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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

28/02/2014 - PIBINHO DE NOVO

A bolsa de valores chegou a subir mais de 2% ontem, quando foi divulgado o PIB de 2013, cravando 2,3%. O mercado esperava menos. O resultado, portanto, surpreendeu, dado que o Brasil não passou a ser considerado em recessão técnica. Porém, o número não foi suficiente para reverter a perspectiva ruim de hoje obter-se taxa de incremento do PIB de 2014. A mediana de perspectivas de analistas ouvidos pela secular agência internacional Reuters se refere a um crescimento de 2,2% no ano passado. É interessante ver as revisões que o IBGE realiza (são três), geralmente elevando a sua enquete. Por exemplo, informou que o PIB de 2012 teve um incremento de 0,9%, mas fechou em 1%. Aliás, isto aconteceu nos anos do PT no poder. Levemente. Visto que durante a ditadura militar (1964-1984) a dúvida era cruel. Para 2014, os especialistas acreditam na última pesquisa do boletim Focus do Banco Central, que o Brasil poderá crescer 1,67%. Porém, a perspectiva vem se deteriorando a cada dia. O p

27/02/2014 - EVOLUÇÃO DOS JUROS

Na economia capitalista, dita democrática também é dito que os preços, juros, salários, aluguéis, dólar, são livres. Porém, quando eles ficam erráticos, o governo entra atuando, regulando, principalmente no que se refere aos seus itens, para que o mercado os siga. Dessa maneira, no que se refere aos preços, o governo tem os preços administrados dos serviços públicos, tais como energia, telefone, petróleo, dentre outros. No que tange aos juros, a União realiza seu controle sobre a taxa básica de juros (a SELIC), referencial do seu pagamento de encargos quanto à dívida pública. No referente aos salários, o governo fica o salário mínimo em todo início de ano, consoante lei específica. Já os aluguéis todos podem ser negociáveis. No que se refere ao dólar, o banco Central ingressa comprando ou vendendo, para não destoar tanto as expectativas racionais. Quando assumiu a presidência do Banco Central (BC), no início de 2011, Alexandre Tombini, a taxa básica de juros era de 10,75% (a

26/02/2014 - CENSO ESCOLAR

O MEC divulgou ontem o Censo Escolar de 2013, relativo aos estudantes até 17 anos. Aspectos qualitativos não foram evidenciados. De uma forma em geral, houve queda no número de matrículas na educação básica. Em 2012 eram 50,5 milhões; em 2013, 50 milhões. Um quarto da população brasileira. Segundo o MEC, a queda é decorrente de fatores como a melhoria do fluxo dos alunos. Isto é, não há retenção da criança, que passa a ser promovida. No ensino médio, o MEC apresenta um gargalo, visto que para ele o currículo é extenso, pouco atraente para os estudantes. Daí a aprovação de cerca de 70% deles. Em 2013 estavam matriculados neste nível de ensino 8,31 milhões, abaixo do registrado em 2012, de 8,37 milhões. Observando ensino fundamental, os alunos que estudam em tempo integral se elevou de 139%, entre 2010 e 2013. Como escola integral se define sete horas na   sala de aula. No Brasil, estavam nesta faixa 3,1 milhões. Ou seja, somente 7% dos alunos do ensino fundamental estão nela. É m

25/02/2014 - RECESSÃO TÉCNICA

O Banco Central divulgou no início de fevereiro o seu índice que antecipa a medição do crescimento econômico, denominado por IBC-Br, relativo ao quarto trimestre de 2013, cuja variação negativa foi de 0,17%. Já no terceiro trimestre o citado indicador havia recuado 0,21%. À luz desses dados, a economia brasileira esteve (está?) em recessão técnica, definida quando uma economia recua seu nível de atividade por dois trimestres consecutivos. Ocorre que o IBC-Br é um indicador parcial. O melhor indicador mesmo é o do IBGE, relativo ao PIB trimestral, o qual somente será divulgado no próximo dia 27 (daqui a dois dias). O caminho que a gestão econômica está trilhando é o de esfriar ainda mais a economia. O ministro da Fazenda há poucos dias disse que não está descartada a possibilidade de elevação de tributos ainda neste ano, assim como anunciou corte de R$44 bilhões no orçamento deste exercício. Sequer o PAC foi esquecido, mediante corte de R$7 bilhões. Amanhã o Comitê de Política

24/02/2014 - TROPAS VIRTUAIS

As redes sociais serão usadas pelo menos pelos três maiores partidos, visando publicar notícias positivas com formato leve, moderno, desconstruindo informações negativas e apontando erros dos adversários. O lado obscuro das redes sociais começa a preocupar os principais candidatos, que estudam a possibilidade de estabelecer um código de guerra para definir limites e sanções. O custeio da tropa do PT está estimado em R$12 milhões. Serão treinados 1.200 militantes em 18 Estados. Estes terão a missão de recrutar pelo menos 20 mil internautas com a função de replicadores de conteúdo na internet. Os militantes escolhidos para coordenar núcleos da internet ganharão ajuda de custo de R$800,00 a R$1.000,00 mensais, dependendo do trabalho desenvolvido. A ideia é disparar mensagens que podem alcançar o computador de até 40 milhões de pessoas em poucos minutos. A candidata a presidente é Dilma Rousseff, que pleiteia a reeleição. O custeio da tropa do PSDB está também estimado em R$12

23/02/2014 - CLASSE MÉDIA NO G-20

Estudos feitos pelo Instituto Data Popular e pela Serasa Experian dão conta de que a classe média brasileira corresponde a 108 milhões de pessoas, cuja renda está na faixa de R$320,00 a R$1.120,00. Se fosse um país seria 12º. Mais populoso de todo o mundo, bem como integraria o G-20, grupo que reúne os 20 países mais ricos do planeta. No ano passado a classe média movimentou algo como R$1,17 trilhão, tornando-se o 18º maior mercado consumidor, sendo que 58% dela tomam dinheiro a crédito. A publicação desses indicadores vem expressos na revista Isto é, datada de 26-02-2014. Dessa forma, elenca que a classe média vai comprar em 2014 cerca de 7,8 milhões de notebooks; 7,8 milhões de móveis; 6,7 milhões de televisores; 4,8 milhões de geladeiras; 3,9 milhões de smartphones; 3,9 milhões de máquinas de lavar. O consumo com alimentação desse grupo foi de R$223,3 bilhões, correspondendo ao somatório do consumo das famílias de Bolívia, El Salvador, Paraguai e Uruguai. Segundo os

22/02/2014 - AUMENTO DE TRIBUTOS

Chega a estarrecer as notícias publicadas hoje de declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que não está descartada a hipótese de aumento de impostos neste ano. Como é que se quer atrair investimentos com isto? Os investidores esperavam declarações ao contrário. Disse ele: “Não está previsto aumento de tributos, embora isso possa ocorrer. É uma espécie de reserva que temos, se for necessário, para melhorar a arrecadação. Em outros anos houve aumento de 18% nas receitas totais do governo, em relação ao ano anterior”. Conforme ele, a previsão de alta de 10% nas receitas da União em 2014 está compatível com o crescimento de 2,5% da economia para este ano. Ao anunciar o bloqueio de R$44 bilhões, o governo reduziu de 13% para 10% a previsão do crescimento das suas receitas totais em 2014. O que fica difícil, o que está aborrecendo os capitalistas, é a matemática do referido ministro. Ora, se o PIB, nas suas previsões, de menos de dois meses atrás, recuará 35%, de 3,8%

21/02/2014 - REVISÃO DO ORÇAMENTO

Não existe somente direção crítica da atual política econômica nesta coluna, haja vista que a sua direção mantém corretamente a política de estabilidade da economia brasileira, iniciada há cerca de 20 anos, com o Plano Real. Isto é, a luta para que a inflação não saia da casa dos 5% ao ano. Porém, no campo do planejamento estratégico, também nestes 20 anos, encontra-se a maior carência. Até ontem o governo mantinha um orçamento com previsão de uma taxa de crescimento do PIB de 3,8%, em 2014. Mas, somente com 50 dias de governo, reduziu abruptamente sua expectativa para 2,5%, cortando R$44 bilhões em seus gastos previstos. A contração de 1,3% corresponde por volta de 35% da esperança de progresso, o que mostra o desnorteamento que vem tendo a atual gestão no seu último ano de mandato. Em entrevista no dia anterior, a Miriam Leitão, na Globonews, o ex-secretário geral do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, cotado para substituir Guido Mantega, em provável segundo mandato da

20/02/2014 - MOTORES NOVOS

O modelo econômico de qualquer governo é aquele que procura atender a demanda da sociedade de bens, serviços e importações deles (DA = PIB + M, onde DA = demanda agregada; PIB = conjunto de bens e serviços; M = importações de bens e serviços), através da oferta agregada (OA = C + G + X, onde OA = oferta agregada; C = consumo global; I = investimentos privados; G = gastos do governo; X = exportações). A forma de crescer é dada pela estabilidade das instituições e pela indução do governo, a quem cabe efeitos aditivos e multiplicadores do sistema econômico, previsões anuais e trianuais dos orçamentos públicos, que envolvem, de um lado (o dos créditos), receitas tributárias e, de outro (o dos débitos), gastos públicos em despesas correntes e em infraestrutura. Em seguida, cabe aos capitalistas confiar na ação governamental e acelerar o investimento. Após a estabilidade econômica do Plano Real (1994) seria necessário o retorno do planejamento de quatro anos, isto é, o de um mandat

19/02/-2014 - INVERSÃO DOS IMPULSOS

O papel do Estado é o de regulador na economia. Porém, como interventor ele possui suas estatais e é responsável pela realização de investimentos em infraestrutura. Na incapacidade de realizá-los, no mundo inteiro, são propostas parcerias público-privadas. Estas caminham lentamente no País, mesmo com lei já regulamentada desde 2004. No Brasil, as entidades executivas são a União, 27 Unidades Federativas e 5.565 Municípios. É sabido que a União estabilizou sua taxa de investimento. Porém, no global, os investimentos infraestruturais estão caindo, porque os gastos públicos em Estados e Municípios estão crescendo aceleradamente. A epidemia de inchação da máquina pública é geral.   Um estudo exclusivo da RC Consultores, citado pela revista Exame datada de hoje, demonstra que os gastos dos Estados com despesas correntes, valendo dizer, pessoal, custeio, juros, dívida e transferências aos Municípios saíram de uma média de 85% da receita para 95%, de 2005 para 2013. Sobraram somente

18/02/2014 - DETERIORAÇÃO DOS NÚMEROS

Grande número de pontos que compõe o tecido econômico têm sido demonstrados aqui como ruins, mediante dados do próprio governo, que está apresentando a maioria de resultados como minguantes. O seu porta voz é o boletim FOCUS, publicado pelo Banco Central, que todos podem ter acesso pela internet, mostrando a deterioração, semana a semana, dos indicadores econômicos. A projeção do PIB para este ano caiu para 1,79%. Já a perspectiva para 2015 é de 2,1%. Referido relatório, em janeiro de 2013, chegou a trazer projeção de um PIB crescendo a 3,8% em 2014. Em maio de 2013 acreditava em 3,5% também para 2014. O que está acontecendo? É perceptível que a atual gestão não realiza as reformas prometidas, já no quarto ano, tendo aumentado a burocracia e entravando as obras de infraestrutura. São sucessivas decepções dos números do PIB, principalmente do seu componente industrial. Os problemas para a indústria vem dos sucessivos apagões de energia elétrica, em média, um a cada oito dias.

17/02/2014 - CENÁRIO PREOCUPANTE DO FED

Críticas da nova presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve ou simplesmente FED), Janet Yellen, em sua primeira semana de posse causou estragos à imagem brasileira, construída em duas décadas. Desde o Plano Real (1994) foram reconhecidos avanços em diversas áreas. A estabilidade da economia, isto é, inflação abaixo de 10% ao ano, tendo chegado até a 3,1% em 2004, hoje por volta de 6%, já preocupante, as reduções nas desigualdades na distribuição de renda, o fortalecimento da classe média, que passou de 36% para 52% da população, dentre outros motivos levaram ao Brasil a obter o grau de investimento em 2008. Quer dizer, o atestado de confiança de capitais estrangeiros na condução econômica, pagando juros mais baixos pelos empréstimos. Na verdade, o FED enviou um relatório semestral sobre quinze países emergentes ao seu Congresso, onde o Brasil aparece em 14º lugar, somente acima da Turquia, mas atrás da Índia, Indonésia e África do Sul. Referido documento faz

16/02/2014 - CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões caíram no gosto popular e substituem cada vez mais o dinheiro manual. Os cartões são de débito e de crédito. O cartão de débito é de gasto imediato. O cartão de crédito é de despesa a prazo, geralmente sem juros, até 30 dias. Depois deste prazo cobram juros. Ora, como até 30 dias são “de graça” para o portador, depois os juros são estratosféricos. O “de graça” aqui é pelo valor da fatura. Porém, o cartão tem custos de emissão para o seu portador, alegando as financeiras que tem ônus para a sua confecção. Quer dizer, querem ganhar de variadas formas. Mas, os encargos em conjunto são piores do que os de agiota. Assim, a média mensal de juros cobrada no Brasil é de 11,77% ou 280% anuais, conforme cálculos mostrados por Robert Zentgraf, coordenador do MBA de finanças do IBMEC, Rio de Janeiro. Para ele, inclusive, a referida taxa mensal é muito superior à taxa média básica de juros do País, a SELIC anual, de 10,5%. Quer dizer, a taxa anual equivalente da SELIC corresponde

15/02/2014 - VOZES QUE NÃO DIZEM AMÉM

Até junho do ano passado, os Estados Unidos consideravam a presidente Dilma como imbatível. Vozes da rua não disseram amém, desde então. Logo, os serviços de inteligência dos Estados Unidos mudaram, conforme denuncias de que a presidente Dilma estava sendo espionada, estão considerando agora a presidente Dilma como favorita. No início deste ano, manifestações voltaram a pipocar pelo Brasil. Os focos têm sido praticamente os mesmos, daqueles itens que foram prometidos e que não foram cumpridos. Pelo contrário, os aumentos dos preços das passagens de ônibus começaram a subir. Embora a lei contra a corrupção tenha sido editada, as mordomias continuam cada vez mais fortes, tais como as das viagens internacionais presidenciais. Por fim, os gastos excessivos com os aditivos de valores das obras da Copa do Mundo são comparados com as retrações nos gastos da saúde e da educação. Os serviços de informações não estão recomendando a presidente Dilma a participar das inaugurações de estádios,

14/02/2014 - JUROS PAGOS NO BRASIL

Por que os juros pagos no Brasil são tão discrepantes? Em média, o cidadão pagou no ano passado 93% de juros anuais. O governo encerrou o ano pagando 10% pela taxa básica de juros, a SELIC, que é a taxa de juros mais referenciada na economia brasileira. Ademais, não há justificativa para tamanho disparate também entre os juros e a inflação, que fechou 2013 em 5,9%. Há 16 meses que a taxa SELIC não para de subir e a taxa para o cidadão a acompanha. A tendência de ambas é de alta, visto que a SELIC induz a alta da taxa ao público. A explicação é bem simples, os juros praticados pelos bancos estão livres. Eles cobram o quanto querem. Em consequência, astronômicos têm sido os lucros bancários. Isto há mais de uma década. O discurso do PT era o contrário, de controlar a gula bancária. Porém, no poder, tem feito o inverso, ao ponto da economia brasileira ser conhecida mundialmente como o local onde “os ricos ficam mais ricos e os pobres menos pobres”, conforme concluiu desde 2008 o

13/02/2014 - RECUO CONSECUTIVO DO EMPREGO

Pelo segundo ano consecutivo a indústria brasileira fechou postos de trabalho. A retração de empregados no parque industrial em 2013 foi de 1,1%, sendo de 1,4% em 2012, conforme a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE. O recuo consecutivo foi explicado pelo coordenador da referida pesquisa, Fernando Abritta: “Enquanto a produção não crescer de forma consistente, o resultado do emprego industrial vai ficar em torno de zero por cento ou um pouco negativo”. Em decorrência o numero de horas pagas aos trabalhadores da indústria também se retraiu em 1,3%, em 2013. Como a produção industrial aumentou 1,2% no ano passado, a produtividade do trabalho na área se elevou em 2,4%, recuperando a queda de 0,6%, ocorrida em 2012. A notícia dada pelo Estadão Conteúdo, Rio, consultou o economista Rafael Bacciotti, analista da consultoria Tendências Consultoria Integrada. Consultado o Instituto de estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), este informou que ganho de pro

12-02-2014 - MAIS OU MENOS MÉDICOS

O novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, veio a público informar que mais quatro profissionais cubanos abandonaram o Programa Mais Médicos. Já são cinco entre alguns milhares que vieram para o Brasil. Por que só cubanos abandonaram o Programa? Os venezuelanos, por exemplo, o segundo maior contingente não teve nenhuma baixa. Logo, é fácil deduzir que as condições dos cubanos são discriminatórias. O ministro não soube dizer o paradeiro deles. Mas, sabe-se que a médica cubana, Ramona Matos Rodrigues, que trabalhava em Pacajá – Pará, ingressou com ação trabalhista e se encontra em Brasília. O médico Ortélio Jaime Guerra, que trabalhava em Pariquera-Açu – são Paulo viajou para o exterior. Os três que se soube fizeram ontem   ainda estão no Brasil, onde trabalhavam nos municípios de Rio do Antônio – Bahia, Belém do são Francisco – Pernambuco, Timbiras – Maranhão. O citado ministro admitiu que o governo pretende aumentar o salário dos médicos cubanos. Enquanto os médicos de outras na

11/02/2014 - EMPREGO INDUSTRIAL

A indústria brasileira fechou empregos pelo segundo ano consecutivo. O número de cidadãos empregados caiu 1,1%, em 20134, após ter recuado 1,4%, em 2012, queda acumulada de 2,41%, conforme Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE. A razão é porque a produção não cresce de forma consistente. Por seu turno, a produção industrial se elevou em míseros 1,2%, em 2013. Logo, a produtividade aumentou 2,4% no ano passado, recuperando a queda de 0,6%, observada em 2012. O ajuste na produtividade, em si, é positivo. Porém, olhando a trajetória industrial a questão é preocupante. A indústria está saindo de 16% do PIB para 13% dele. A problemática é que a indústria gera empregos seletivos, qualificados, assim como o setor de serviços não exige tal qualificação. Portanto, o voo galinácio continua. Sem dúvida, a condução da economia brasileira não tem a competência requerida. Comentário de Dora Kraemer, do jornal Estado de são Paulo, é taxativo: “O governo trata as críticas d

10/02/2014 - CHOQUE OU CRISE?

Falando com um professor doutor sobre como é fácil entender a economia brasileira, ele disse, fácil? Se assim o fosse Guido Mantega não estava no bombardeio. Tampouco, a presidente Dilma estava cantando sucesso em PIB por volta de 4%, se está na metade. O fato é que o País patina por falta de bons fundamentos econômicos. No cenário interno, a indústria recua, por falta de competitividade. O setor agroindustrial, mais o setor de serviços são aqueles que seguram o pibinho. A inflação é persistente. Não são feitas reformas. No cenário externo, vão se deteriorando as contas do balanço de pagamentos. Agora mesmo, já há um déficit na balança comercial (exportações menos importações) de mais de US$2 bilhões. Os capitais internacionais estão saindo do Brasil, visto que a economia americana se recupera. O desemprego lá recuou para 6,6%. Taxa de incremento do PIB lá está acima de 2%. A presidente do FED promete manter os incentivos ao crescimento econômico. Não parece, tem-se certeza,

09/02/2014 - GARGALOS DA ENERGIA

Segundo o próprio governo estão atrasadas 22 das 25 hidrelétricas, bem como 22 das 35 termelétricas em construção no País. A maior hidrelétrica, que será a terceira maior do mundo, a Usina de Belo Monte não cumpriu o cronograma de obras, ela que está orçada em R$16 bilhões. As hidrelétricas geram cerca de 70% da energia consumida no Brasil. O aumento da renda nos últimos anos e as temperaturas elevadas fizeram com que o País registrasse recorde de consumo de energia a cada ano. O caos energético brasileiro instalado explode de tempos em tempos, assim como o governo federal não realiza a contento os investimentos em infraestrutura. Por seu turno, os reservatórios brasileiros enfrentam a pior situação desde 1953. Usar termelétricas para substituir hidrelétricas é uma saída altamente poluente, além de serem bem mais elevados os seus custos. O fato é que existe pouco investimento em energia renovável. Segundo especialistas, o futuro está nas “energias limpas”. Porém, os investime

08/02/2014 - MAIS MÉDICOS

A médica cubana Ramona Matos Rodriguez é a primeira dissidente do Programa Mais Médicos, entre milhares de médicos cubanos contratados. O salário pago pelo governo federal é de R$10 mil, mas o profissional somente recebe R$900,00, sendo a diferença retida pelo governo cubano, mediante promessa de devolução no retorno do médico. Para submeter-se a um trabalho assim, o médico cubano deve passar dificuldades naquela Ilha, bem como seus concidadãos. Referida médica abandonou a distante cidade de Pacajá, no Pará, asilando-se no gabinete do partido dos Democratas, em Brasília. A cidade é isolada, bem pobre, ficando entre Marabá e Altamira. A médica pediu também asilo aos Estados Unidos, onde vive seu marido, em Miami. Lá existem mais de 2 milhões de cubanos refugiados. São mais pessoas em Miami do que a população de Cuba. Ramona usou o citado programa como passaporte para a fuga. Até agora o caso dela é isolado. O programa tem muito de positivo. Os médicos estrangeiros vêm supr

07/02/2014 - NOTA DA MOODY’S

A agência internacional de risco Moody’s, junto com a agência Standard & Poor’s e a agência Fitch, fazem o trio que estão a avaliar governos e grandes empresas, há muitas décadas, mediante recomendação ou não, de grandes capitalistas internacionais fazerem investimentos. É o que significa a concessão do grau de investimento, conseguido pelo Brasil a partir de maio de 2008. Antes, o Brasil não tinha referido grau, recebia o rótulo de país subdesenvolvido. Com o citado grau o País passou a ser chamado de emergente. Entretanto, depois de mais de três anos dos indicadores brasileiros terem piorado na gestão da presidente Dilma, aquelas agências americanas têm ameaçado rebaixar a nota do Brasil. Agora mesmo, o México obteve da Moody’s uma elevação do seu grau de “Baa1” para “A3”. O México já estava na frente do Brasil, que possui o grau “Baa2”. Portanto, o México está a dois graus acima do Brasil. Poderia parecer “injusto” isto, na medida em que a prévia do crescimento do PIB

06/02/2014 - APAGÕES ELÉTRICOS

A semana ainda está na quinta feira e o assunto que continua sendo o mais comentado é o apagão do dia 04, passado, nas regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul, atingindo 11 Estados mais o Distrito Federal. Sempre que acontece um apagão a energia elétrica fica desligada durante longo tempo (sim, alguns minutos, ou uma hora ou mais horas, transformam-se em longo tempo, em razão dos espaços intertemporais que geram prejuízos da paralisação e da religação). Ademais, apagão é um fenômeno muito comentado, não somente como grande prejuízo, mas também como se fosse uma coisa rara. Aliás, como as pessoas têm memória curta, de uma maneira em geral, acredita-se na sua raridade. Mas, não é. Somente no governo da presidente Dilma já aconteceu 150 apagões. Em média, um a cada oito dias. Os técnicos geralmente explicam cada situação com a redução acentuada nos reservatórios, que acumulam água para a geração de energia. Este último teve ainda associado o aumento no consumo devido em grande parte

05/02/2014 - EXPECTATIVA DE BAIXA

O Produto Industrial (PI) de 2013 foi divulgado ontem, pelo IBGE. Crescimento de modesto 1,2% do PI, não dando para apagar a queda de – 2,5% de 2012, que puxou para baixo o PIB de 2012 para 1% de incremento. Geralmente, o PIB do primeiro trimestre é divulgado na primeira semana de março, com tal resultado do PI, a expectativa dos 2,2% esperados do PIB, provavelmente cravará agora algo por volta de 2%. Uma baixa previsão. Mais um resultado puxando para baixo a atual gestão econômica. O que a oposição do PSB, há pouco menos de um ano que apoiava os governos do PT, sintetizando em seu programa eleitoral que o “Pais está saindo dos trilhos”. Sequer os incentivos governamentais, tais como R$58 bilhões emprestados pelo BNDES somente para a indústria, 30% do total de R$190 bilhões liberados, alta de 22%, em relação a 2012, assim como os incentivos setorializados para a construção civil, indústria automobilística e linha branca de eletrodomésticos, foram capazes de melhorar a taxa de

04/02/2014 - RACIONALIDADE FALTANTE

O princípio do homem racional é a base na qual se sustentou a teoria clássica de economia. Até o marxismo, de outro clássico, explica que há racionalidade capitalista, na medida em que a razão de ser do próprio sistema econômico alicerçado é a acumulação de capital. O maior neoclássico e, por isso, o criador da Teoria Geral, que é a “bíblia” da política econômica, isto é, praticamente todos os países sabem que a gestão econômica de curto prazo compreende três políticas econômicas: monetária, cambial e fiscal, refere-se ao “espírito animal” do empresário, que é justamente a máxima de que “o capital vai para onde é maior a taxa de lucro”, a sua racionalidade. Logo, um país para ser forte, desenvolvido, rico, tem que ampliar suas fronteiras. O maior exemplo das últimas décadas é a China, que em sua abertura para negócios internacionais é hoje o segundo PIB mundial, somente atrás dos Estados Unidos. O Brasil nunca conseguiu deixar de ser um “país pequeno” no comércio exterior. Nã

03/02/2014 - SUPERÁVIT CONSOLIDADO

O superávit primário é a busca de resultado positivo da diferença entre receitas e custos do governo. De forma consolidado engloba União, Estados, Municípios e Estatais. Tal resultado é usado para pagar parte dos juros da dívida pública. Em 2013 o superávit primário fechou R$91,3 bilhões, equivalentes a 1,9% do PIB. Trata-se de menor percentual em 12 anos, de acordo com o Banco Central, responsável pela consolidação dos números. Por que aconteceu isto? Devido ao elevado gasto do governo notadamente às transferências de programas sociais, em detrimento dos investimentos, bem como às desonerações para grupos empresariais específicos. Fatos que não atraíram muito investidores privados. Pelo contrário os fizeram recuar. Com isto é esperada taxa de incremento do PIB por volta de 2% em 2013. Os governos do PT têm reforçado a sua política de reduzir as desigualdades sociais. Sem dúvida, a cada ano se retrai o índice de Gini, que mede o grau de distribuição de renda. Por outro lado,

02/02/2014 - LÓGICA, CLAREZA, OBJETIVIDADE

A gestão econômica da presidente Dilma padece de lógica, clareza e objetividade. Por isso o sistema econômico nacional tem tido desempenho medíocre, crescendo a taxas por volta de 2% anual, em três anos, desempenho menor do que a média de oito anos de FHC, que foi de 2,3%. Só que FHC sofreu ataques especulativos, havendo a retirada de quase toda a poupança externa, esvaziando as reservas, fazendo com que o País recorresse ao FMI. Antes, tinha se defrontado com a moratória do México (1994), crises nos tigres asiáticos (1996) e a crise da Rússia (1998). A gestão de Lula se defrontou em quase todos os anos com momentos internacionais bons e adoção de políticas que incentivaram o crédito, isenções fiscais em áreas prioritárias, retorno de programa habitacional global e gastos governamentais, fizeram com que a capacidade ociosa praticamente não mais exista, a capacidade de endividamento chegou ao seu limite, estando esgotadas as possibilidades de crescer via principalmente do consumo