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Mostrando postagens de maio, 2020

29/05/2020 - DÓLAR VALORIZA E REAL NA LATERNA

O dólar alcançou ontem a mais alta diária perante o real em três semanas, de uma só vez, apagando as perdas de anteontem, mediante uma recomposição de posições, em meio aos debates pela fixação da taxa Ptax, que é a taxa calculada pelo Banco Central, que serve de referência para liquidação de contratos futuros e de outros derivativos. O mercado realizou lucros, depois de ter vendido dólares nos seis pregões anteriores, período no qual caíram 8,3%, sendo a maior desvalorização para o período desde janeiro de 2009. No mercado à vista o dólar subiu 1,95%, a R$5,386 na venda, a maior alta desde 7 de maio, quando subiu 2,39%. O mercado tende a ser mais volátil no final do mês, ocasião em que se acirra a disputa entre comprados e vendidos em dólar na B3, em busca de um Ptax mais conveniente as suas transações. A bolsa de valores recuou 1,2%, mediante acirramento de debates entre os Estados Unidos e a China em seus negócios. Mas, o clima doméstico também esquentou, quando o presiden

28/05/2020 - FLEXIBILIZAÇÃO A PARTIR DE SP

O governador de São Paulo, João Dória, anunciou ontem a flexibilização das regras do isolamento vertical contra a epidemia do novo coronavírus. Sem dúvida, outros Estados irão segui-lo, de acordo com suas especificidades. A reação do empresariado da esfera comercial não foi das melhores. A reação da bolsa de valores foi. A reação do mercado financeiro é de esperar para ver como se comportará a taxa básica de juros da próxima reunião do Banco Central, em meados de junho, embora continue saindo fortemente do mercado financeiro há quase um ano. A impressão de parte do empresariado é de que o governo paulista não foi claro de como será a abertura dos centros comerciais, colocando várias fases e restrições de horários de funcionamento. Por exemplo, os donos de lojas de shoppings centers e empresários da área específica não souberam informar como fazer o planejamento se não se conhece os horários de funcionamentos e possibilidades de fluxos de clientes. Em princípio, acreditam que

27/05/2020 - INSTITUTO DE MÉTRICA DE WASHINGTON

O governo dos Estados Unidos revelou que usa o modelo de projeções do novo coronavírus, desenvolvido pelo Instituto de Métrica da Universidade de Washington, para estimar o número de mortes para os países que enfrentam a pandemia em referência. A primeira previsão conhecida era de que poderiam morrer cerca de 88 mil pessoas até agosto no Brasil. Entretanto, com a expansão do número de infectados no País, referido instituto está agora prevendo 125 mil mortes até agosto. Fica claro que o suposto do modelo é de que até 4 de agosto se teria o número de mortes pelo novo coronavírus dentro de um grande intervalo, ocorrendo o pico de mortes em 14 de julho e depois haveria quedas consecutivas. A primeira projeção era de pico em 1º de julho. Por aqui nem se divulgava que os Estados Unidos projetavam por modelo estatístico o número de mortes da espécie pelo mundo. A projeção é do começo do ano até 4 de agosto vindouro. Tal estimativa se alterou substancialmente depois do rápido crescim

26/05/2020 - PREVISÕES DE MERCADO DA SEMANA

O informativo semanal Focus do Banco Central traz um retrato dos piores para a economia brasileira. Aliás, desde 1900, quando começaram os cálculos do IBGE acerca das contas nacionais, nunca se previu um cenário tão ruim. A mediana das instituições financeiras alcançou 5,89%, ante uma queda esperada na semana passada de 5,12% para o recuo do PIB em 2020. Para 2021, a estimativa foi mais favorável em 0,3%. Espera os analistas do mercado que o crescimento seja de 3,5% no ano que vem. O Ministério da Economia estimou uma retração de 4,7% agora em maio, perante 0,02% previsto em março, para 2020. No Programa de televisão da Band, Canal Livre (24), o ex-ministro da Fazenda, Antônio Delfim Netto, disse prever um recuo de 6% no PIB, em linha com a maioria das informações de mercado de hoje em dia. Por outro lado, Delfim disse que nunca viu acontecer como agora, um recuo na oferta agregada e um recuo na demanda agregada, gerando um processo deflacionário. A previsão para a taxa SELIC

25/05/2020 - MOEDA TÓXICA

Como moeda tóxica é o que os bancos estrangeiros estão tratando a moeda brasileira, visto que é a mais desvalorizada das moedas em relação ao dólar, dentre os países emergentes. Desde o início do ano o real já perdeu 30% em relação ao dólar. A perda do valor da moeda nacional começou no ano passado, mediante redução da taxa básica de juros, para diferenciais mínimos nas aplicações financeiras e internacionais. No ano passado o diferencial de taxa de juros era de 4,5%. Neste ano está em 2,75%. Observou-se uma saída de capitais estrangeiros do País, tanto nas aplicações financeiras como na bolsa de valores. Acelerou-se a perda com o crescimento da pandemia do novo coronavírus, à piora no ambiente político e ao receio de que o Brasil fique para trás na retomada da economia. Na América Latina, a segunda pior desvalorização esta a moeda mexicana com – 19%. Entre os emergentes, a África do Sul perde 22%. A Rússia, 13%. O risco do País, medido pelas negociações com o Credit Default

24/05/2020 - COLLOR PEDE PERDÃO

Mais de trinta anos após o Plano Brasil Novo, que ficou conhecido como Plano Collor, editado em março de 1990, o senador Fernando Collor veio na rede social Twitter, a pedir perdão, pelos erros que cometeu, em fazer o congelamento de preços e salários, sequestrando cerca de 80% dos ativos financeiros. A sua decisão foi tomada porque a hiperinflação estava a 80% ao mês, dificílima, segundo ele. Em 1986 houve o Plano Cruzado; em 1987 houve o Plano Bresser; em 1989 o Plano Verão. Todos foram congelamentos de preços e salários. Os três tinham fracassado. Mesmo assim, Collor fez o seu plano. Mas, não fez só um não, fez dois congelamentos em referência. Mais o Plano Collor 2, em 1991. Segundo ele: “Os mais pobres eram os mais prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. Sabia que arriscava ali a perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era objetivo central do meu governo. Acreditei que aqu

23/05/2020 - DÉFICIT PRIMÁRIO ARREBENTA

A lei de responsabilidade fiscal, que começou neste século, disciplina que o orçamento público seja seguido conforme aprovado pelo Congresso Nacional. Até 2013 houve superávit primário. Sem problema para o governo central. Porém, a partir de que tenha de ingressar em déficit, este será anualmente fixado pelo Legislativo. Perante a paralisação de grande parte da economia, em razão do avanço da pandemia do coronavírus, o Congresso aprovou o estado de emergência do País e o déficit primário poderá ultrapassar o que fora aprovado pela lei do orçamento anual. Já agora em abril está lei foi suplantada. Nos últimos anos, visando fazer o ajuste fiscal desde 2015, foi promulgada a lei do teto dos gastos, pela qual o governo não poderia gastar mais do que o valor do orçamento anterior mais a inflação daquele ano. No entanto, o dinheiro para calamidade pública ficou fora da restrição em referência. Esta lei ainda não foi suplantada. Há uma terceira lei, a chamada regra de ouro do orçamento

22/05/2020 - IBOVESPA FUTURO

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (IBOVESPA) é calculado diariamente pela B3, tendo resultado divulgado a cada 15 minutos, durante os dias úteis da semana. O IBOVESPA é uma gangorra diária. Ele permite que as pessoas façam transações até aquelas durante o dia (day trade). Ele é um termômetro, com faixa positiva (otimista) e faixa negativa (pessimista). Nesta semana, em três sessões consecutivas (de 19 a 21 de maio) ele permaneceu positivo e se aproximou de 83 mil pontos. Estes três dias têm mostrado que houve uma trégua de noticias ruim. De outra forma, é possível também acompanhar a conjuntura econômica com a observação do IBOVESPA futuro, uma réplica do diário e serve para balizar decisões, em cima de projeções de mercado. Ontem, o IBOVESPA futuro recuou em razão da fraqueza dos mercados acionários do exterior, em meio ainda ao ambiente volátil do cenário financeiro, em face da pandemia do novo coronavírus, além de tensões comerciais entre países. Por volta de 9:20

21/05/2020 - É POUCO DIZEM GRANDES CONGLOMERADOS

Determinados segmentos produtivos de grandes empresas precisam de socorro governamental. Suas representações de classe dizem que o anunciado é pouco. Será sempre pouco para o grande capital o que conseguir de barganha com o governo central. As queixas se devem ao volume insuficiente de recursos e incertezas com respeito às propostas ofertadas. Na verdade, a equipe econômica atual, de caráter liberal, oferece ajudas via mercados, evitando críticas de concessões de subsídios e de direcionamento dos socorros. Os dois segmentos em observação são gigantes: setor elétrico e setor aéreo. Para o setor de energia, a proposta foi elaborada pela área econômica do governo, envolvendo concessões de empréstimos às distribuidoras de eletricidade, para o qual o BNDES ficará apenas como coordenador. Os problemas mais prementes são a queda no consumo e o aumento na inadimplência. O pagamento ficará para o próximo ano, em parcelas. O buraco das receitas neste momento ficou em 30%, que será cobrado

20/05/2020 - CONTRAÇÃO OFICIAL DO PIB MAIOR DO QUE 5%

O Secretário do Tesouro Nacional, economista Mansueto Almeida, veio ontem a público dizer que a queda do PIB deste ano pode ser superior a 5%. Por outro lado, observa que no mundo as projeções são para baixo do que vinham sendo admitidas. A declaração foi em live promovida pela Câmara de Comércio Brasil/França. Presente nela o Banco BTG Pactual, estimando recuo em 2020 de 7%. Também consultado, o Banco Goldman Sachs estima retração de 7,4% neste ano. Como ligada diretamente a Almeida, o déficit primário não tem parado de crescer. Agora, ele falou em R$700 bilhões, correspondente a quase 10% do PIB. O dobro do percentual da recessão por ele estimada. Para 2021, já adianta que o déficit referido poderá ser de R$200 bilhões. Já o déficit nominal de 2020, que inclui o pagamento dos juros da dívida é esperado neste ano em 13% do PIB, mais do que o dobro do verificado em 2019. Como o caminho de cobrir o déficit tem sido a dívida pública, Almeida estima que está poderá corresponder a 9

19/05/2020 - CONTRADIÇÃO ENTRE O SINAL DA BOLSA E DO BC

O informativo semanal do Banco Central (BC), boletim Focus, trouxe pela 14ª vez a mediana fortemente negativa da estimativa de cem instituições financeiras consultadas, que é de – 5,12% do PIB para este ano, enquanto na semana passada fora de – 4,11% do PIB. Há quatro semanas era de – 2,96%. Para 2021, o mercado financeiro mantém a previsão de crescimento de 3,2% do PIB. No dia 12, a equipe econômica já tinha revisado, de uma alta de 0,2%, há três meses, para – 4,7% do PIB o recuo deste ano. Não obstante a previsão brasileira, ela ainda está menor do que a do Banco Mundial, de – 5%, bem como a de – 5,3% do Fundo Monetário Internacional (FMI). Por seu turno, apresentada ontem pela Fundação Getúlio Vargas o seu Monitor do PIB, pesquisa trimestral como proxy do PIB do IBGE, é idêntico aos 5,3% do FMI. Os economistas ainda estimaram uma repetição do decidido na última reunião, de um recuo da SELIC de 0,75%, na próxima reunião, quando a SELIC iria para 2,25%. Já para o índice ofic

18/05/2020 - LÍDER EM DESEMPREGO E VIOLÊNCIA

O Estado da Bahia volta a liderar o ranking de desemprego no Brasil. Não sem motivo também a Bahia é líder em violência física no País. Entre as dez cidades mais violentas do Brasil, quatro são do Estado. Na lista das 20 mais violentas cinco são da Bahia. Isto conforme Atlas da Violência, publicação anual com dados do Ministério da Justiça. A taxa de desemprego na Bahia fechou o primeiro trimestre de 2020 em 18,7%, acima da verificada tanto no quarto trimestre de 2019, em 16,4%, assim como aos 18,3% do primeiro trimestre de 2019. Foi a maior taxa de desocupação do País e um recorde para o Estado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,2%. A taxa de desocupação se refere a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade desocupadas. Isto é, que não trabalham e estão procurando trabalho, em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, como pessoas ocupadas ou procu

17/05/2020 - EMISSÃO DE MOEDA SERÁ A SAÍDA

O Ministro Paulo Guedes, um membro da Escola de Chicago, chamada de monetarista, já deixou claro que as saídas para os necessários gastos públicas, para enfrentar a pandemia do coronavírus serão as emissões monetárias; outro defensor, o ex-Ministro Bresser, de ideologia confusa (disse em um dos seus livros até que era marxista), mas que se parece mais estruturalista; soma-se agora a André Lara Resende, doutor pelo MIT, um dos criadores do Plano Real, de reconhecido sucesso, que faz um artigo técnico (com postura keynesiana), publicado na Folha de são Paulo de hoje, também defendendo emissões monetárias, deixando claro que não é somente o Banco Central que cria moeda, mas todo o sistema bancário assim o faz, visto que a teoria sempre reconheceu um multiplicador de dinheiro entre os bancos. Segue do refinado artigo. Título: “Moeda é dívida pública”. Resumo: “Em meio a uma crise que ameaça se transformar em catástrofe econômica e social é preciso compreender que especialmente ne

16/05/2020 - DESEMPREGO CAPTA PARTE DO ISOLAMENTO

O IBGE, como sempre, divulga com grande atraso as suas estatísticas. As explicações são duas: grande número de municípios pesquisados e a necessidade de divulga com menor margem de erro possível. Assim, o desemprego ampliado no primeiro trimestre do ano foi de 1,1 milhões de pessoas. Este somente perde na sequência histórica para o segundo trimestre de 2012, quando fora de 1,2 milhão. Dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, que abrange cerca de 3.000 municípios. Os novos desempregados são pessoas que não possuíam emprego e não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa. Ou, procuraram, mas não estavam disponíveis nos momentos pesquisados. Nos três primeiros meses de 2020, 67,3 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade estavam na condição do desemprego e subemprego. Número recorde do IBGE. Até agora foram cadastrados para atendimento do auxílio emergencial 52,6 milhões de cidadãos, sendo que mais de 50 milhões foram a

15/05/2020 - SELIC ZERO GOVERNO EMITIRÁ MOEDA (OU ANTES)

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou na semana passada que, depois que a inflação baixou muito, levando a cortes maiores da SELIC, como o fez o Banco Central, voltando de 0,5% para 0,75% na última reunião, o governo poderá emitir moeda. A SELIC estava em 3%. Isto surpreendeu o mercado. Ademais, o BC anunciou que, na próxima reunião do dia 17 de junho poderá reduzir a SELIC em 0,75%, levando-a a 2,25%. Mantendo o ritmo de cortes atual, no final de outubro a SELIC será zero. É isso que o governo quer mesmo? Ou emitirá moeda logo agora? É o que parece, visto que não tem gerado caixa para pagar os gastos correntes, haja vista que tem duas semanas de atraso para pagar a segunda parcela do auxílio emergencial, tendo-o pago a mais de 50 milhões de cidadãos e há ainda muitos milhões que nada receberam. Além do mais está no cenário também pagar a terceira parcela do referido auxílio. A cada pronunciamento do Tesouro Nacional se fala em aumento do déficit primário. A sua previsã

14/05/2020 - PREVISÃO DE COLAPSO A PARTIR DE JULHO

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou ontem a sua principal projeção para o PIB, neste ano, que passou de 0,02%, em março para - 4,7%, agora em maio. Assim, os – 4,7% serão maiores do que os - 4,35% de 1990. Seria batido o recorde de retração do PIB na história. Por conseguinte, referido ministério vê risco de falências e desemprego caótico, a partir do segundo semestre de 2020, no caso de continuar o enfrentamento da crise da pandemia com isolamento vertical. Ele planeja uma retomada controlada das atividades, para evitar o mergulho do Brasil no caos social, a partir de julho. Documento da citada secretária estima que a cada semana de isolamento, tem-se traduzido em prejuízo de R$20 bilhões na atividade econômica. Vendo dados do IBGE, iniciados em 1901, o recuo do PIB de 2020 poderá ser o maior já registrado. A perspectiva do ministro Paulo Guedes é de que a paralisia poderá atingir 80% das pequenas e médias empresas, as principais na geração de

13/05/2020 - TRÊS ÓTICAS DA CONTABILIDADE NACIONAL

O Prêmio Nobel de Economia, Leontieff, saiu da Rússia e foi para os Estados Unidos, após os expurgos da Revolução Russa de 1917. Lá ajudou a montar o sistema de contabilidade social, que é feito pelo governo americano e foi exportado para o mundo. Nele, é definida a criação de riqueza anual também conhecido como Produto Interno Bruto (PIB). Então foi criado o conceito de três óticas da contabilidade nacional Também conhecido como matriz de Leontieff ou matriz de insumo/produto. A ótica do produto ou oferta global (1), a ótica da renda nacional (2) e a ótica da demanda global (3). No Brasil quem efetua os cálculos dos agregados citados é o IBGE, trimestral e anualmente. O PIB é composto de três setores: agropecuário, industrial, comercial/serviços. Como em equilíbrio oferta é igual à demanda. Esta é composta de quatro componentes: consumo das famílias, investimentos privados, gastos do governo e setor externo (exportações menos importações). No caso brasileiro, do lado da demanda

12/05/2020 - SAÍDA DE CAPITAIS

Desde agosto que o governo acelerou a venda de divisas para conter a saída livre de capitais que estavam aplicados no mercado financeiro. Até agora foram US$54 bilhões. A taxa cambial ontem foi de R$5,818. No dia 7 passado alcançou o recorde nominal de R$5,836. O Banco Central (BC) é quem compra e vende moedas, por parte do governo federal. No segundo governo de FHC as reservas internacionais não davam para pagar as exportações e para atrair capitais financeiros a taxa SELIC chegou a ser superior a 40% ao ano. FHC recorreu ao Fundo Monetário Internacional para socorro monetário. De 2001 a 2003 o governo ainda vendeu US$15 bilhões. Prometendo respeitar contratos e com uma próspera economia mundial, o governo de Lula continuou com a política ortodoxa do BC chefiado por Henrique Meirelles e se aproveitou do boom das commodities para acumular divisas. Já em 2004, o governo de Lula passou a fazer um colchão de reservas e a taxa SELIC estava acima de 25%. O que difere da década passad

11/05/2020 - RETRAÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

Abril registrou deflação de 0,31%. É a menor taxa relativa ao mês desde 1998. Houve grande retração na demanda agregada das famílias, visto que o lema “fique em casa”, retirou das empresas o poder de vendas, já que as pessoas passaram a consumir menos, as empresas a produzirem menos, os governos a arrecadarem menos. A pandemia do coronavírus tem assustado bastante e em uma atividade defensiva a economia mundial ingressou em recessão. No Brasil, à exceção do grupo de alimentos, os demais grupos de consumo apresentaram queda de preços. A inflação oficial de doze meses é de 2,4%, bem abaixo do centro da meta de inflação projetada pelo Conselho Monetário Nacional de 4% para este ano. Abaixo até do piso da meta. Ou seja, a meta menos o viés de baixa está maior do que o piso da meta. A permanecer assim se abre espaço para queda dos juros básicos da economia agora em 3% anuais. Na tendência de baixa a redução de juros, de 14,25%, desde Temer, para 3%, afugentou os investidores inter

10/05/2020 - DESPESAS DISCRICIONÁRIAS

Os gastos púbicos são divididos em despesas obrigatórias, tais como aquelas para a saúde e para a educação, bem como despesas discricionárias. Elas podem ser para custeio e para investimento do governo. Os gastos discricionários são projetados par reduzir em termos de participação do PIB. Cabe ao Tesouro Nacional projetar como elas são efetuadas. Em 2019, foram gastos da espécie R$164,2 bilhões, ou seja, 2,2% do PIB. Para 2020, prevê-se R$120 bilhões, quer dizer 1,5% do PIB. Para 2021, R$103,1 bilhões, 1,3% do PIB. Para 2022, R$85,5 bilhões, 1% do PIB. Para 2023, R$68,9 bilhões, 0,7% do PIB. As estimativas comentadas estão de acordo com o liberalismo. Para Paulo Guedes, é preciso destravar a pauta das privatizações, que ficou imobilizada com a atual pandemia. A diferença do que se pretende Guedes e a ala militar do governo, é que Guedes quer realizar investimentos com dinheiro privado, enquanto os militares querem com dinheiro público. Por seu turno, o Ministro da Economia, inda

09/05/2020 - PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS

Em razão do combate à pandemia do novo coronavírus, os segmentos econômicos que mais sentem com o desemprego dos fatores produtivos foram produção de veículos, turismo, aeroportos, hotéis, shoppings centers, academias de ginástica, colégios, comércio e serviços em geral. Em abril, no mês que praticamente todas as montadoras suspenderam as atividades, em razão da citada pandemia, a produção de veículos caiu 99,3%, em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores. Em comparação com março houve recuo de 99%. Em abril as montadoras produziram 1,8 mil unidades, o menor resultado para um mês, desde o início da série histórica, iniciada em 1957. Em compensação o agronegócio vai muito bem. O dólar já subiu neste ano por volta de 40% e as exportações geram cada vez mais riqueza. Até as empresas de árvores cultivadas estão fazendo parte de um grande movimento da iniciativa privada, auxiliando o País a passar por esta crise pr

08/05/2020 - FIM DO DISTANCIAMENTO

O presidente da República vem pressionando o Congresso Nacional, governadores, prefeitos e Supremo Tribunal Federal (STF) a iniciar o fim do isolamento horizontal, trocando por distanciamento vertical. Ontem o presidente foi a pé, de surpresa, sem estar agendado, saindo do Palácio do Planalto ao STF, acompanhado do Ministro da Economia e empresários, calculado como representantes de 40% do PIB. O movimento foi encarado como pressão para o fim do isolamento social. A tese do presidente é de que já há muita gente passando dificuldades e ele tem receio de que o País ingresse numa depressão. Dessa maneira voltou a prestigiar Paulo Guedes. As relações entre os poderes constituídos estão tensas porque há divergências no combate à pandemia do novo coronavírus. Jair Bolsonaro, depois de declarar que não faria um governo de coalizão, não consegue aprovar as reformas estruturais que prometeu em campanha. Depois de mais de 16 meses de governo, agora aproxima-se do grupo político chamado

07/05/2020 - SELIC A 3% DE JUROS ANUAIS

O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu 0,75% da taxa básica de juros da economia, a SELIC. Agora ela ficou em 3% ao ano. Os economistas ouvidos no centro financeiro de São Paulo aguardavam 0,5% e foram surpreendidos por corte de 0,75%. A explicação daquele comitê é de que o cenário tem sido de deterioração da economia nacional, perante a pandemia do novo coronavírus. Por seu turno, a conta do auxílio emergencial para os trabalhadores informais pode chegar a R$154 bilhões, conforme estudo da Instituição Fiscal Independente, órgão do Senado, o montante do referido auxílio, para dois meses, corresponderia a cinco anos do Programa Bolsa Família. Até agora foram beneficiados mais de 50 milhões de cidadãos e este número cresceria para mais de 80 milhões. Quer dizer, mediante forte recessão, para cada emprego formal há pelo menos quatro trabalhadores na informalidade, visto que a população economicamente ativa é maior do que 100 milhões. Os desempregados passam de 13

06/05/2020 - AUXÍLIO EMERGENCIAL

O Congresso Nacional elevou a proposta do governo federal de R$200,00, quando se iniciou o isolamento horizontal, para R$600,00, um mês depois, em duas parcelas, bem como de R$1.200,00 para a mãe de família que também seja solteira, contemplando aqueles cidadãos que estão na informalidade, desempregados, desalentados e como opção no Programa Bolsa Família, de optar por receber o benefício ou o auxílio de emergência. O cálculo do Ministério da Economia foi de atingir 25 milhões, mas qual não tem sido a surpresa, foram efetuados 97 milhões de pedidos de auxílio emergencial. Até o momento foram aprovados 50,1 milhões; 26,1 milhões considerados inelegíveis; 12,4 milhões receberam a classificação de inconclusivos. Há ainda um total de 5,2 milhões de cadastros em análise. Há cerca de um mês que enormes filas se formam na Caixa Econômica Federal, responsável pelo pagamento do citado benefício. Existe todo um custo social da demora, do desgaste e da frustração quando o benefício é pa

05/05/2020 - UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INDUSTRIAL INSTALADA

A utilização da capacidade industrial sofre queda recorde e em rápido tempo. A demanda menor das famílias, o isolamento social em resposta à pandemia do novo coronavírus aplicadas a partir de março derrubou a utilização da capacidade instalada da indústria, conforme indicador calculado pela Fundação Getúlio Vargas, através do Instituto Brasileiro de Economia. Em média, as fábricas estão usando 57,5% do que poderiam. Referido nível representa 15,9% menos do que em dezembro de 2016, que os 73,4% registrados no último mês da forte recessão de 2014 a 2016. Em fevereiro deste ano estava em 76,2% do uso da capacidade instalada. O tombo de fevereiro para março foi tão grande que a capacidade ociosa é a maior em 20 anos. Os segmentos empresariais mais afetados foram o automobilístico, de calçados, de artigos de couro e do vestuário. A indústria automobilística está operando a 12,5% da capacidade, enquanto a média de uso da capacidade é de 78,6%. Em um mês a queda foi de 61,5%. No pio

04/05/2020 - ESTIMATIVA DE QUEDA NO CONSUMO

O consumo das famílias é o principal motor da economia brasileira, responsável por dois terços do Produto Interno Bruto. A Fundação Getúlio Vargas, através do Instituto Brasileiro da Economia, calculou a queda prevista no consumo de R$500 bilhões dos bolsos dos brasileiros, cerca de 8%, e de 15% na massa salarial. Este cenário é o mais negativo com uma retração de 7% no PIB. No cenário otimista, que projeta um recuou de 3,4% e os salários de 5,9%, a retração no consumo das famílias seria de R$200 bilhões. No cenário mais negativo, o setor de serviços teria o maior recuo de 16%; o setor industrial poderia recuar 12%. O isolamento social, iniciado em meados de março, provocou uma queda de até 98% na movimentação de passageiros nos aeroportos; as rodovias perderam, em média, 30% das receitas; o transporte urbano teve queda de 70% nos usuários. No segmento de energia elétrica há uma combinação no consumo e alta da inadimplência. Desde o início da quarentena, o recuo no consumo de

03/05/2020 - EMPOBRECIMENTO DO BRASILEIRO

Reiniciado em 2015 o empobrecimento do brasileiro está sendo acelerado pela expansão da pandemia no novo coronavírus, em relação à média da população mundial. Conforme   a consultoria inglesa, Economist Intelligent Unit, braço de pesquisa da revista The Economist, a renda per capita do brasileiro recuará de US$16,670.00, em 2019, para US$15,910.00, em 2020. A consultoria projetou uma renda média internacional caindo de US$19,730.00 para US$19,550.00, no mesmo período. Assim, o produto per capita do brasileiro ficará 18,6% abaixo da média mundial. No ano 2.000 a renda per capita do brasileiro era 9% acima da renda média do cidadão global. A vantagem relativa se manteve até 2014, quando voltou a ter-se déficit primário, depois de 16 anos de superávit primário. No segundo trimestre de 2014 se iniciou uma severa recessão por 11 trimestres, até dezembro de 2016. Em 2017, 2018 e 2019 a economia cresceu aproximadamente 1% a cada ano. Entretanto, neste ano o mundo todo ingressou em rece

02/05/2020 - ORÇAMENTO DE GUERRA

Como seria o orçamento de guerra contra a pandemia do novo coronavírus? Já existe um orçamento aprovado. Mas, em situação atual de emergência, o governo é obrigado a gastar mais do que o déficit primário. Fora aprovado pelo Congresso uma série de medidas para enfrentar pandemia. O desemprego, a fome, a violência estão sendo enfrentadas com mais dinheiro. Por seu turno os Estados e municípios estão recorrendo ao governo em busca de R$120 bilhões de ajuda. O déficit primário seria de R$129 bilhões. Porém, o secretário do Tesouro Nacional admite que poderá chegar a R$550 bilhões em uma economia de guerra. Como seria este orçamento de guerra? O governo passaria a emitir dinheiro. Isto seria inflacionário? Na medida em que a atividade econômica está comprimida não haveria inflação monetária, em tese. Como o governo emitiria dinheiro? Na verdade, o Banco Central (BC) compraria títulos da dívida pública, creditando o valor na conta que o BC mantém no Tesouro Nacional. Não é necessár

01/05/2020 - DESEMPREGO CRESCEU 1,2 MILHÃO

O IBGE divulgou ontem que no primeiro trimestre deste ano o desemprego alcançou 1,218 milhão de pessoas, destes mais de 800 mil são informais e mais de 400 mil formais. A taxa de desocupação chegou a 12,2%. O motivo disso foi a chegada da pandemia do novo coronavírus ao País, que desativou muitas atividades produtivas. O primeiro caso de morte no Brasil ocorreu no dia 25 de fevereiro. Em março o País ingressou em quarentena e em isolamento horizontal. Foram fechados bares, restaurantes, shoppings centers, academias de ginástica, suspensas festas, jogos de futebol e aglomerações em geral. A população desocupada saiu de 11,632 milhões, em 32 de dezembro para 12,850 milhões no final de março. A alta no trimestre foi de 10,5%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O crescimento do desemprego no início da cada ano é esperado, visto que a atividade econômica do último trimestre do ano não se sustenta no primeiro trimestre do novo ano. O IBGE constatou que