mas, nem estimaram de quanto será o novo retrato. O mega leilão da chamada cessão onerosa, poderá ter um bônus de assinatura de R$106 bilhões (antes a e

17/04/2019 - EQUIPE ECONÔMICA PLANEJA CONTRA SI

Entra governo e sai governo e fica difícil entender como é que aparece equipe econômica que planeja obter resultado contra si mesma. Dessa vez trata-se da remessa da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso, feita pela Secretaria da Fazenda do Ministério da Economia. Nela a previsão é de déficit primário em todo o governo de Bolsonaro. Inclusive, em 2020 a estimativa é de déficit ainda maior do que o previsto para este ano. Um contrasenso, visto que, em campanha eleitoral do ano passado, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que iria zerar o déficit primário em 2019. Em resposta a indagações, o Secretário da Fazenda, Valdery Rodrigues, afirmou que os dados foram projetados como conservadores, não levando em conta a aprovação da reforma da Previdência e a privatização da Eletrobras. Ora, já está admitindo a derrota no Congresso, a priori. Para este ano admitem um déficit primário de R$110 bilhões. Para 2020, de R$124,1 bilhões. Para 2021, de R$68,5 bilhões.

16/04/2019 - LOGÍSTICA COM TRANSPORTES

Um país dependente de rodovias, como o Brasil, não consegue ter uma logística eficiente com transportes. Semana que passou foi evitada uma greve dos caminhoneiros, pelo presidente da República e para isso recebeu o ônus de que estava intervindo no mercado, ao contrário do que prometerá na campanha, de ser um liberal. Mas, deixar uma greve de caminhoneiros eclodir é fazer a economia voltar à recessão, visto que está praticamente em estagnação. O fato é que, na década dos anos de 1950, o Brasil priorizou as rodovias para fazer a estrutura viária atual, composta com 63% de transportes de cargas. Nos Estados Unidos os transportes rodoviários são 38% do total. Já na malha ferroviária o Brasil tem 21% e os EUA 33%. A inversão em foco se dá de forma ainda mais acentuada em países como Canadá, China, Índia, Rússia, todos de grande extensão territorial. Ocorre, contudo, que também o Brasil é o único dos gigantes a ter só uma saída para o mar, para o Atlântico, enquanto os outros gigantes

15/04/2019 - MOVIMENTOS DE COMPRA E VENDA NA BOLSA

A bolsa de valores é o local aonde as grandes empresas vão à busca de dinheiro para fazer seus projetos de investimentos. Quanto mais forte mais poder capitalista têm as empresas. Veja-se o caso da bolsa de valores de Nova York, onde o poder financeiro se associa ao poder econômico, na pujança capitalista. Neste ano de 2019 a bolsa de valores de São Paulo alcançou 100 mil pontos. Mas, recuou para a faixa de resistência, ficando abaixo de 93 mil pontos. Os investidores têm mudado de papéis, vendendo aqueles voltados para a produção e consumo domésticos, por aqueles ligados às exportações. Alguns analistas financeiros detectam certo pessimismo com a retomada da economia. No ano, a alta do IBOVESPA é de 5,68%, já esteve em 10%. As maiores altas neste ano são Companhia Siderúrgica Nacional, exportadora de ferro, 82,7%; JBS, exportadora de carnes, 52,2%; Eletrobras, 31,6%; Cosan, 29,2%; Engie, 27,2%. Estas três últimas da área de energia. Na lanterna estão as Lojas Americanas, B2W

14/04/2019 - DESINDUSTRIALIZAÇÃO PRECOCE

Em 1986 a participação do PIB na indústria alcançou 27,3%. Fora um enorme esforço dos industriais, desde 1930, quando se iniciou o processo de substituição das importações por indústrias nacionais. A indústria que crescia era uma indústria protegida por incentivos fiscais, subsídios e uso de divisas das exportações para as importações de insumos, de máquinas e equipamentos. Muito dessas divisas vieram das exportações de café, cacau, açúcar, sisal, borracha, dentre outras matérias primas. O uso das divisas serviu ainda mais para elevar as desigualdades regionais. O Sudeste, que já tinha se beneficiado tanto das imigrações da Europa como das inter-regionais, foi o local onde o capital mais se concentrou. Era dada a lógica de que o capital vai para aonde é maior a taxa de lucro, devido ao grande mercado consumidor. Desde os anos de desbravamento da região Centro-Oeste, a partir do Plano de Metas do governo JK, de 1956, mais a construção de Brasília, a indústria pesada, a de máquina

13/04/2019 - PRESIDENTE BARRA AUMENTO DO DIESEL

Na quinta feira (11), uma interferência do presidente Jair Bolsonaro, não permitiu que valesse o reajuste anunciado no mesmo dia, de elevação de 5,7% no preço do óleo diesel. A reação na bolsa de valore foi avassaladora. As ações ordinárias, que são as que têm direito a voto, caíram 8,3%. No conjunto acionário a perda do valor de mercado da petrolífera foi de R$32 bilhões. A atitude do presidente ocorreu porque ele atendeu as reclamações dos representantes dos caminhoneiros. A equipe econômica e o presidente tinham declarado que não haveria interferência em preços das estatais, o que havia ocorrido diversas vezes nos governos petistas. Bolsonaro afirmou que não é intervencionista e de que não irá intervir na Petrobras. Fez desta vez porque quer os números. Na verdade, ele considerou excessivo o reajuste, marcando uma reunião com a empresa para discutir o assunto no próximo dia 16. Está na mente dos brasileiros a greve dos motoristas de caminhões no final de maio do ano passad

12/04/2019 - GOVERNO FEDERAL DISSE TER CUMPRIDO METAS

Em cerimônia no Palácio do Planalto, de ontem, o governo federal comemorou ter cumprido as 35 metas a que se propôs realizar em cem dias do governo. Ou seja, 3,5% em um mandato de quatro anos. Para um dos seus críticos mais ferozes, a Folha de São Paulo, revelou que o governo cumpriu 67% do prometido. O restante segue com problemas. Problemas que não dependeram do governo, mas do Congresso Nacional, o qual, como se sabe, demora demais para decidir, em razão de serem dois grandes colegiados, representando interesses de 27 unidades federativas e de 5.570 municípios, em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.   “Em documento de janeiro a Casa Civil disse que, em realização inédita, a gestão se comprometia a alcançar ‘metas objetivas’ no prazo estipulado. Segundo levantamento da Folha, 24 foram alcançados, 6 foram realizados parcialmente e 5 não foram atendidas. O critério foi se o Poder Publico cumpriu exatamente a descrição feita pela Casa Civil de cada meta”, conforme o referido

11/04/2019 - SOBRE OS SIGNOS DAS REFORMAS

O novo governo nasceu sobre os signos das reformas estruturais necessárias para a economia crescer sustentavelmente. O único governo que as fez, da forma mais ampla possível, foi o do Marechal Castelo Branco, através de decretos-leis e de leis aprovadas pelo Congresso, o qual fora depurado para servir ao regime militar. O coroamento das reformas econômicas dele se fez pela Constituição de 1967, promulgada pelos militares, contendo as reformas econômicas. Antes, em 1965, a gestão colegiada tinha feito o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), que introduziu as reformas capitalistas, através de um expurgo de ações socialistas, em curso na época. O governo atual nasceu liberal-democrático e tem de ver aprovados os seus planos, programas e projetos pelo Congresso Nacional. Por isso mesmo que está demorando em lançar as reformas. Já está lá a reforma administrativa, por Medida Provisória, que tem de ser aprovada, bem como a reforma da Previdência. Pretende, nos próximos dias, e

10/04/2019 - CHEGARAM CEM DIAS

Quando começou a governar, há cem dias, Jair Bolsonaro estava com 65% de entrevistados pelo Datafolha, daqueles que acreditavam que a economia logo melhoraria. Agora, ele está com 50%. Para o vice-presidente, general Hamilton Mourão, houve essa queda devido à elevada expectativa, depois de anos muitos ruins de 2014 a 2018, cinco anos, que ainda deixam o PIB muito aquém do início do período recessivo, que começou no segundo trimestre de 2014 e terminou no último trimestre de 2016. A economia recuou nesses 11 trimestres cerca de - 8,2%. Os dois anos e meio da gestão de Michel Temer tirou o País da recessão e o colocou em estágio um pouco acima da estagnação, quando o Brasil cresceu mais de 2%, nos 2,5 anos do período dele. Resultado, hoje o País ainda está – 5,1% do seu PIB do início de 2014. Não se conhece ainda o PIB do primeiro trimestre de Bolsonaro. As estimativas do primeiro dia de 2019 eram de crescimento de 3%. Três meses depois baixou para 2%. No entanto, tem sido difícil

09/04/2019 - REVOGAÇÃO DE DECRETOS

Existe um entulho de decretos editados no Brasil, que compõe a tradicional burocracia. O intuito é desburocratizar a área econômica, tendo em vista que muitos decretos atrapalham, dificultam ou já não são mais necessários. A estimativa do governo é de que seja assinado um decreto dos decretos, que elimine o referido entulho, que perdeu o efeito prático ou foi substituído por outras normas. Os decretos em referência, para acertos, vêm de 1903 até 2017. Porém, foram examinados decretos desde a edição da República. No conjunto, o Ministério da Casa Civil analisou 12.471 decretos editados de 1889 até 2019. No entanto, também foram revisados 14.538 decretos, de 1989 até 2018 não numerados. Existem decretos com prazos de execução exauridos, regras para eventos já realizados, concessões outorgadas a empresas já extintas e diretrizes sobre a situação jurídica de estrangeiros. O fito dos exames é visando à simplificação de normas vigentes e reduzir o excesso de regras. Ademais, pre

08/04/2019 - METAS PARA CEM DIAS

No próximo dia dez se completam cem dias do governo de Jair Bolsonaro. No início do ano foram elencadas 35 metas. Em exame publicado hoje, a Folha de São Paulo afirma que 20% dos objetivos não têm previsão de serem alcançados; 34% foram realizados; 46% estão em fase de implantação. Entre aqueles que não serão alcançados estão a independência do Banco Central, paralisada na Câmara; a reestruturação da Empresa Brasileira de Comunicação; a redução das tarifas com o Mercosul, em negociações com a Argentina, Uruguai e Paraguai. Dos objetivos em implantação, vários poderão ainda ser cumpridos nestes três dias, vez que dependem de assinaturas de decretos, de fácil consecução. No dia 11 pretende o governo fazer uma avaliação, devendo anunciar o 13º salário para os integrantes do Programa Bolsa Família, a regulamentação da educação familiar e a conversão das multas do IBAMA. Nesta oportunidade, pesquisa Datafolha demonstra que 50% acreditam que a situação econômica vai melhorar; 29% d

07/04/2019 - PAUTAR O CRESCIMENTO

Pautar o crescimento é melhorar o ambiente geral de negócios, onde o Brasil está muito mal classificado, conforme pesquisa anual do Banco Mundial (BIRD), intitulada doing business. Em tradução literal, fazendo negócio. O BIRD acompanha 190 países. O País está colocado na 109º posição. São analisados por aquele banco dez indicadores. A pontuação vai de zero a 100. A nota do Brasil é 60, atrás de países como Colômbia, México, Costa Rica. O presidente da República já anunciou que quer colocar o Brasil entre os 50 bem mais classificados, até o fim do seu mandato, em 2022. Integrantes do Palácio do Planalto se reuniram com representantes do Banco Mundial, na semana passada, para traçar estratégias de melhorias do ambiente dos negócios brasileiros. A colocação brasileira atual está muito destoante da classificação como oitava economia mundial. No geral, o governo criou cinco grupos temáticos com representantes da sociedade civil e o BIRD, além de técnicos da Receita Federal, da Com

06/04/2019 - 18º FÓRUM EMPRESARIAL LIDE

O Fórum Empresarial Lide se reuniu ontem, em Campos do Jordão, em São Paulo, pela 18ª vez. O Lide é o Grupo de Líderes Empresariais, organização fundada por João Dória, atual governador do Estado de São Paulo, eleito com quase 11 milhões de votos. O Lide faz parte do grupo Dória com mais a Dória Administração de Bens, Dória Internacional, Doria Editora, Dória Eventos, Dória Marketing & Imagens. O Lide tem um canal de TV exclusivo pela internet, revista Lide e site.   Possui 18 unidades nacionais e 14 escritórios internacionais. É considerado o mais importante grupo de grandes empresários. Na reunião de ontem congregou cerca de 750 capitalistas. Estiveram dentre outras autoridades e políticos, como os governadores de São Paulo e do Paraná, o Ministro da Economia, o Ministro da Educação e o Ministro do Meio Ambiente, o presidente da Câmara de Deputados e o presidente do Senado. Ontem foi a terceira grande apresentação de Paulo Guedes, nos três primeiros meses de governo. No

05/04/2019 - PACOTE DE ESTÍMULOS

Finalmente, o governo federal anunciou que prepara um pacote para estimular o setor produtivo. Prepara. Esse governo é lento demais, perante as projeções de queda do PIB, O Ministério da Economia, através da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade, anunciou medidas que serão tomadas ainda em abril, compreendendo quatro vertentes: Simplifica, Emprega Mais, Brasil 4.0 e Pró-Mercados. O primeiro a ser delineado será o projeto Simplifica, sendo conjunto de 50 medidas para desburocratizar a vida do setor produtivo. Foram ouvidas nestes primeiros cem dias as classes produtivas. Entre as medidas está uma completa reformulação do e-Social, formulário digital pelo qual as empresas comunicam ao governo informações relativas aos trabalhadores, tais como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, aviso prévio e dado sobre o FGTS. O segundo será o Emprega Mais, quando o governo adotará uma nova estratégia nacional de qualificação de pessoal, que vai usa

04/04/2019 - PAULO GUEDES SE APROXIMA

Não está sendo fácil para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, assumir seu papel de protagonista. Há três meses, o presidente da República atrapalha, perante declarações descabidas, sem lógica econômica e brigando com o social, que troca direita política por política esquerda, coisa e tal. Dizer que o nazismo de Hitler era de esquerda, até Israel especifica como de direita, colocou muito mal Bolsonaro, internacionalmente. Nacionalmente, ele já perdeu 15 pontos de popularidade, pelo imobilismo. A sua salvação será Paulo Guedes, se ele ficar, ou resistir ao bombardeio da esquerda. Guedes foi ao Senado, conversar com múltiplos convencimentos. Ontem, foi à Câmara de Deputados onde entrou em confronto com a chamada esquerda. Se ele for protagonista, o País vai para frente. O parlamento é que puxa para trás. Ontem, o Senado aprovou o orçamento impositivo. Voltará para a Câmara. Nada definido ainda. O inverso do que Guedes defende, de que não será o orçamento impositivo. A mídia

03/04/2019 - ESTATÍSTICAS SUBISIDIAM A ANÁLISE ECONÔMICA

Durante a ditadura militar (1964-1984), os governantes tiveram acesso a um conjunto de informações que, muitas delas, não se levavam ao público. Consta que houve arrocho salarial, na medida em que se tinha elevada taxa de inflação naquele período e que os índices dela eram manipulados nos órgãos oficiais, tais como IBGE, IPEA, FVG, entidades realizando tais serviços, mas fazendo alterações que mascaravam a realidade. Foram destaques a discussão da inflação de 1973, na qual o FMI se intrometeu dizendo que ela não era de 14% como dizia o governo, mas de 34%. Ou seja, 20% a mais. Um estouro. Ou, no discurso do ministro Mário Henrique Simonsen, no início do governo de Figueredo, de que a causa da inflação fora a grande elevação no preço do chuchu, como se este fosse o mais relevante para o cálculo do custo de vida. Referidos vieses são ruins para a economia, visto que enganam à política econômica. Dentre os disparates que o presidente Jair Bolsonaro vem dizendo, estando ele mal a

02/04/2019 - MERCADO REDUZ PIB PARA ABAIXO DE 2%

O boletim Focus do Banco Central (BC) pela primeira vez neste ano trouxe projeções do crescimento do PIB abaixo de 2%, em dois anos. No relatório desta semana, a estimativa para o PIB de 2019 trouxe uma média de 1,98%, perante 2% da semana anterior, após ouvir cerca de 100 analistas do mercado financeiro. Para 2020, a projeção teve leve queda, de 2,78% para 2,75%. Avaliam os citados analistas que a economia continua com baixo desempenho, em especial, a produção industrial. As estimativas para o PIB vêm sofrendo a cada semana redução. Além do mais, o desastre de Brumadinho, quando a barragem de rejeitos da mineradora Vale estourou, matando mais de 300 pessoas, reduziu o desempenho da empresa Vale e prejudicou as exportações. Por seu turno, a estimativa a produção agrícola é que não se repetirá este ano os bons resultados dos últimos exercícios. Para a inflação, a perspectiva é igual a da semana passada. Para 2019 se aguarda 3,89% e, para 2020, 4%. O centro da meta de inflação

01/04/2019 - OCIOSIDADE DA INDÚSTRIA

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou estudo em que afirma que a capacidade ociosa da indústria é de 26%. Para a FGV esse patamar é muito elevado. No ano passado referida capacidade ociosa era de 23%. Passado o primeiro trimestre deste ano, os empresários de variados segmentos produtivos declararam à própria FGV que seus planos de novos investimentos não poderão ocorrer em 2019. Aprovada a reforma da Previdência até o final do ano os empresários revelaram que irão desengavetar projetos em 2020. A desarticulação do governo fragiliza confiança dos capitalistas, o que inibe investimentos e geração de empregos. Para a economia brasileira deslanchar é necessário o ajuste fiscal. Por outro lado, não basta somente a reforma da Previdência, grande número de capitalistas somente voltarão a investir com também a reforma tributária e a melhoria do ambiente geral dos negócios. Há indícios de que o País está andando, devagar, mas para frente. A inflação está sob controle. A taxa bás

31/03/2019 - DESEMPREGO VOLTOU A SER CRESCENTE

Esperava-se que o novo governo começasse a reduzir o desemprego, dado o otimismo como fora encarado, não obstante nos primeiros meses do ano possa acontecer elevação dele, em razão de que, no final do ano, há muito emprego temporário, por volta de 90 dias, que grande parte dele é dispensada. No entanto, o dado do IBGE de fevereiro, acompanhando janeiro, levou a taxa de desemprego para 12,4%, quando em dezembro fora de 11,7%. O recorde do desemprego se deu no triênio março-abril-maio de 2017, quando atingiu 13,3% da PEA. Face ao exposto, em fevereiro o número de desempregados com carteira assinada alcançou 13,1 milhões. Assim, 892 mil pessoas no período passaram a ser desempregadas. A Folha de São Paulo de ontem comparou tal contingente como se uma cidade do porte de São Bernardo do Campo, de São Paulo, desaparecesse do mapa. Vinha-se de uma reação de 2018 muito lenta de recuperação, esta tendência parece que se manterá, a partir de março, o que preocupa os cidadãos brasileiros q