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Mostrando postagens de novembro, 2014

29/11/2014 - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Os limites da responsabilidade dos prefeitos, governadores e presidente da República são definidos em lei específica. Os órgãos que os acompanha e colocam ônus, quando for o caso, são o Tribunal de Contas dos Municípios, o Tribunal de Contas dos Estados e o Tribunal de Contas da União. Estes geralmente estão às voltas com prefeitos e governadores. Nunca com o presidente da República, vez que este geralmente usa artifícios para burlar a lei. No caso específico, o presidente da República se obriga a cumprir, dentre outros encargos, o orçamento anual, projeto por ele executado, analisado e aprovado pelo Congresso. Depois de cinco meses seguidos, de maio a setembro, registrando déficits primários, quando tinha se obrigado a presidência para produzir superávits, visando honrar o pagamento de vencíveis da dívida pública, as contas do governo central, Tesouro, Previdência, Banco Central, fecharam no azul em outubro, saldo de R$4,1 bilhões. Entretanto, o resultado é o mais baixo para

28/11/2014 - REPATRIAÇÃO DA SUIÇA

O valor da repatriação de dinheiro depositado na Suíça, ao câmbio atual, R$65 milhões ou US$26 milhões, é o maior do Brasil para casos de corrupção, somente de depósitos desviados de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. O governo suíço já há alguns anos não tolera mais ser o esconderijo do globo de dinheiro ilegal. O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, também tem dinheiro lá fora, assim como outros envolvidos na operação Lava-Jato, o que será objeto de apreciação. No Brasil, foram bloqueados R$3.677 mil do referido Duque. No total dos arrestos brasileiros, também com diretores das empreiteiras presos, cerca de R$100 milhões já foram recolhidos em bloqueios. A operação lava-Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro, já referida à estimativa de R$10 bilhões, relativos aos desvios de recursos por contratos com a Petrobras, no valor total de R$70 bilhões. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela Polícia Federal nessa etapa da citada op

27/11/2014 - ELEITORES DECISIVOS

Debates até hoje se centram nos eleitores do PT e do PSDB, que ganharam as eleições em 5 de outubro. Sabe-se que Dilma ganhou com folgas, no Norte, Nordeste, parte do Centro Oeste, perdendo principalmente no Sul e no Sudeste. De forma semelhante às eleições presidenciais anteriores, desde 1989, fala-se erradamente, simplificadamente, em um Brasil dividido em dois: Norte, eleitores do PT; Sul, eleitores de Aécio Neves, assim como os pobres e parte da classe média votaram em Dilma Rousseff. Os ricos e parte da classe média votaram em Aécio. Ou, mais restritamente possível, que o Programa Bolsa Família elegeu Dilma. Em artigo da revista Veja, datada de ontem, Maílson da Nóbrega, intitulado “Bolsa Família: voto racional e não de cabresto”, afirma: “O Programa Bolsa Família não teve papel decisivo na reeleição de Dilma. Os votos do programa são estimados em torno de 27 milhões. O PT precisaria dobrar o programa para vencer só com eles. Impossível”. Ora, teve sim. Mais uma vez o ex-mi

26/11/2014 - PROCESSO SIMPLIFICADO NA PETROBRAS

Um decreto de Fernando Henrique Cardoso (FHC), governando o Brasil de 1995 a 2002, autorizou a Petrobras a fazer processo simplificado de licitações. Na verdade, praticamente não obedecendo à lei de licitações. As obras de vulto da empresa passaram a ter rito sumário para aprovação. Sem dúvida, reduziu-se a burocracia e se elevou a produção de óleo e gás.   A primeira ideia era atingir a autossuficiência, o que até hoje não foi atingido. Por outro lado, abriu as portas para maior corrupção dentro da Petrobras, conforme denúncias que começaram a ser apuradas pela operação Lava-Jato, em curso, a partir de março deste ano. Porém, durante o primeiro governo de Lula (2002-2006), foi interposta no STF, em 2005, uma ação para que a petroleira obedecesse à lei de licitações. Mas, Lula já tinha nomeado em 2004, como diretor de Abastecimento, atendendo ao PP, Paulo Roberto Costa, que montou esquema de propinas, hoje já realizando sessões de delação premiada na Polícia Federal. A ação acim

25/11/2014 - FUNDOS DE PENSÃO NO PETROLÃO

Os escândalos que a cada dia transparecem pelas investigações da Polícia Federal, na operação Lava-Jato, chamado de petrolão, considerado muito maior do que o mensalão, provavelmente poderá ter mais de 40 réus, como constou deste último, agora envolvendo dirigentes da Petrobras, doleiros, nove empreiteiras, não tendo chegado ainda a políticos congressistas, mas, atingindo, por sua vez, os fundos de aposentadoria.   Como bola da vez, estes fundos de pensão de funcionários das estatais e de servidores públicos são entidades para as quais os empregados em referência contribuem mensalmente, visando ter uma complementação da sua aposentadoria, ao seu salário, visto que aposentadoria pelo INSS tem um teto, sempre inferior aos salários dos citados funcionários. As entidades administram patrimônio de mais de R$450 bilhões. Seus dirigentes são indicados pelo PT e a base aliada. Investigadores da operação Lava-Jato já encontraram indícios de ramificações do esquema do doleiro Alberto Y

24/11/2014 - AJUSTE FISCAL

O déficit do Tesouro de R$16 bilhões em setembro obrigará o governo federal a um ajuste fiscal. Isto tem que ser feito logo, para recompor a estabilização, em si abalada e se quiser que a economia brasileira volte a crescer acima de 2% ou mais ao ano. As contas públicas ficaram desajustadas, por volta de quatro anos últimos. A pouca efetividade no combate à inflação, o represamento dos preços administrados, tais como os de energia elétrica e de combustíveis, os subsídios a segmentos produtivos selecionados não reativaram a economia, precisando que a SELIC continue em elevação. Para 2015, o orçamento da União é de R$2,86 trilhões, sendo que o governo tem autonomia para mexer em apenas 10%, ou seja, aproximadamente em R$286 bilhões. Os 90% estão carimbados para 39% ministérios executivos federais. Os 10% terão que ser distribuídos para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, gastos com o Programa Bolsa Família, mais verbas para a saúde e para a educação. Portanto, não s

23/11/2014 - VETO PRESIDENCIAL COMPROMETEDOR

O jornal Estado de São Paulo, em editorial do dia 14 deste se refere ao veto da presidência da República, no último ano da era Lula, comprometedor. Ontem, o Estadão Conteúdo, de São Paulo, retornou à mesma tecla. O assunto tomou corpo, quando, em meados de 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o governo sobre indícios de superfaturamentos, pagamentos indevidos, obstrução de trabalhos de fiscalização e omissão de documentos por parte da Petrobras, em suas quatro maiores obras: Refinaria Abreu e Lima (PE), Refinaria Presidente Getúlio Vargas, Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e Complexo de Barra do Riacho (ES). Para o TCU os indícios eram suficientes para pedir a paralisação das obras. Os processos, como de praxe de lei específica, foram encaminhados ao Congresso Nacional. Este determinou a suspensão das obras por suspeitas de irregularidades. Acompanhava os citados processos nota conjunta de técnicos da Câmara e do Senado, alertando sobre a “consolidação de dano

22/11/2014 - OBESIDADE É TAMBÉM PROBLEMA ECONÔMICO

A obesidade não é somente um problema de saúde. É um grande problema econômico, principalmente nos países ricos e em certos emergentes, como é o caso brasileiro. Dessa forma, estudo divulgado no dia 20 deste, pelo Instituto Global McKinsey, informa que 2,4% do PIB é o custo de combate à obesidade no Brasil, equivalentes a R$110 bilhões, tomado o PIB de 2013, que não será muito diferente do deste ano, visto que o esperado PIB é estimado subindo só 0,3%, se muito, conforme atesta pesquisa semanal do informativo Focus, do Banco Central. Em economias emergentes, como a brasileira, os gastos com saúde representam 15% dos gastos da área. Isto não é muito diferente do custo realizado nos países avançados.   No Brasil, 58% das mulheres e 52% dos homens brasileiros apresentam problemas de excesso de gordura. Bem acima da média mundial de 37% para os homens e 38% para as mulheres. A previsão do citado relatório é que em 2030 mais da metade da população do globo ficará com sobrepeso e o

21/11/2014 - CORRUPÇÃO BANALIZADA

O custo de produzir-se no Brasil possui 36% de tributos sobre o PIB, 11% de custos de logística com transportes, mais os custos com burocracia, mais o custo da corrupção, dentre outros.   Não sem motivo, o Banco Mundial classifica o Brasil em 120º lugar dentre 177 países analisados, relativa ao ambiente geral de negócios. Vale dizer, em competitividade. A respeito da corrupção o assunto ganhou no Brasil, desde março deste ano, a maior dimensão da história nacional, após instalação da operação Lava-Jato, mediante apuração de escândalos de desvios de dinheiro nos negócios e obras da maior empresa brasileira, a Petrobras. Até ontem, as denúncias envolvendo o PT, o PMDB, o PP, tinha presos integrantes do PT e do PP. No entanto, ontem foi preso o lobista do PMDB, perante as denunciadas nove empreiteiras, aquele que recebia o dinheiro e o distribuía, chamado de Fernando Baiano. O seu advogado de defesa, Mário Oliveira Filho, fez declarações públicas de que no Brasil só se faz obra com

20/11/2014 - BÔNUS DEMOGRÁFICO REVISITADO

O bônus demográfico é a fase em que passou ou passará um país, quando terá o máximo possível de pessoas trabalhando. No caso brasileiro, o bônus demográfico se iniciou nos anos de 1990. Isto é, o Brasil começou a ir em direção de um período em que dois terços da população estão concentrados na faixa etária produtiva, de 15 a 64 anos. Os chamados inativos estão na faixa do nascimento até 14 anos, bem como aqueles após os 65 anos (crianças e idosos), conforme classifica o IBGE. O peso dos inativos é a relação que estes têm em relação aos ativos. Em 1980, era de 7,3 por cada 10 pessoas; em 1990, 6,6; em 2000, 5,4; em 2010, 4,8. A estimativa para 2022, 4,1. A partir desta última data as projeções do IBGE mostram que se esgotarão o bônus demográfico. Em 2034, a relação crescerá para 4,6; em 2050, subirá para 5,6 por cada 10 pessoas. Em outras palavras, mediante a mudança da pirâmide populacional, a proporção de população inativa, que precisa ser sustentada pelos economicamente ativos

19/11/2014 - MODELO ECONÔMICO COMPETENTE

A pior posição é não ter modelo econômico de gestão do País. A segunda pior é ter modelo incompetente. Claro, a melhor posição é ter modelo competente. Depois do fracasso na União Soviética, consequentemente com sua dissolução. A grande maioria dos países do mundo deixou de fazer modelo de planejamento de longo prazo, adotando o curto e/ou o médio prazo. Assim, adotou-se o tripé consagrado por Keynes, de administrar a economia via política monetária, cambial e fiscal. Nos anos de 1990, iniciou-se na Europa o tripé da haste mais forte, o sistema de metas de inflação, mais a haste de apoio do câmbio flutuante e a haste de apoio do superávit fiscal, adotado pelo Brasil, a partir de 1999. O referido tripé fortaleceu a estabilidade do Plano Real, que começou a dar certo a partir de 1994, a mais longa estabilização da história brasileira (mais de 20 anos), gerando confiança internacional, mediante concessão do grau de investimento, pelas maiores agências de risco internacional, Standa

18/12/2014 - NOVE EMPREITEIRAS

Nove empreiteiras agora estão sendo alvo da operação Lava-Jato, aquela que se ocupa em investigar, desde a sua deflagração, no início deste ano, desvios de dinheiro da Petrobras, no valor estimado em R$10 bilhões. Aproximadamente, as nove empreiteiras possuem contratos com a estatal de R$60 bilhões. Assim, grosso modo, a estimativa de dinheiro encontrada pela investigação é de 16% do total contratado. Este percentual poderia ter-se como sobre preço nos contratos, para transferir dinheiro para o esquema montado pelo ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Cunha, pelo ex-diretor de Serviços, Renato Duque, pelo doleiro Alberto Youssef, todos presos, estando Cunha e Alberto revelando fatos, mediante delação premiada. Para o primeiro que delatou 3% iriam para o PT, PMDB e PP, envolvendo 29 congressistas; para o segundo, estão também envolvidas as maiores empreiteiras com sede no País e de atuação internacional: OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht, UTC, Camargo Correia, Mendes Júnior, E

17/11/2014 - MUNDO MAIS HOSTIL

Ao findar o programa de compra de títulos públicos, os Estados Unidos deixaram de injetar mais de US$80 bilhões mensais. Foi feito isto para reanimar a economia mundial, principalmente a sua economia. Atualmente, os indicadores de renda, riqueza e confiança do consumidor estão bons lá. O desemprego americano alcançou 5,9%, uma taxa que é considerada muito boa, para um PIB que provavelmente crescerá 3% neste ano. O maior perigo é se a inflação subir, o que será combatido pelo Federal Reserve com elevação da taxa de juros, projetada para o ano que vem de 1,5% ao ano. Os juros baixos criaram distorções de preços. Há bolhas se formando em alguns mercados mundiais. O nível de risco está aumentando demais. Assim, os investidores procuram se proteger. Isto é suficiente para atrair mais dólares para a economia americana. Uma prova disto é que o dólar neste ano escasseou por estas plagas, já se elevando em mais de 25% no Brasil. Porém, na Europa a situação está complicada. Houve algum pr

16/11/2014 - BALANÇA FAVORÁVEL

Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a relação comercial do Brasil com a China, no primeiro semestre deste ano, finalizou com saldo positivo de US$5,4 bilhões, maior superávit em quatro anos.   Os negócios com a China hoje correspondem a 20% das exportações, sendo o maior parceiro comercial, desbancando os Estados Unidos. No referido primeiro semestre as exportações cresceram 4% para lá. Na pauta, 50% correspondem a soja. Depois, minérios e demais commodities. Quer dizer, o País continua sendo agropecuário em suas relações comerciais e bastante fechado ao exterior, visto que somente 1% das transações internacionais são brasileiras. A China teve crescimento pretérito por volta de 10% ao ano em trinta anos. Depois de 2008, a maior crise do capitalismo mundial, depois de 1929, arrefeceu seu incremento por volta de 7% atuais. Quer dizer, força e poder que a colocou no segundo PIB mundial. A continuar assim, em dez anos passará o PIB dos Estados U

15/11/2014 - POLÍTICA DO BANCO CENTRAL

No mundo hoje quase todo capitalista, o órgão mais importante do governo é o Banco Central (BC). É assim nos Estados Unidos, onde o presidente do FED não tem seu mandato coincidente com o presidente da República, embora proposto ao Senado por ele. Dentre outras atribuições, a maior é que o FED emite o dólar. É assim na Alemanha, onde está a sede do Banco Central Europeu, que emite o euro. Por isso mesmo, o presidente dessas instituições podem passar mais de dez anos, como Paul Volcker e Alan Grenspan que passaram muito mais de dez anos no FED. Diz-se, então que o Banco Central de lá e de inúmeros outros países é independente. No Brasil, os referidos mandatos coincidem, ainda que o presidente do BC seja sabatinado no Senado, como na maioria dos países do mundo, fica aqui a ideia de que o BC daqui é dependente. Depois da estabilidade econômica de 1994, após o Plano Real, pela qual o Brasil ficou confiável pela comunidade financeira internacional, o BC transpareceu independência co

14/11/2014 - CRIATIVIDADE NA CORRUPÇÃO

Os governos do PT inauguraram dois tipos de corrupção, principalmente de políticos, em mandatos federais: o mensalão e o petrolão. Os processos do mensalão começaram em 2005 e chegaram ao fim em 2013, envolvendo 40 réus, sendo condenados 25 deles. Comprovou-se que o PT, para conquistar aliados políticos, geralmente no Congresso Nacional, subornava-os com dinheiro vivo. Pensava-se que a compra de votos de parlamentares pararia no fim do primeiro mandato do ex-presidente Lula. Mas, não, conforme se verá abaixo. Descobriu-se que estava instalado na Petrobras um esquema ainda maior do que o mensalão, desde 2004, quando o PP indicou Paulo Roberto Costa, para diretor de Abastecimento da estatal, sendo nomeado pelo ex-presidente Lula. O petrolão apresentou como seu gérmen investigações da Polícia Federal, em 2009, em Londrina, Curitiba, Brasília e outras treze cidades sobre transferências dinheiro vivo através do doleiro Alberto Yousseff, preso pela primeira vez em 2003, envolvido e

13/11/2014 - BOLSA HOJE, FOME AMANHÃ

Até agora a presidente Dilma, reeleita para o segundo mandato, não definiu a equipe econômica. A esperança dentro de forte corrente do próprio PT, tal como externou a senadora Marta Suplicy, comentado ontem, de que a presidente Dilma deve ter uma equipe econômica independente, à semelhança do que realizou Lula, quando a economia brasileira cresceu à taxa média de 4% anuais, é para que ela deixe o arranjo de política econômica dos últimos quatro anos, caracterizado por gastos públicos maiores do que os incrementos do PIB, ao ponto deste ano estar apresentando déficit primário, depois de mais de quase doze anos do PT no poder. De que não invente “nada” semelhante a mandar que o Banco Central baixe os juros médios básicos da economia (SELIC) “na marra”. De que não faça concessões e subsídios a um pequeno número de empresários apadrinhados. Por que isto fez com que colhesse crescimento médio de 1,6% anuais, em todo o mandato, inflação acima do teto da meta, desequilíbrios externos e

12/11/2014 - RESGATAR CONFIANÇA

Antecipando a renúncia global do ministério, prevista para dia 18 próximo, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, pediu ontem demissão do cargo, retornando ao Senado por São Paulo, onde tem mais quatro anos de mandato, em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff. Ela cobrou do governo que resgate a confiança e a credibilidade da próxima equipe econômica. Magoada, segundo ela porque não atendeu imensas demandas, visto que não obteve aprovação pelo Congresso de vários de seus projetos, lá ainda tramitando por mais de dois anos, por falta de apoio, para obter propostas de verbas carimbadas no Executivo. No texto da carta de renúncia, Marta se refere a que a presidente “seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade do seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de crescimento e estabilidade para nosso País. Isto é o que o Bra

11/11/2014 - PETROBRAS NA BOLSA

Segundo J. P. Getty, magnata americano, outrora homem mais rico do mundo dos anos de 1970, o melhor negócio do planeta é uma petrolífera, em segundo, outra, até o décimo lugar, quando então vêm indústrias corporativas, mediante capital aberto em bolsa de valores, especialmente na maior do mundo, Nova York, onde se negociam ações e recibos de ações (ADRs), de grandes firmas mundiais. De acordo com tal espírito, há décadas que a Petrobras possui ADRs negociados lá, sendo na bolsa brasileira ação de longe a mais negociada nos pregões diários, chegando, às vezes, até alcançar mais de 20% do valor global, entre mais de 360 enormes corporações. Aqui, a estatal é a empresa de maior liquidez e orgulho nacional desde a sua criação, em 1953. Em todas as épocas, devido ao grande volume de negócios que operacionaliza, surgiram denúncias de desvios de recursos. Porém, nunca como as deste ano. As investigações da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, cujas prisões dos principais corruptos aco

10/11/2014 - NÚMEROS DA BALANÇA COMERCIAL

O valor das importações superou o das exportações em outubro, em US$1,117 bilhões, sendo o pior dos últimos dezesseis anos. O déficit comercial poderá ser superior a US$5 bilhões. A Petrobras é maior exportadora e a maior importadora brasileira, visto que o petróleo pesado, produzido aqui, não é o mais utilizado pela matriz energética brasileira, havendo necessidade de importações de petróleo leve, este o mais adequado à citada matriz. Enquanto o preço do petróleo vem caindo no mercado internacional, o gasto importador teoricamente seria menor, mas não é o que está acontecendo. Na verdade, está existindo uma retração das exportações de produtos manufaturados brasileiros, os quais não conseguem competir com eficácia no comércio exterior. Afinal, o Brasil está em 120º lugar em ambiente geral de negócios, entre 189 países, conforme o Banco Mundial. Na apuração de resultados de 2014, o Banco Mundial levou em consideração 11 itens na análise de comparação entre nações. Em nenhum dele

09/11/2014 - MISÉRIA CRESCEU NO PAÍS

A notícia de que a miséria cresceu no País surpreende porque o governo da presidente Dilma concentrou sua atenção no Programa Brasil sem Miséria, um apêndice do Programa Bolsa Família, pretendendo erradicar a miséria em quatro anos. Não ocorreu o seu final ainda e longe está de sê-lo. Pelo contrário, dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), criado em 1967, como órgão auxiliar de políticas públicas do governo, inserido na Secretaria de Assuntos Estratégicos, instalada no Palácio do Planalto, com status de ministério, revelaram que, entre 2012 e 2013, o número de pessoas que vivem na extrema pobreza no País teria aumentado 0,4%, passando de 3,6% para 4%. Ou seja, foram estimados que cerca de mais 370 mil de pessoas, aproximadamente, quer viviam com menos de R$70,00 por dia. No total seriam 9.250.000 de miseráveis extremos. Os números foram obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013. O assunto já era conhecido há cerca de um mês.

08/11/2014 - ENERGIA ELÉTRICA CARA

Cerca de 70% da energia elétrica produzida no Brasil é oriunda de hidrelétricas, dado que o País possui mais de 20% da água de rios do mundo. As grandes represas podem ser feitas, sendo a geração de hidrelétricas de baixo custo. Porém, existem dez tributos em cima dela, variando de Estado para Estado à cobrança do ICMS. Em síntese, em torno de 50% são impostos do preço final. O Brasil tem atualmente a sétima tarifa de energia elétrica mais cara do mundo. As explicações governamentais são de que os tributos existem porque é preciso fazer termelétricas, para complementar a grande demanda, movidas a combustíveis fósseis, de custos elevados de produção. No entanto, a explicação para a carga tributária brasileira ser de 36% do PIB, de difícil inflexão, é porque o governo federal necessita de muito dinheiro para pagar no mínimo os juros da dívida pública, hoje por volta de R$2,2 trilhões, cujos juros anuais previstos são de R$250 bilhões. Neste ano, a economia da União prometida é de

07/11/2014 - PROPOSTA DE DIÁLOGO

A reeleição da presidente Dilma deverá trazer um novo ciclo de vida econômica. Nestes dez dias ela discursa bem diferente do que falou nos debates, já que reverberava com um ponto eletrônico no ouvido. A gestora percebeu o clamor das ruas. Viu que o País está dividido. Portanto, propôs a união e o diálogo. Quiçá, ela agora empreenda as reformas política, tributária, de gastos públicos, sindical, trabalhista, educacional, da segurança e da infraestrutura. Quem sabe o ideal republicano não lhe esteja mais próximo. No artigo do professor Luiz Mott, no jornal A Tarde, do dia 02, intitulado “Conselhos à presidente”, deve ser destacado: “Quem com porcos se mistura, farelos come, diz-se no Nordeste, seu grande curral eleitoral: reduza pela metade o número de ministérios e só escolha assessores, ministros e conselheiros com impecável ficha limpa e reconhecida competência. Não rife, nem barganhe cargos públicos com corruptos e fundamentalistas. Recorde-se dos muitos de seus mais próximos

06/11/2014 - PAUTAS-BOMBA

O ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria das Relações Internacionais, procura fazer tráfico de influência para que a Câmara de Deputados não vote as pautas-bomba. Este é o nome dos inúmeros projetos que se encontram na Câmara. A meta dele é de evitar votações de projetos que gerem impacto nas contas públicas, isto é, mais despesas. Porém, a presidência da República está mesmo preocupada é com a rebelião do PMDB, zangado com a posição do PT nas últimas eleições, quando o PT se colocou, de forma a não respeitar a aliança, contra os governadores de 14 Estados. A disputa abalou a relação entre petistas e peemedebistas, no Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, mais os que já estavam potencializados no Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O que tem a ver com a economia? Muito. Os custos se elevam no julgamento de projetos, devido à burocracia que fica ainda pior. Alia-se aos problemas

05/11/2014 - POUPAR NÃO É INVESTIR

O país que tem a maior taxa de poupança é a China, acima de 40% do PIB. Era uma sociedade fechada por muitas décadas. Adotou a gestão centralizada, em partido único. Porém, tendo aberto a sua economia desde 1979, no entanto, continuando as decisões de investimentos nas mãos do governo, que fez a economia crescer mais de 10% ao ano, por mais de 30 anos. Depois da recessão mundial de 2008, com resquícios na atualidade, a China manteve crescimento ainda alto, sendo previsto crescer neste ano acima de 7%. Portanto, a China continua a todo vapor porque é fechada e seus mandatários empurram para a frente as dificuldades. Porém, um dia a bolha imobiliária ou a bolha financeira irá estourar. Não há ciclo para sempre, ascendente. Outro país que tem alta poupança é o Japão, acima de 30% do PIB. O Japão fez grande voo de águia, dos anos de 1950 aos de 1990, crescendo mais de 5% ao ano. No entanto, há mais de dez anos obteve taxas medíocres de crescimento, na melhor hipótese de 2% e a maior

04/11/2014 - ÍNDICE NACIONAL DE EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR

Diferentemente do Índice da Confiança da Indústria (ICI), existe um Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), que se aproxima da sua média histórica do consumo. O ICI perdeu 20% de confiança, segundo mostrado ontem aqui. Dessa maneira, o INEC atingiu 112 pontos em outubro, conforme divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o maior valor desde janeiro. Houve crescimento de 2,1% em relação a setembro e de 1,2% sobre o resultado de outubro de 2013. Para a CNI o resultado confirma a tendência de recuperação do consumidor. Entretanto, a média histórica (não revelou de quanto tempo, presumindo-se de longo tempo, data da pesquisa) é de 111,1 pontos (presume-se também que varie de zero a 200). Há algo errado? Não. A FGV, em sua sondagem conjuntural mensal, mostra fraqueza da indústria, que recua por falta de competitividade, enquanto a CNI apresenta estabilidade do consumidor, mostrando exatamente que o modelo baseado no consumo se esgotou, estando o INEC estagna

03/11/2014 -ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a instituição que mensalmente realiza a “Sondagem da Indústria de Transformação”, tendo criado o Índice de Confiança da Indústria (ICI). É fato comprovado que o atual governo federal não conseguiu trabalhar irmanado com a indústria em geral, haja vista que a participação do Produto Industrial (PI) no Produto Interno Bruto (PIB) tem diminuído na gestão da presidente Dilma. Isto pode ser comprovado de diferentes formas. Poderia ser pelo exame do número de microempresas, pequenas, médias grandes empresas, por conglomerados, multinacionais; pelas receitas por elas geradas; pelo número de empregos diretos e indiretos; pelo valor do investimento, dentre outros. Ou, por indicadores de acompanhamento em grandes séries de tempo. O indicador mais conhecido é o ICI. A FGV trabalha com ele, no campo de variação teórico de zero a 200, fazendo uma média móvel de cinco anos. O cálculo atual, até outubro, é de uma média de 104,1 pontos. Entre boa e má notíci

02/11/2014 - INDICADORES CONTINUAM RUINS

Neste domingo, sete dias depois da reeleição da presidente Dilma, no qual as expectativas estavam em torno do anúncio de quem seria o Ministro da Fazenda, já que Guido Mantega está demissionário há dois meses. Cogitou-se, entre outros, de Henrique Meirelles, forte condutor do Banco Central durante os oito anos de Lula, que inspira confiança nos mercados. Se for indicado um candidato manipulável, como o atual ministro e o presidente do Banco Central, com certeza, o verdadeiro ministro da economia continuará sendo a presidente. Por enquanto, a bolsa de valores tem tido grandes oscilações, na segunda, depois da reeleição caiu muito, na terça, subiu parecido, com a possibilidade referida de Meirelles. Mas, caiu muito na quarta, mediante a notícia de que os Estados Unidos terminaram o longo período de injeção de dinheiro para estimular a economia mundial. Na quinta, subiu bem, visto que a SELIC foi elevada somente 0,25%, na noite anterior. Na sexta (dia 31), a bolsa elevou-se espetac

01/11/2014 - AMBIENTE MUNDIAL DE NEGÓCIOS

O Banco Mundial analisou 189 países e classificou o Brasil em 120º lugar, quanto ao ambiente geral de negócios. A posição 120 já foi ocupada há cinco anos. No entanto, o País tinha piorado até a 123º. Ao melhorar as lentas facilidades de fazer negócios, voltou a uma posição que ainda é muito ruim, para um país que tem o sétimo maior PIB do mundo. O Brasil está atrás de países como o Equador (115), Chile (41) e México (39). Isto porque o Brasil praticamente não tem acordos comerciais bilaterais (tem dois pequeníssimos), enquanto Chile e o México, cada um, têm mais de cinquenta deles. Vai de encontro à classificação acima o HSBC Commercial Banking, que afirma que um número cada vez maior de empresas estrangeiras escolhe o Brasil como a sede de seus negócios na América Latina. Em relatório, O HSBC afirma que: “Já não é possível administrar os negócios na região a partir de outro continente. Em função do tamanho e da importância de sua economia, o Brasil é a opção natural para abr