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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

28/02/2018 - MAIOR CAIXA EM JANEIRO EM 22 ANOS

As contas externas em janeiro geralmente apresentam déficit. Já a arrecadação apresentou grande superávit primário de R$31,069 bilhões em janeiro, consoante divulgado ontem pela Secretaria do Tesouro Nacional. O superávit primário, contudo, não incluiu o pagamento de juros da dívida pública. Foi o maior superávit primário desde 1997, data do início da série histórica. Isto é, em 22 anos. Em janeiro do ano passado, o superávit somou R$18 bilhões. O bom resultado foi impulsionado pela arrecadação de impostos e outras receitas federais, que somaram R$155,619 bilhões no primeiro mês deste ano. Foi o melhor resultado para janeiro desde 2014. O superávit em referência favorecerá o cumprimento da meta fiscal, fixada em déficit primário de até R$159 bilhões. A questão é saber se o comportamento econômico gerará crescentes arrecadações. O déficit primário, depois de 16 anos em 2014, tem sido crescentes em cinco anos. Embora haja uma lei de que os tetos de gastos têm que ser respeitado

27/02/2018 - BALANÇO DE TRANSAÇÕES CORRENTES

O Balanço de Transações Correntes é a soma do saldo da Balança Comercial, que são exportações menos importações de bens, bastante superavitária no ano passado, mas mesmo assim não foi capaz de zerar o saldo negativo, há séculos, da Balança de Serviços. Os serviços são compras de brasileiros no exterior, tais como fretes, seguros, cinema, turismo, além de remessas de juros, lucros e de dividendos de empresas do exterior. As contas externas brasileiras registraram déficit de US$4,3 bilhões, em janeiro de 2018, conforme o Banco Central. Ainda assim, é o melhor resultado para o mês em nove anos. O valor negativo, geralmente carregado nesse mês, também é 15,2% menor do que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando o rombo alcançou US$5,1 bilhões. Em todo ano de 2017, o déficit das transações correntes foi de US$9,76 bilhões, o melhor resultado em 10 anos. Em 2016, havia sido de US$23,54 bilhões. Pra todo este ano, a expectativa do Banco Central é de que o déficit em conta corr

26/02/2018 - PRODUTIVIDADE DO TRABALHO

A relação entre incremento da produção por trabalhador no Brasil é uma das mais baixas do mundo. Não deveria estar principalmente porque o País está entre as dez maiores economias do globo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) possui uma série de estudos sobre o tema. A tônica da incapacidade de gera maior valor agregado tem a ver com a qualidade da mão de obra, deficiente pelo baixo nível educacional do trabalhador brasileiro, menos de 10 anos de estudo, além da falta de conhecimentos de manejar a aprender novas e melhores tecnologias. Há cerca de dez dias a FGV apresentou dados de 68 países pesquisados, em que o Brasil aparece na 50ª colocação. O valo da produção gerado, em média encontrado foi de US$16.80 ou R$54,09, por hora trabalhada, conforme a pesquisa. No ápice da classificação está a Noruega, com US$102.80 por hora, por volta de R$331,00. O referido número brasileiro está abaixo da Argentina, República Tcheca ou Venezuela. Os entraves do crescimento da produtividade b

25/02/2018 - DESEMPREGO DE 2,7 MILHÕES BUSCAM EMPREGO HÁ MAIS  DE 2 ANOS

O IBGE divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de que há dois anos ou mais 2,786 milhões de desempregados no Brasil, estavam à procura de emprego, com base em dezembro passado. O montante representa uma elevação de 13,5% no último quadrimestre de 2017, em relação ao igual período de 2016. Outros 2,243 milhões de pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, mas por menos que dois anos. Entre os desempregados mais recentes 1,520 milhões de cidadãos buscavam emprego há menos de um mês e mais 5,761 milhões estavam na fila por uma vaga entre um mês a menos de um ano. A taxa de desocupação ainda é muito mais elevada entre pretos e pardos do que entre os brancos. Na contramão do desemprego, Salvador é a terceira maior capital em número de pessoas empregadas, depois de São Paulo e Rio de Janeiro. No total, a capital baiana alcançou pouco mais de 1,5 milhão de ocupados formais e informais. Além disso, a taxa de desocupação caiu de 16,5% para 13,6%.

24/02/2018 - NOTA REBAIXADA

A agência internacional de risco Fitch rebaixou a nota de crédito soberano do País de BB para BB-. As razões apontadas pela Fitch são grandes déficits fiscais, fracasso em reformas legislativas e a alta crescente da dívida pública. Na escala de notas o Brasil está 3 graus abaixo do selo de bom pagador. Referida agência está em linha com outro gigante certificador, a Standard & Poor´s. O corte já era espero pelo mercado financeiro, em razão da demora na aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas e das incerteza ligadas às eleições. O rebaixamento da nota brasileira ocorreu poucos dias depois de o governo ter desistido de votar a reforma da Previdência, no dia 19 passado, pelo motivo do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Com a intervenção no Rio não é possível fazer-se nenhuma emenda constitucional. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que “segue comprometido em progredir com a agenda das reformas macro e microeconômicas desti

23/02/2018 - CORRUPÇÃO AFUNDA BRASIL ENTRE OS CORRUPTOS

Pesquisa anual da ONG Transparência Internacional colocou o Brasil próximo do fundo do poço dos mais corruptos. Ou seja, a percepção da corrupção dos brasileiros disparou em 2017, colocando o Brasil no 96º lugar entre 180 países. Do ano anterior para o ano em referência, quando o Brasil era 79º posto, ele afundou 17 posições. Por que ocorreu isto? Para a entidade, a operação Lava Jato escancarou a crise brasileira, sem trazes soluções. Irá fazer no próximo mês quatro anos. Em 2014, quando começaram as investigações da Lava Jato, o Brasil ocupava a 69ª posição, com 43 pontos na avaliação. As notas variam teoricamente de zero a 100. A atual situação é a pior desde 2012, mediante nota 37 (seis centésimos menos), apesar de a pesquisa existir desde 1996, com a mesma metodologia. A nota de cada país é dada a partir de uma série de levantamentos com entidades que fazem análises do setor público brasileiro, tais como a do Fórum Econômico Mundial, do encontro anual de Davos, além da pequ

22/02/2018 - EMBRULHO FISCAL

Historicamente, os poderes constituídos no Brasil, sob as formas de diferentes governos, sempre mantiveram o gigantismo. Foi assim na Colônia, no Império, na República Velha, no Estado Novo, na República Velha, na Ditadura Militar e na Nova República. A gastança sempre esteve presente e para mantê-la existiu e existe a sanha fiscal. No episódio da Inconfidência Mineira, a revolta seu deu pela cobrança repressiva da lei do quinto do ouro, no século XVIII, quando a carga tributária era de 25% do PIB. No século XIX, Dom João VI deixou os cofres vazios, ocorrendo a segunda grande crise tributária. Na primeira metade do século XX, a Constituição de 1946 pontificou o sistema fiscal. Naquela época a carga tributária estava por volta de 16% do PIB. Na segunda metade do século XX, nova sistemática foi instituída, pela Constituição de 1967, que levou a carga tributária a 25% do PIB. O Estado Autoritário de 1964-1984 foi destronado pela forte crise fiscal, da dívida externa e da inflação a

21/02/2018 - PLANEJAMENTO, PLANO A E PLANO B

No longo período de 1949 a 1979, o Brasil realizou planos de desenvolvimento, qual seja o planejamento estratégico de cada governo, de acordo com os recursos disponíveis, nacionais e externos. O Plano Salte (1949-1953) contou com as Comissões Mistas Brasil/Estados Unidos, tendo este último financiado a venda de máquinas e equipamentos de suas empresas, através do Eximbank. O Plano de Metas (1956-1960) se utilizou da Instrução 113 da SUMOC, que permitia importações de máquinas e equipamentos para a indústria, principalmente a automobilística, além da construção   de Brasília, as quais turbinaram o crescimento econômico. Veio o regime militar, o PAEG (1965-1967), instaurando as bases capitalistas. O PED (1968-1970) passou a contar com enorme apoio de capitais externos e o Brasil iniciou a fase do “milagre econômico”. Sucedeu-se uma década no qual o País cresceu por volta de 10% ao ano, cujo maior facilitador era o financiamento externo via Resolução 63 do Banco Central, semelhante

20/02/2018 - ATIVIDADE ECONÔMICA POSITIVADA EM 2017

Cada vez mais saem resultados de que a economia brasileira se recuperou da forte recessão em 2017. O Indicador do Banco Central do Brasil (IBC-Br) subiu 1,04% no ano passado. A expansão da atividade econômica no Brasil ficou acima do esperado pelos analistas em dezembro, que teve alta de 1,41%, perante novembro, de acordo com dados livres de efeitos sazonais. Com isso, o IBC-Br fechou o quarto trimestre do ano com crescimento de 1,26%, sobre o terceiro trimestre. Os financistas já trabalhavam com resultado positivo em 2017, visto que a inflação caiu para baixo do piso da meta de inflação e os juros básicos da economia recuam para seu menor valor histórico. Os dados oficiais do PIB do ano passado serão divulgados pelo IBGE no dia 1º de março e não no final daquele mês. Economistas ouvidos pela mais recente pesquisa Focus, semanal do BC, afirmavam que a mediana das estimativas está em 1,03%, após o tombo do PIB de - 3,55% em 2015 e - 3,46% em 2016. Há três meses que o govern

19/02/2018 - PRÉVIA DOS SERVIÇOS

O IBGE já adiantou que a indústria cresceu 2,5%, o comércio subiu 2,0%, em 2017. Mas, os serviços recuaram 2,8%. Só falta a prévia da agropecuária. O conjunto estará prono até o final de março. O volume dos serviços representa 70% do PIB. Já a receita nominal dos serviços, sem considerar a inflação, fechou com alta de 2,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços. Em dezembro o setor começou a sua retomada crescendo 1,3%, em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume subiu 0,5%, interrompendo uma sequência de 32 quedas consecutivas. Até março de 2015 os resultados da metade da década eram positivos. Mas, de lá até o final de dezembro só fizeram os serviços recuarem. Em 2017 o item que mais caiu, 7,3%, foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares. Também registraram quedas os serviços prestados às famílias, serviços de comunicação e de informação. Somente o segmento de transportes cresceu, com alta de 2,3%. Os impulsos para eles v

18-02-2018 - CRÉDITO PARA O AGRONEGÓCIO

Empréstimos agrícolas para os médios e grandes produtores subiram 14% na safra 2017-2018, em relação à safra 2016-2017, conforme balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Os recursos serão colocados pelo Banco do Brasil. O destino dos créditos vai custeio, industrialização, comercialização e investimentos fixos. O valor alcançou R$85 bilhões. Deste valor, cerca de R$63 bilhões foram contratados a juros controlados. Isto é, são subsidiados. Contratos a juros livres chegaram a R$22 bilhões. As contratações feitas com recursos das Letras de Crédito do Agronegócio subiram 63%, passando de R$5,2 bilhões para R$8,9 bilhões. Já os financiamentos para comercialização se elevaram em R$4,4 bilhões. Mesmo assim, a safra atual, que se iniciará proximamente, está sendo prevista como menor do que a anterior. Se há tanto dinheiro para o agronegócio, o que será feito com tais recursos? Sem dúvida, será aplicado no mercado financeiro.

17/02/2018 - FIM DA CRISE NÃO CHEGOU PARA TODOS

O mergulho dado pelo Brasil de 2014 a 2016, quando houve 11 trimestres de queda do PIB, ou seja, 33 meses, quase 3 anos. Só faltou 1, que foi o primeiro trimestre de 2014, acabou em 2017, para a economia brasileira em seu conjunto. Porém, não ocorre igualmente em todo o País. Há Estados que vão bem e outros que vão mal. Estados nos quais estão assentados iniciativas privadas robustas, que já deixaram a crise para trás e agora pensam em novo ciclo de negócios. Já Estados que cresceram com fortes investimentos públicos são aqueles que vão levar mais tempo para zerar os efeitos da crise. No primeiro caso, por exemplo, Santa Catarina, com um modelo econômico, diversificado e descentralizado está na ponta do progresso. Naqueles Estados em que a corrupção da Petrobras foi principalmente sistêmica, tal como em Pernambuco e Rio de Janeiro, as situações estão longe de melhorar. Há muitas revelações disponíveis sobre os negócios investigados pela operação Lava Jato, que mostraram desvios

16/02/2018 - MERCADO FINANCEIRO OTIMISTA

O relatório semanal do mercado financeiro do Banco Central (BC), boletim Focus, revelou o impacto positivo que foi a inflação de janeiro de 0,29%, calculada pelo IBGE, nas projeções de cerca de 100 acreditadas instituições financeiras. Dessa forma, a mediana da inflação para este ano caiu de 3,94% par 3,84%. Há um mês estava em 3,95%. Já a projeção para o IPCA de 2019 permanece em 4,25%. Na prática, o mercado antevê crescimento maior da economia e estima que a inflação do ano vindouro ficará no novo centro da meta de 4,25%, com margem de 1,5% para baixo (2,75%) e 1,5% para cima (5,75%). O Conselho Monetário Nacional mudou, depois de mais de 10 anos, o centro da meta que era de 4,5%, neste tempo todo. Quer induzir inflação menor do que vinha, na média, tendo, que fique cada vez mais equilibrada, aproximando-se daquela dos países desenvolvidos, que fixam centro da meta por volta de 1% a 2% anuais. Para tornar a meta suscetível de êxito, o BC estima que a taxa básica de juros perma

15/02/2018 - BNDES USADO PARA DESCUMPRIR REGRA DE OURO

A regra de ouro do orçamento federal é um dispositivo constitucional que veda a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital. Valem dizer, os empréstimos ao governo, tomados ao mercado financeiro, não podem ser superiores aos investimentos. Isto porque a dívida pública adicional seria para gastos correntes, que não são reprodutivos. Desde 2011 que, a rigor, deveriam ser contabilizados déficits primários. Porém, a ex-presidente realizou as “pedaladas fiscais”, que escondiam os rombos orçamentários, mediante adiantamentos dos bancos federais. Na verdade, empréstimos, até que o Tribunal de Contas da União (TCU) não lhe permitiu mais que as realizassem, obrigando-a assumir déficit primário em 2014. Dilma praticou estelionato eleitoral por dizer que não havia déficit, nem necessidade de ajuste fiscal, para ganhar a reeleição. Concretizada, disse o contrário, incompatibilizando-se com a maioria do Congresso, tendo sofrido impeachment em 2016. Antes do seu gove

14/02/2018 - PRÉVIAS DO PIB PELO IBGE

O processo de cálculos do PIB pelo IBGE é longo e demorado, tendo em vista minimizar erros. Por mais que se queira há um conjunto de atividades em áreas de difícil acesso, de registros efetuados, de subestimações, que não são alcançadas, por maior que seja a máquina estatística, em quase a totalidade do território nacional. Ademais, o IBGE só divulga o PIB trimestral e seu conjunto de quatro trimestres, o anual. Tradicionalmente, divulga o PIB do calendário gregoriano no final de março. Antes, apresenta algumas prévias. Como a economia está dividida em três setores, agropecuário, industrial, comércio e serviços. Naqueles mais organizados já se conhecem prévias. Primeiro, o IBGE divulgou a estimativa do PIB da indústria, prévia estimada por volta de 2,5%, exposto aqui no dia 4 deste mês. Segundo, o IBGE divulgou no dia 9 deste mês, a prévia do PIB do comércio em 2017 de 2%. Resta agropecuária, mais os serviços, sendo este subsetor agregado ao comércio. As prévias indicam fim da r

13/02/2018 - NA BERLINDA A CRUZADA PELA MORALIDADE

Conforme a Organização Não Governamental (ONG) Contas Abertas são inúmeras irregularidades nos gastos públicos, mediante corrupção sistêmica e privilégios que recebem funcionários públicos. A corrupção sistêmica vem sendo combatida principalmente pela Cruzada Anticorrupção da Operação Lava Jato, prestes a completar quatro anos de investigações e de condenações jamais vistas de autoridades, políticos, empresários, doleiros, dentre outros, na história brasileira. Há menos de cinco anos não se imaginava que havia um cartel de 29 empreiteiras fraudando obras públicas e obras estatais. Há pouco mais de 6 anos (2011) não se imaginava existir a lei da ficha limpa. Há quase 20 anos (em 2001) passou a vigorar a lei da responsabilidade fiscal, que enquadrou a ex-presidente Dilma e foi o principal instrumento responsável pelo seu impeachment. Ainda no Congresso está a lei anticorrupção, muitas contribuições da Lava Jato, mas desfigurada naquela Casa. Agora, na berlinda para a moralidade

12/02/2018 - AGENDA DE ÚLTIMO ANO

Nos próximos dias será votada a reforma da Previdência, pelo Congresso. No caso de êxito, o governo deverá reduzir um pouco a taxa básica de juros, melhorarem as finanças públicas e lograr melhor taxa de crescimento, sendo um pouco acima dos 3%. No caso de fracasso, o governo federal já acionou um conjunto de medidas microeconômicas para serem adotadas nos próximos meses. Citadas estão a entrega de garantias de empréstimos bancários, sendo facilitados, a juros mais baixos e prazos mais longos. A esse respeito, o próximo presidente do Bradesco, Octávio de Lazari Júnior, com posse em março, já antecipou que será fundamental que o Bradesco aumente os financiamentos, saindo de 10% para 50% da população, em salto que estimulará o consumo e o crescimento econômico. Outra medida seria nova lei de recuperação judicial e de falências e o aperfeiçoamento do cadastro positivo de devedores, aprovado desde 2011. Lazari acredita que o sistema bancário terá de conviver com juros baixos, aument

11/02/2018 - PROGRAMA DE SUSTENTAÇÃO DO INVESTIMENTO

Os governos do PT deram prosseguimento à política do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado em 1953, que sempre praticou taxas de juros subsidiadas, em relação ao mercado financeiro, onde o governo federal sempre foi tomador. Isto é, o Tesouro Nacional capta a certa taxa de juros e empresta ao BNDES a níveis de juros menores. O BNDES empresta as empresas, mas não fica com o prejuízo e este é transferido ao Tesouro. Porém, os governos do PT turbinaram os subsídios ao grande capital, nesta década, transferindo mais de R$700 bilhões, capitados pelo Tesouro e emprestados ao BNDES. Nesta década, os empréstimos efetuados formaram e consolidaram impérios na área da construção civil, cujo maior exemplo é o grupo Odebrecht, que cresceu mais de dez vezes, de 2005 até março de 2014, quando vieram ao conhecimento público práticas não concorrenciais e de corrupção de 29 grupos empreiteiros, investigados pela operação Lava Jato, ainda em curso. Grandes empresas c

10/02/2018 - RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO

Pelo quinto mês consecutivo o Indicador Antecedente do Emprego, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta para recuperação no ritmo de emprego no Brasil. Isto é, há elevação de aberturas de vagas formais. Estes se dão principalmente na indústria de transformação. Conforme a FGV, cinco dos setes componentes do citado indicador tiveram avanços em janeiro. Os destaques foram as projeções para seis meses seguintes na Sondagem de Serviços (mais 4 pontos) e a situação na Sondagem da Indústria de Transformação ( mais 3,5 pontos). O cenário de contratação futura sugere tendência crescente de melhora no mercado de trabalho. Aliado a isso, depois de cumprir apenas 13,5% da meta do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), em 2017, o governo federal anunciou recuperação para financiar mais 650 mil novas unidades em 2018. Além do mais, pretende o governo central retomar cerca de 73 mil obras paradas no programa. As projeções são de criação de 1,4 milhão de postos de trabalho. Ser

09/02/2018 - SELIC A MENOR E A MAIOR DA HISTÓRIA

O Banco Central coroou a menor taxa básica de juros da economia, a chamada SELIC, a 6,75% anuais, anteontem. Foram onze cortes sucessivos. A essa taxa os juros reais foram para 2,89%. Assim, tem-se forte endereço para a expansão do sistema produtivo. A maior taxa SELIC ocorreu em 04-03-1999, quando ocorreu forte ataque especulativo à moeda nacional e se esgotaram as reservas externas. A situação de hoje é bem diferente daquela de 1999, início do segundo mandato de FHC, real muito valorizado, inflação em alta. Nas atuais circunstâncias, a inflação está baixa, em menores níveis depois do Plano Real, tal como aconteceu em janeiro, em 0,29, contra 0,44% em dezembro. Em 12 meses, a inflação ainda está menor do que 3%. Em informativo, o BC declarou que a taxa ficará em 6,75% até o final do ano. Caso seja aprovada a reforma da Previdência, ela poderá recuar mais 0,25%. Com o aquecimento da economia, provavelmente, em 2019, a SELIC voltará ao ciclo de alta, de forma lenta. O sistema

08/02/2018 - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

A Lei 4.137, de 1962, criou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), como órgão do Ministério da Justiça. A Lei 8.884, de 1994, tornou o CADE como uma autarquia em regime especial com jurisdição em todo o território nacional. Pela Lei 12.529, de 2011, o CADE teve suas funções estendidas para a submissão prévia de fusões e aquisições empresariais. Juntamente com a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, compõe o Conselho Brasileiro de Defesa da Concorrência. Assim, cabe ao CADE julgar, permitir ou não as práticas concorrenciais ou de falta delas com multas e punições. No sistema capitalista as empresas estão em sistemas de mercado de livre concorrência, concorrência perfeita (livre concorrência com todos tendo acesso as informações), oligopólio (vários e poucos concorrentes), oligopsônio (poucos compradores), duopólio, duopsônio (dois compradores), monopólio e monopsônio. Muitos pensam que estas duas últimas formas são as mais fortes. São

07/02/2018 - SAÚDE E EDUCAÇÃO SOFREM PERDAS DE 3,1% DE FORMA REAL

O governo federal prometeu, mas não executou para as áreas de saúde e educação, que teriam em 2017 um volume de gastos maior do que em 2016. Os gastos do governo saíram de R$191,2 bilhões em 2016, para R$191,3 bilhões em 2017. Descontada a inflação, as despesas nas duas áreas caíram 3,1% no mesmo período. A cada ano as despesas têm caído um pouco na área da saúde, mas em 2017 o recuo foi maior. Na educação, a queda tem sido menor. A queda chamou a atenção, já que é o primeiro ano de vigência da regra de tetos de gastos, que durarão 20 anos, podendo ser revista quando fizer 10 anos. Na saúde, o gasto efetivo foi de R$107,2 bilhões, quando o piso estabelecido era de R$109 bilhões. A situação não significa descumprimento, por parte do governo, da exigência constitucional, visto que o valor empenhado para a saúde foi de R$114,7 bilhões, acima do piso. Na educação, o gasto efetivo foi de R$84,04 bilhões, em 2017, perante R$84,19 bilhões, em 2016. Contudo, o Ministério de Educação ent

07/02/2018 - IPEA RETRATA CALAMITOSA PREVIDÊNCIA

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é órgão auxiliar do Ministério do Planejamento, na elaboração de políticas públicas, desde a sua criação, em 1967. Analisando a situação previdenciária no País, o IPEA a retrata como calamitosa. Não é achando isto ou aquilo são os números. Sai presidente, entra presidente e eles vão criando benefícios que nem sempre fizeram “fundos” para ter direito a aposentadorias. Veja o caso da aposentadoria do trabalhador rural ou o benefício de um salário mínimo para o cidadão declaradamente sem rendimentos, a partir dos 65 anos. Porém, o que tem tornado vexatória a situação das suas finanças são homens e mulheres se aposentando com cerca de 50 anos, enquanto a expectativa de vida já ultrapassa os 75 anos. A título de exemplo, a idade média por tempo contribuição para a aposentadoria em 2016 foi inferior a 55 anos. Logo, cerca de 20 anos viverá em média mais e não criou fundos suficientes para isto. A situação do servidor público é análoga

06/02/2018 - REALIZAÇÃO DE LUCROS

As bolsas de valores são termômetros das atividades econômicas pelo mundo. Sobem, quando a economia vai bem; caem se a economia vai mal. Porém, de tempos em tempos mostram uma exuberância irracional, no dizer de Alan Grenspan, ex-presidente do Federal Reserve (FED), por longos anos. Dadas altas expressivas, os compradores se tornam mais vendedores, realizando lucros pelas altas. Foi o que aconteceu ontem, pelo mundo. O raciocínio parece contraditório, quando em janeiro, foram criados 200 mil novos empregos nos Estados Unidos e houve realização de lucros em vendas de ações. Haverá mais produção, maiores vendas de produtos e maiores lucros, por supostos. Entretanto, o aquecimento da economia poderá trazer mais inflação e, o FED, no seu combate, elevará os juros. Ou seja, o sistema econômico se aquece demais e entra o FED para desaquecê-lo. Contradição. Não. A alta inflação, que poderá se seguir poderá tirar os ganhos do incremento da produção e impingir perdas. Daí, os especialist

05/02/2018 - PROJEÇÃO DO PIB

O Ministério do Planejamento, Controle e Gestão manteve a projeção do PIB de 2018 em 3%, enquanto o mercado financeiro, consultado pelo Banco Central semanalmente estimou em 2,66%. Na Lei Orçamentária de 2018 fora aprovado 2,5%. Ademais, citado ministério revisou a sua projeção da taxa inflacionária, antes de 4,2% para 3,9%. No último boletim Focus o IPCA projetado para este ano é de 3,95%. Já a SELIC média em 2018 passou de 7,3% para 6,7 ao ano, conforme o Planejamento. O mercado estimou uma SELIC média de 6,75% anuais. A projeção do dólar quase não variou, saiu de R$3,29 para R$3,30. O governo federal refez as contas do orçamento deste ano   chegou `conclusão de que algumas das despesas previstas estavam superdimensionadas. Dessa forma, o bloqueio de recursos, que é tradicionalmente feito no início do exercício ficou em R$16,2 bilhões, o menor volume desde 2008. Na execução orçamentária o contingenciamento será ainda menor, visto que R$82 bilhões serão retidos apenas até o

04/02/2018 - INDÚSTRIA PUXOU O PIB ANO PASSADO

Divulgado pelo IBGE, o setor industrial cresceu 2,5% em 2017, o que deve ter puxado o crescimento do ano passado, estimado em 1%, sendo o melhor resultado desde os 10,2%, obtidos em 2010, quando o PIB cresceu 7,5%. Dessa forma, é importantíssimo que a indústria cresça, devido aos seus efeitos multiplicativos e que se prolongaram até o pico de 2013. Porém, a indústria de 2017 ainda se encontrava 13,8%, distante do pico em junho de 2013. No entanto, os 2,5% se apresentam como um leve sinal de reação, no seu conjunto. A expansão da produção se deve, principalmente, pelo segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceram 17,2%, em 2017. Houve exportação recorde de 726 mil veículos. Entretanto, segundo a Fenabrave, as vendas no mercado doméstico continuam ruins. Uma das atividades industriais considerável é a produção de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 4,1%. Este segmento puxou para baixo o PIB e automóveis para cima. Destacaram-se

03/02/2018 - PENDURICALHOS OU GAMBIARRAS

O Brasil tem demonstrado ao mundo ser capaz de criar gambiarras ou penduricalhos, que são praticamente a mesma coisa. A gambiarra é uma instalação improvisada, que se sujeita mais do que uma obra civil calculada, muito provável a desmanchar-se. Penduricalho também é um adereço que se atribui aos políticos e à elite do funcionalismo público (juízes, magistrados, por exemplos), mas que aparecem também no setor privado, como uma remuneração que não paga imposto de renda. Poderia ser dito até que eles são frutos do “jeitinho” brasileiro. Gerson, excelente jogador da Copa de Futebol de 1970, ficou “notável” e decidiu nunca mais aparecer na televisão, visto ter ficado famoso pela “lei de Gerson”, quando nos anos de 1970 fez propaganda na TV (era permitida) do cigarro Vila Rica, dizendo, depois de uma tragada: “Você gosta de levar vantagem, certo?” Daí foi um pulo para ser a jóia do “jeitinho nacional”. Veja-se o caso do auxílio-moradia do funcionalismo público. Há em todas as esfer

02/02/2018 - PREVIDÊNCIA PELA PNAD CONTÍNUA

A divulgação dos resultados da PNAD-Continua, o maior levantamento mensal feito pela FIBGE, mostrou a redução de pessoas ocupadas no Brasil também em 2017. Pelo terceiro ano seguido, fez com que a Previdência Social perdesse mais de 1 milhão de contribuintes. Segundo o estudo o Brasil tinha, em 2016, 59,2 milhões de pessoas que contribuíam para o sistema previdenciário. Porém, o número caiu para 58,1 milhões, no final de 2017. Esse número corresponde a 64,1% do total de trabalhadores ocupados no Brasil, já que nem todos aqueles que estão trabalhando contribuem para a Previdência. Os trabalhadores com carteira assinado contribuem de forma obrigatória, mediante descontos nos contracheques. Já os autônomos precisam adquirir um carnê, no caso de querer obter uma aposentadoria futura. Ademais, a queda no número de contribuintes se deve à queda na formalização do mercado de trabalho. Considerando as estatísticas de 2014, 1,4 milhões de pessoas deixaram de contribuir desde aquela época