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Mostrando postagens de outubro, 2021

MELHORES E MAIORES

Há 47 anos que a revista Exame faz um levantamento das Melhores e Maiores Empresas do Brasil. Já foram destacadas as 500, depois 1.000 e nesta edição de 2021 foram escolhidas 627 maiores empresas do País. O cenário visto pela revista Exame para o ano passado foi de que as gigantes corporações cresceram bastante em um quadro de pandemia do covid-19. Elas faturaram R$3,6 trilhões, valor superior a 9,1% do que no ano anterior. Quando descontada a inflação o crescimento real dessas companhias foi de 4,5%, em um ano que o PIB recuou 4,1%. O lucro acumulado também surpreendeu de R$208 bilhões. As companhias foram escolhidas em 18 segmentos produtivos, atuando no agronegócio, que ampliaram suas receitas em 32%, cuja safra bateu mais um recorde 245 milhões de toneladas de grãos, aumentando a participação do agronegócio no PIB em 7%. A demanda externa, principalmente da China, aliado à desvalorização cambial do dólar em 22% em 2020, fizeram as receitas das exportadoras de commodities turbin

DÓLAR EM ASCENSÃO

29-10-2021 O dólar comercial acima de R$5,62 é que tem influenciado a Petrobras a elevar o os preços dos combustíveis. Como a estatal importa 30% de petróleo consumido no País, o chamado petróleo leve, exportando parte do petróleo pesado aqui explorado, a política de repasse dos preços turbina a inflação. A alta do dólar gera reação em cadeia para o aparelho produtivo e coloca o País em um círculo vicioso difícil de sair. A trajetória de alta do dólar começou em 2020. O Ministro da Economia, Paulo Guedes declarou por diversas vezes que o dólar viria par a casa dos R$4,00. Mas, não. As suas promessas desde a campanha de 2018, não se concretizaram sejam por erros na concepção dos projetos sejam pela inabilidade política. Na medida em que pretende o governo federal lançar novo programa, o chamado Auxílio Brasil, vem ele ameaçando quebrar a lei do teto de gastos e aprovar a PEC   dos Precatórios, para pagamento diferido em dez anos. O Auxílio Brasil começara em novembro e irá até o f

DESEMPREGO CAIU PAR 13,2% EM AGOSTO

28-10-2021 No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego caiu para 13,2%, sedo 13,7 milhões de cidadãos em desemprego aberto, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. É a taxa mais baixa dede o trimestre encerrado em maio de 2020, que fora de 12,9%. Não obstante tenha caído o desemprego, a informalidade cresceu e o rendimento real dos brasileiros teve uma queda histórica. No levantamento anterior, relativo ao trimestre encerrado em julho, a taxa de desemprego estava em 17,7%, correspondentes a 14,1 milhões de cidadãos. O número de pessoas ocupadas foi calculado em 90,2 milhões, representando uma elevação de 4% em relação ao trimestre móvel encerrado em julho. A indústria da construção civil é grande empregadora. Conforme o indicador Abrainc-Fipe do trimestre móvel de maio, junho e julho, houve alta de 69,5% no lançamento de imóveis, em relação ao mesmo período do ano passado. No conjunto foram lançadas 35.047 unidades habitacionais nos meses em

SELIC ELEVADA A 7,75%

27-10-2021 O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a SELIC, de 6,25% para 7,75% ao ano, sendo o maior patamar desd3 setembro de 2017, quando se encontrava em 8,5% anuais. Foi o maior aumento da SELIC desde outubro de 2002. Na época, referida taxa foi em elevada em 3 pontos percentuais.   A decisão do Comitê se refere a indicadores econômicos aquém do esperado e a inflação de dois dígitos. A inflação oficial acumula alta de 10,25% em doze meses. Está bem acima da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional de 3,75%, mediante tolerância de 1,5% para mais ou para menos do centro da meta. Ou seja, uma variação de 2,25% e 5,25%. Na reunião de 45 dias seguintes o Comitê informou que poderá haver uma elevação de 1,5% na taxa SELIC. Assim, a taxa básica de juros poderá ir a 9,25%, mesmo valor de julho de 2017. A Confederação Nacional da Indústria considerou equivocada a elevação da SELIC. O seu presidente, Robson Braga de Andrade, declarou: “Os a

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR SOBE

26-10-2021 A Fundação Getúlio Vargas divulgou ontem que o Índice de Confiança do Consumidor subiu um ponto, passando para 76,3 pontos. A escala do indicador varia de zero a 200. A alta foi influenciada pelo Indicador de Expectativas, que mede a confiança do brasileiro no futuro. O subíndice subiu 1,3 ponto, indo para 82,4 pontos em outubro. O indicador de Situação Atual, que mede o comportamento do consumidor sobre o presente variou 0,2 ponto, chegando a 69 pontos. A vacinação contra o coronavírus e a redução de mortes melhoraram as expectativas. No entanto, no presente os consumidores se mostram cautelosos na compra de bens duráveis. A faixa de renda entre R$2.100,00 e R$4.800,00, registrou o melhor desempenho, com alta de 5,3 pontos, indo para 73 pontos. A pesquisa ainda revela que estão baixas as confianças dos consumidores quando tomada as medias móveis trimestrais... Abaixo de 100 pontos não reflete grandes confianças. Por seu turno, a confiança do comércio caiu 3,1% em ou

TAXA DE SOBREVIVÊNCIA

Nisto, os economistas estão certos. Lendo ou não “O Capital” de Karl Marx, a taxa de sobrevivência revela que quanto maior o porte da companhia, maior a taxa de sobrevivência. O IBGE comprova que cerca de 40% das empresas conseguem sobreviver após cinco anos de atividades, conforme divulgou no dia 22 passado. Marx enunciou várias leis do capitalismo. Uma delas, baseada na biologia, a da fagocitose, de que as grandes empresas absorvem as pequenas. A pesquisa do IBGE representa o resultado da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo. Mas, como sempre, o IBGE divulga resultados defasados, não se sabe se com medo de críticas ou por excesso de cautelas. O estudo reflete números até 2019, antes da pandemia do covid-19. Vale dizer que o trabalho ainda não reflete os impacto da pandemia do coonavírus, que trouxe um conjunto de problemas de sobrevivência empresarial, a partir de 2020. Conforme o IBGE, somente 37,6% das empresas criadas em 2014 até 2019, por

GUEDES NÃO ESTÁ FUNCIONANDO

É forçoso reconhecer o que o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro Henrique Meirelles está convicto, quando em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, afirmou que Paulo Guedes não está funcionando.   A folha assim se refere: “O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, criador do teto de gastos, que o governo Bolsonaro agora quer furar, afirma que é difícil avaliar as circunstâncias que levaram o ministro Paulo Guedes à atual crise da pasta. ‘O que é um problema dele com o Congresso, o que falta é diálogo, falta de prática, de experiência administrativa, é difícil avaliar. O fato é que não está funcionando’”. Em seguida Meirelles detona o rival: “O que existe de fato é que a economia brasileira vai mal. Caiu 4,1% no ano passado, apesar de todo auxílio emergencial etc. E esse ano tem crescimento previsto que deve praticamente apenas compensar o que caiu em 2020, e vamos chegar ao fim do ano em um nível, digamos, talvez cerca de 1%, no máximo, superior ao nível do início da

INFLAÇÃO DE ALIMENTOS

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE e divulgado mensalmente, é uma média dos IPCAs nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras. Ele está, em doze meses, até setembro em 10,25%. Dentro deles se encontra o IPCA de alimentos. Em 2019, este fora de 40%; em 2020, de 60%; neste ano, também até setembro está em 15%. Para isto tem concorrido a forte valorização do dólar, que influencia a inflação global por volta de 30%. Nesta semana, o dólar, em relação ao real, voltou a disparar e haverá forte repercussão nos preços dos alimentos. Não basta o desconforto nos brasileiros, o governo federal cogita em elevar gastos públicos, mesmo que para atender a programas sociais, o que amplia o déficit primário previsto tanto para este como para o próximo ano. O descontentamento é grande, fazendo os investidores se retraírem e já contratarem baixo crescimento do PIB em 2022, havendo até aqueles que se referem à economia ingressar em recessão. O dólar valorizado,

AUXÍLIO BRASIL SERÁ BENEFÍCIO TEMPORÁRIO

Anunciado ontem o Programa Auxílio Brasil, que substituirá o Programa Bolsa Família, após cerca de 18 anos, programa este que substituirá o Bolsa Escola. O Auxilio Brasil será temporário, a partir de novembro deste ano, no valor de R$400,00 e durará até dezembro de 2022. O novo programa terra um reajuste de 20% na verba do Programa Bolsa Família. O orçamento deste para 2021 é de R$34,9 bilhões. O aumento da verba levará ao total de R$41,8 bilhões em bases anuais. A estimativa é de que o Auxílio Brasil seja a roupagem do Programa Bolsa Família, pretendendo atender 17 milhões de famílias, crescendo 3 milhões delas em relação ao orçamento deste ano. A definição da PEC dos Precatórios, no sentido de que sejam distribuídos, para pagamentos em dez anos, de R$50 bilhões, assim como seriam pagos em 2022 R$49 bilhões, seria a verba suplementar para o Programa Auxílio Brasil. Já o auxílio emergencial, que vem de dois anos, de cinco meses em 2020 e de seis meses em 2021, não será prorroga

POPULISMO FISCAL

O sistema de mercados produtivos, cujas maiores representações tem ações na bolsa de valores, bem como sistema de mercados financeiros são ambos interface um do outro. Ontem, tiveram investidores reagindo contra o que chamaram de populismo fiscal. Isto é, eles perceberam que a perspectiva do Programa Auxílio Brasil, dado que o governo federal está aventando como substituto do Programa Bolsa Família poderia ultrapassar a lei do teto dos gastos do País, ao contemplar cada beneficiado com R$400,00, visto que   Programa Bolsa Família hoje contempla o benefício médio de R$189,00. O resultado imediato foi da bolsa de valores brasileira despencar 3,28%, aos 110.672 pontos, além do dólar alcançar o pico de R$5,60. Isto na contramão mundial, quando o dólar ontem se desvalorizou e as bolsas mundiais subiram. No final do dia o governo central adiou o anúncio do novo programa. O mercado acionário de ontem teve perdas dos grandes bancos e do carro-chefe Petrobras, que recuou 4,89%, visto qu

ÍNDICE GLOBAL DE COMPETITIVIDADE DE TALENTOS

O Fórum Econômico Mundial se reúne na última semana de janeiro há cerca de 40 anos. Tornou-se um ambiente de estudos e pesquisas permanentes e faz convênios por todo o mundo. O Índice Global de Competitividade de Talentos é calculado pela escola de negócios francesa Insead, em parceria com a consultoria Accenture e o Portulans Institute. O estudo se refere a pesquisas qualitativas conveniadas do citado Fórum com o Banco Mundial. No ranking global de 135 países o Brasil está em 75º lugar na competitividade de talentos, a partir de fatores como capacidade de desenvolver pessoas para o mercado de trabalho. Retê-las e atraí-las. Já entre as nações da America Latina e Região do Caribe o Brasil se coloca em nono lugar, segundo referido estudo. Uma influência global do estudo se deve à pandemia do covid-19, que impactou no papel do governo de formação de profissionais para os próximos anos, através de pacotes de estímulos financeiros para recuperação do mercado de trabalho. Outro destaque

PROJEÇÕES DO MERCADO FINANCEIRO

Mais uma semana de piora das medianas das projeções do mercado financeiro, conforme pesquisa semanal Focus do Banco Central. A inflação projetada subiu pela 28ª semana consecutiva. Passou de 8,59% para 8,69%, distanciando-se ainda mais do centro da meta de 3,75%, mais o viés de alta de 1,5%, que iria para 5,25% anuais. Há um mês estava em 8,35%. A estimativa para 2022 continua também subindo, passando de 4,17% para 4,18%, no 13º aumento seguido. Há um mês estava em 4,10%. A inflação oficial para 2023 foi mantida em 3,25% e de 3,00% para 2024. As instituições financeiras auscultadas pelo Banco Central formaram uma mediana de 5,01% para o PIB, em relação a 5,04% da semana anterior. Para 2022 a projeção do PIB caiu de 1,54% para 1,50%. As estimativas para a taxa básica de juros permaneceram inalteradas. Para 2021, seguiu em 8,25% e, para 2022, conformou-se em 8,75%. A taxa SELIC está hoje em 6,25%. Para a reunião de novembro está previsto mais um aumento de 1% da taxa SELIC, indo pa

POTENCIAL DO TRABALHO REMOTO

17-10-2021 A Fundação Getúlio Vargas divulgou estudo n qual evidencia que o potencial do trabalho remoto no Brasil é de apenas 17,8%. Muito baixo. Mais de 7 milhões de brasileiros tem empregos que poderiam ser realizados virtualmente. Entretanto, por falta de uma infraestrutura mínima em suas casas não conseguem trabalhar de forma remota. Referido contingente representa 7,8% da população ocupada, conforme dados de 2019. São trabalhadores em áreas como pesquisa, administração, tecnologia e magistério, os quais não contam com serviços como acesso contínuo a energia elétrica e internet em suas residências e não possuem na maioria das vezes computador. Com a pandemia do covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde, em março de 2020. Muitos trabalhadores foram forçados ao trabalho remoto. No entanto, o que a pesquisa enfatiza é justamente a desigualdade social ao qual as pessoas não tem condições de trabalhar em casa.

POPULAÇÃO E INSEGURANÇA ALIMENTAR

Segundo estimativa populacional feita pelo IBGE, divulgada no final de agosto, dava-se conta de que a população brasileira chegava a 213,3 milhões. O estudo levou em consideração os 5.570 municípios brasileiros e é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União, para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos. O município de São Paulo permanece o mais populoso do País; com 12,4 milhões; seguido por Rio de Janeiro, com 6,8 milhões; Brasília, com 3,1 milhões; Salvador, com 2,9 milhões; Fortaleza, com 2,7 milhões. Dos 17 municípios do Brasil com população superior a um milhão de habitantes, 14 são capitais. O grupo dos referidos 17 concentra 21,9% da população ou 46,7 milhões de pessoas. A última década registrou o aumento do número de grandes municípios brasileiros. No censo de 2010, somente 38 municípios tinham população superior a 500 mil habitantes. Mas, somente 17 deles, o que perma

FAVELADOS NO BRASIL

Principal notícia da Folha de São Paulo de ontem tem como título: “Total de favelas dobra no Brasil em dez anos e 20 milhões estão passando fome”. Nestes dez anos, o Brasil cresceu no ano 2010 cerca de 7,5%. Depois começou a reduzir o ritmo de crescimento, até 2014, quando voltou a incorrer em déficit primário depois de 16 anos. Não sem motivo, no segundo trimestre de 2014 o País começou a recessão, que durou 11 trimestre consecutivos, de abril de 2014 a dezembro de 2016. Na verdade, apareceram os desvios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I, de 2007 a 2010, PAC II, de 2010 a 2014, PAC III, de 2014 a 2016), quando pipocaram os escândalos de corrupção nas obras púbicas do PAC e foram identificadas as pedaladas fiscais (gastos diferidos para pagamentos em anos seguintes), que a presidente Dilma realizou, seguindo os passos de seu mentor, Lula, transformados em sucessivos déficit primários, que não pararam e parecem que irão até 2023, conforme projeções oficiais. Isto a F

IMUNIZAÇÃO DE QUASE METADE DA POPULAÇÃO

Um marco foi realizado pelo Brasil ontem. Registrou-se que mais de 100 milhões tomaram as duas doses das vacinas, ou uma só da Janssen, como prevista, estando os resultados já colhidos com a redução acentuada de registro de novos casos e mortes. Os resultados não vieram de imediato na geração substancial de empregos, mas estes estão ocorrendo de uma forma crescente, bem como nas expectativas de crescimento para o ano que vem, estando o mercado financeiro, consultado pelo Banco Central, reduzindo aos poucos o crescimento vindouro para a mediana de 1,5%. Para este ano já está contratado um incremento do PIB de aproximadamente 5,2%, conforme acredita o mercado financeiro e o próprio FMI, que tem feito cenários mundiais de forma trimestral. Nos Estados Unidos, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, não obstante admita que a inflação esteja com espaço ainda para crescer, visto que o preço do barril de petróleo está em ascensão, declarou ontem que a vacinação contra o covid-19 está sendo

GASOLINA JÁ TEVE 14 AUMENTOS NESTE ANO

A gasolina já subiu 14 vezes somente em 2021. Isto reflete elevação acumulada de 63%. Em nota a Petrobras se refere a que “os reajustes refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços do petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”. Nos governos do PT, de Lula e Dilma, de 2003 a 2016, havia a influência direta da União na formação de preços dos combustíveis. Porém, no governo de Michel Temer os combustíveis começaram a ter seus preços de acordo com os preços internacionais. Como a Petrobras importa 30% do petróleo, consumido domesticamente, além de exportar o excedente, visto que e auto-suficiente na sua produção, mediante subida vertiginosa do barril de petróleo, ao nível internacional, estando hoje o barril acima de US$85.00. Por outro lado, devido à debilidade da economia brasileira, o dólar tem subido bastante, o que contribui para a elevação em períodos

BOLSA DE VALORES ACUMULA EXPRESSIVA QUEDA

A bolsa de valores brasileira, a B3, acumula expressiva queda até setembro. Já nos outros países grandes, mediante avanços no combate à pandemia, que estimula a retomada econômica mundial, vê-se que as injeções de dinheiro por parte dos bancos centrais, têm estimulado a que os mercados de ações globais entreguem fortes ganhos ao longo de 2021. Entretanto, no Brasil, os negócios recuaram bastante devido a uma combinação de sucessivos reveses do governo central no Congresso Nacional, ao querer aprovar as reformas estruturais e não as têm conseguido. Ou, tem conseguido muito pouco do que tinha prometido desde a campanha de 2018. Por seu turno, o governo federal tem administrado, indiretamente, os preços dos combustíveis e da energia elétrica,   o que levou ao recrudescimento inflacionário, que, em doze meses, atingiu dois dígitos, 10,25%. Quer dizer, a inflação elevada e o desemprego aberto perto de 15%, fecha um índice de desconforto de cerca de 25%. (também chamado de índice de misé

DRAGÃO COSPE FOGO

Assim como o dragão, a inflação cospe fogo. Isto porque ambos são fenômenos invisíveis, intocáveis, no campo do imaterial, que destroem o campo material. Pelo terceiro ano consecutivo ficará acima do centro da meta do Conselho Monetário Nacional. No dia em que o IBGE confirma a inflação de volta aos dois dígitos, a Petrobras reajusta gasolina e gás de cozinha em 7% e tem previsões de mais altas. A economia doméstica é movida principalmente por derivados do petróleo. Quem viveu dos anos de 1980 a 1994 bem sabe o que é o dragão abrir a boca. As gerações seguintes estão vendo um pouco daquilo agora, a cada momento, sendo os seus vencimentos devorados no caixa do supermercado. Depois de cinco anos, a inflação rompeu a   casa de dois dígitos, segundo o IBGE e em doze meses está em 10,25%. O número de setembro foi de 1,16%, o mais alto desde setembro de 1994, próximo do início do Plano Real. A maioria das pessoas não compreende facilmente porque a inflação vem de preços administrados p

TAXAÇÃO MUNDIAL DAS MULTINACIONAIS

O capitalismo é o sistema econômico que tem como líderes as multinacionais. Estas são gigantes corporações empresariais que atuam em todos os países do mundo. Diretamente, fazendo investimentos na grande maioria dos países. Indiretamente, vendendo produtos e serviço para todos os países. Claro que as multinacionais têm seus donos. Porém, eles detêm o poder de mando, mas pulverizam o capital, para ter acionistas como aliados. Elas exercem as leis fundamentais capitalistas, quais sejam a concentração e centralização de capitais, conforme Karl Marx, em seu livro O Capital. Entram e saem de qualquer país, como agora fez o conglomerado Ford no Brasil. O que é que a atraem? Também responde Karl Marx: é a maior taxa de lucro. Ou seja, são as maiores especialistas no cálculo ecconômico.   Aqui não se é marxista. Até o próprio Marx disse que não era marxista. Os marxistas hoje conhecidos são os seus seguidores, coligados e discípulos.   Desvirtuaram a interpretação correta da história. No

BUROCRACIA TRIBUTÁRIA

O instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), baseado em São Paulo, servindo à Associação Comercial daquele Estado, calcula para o País todo o quanto custa a burocracia tributária. Assim, concluiu que as empresas brasileiras pagam por ano R$181 bilhões. O IBPT estima que as companhias desembolsam referido volume de recursos para servir ao cipoal de leis, normas e regulamentos do Fisco, mediante pagamento de pessoal, sistemas e equipamentos que acompanham as diretrizes da área, tanto na esfera federal, como dos estados e municípios. Segundo o IBPT, as obrigações tributárias envolvem tarefas burocráticas de preenchimento de formulários, cálculos e análise de mudança na vasta legislação arrecadatória . Os cálculos do IBPT são de que existem 4.626 regras e normas tributárias, que são obrigatórias no Brasil. Os desdobramentos das citadas regras correspondem a 51.945 artigos, 121.033 parágrafos, 386.993 incisos e 50.906 alíneas. Estima ainda o IBPT que, se fossem impr

ÍNDICE DE DESCONFORTO ECONÔMICO

O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas também calcula um indicador que ele denomina de Índice de Desconforto da Economia, que visa identificar períodos de grandes dificuldades da população brasileira. Na verdade, o indicador é o mesmo Índice de Miséria, criado pelo americano Arthur Okun (1928-1980), exposto aqui como a soma da taxa de inflação com a taxa de desemprego. No dia 22 de junho se apresentou aqui que o Índice de Miséria estava em 23 pontos. Antes de 1994 a economia brasileira estava indexada. Porém, o Plano Real estabilizou a economia e o Brasil passou a ser possível de comparado com os países de moeda estabilizada no mundo, no que se refere ao Índice de Miséria aqui enunciado. Agora, quando o País começa a fazer comparações com ele mesmo, o IBRE passou a fazer comparações nas séries históricas longas, expondo o desconforto nacional em determinadas épocas. O IBRE informa que o desconforto, em poucos meses aumentou para próximo de 25 pontos.

PROPOSTA PARA MUDAR ICMS

Nos turbilhões que são os debates na Câmara de Deputados Federal onde há milhares de anteprojetos de lei, o presidente daquela Casa, Arthur Lira, apresentou uma proposta para mudar a base de cálculo do ICMS cobrado sobre combustíveis, isto porque cada Estado cobra percentual de acordo com a sua influência na Câmara de Deputados Estadual, para arrecadar mais. Sabe-se que isso encarece os combustíveis e, que o estudo em seu poder, poderia gerar uma mudança que poderia baratear a gasolina em até 8%, o álcool em 7% e o diesel em 3,7%. O efeito poderia ser deflacionário, visto considerar a média dos preços dos combustíveis nos últimos dois anos. Cada Estado aplicaria a sua alíquota sobre os preços médios em referência. Assim, não se estaria mudando nenhuma lei somente a base de cálculo e as médias iriam para baixo como citadas. Por exemplo, se tomaria a média de cada combustível em dois anos e ela ficaria fixa por um ano.   Lira assim se referiu recentemente: “Os aumentos que são da

EXPLICAÇÕES SOBRE BOLSA ESTÁVEL

As bolsas pelo mundo tiveram ontem fortes altas e a bolsa brasileira, embora tenha aberto em bom nível de alta fechou estável, próxima de zero. Está havendo muita cautela dos investidores por aqui. Uma série de motivos explica isto. Primeiro, a inflação persistente, quase chegando a 10% em doze meses, desestabiliza a economia e fazem as previsões saírem do campo da realidade. Segundo, o preço do petróleo também em persistente alta, estando o barril por volta de US$82.00, perante uma política de preços de paridade da moeda brasileira com o dólar, fazendo com que o governo transfira a alta para a economia doméstica. Embora o ex-presidente Lula diga que o País é auto-suficiente na produção do referido minério, o presidente da Petrobras afirma que o petróleo importado corresponde a 30% do total aqui consumido e o a Petrobras tem que exportar o petróleo pesado, importando petróleo leve. Terceiro, a indefinição das questões fiscais, tais como a reforma tributária que não passa no

PANE NAS REDES SOCIAIS

Ontem, por cerca de sete horas, das 12:30 h às 19:30 h, houve uma pane nas três principais redes sociais, facebook, instagram e whatsapp, afetando o mundo inteiro. A instabilidade também afetou plataformas e serviços que usam o login do facebook, tais como games. Especialistas em informática afirmaram que se trata de uma falha no servidor da empresa, negando acesso às referidas redes sociais. Não foi a primeira vez que o whatsapp caiu. Muitas pessoas usam as redes sociais como trabalho. Porém, há muita gente que só está lá para ver e conversar. Neste caso já se tornou um vício. As bolsas caíram pelo mundo. No Brasil, o IBOVESPA recuou 2,2%. Em Nova York, as ações do facebook caíram 4,89%, conforme o índice Nasdaq. O bilionário Mark Zuckerberg, fundador do grupo facebook viu sua fortuna diminuir em cerca de US$6,11 bilhões, por volta de R$32,7 bilhões, segundo o índice Bloomberg Billionaires Sua fortuna está estimada em US$122 bilhões. A perda também o deixou em queda de uma pos

DÉFICIT PÚBLICO PROJETADO

04-10-2021 O Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu zerar o déficit primário no primeiro ano de governo. Já está no terceiro ano com déficit e agora projeta um déficit menor do que recebeu o governo federal em 2019, para 2022. Em 2019 o rombo fora de R$95,1 bilhões. Em 2022 a esperança é de um déficit primário de R$28,8 bilhões. Nada obstante, as incertezas sobre o rumo da política fiscal cresceram nas últimas semanas devido aos programas sociais que Bolsonaro tem anunciado em ampliar. No caso, mudar de nome o Programa Bolsa Família para Auxílio Brasil e ampliar o número de assistidos em pelo menos 5 milhões, cujo anteprojeto está em debates no Congresso. Porém, o novo programa depende de uma solução para os precatórios, previstos em R$89,1 bilhões em 2022, que consumirá a folga orçamentária. Por outro lado, a ala política do governo defende a prorrogação do auxílio emergencial, que custa R$9 bilhões mensais, fora da lei do teto dos gastos e custeado com a emissão de mais d

PREJUÍZOS DOS APLICADORES FINANCEIROS

03-10-2021 Historicamente, os aplicadores financeiros quase sempre ganharam da taxa inflacionária. Mas, a alta da inflação no ano tem gerado prejuízos a maioria dos investidores. Quem ganhou até agora da inflação? Somente o dispêndio em bitcoin apresenta ganho de 42% neste ano, conforme o jornal Valor Econômico. A inflação até setembro (em nove meses) está em 6,84%. Anualizada está perto de 10% ao ano. O que bitcoin? É uma moeda virtual. O termo é composto de duas palavras: bit = unidade binária, que é a menor unidade do sistema digital, que só usa valores de zero ou de 1, base de registros, comandos e instruções para computador. Coin = moeda. O ativo bitcoin é tido como muito volátil. Fala-se que se passará para um mundo de criptomoeda. Moeda com um código. Uma beleza a invenção do código de barras. O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é o referencial conservador, que acompanha a taxa básica de juros, a SELIC.   O CDI comparece com rentabilidade nominal de 2,52%, de j

IMPACTO DA PUBLICIDADE NO PIB

A Consultoria Deloitte realizou estudo a pedido do Conselho Executivo das Normas Padrão (CEN) sobre o impacto da publicidade na economia. A conclusão dela é de que, para cada R$1,00 investidos em anúncios publicitários no Brasil, outros R$8,54 são gerados na economia brasileira como um todo. A consultoria se referiu a 2020, quando isso significou R$49 bilhões, que o segmento empresarial movimentou, sendo responsável por acrescentar R$418,8 no PIB brasileiro, o equivalente a 6% do resultado do ano. A pesquisa foi divulgada pela CNN, que se diz a maior do mundo em publicidade. Até onde isso é verdade? Ainda conforme a emissora a propaganda continua também sendo uma intensiva em geração de emprego. Tomando dados de 2019 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a publicidade empregava mais de 400 mil pessoas, direta ou indiretamente. Pelo cálculo dela 196.310 pessoas trabalhva diretamente no segmento de propaganda. Quase a metade do contingente citado. Para ela toda a receit

DESEMPREGO CAIU PARA 13,7%

O IBGE divulgou relatório sobre o trimestre móvel de maio a julho, quando a taxa de desemprego aberto caiu para 13,7%, conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Trata-se da menor taxa neste ano e queda de 1% em relação ao trimestre encerrado em abril. Com carteira assinada, procurando emprego os 13,7% representaram 14,085 milhões de pessoas, sendo 676 mil a menos em relação ao trimestre fechado em abril. Em comparação com o período de maio a julho de 2020, a taxa de desemprego praticamente permaneceu estável, quando fora de 13,8%, justamente quando a economia estava impactada com o início da pandemia do covid-19. Mas, é assim mesmo. O emprego é um dos primeiros a apresentarem recuo e um dos últimos a mostrarem recuperação perante situação de crise, visto que no trimestre de abril de 2021 esteve em 14,7%. O IBGE explicou que o desemprego caiu porque aumentou a população ocupada para 89,042 milhões de pessoas, uma elevação de 3,6%, em comparação com abril des