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Mostrando postagens de agosto, 2017

30/08/2017 - ROMBO MAIOR EM 21 ANOS

Em julho passado as contas do governo central apresentaram um déficit primário de R$20,15 bilhões. O déficit primário não inclui o pagamento de juros da dívida pública, que seria o déficit nominal, conforme a Secretaria do Tesouro Nacional. O estouro das contas públicas foi o pior desde o início da série histórica, em 1997, ou seja, em 21 anos. De janeiro a julho o déficit primário acumulado foi de R$76,277 bilhões, igualmente o pior na referida estatística. Nos sete primeiros meses do ano passado o saldo negativo era de R$55,693 bilhões. Nos doze meses até julho, o rombo é de R$183,7 bilhões.  O orçamento anual aprovado permite um déficit de R$139 bilhões e o governo tem até amanhã para alterá-lo para R$159 bilhões. Ademais, amanhã também é dia final da remessa do orçamento de 2018, que contempla déficit primário também de R$159 bilhões. De 2014 para 2018, entre déficits realizados e previstos, em 2014, de R$32,5 bilhões; em 2015, R$114,7 bilhões; em 2016, de R$154,3 bilhõe

29/08/2017 - CONSUMO PUXANDO O CRESCIMENTO

Já que o governo federal ainda não conseguiu reativar a economia com novos investimentos, isto por que as exigências dos investidores são as de que o governo central faça as reformas estruturais, a equipe econômica começou a atuar, em 2016, para trazer a inflação para um dígito, já que em 2015 fora de dois dígitos. Ainda no final de 2016 começou a redução da taxa básica de juros, acompanhando a queda da taxa inflacionária. Como a inflação caiu muito, em 2017, a SELIC também caiu, chegando ao nível de que as aplicações financeiras poderão, paulatinamente, retornar aos investimentos. Porém, não retornaram ainda e, desde o início do ano, que a equipe econômica resolveu estimular o consumo, através da liberação das contas inativas do FGTS, de quem as tinha até dezembro de 2015. Novo reforço ao consumo se dará, a partir de outubro, com as liberações das cotas do PIS/PASEP, para homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 60 anos, que tinham cotas retidas. Os sinais leves de

28/08/2017 MUNICÍPIOS EM EMERGÊNCIA

Há 1.296 municípios brasileiros em situação de emergência. Ou seja, 23% dos 5.565 municípios como um todo. No Nordeste e no Norte de Minas Gerais, a área conhecida como Polígono das Secas, todo ano tem calamidade. Claro, em municípios diferentes. No Sul e no Sudeste há excesso de chuvas. As cidades alvejadas recorrem a União, em busca de auxílio financeiro de emergência. No Nordeste os reservatórios de Ceará, Paraíba e Pernambuco estão com 8% de capacidade. Em Fortaleza a falta de água afetou 900 mil pessoas. Na Paraíba 88% dos municípios estão em situação de emergência. Em Maceió as chuvas de maio deixaram 8 mortos e milhares de desabrigados. Em São Paulo há 9 cidades em situação de inundadas. Em Santa Catarina existe uma cidade, Jaguaruna, que sofreu inundação. No Rio Grande do Sul existem 173 cidades em situação de emergência. Cerca de 71% dos reconhecimentos estão na área do polígono das secas. Já 29% são acometidas por excessos de chuvas. Na Bahia, em Novo Triunfo houve sec

27/08/2017 - DESEMPREGO MAIOR ENTRE MENOS INSTRUÍDOS

A lenta recuperação do emprego formal, ocorrida de abril a junho, fez a taxa de desemprego cair de 13,7% para 13%, no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre. Estudo da Fundação Getúlio Vargas abre referido número, por grau de instrução. Aqueles que têm superior completo são 6,4%; sem instrução, 10,8%; fundamental incompleto, 12,2%; superior incompleto, 14%; médio incompleto, 14,6%; fundamental completo, 15%; médio incompleto, 21,8%. A análise da renda média salarial do brasileiro caiu de R$2.084,00 para R$2.042,00. A renda dos homens caiu menos, de R$2.285,00 para R$2.276,00, enquanto a renda média das mulheres se retraiu de R$1.772,00 para R$1.731,00. Estudo do FMI afirma que o Brasil continua estagnado na armadilha da renda média. As causas são educação precária, investimento baixo e corrupção que não fazem o Brasil decolar. Em 2016, a renda per capita do chinês passou a do brasileiro. O chinês atingiu US$15,399.00 e o brasileiro US$15,242.00. Em 1980 a re

26/08/2017 - PERDIDO POR UM PERDIDO POR MIL

Agora é a vez do presidente do Banco Central, Ilan Goldfjan, aparecer, depois de quase ano e meio de governo, afirmando que o consumo puxa e puxará a economia para o ansiado crescimento. Não era o investimento que puxaria? O presidente do BC é forte nome da economia, sendo um dos três membros do Conselho Monetário Nacional. Na era Lula o consumo puxou a economia. Havia capacidade ociosa e contração dos consumidores. Ao obedecer a contratos, Lula gerou otimismo.  Temer não gerou isso. Temer é capturado pelo agronegócio e está na podridão da corrupção. Portanto, se ele quiser crescer só com impulso no investimento. O consumo puxa, mas o investimento faz quando “quiser”. Muito dele está repousando na dívida publica. Vai acordar, visto que a taxa SELIC está caindo e a inflação está baixa. Falta mesmo é o otimismo dos setores produtivos em investir, em face da demanda que existe, saindo da aplicação em dívida publica. Esta é um mamute que vem desde o Império e só faz crescer.