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Mostrando postagens de junho, 2012

26/06/2012 - ONDA PESSIMISTA

Na Europa as questões econômicas pioraram. Este ano a recessão é certa. O chamado G-20, composto de 19 países mais a União Europeia, é responsável por 90% do PIB mundial. As reuniões da semana passada, no México não produziram resultados esperados. De um lado, a Alemanha apregoa austeridade, sendo a única economia europeia com bom desempenho econômico. A França, com novo governo deixou de fazer duo com a Alemanha, a favor de estímulos ao crescimento. O G-20 aprovou um reforço de caixa para o FMI de US$430 bilhões, para socorrer os países mais apertados. A economia americana continua perder embalo. O número de desempregados se elevou, a produção industrial caiu e o consumidor corta gastos perante incerteza crescente. As exportações americanas também caíram de patamar. Os analistas internacionais projetam agora um crescimento americano inferior a 2%. Há quem afirme até crescimento negativo, cenário totalmente oposto do início do ano cujas projeções era de PIB superior a 2%.Os preços

25/06/2012 - ICMS INJUSTO

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é injusto no geral, porque é cobrado na origem e não no destino. Ou seja, onde se produz é que ele é retido e não onde se consome. Nos países desenvolvidos tal injustiça não existe. O imposto sobre consumo é pago no destino. Isto serve para o consumidor exercer a sua soberania, visto que ele sabe o preço real mais as taxas nele incididas. Isto acontece nos Estados Unidos, que é responsável por mais de 20% da produção mundial. O PIB americano já chegou a ser mais de 25% do PIB global. Em decorrência da injustiça, os Estados fazem uma guerra fiscal. Isto é, já que tem poder de manipular as alíquotas do ICMS, os Estados a colocam onde querem. Por exemplo, de zero a 17%, como é mais comum se verificar. Para atrair grandes fábricas, além de reduzirem ou isentarem de ICMS, os Estados acionam a União, para redução ou isenção de IPI, IR, Imposto sobre Importações, dentre outros, além de fornecerem terras ‘de graça’, isenção de IP

24/06/2012 - TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO

Certa feia, o Professor José Juliano de Carvalho Filho, em suas aulas na FEA-USP, especialista que era (ainda é, mesmo aposentado e servindo a outras instituições) sobre a QUESTÃO AGRÁRIA, chegou a uma das conclusões da ‘lógica do erro’. Isto é, as intervenções do Estado em inúmeros planos, programas e projetos, são feitas para não ‘dar certo’, seguindo o ritual que o Brasil deveria ser um país periférico, explorado, subdesenvolvido. Quer dizer, o longo prazo para solidificar o País era de ‘mentirinha’, dado que as intervenções não eram para valer.   Pouco do planejamento global deu certo. Dentre 15 planos de desenvolvimento econômico, desde 1949 até hoje, somente dois deles foram verdadeiros planos, o Plano de Metas, do Governo JK (1956-1960), e o II Plano Nacional de desenvolvimento, do governo Ernesto Geisel (1974-1978).   Na situação de hoje, em que o Brasil se transformou em um país emergente, cada vez mais se impõe um verdadeiro plano de desenvolvimento, com metas que contemple

23/06/2012 - BOLSA FAMÍLIA AVALIADO

O Ministério do Combate à Fome e do Desenvolvimento Social (MDS) divulga resultados das melhorias que tem trazido o Programa Bolsa Família. No entanto, não divulga a avaliação completa. Aliás, esse é um vício de todos os governos, sem exceção. Divulgam principalmente bons resultados. Com base na Lei de Acesso à Informação, o jornal O Globo pediu ao MDS que apresentasse os resultados da segunda rodada da mais importante avaliação do Programa Bolsa Família. O MDS divulgou em seu site o resultado das entrevistas com 11.433 famílias, entre 2005 a 2009. Foram entrevistados beneficiados e não beneficiados, trabalhando o mesmo número de horas, segundo princípio de poder identificar o impacto do referido programa. Os beneficiados melhoraram com a cobertura de vacinas, incentivos à frequência escolar entre jovens, reduziu-se o trabalho infantil, mais poder as mulheres ao transferir renda preferencialmente a elas. Porém, transpareceu um efeito indesejado, ao verificar-se que   maior proporção

22/06/2012 - SEM VERGONHA

Mais afetando o desempenho da economia brasileira tem sido principalmente a corrupção, a burocracia, a baixa produtividade. Nessa ordem, visto que, se recursos são roubados da esfera produtiva ou da esfera financeira, ambos farão rodar menos eficientemente referidas esferas do mundo econômico. Nas atuais vésperas de eleições para 5.565 prefeitos, assiste-se a uma peça teatral das alianças entre os partidos políticos. Nenhuma delas está tendo maior repercussão do que aquela feita pelo PT com o PP na maior cidade brasileira. Lá, em franca desvantagem nas prévias eleitorais, o candidato Fernando Haddad, que nunca disputou ‘nada’ relevante em cargos públicos, foi alçado desde o ano passado a ser o candidato do PT, o candidato de Lula. À semelhança do que o ex-presidente fez no seu último ano de governo, ele lançou a presidente Dilma Roussef, que também não tinha sido eleita para ‘nada’ relevante para gestão pública. Ela ganhou disparadamente. Agora, quer repetir com Haddad, que pontua co

21/06/2012 - VINTE ANOS DEPOIS

Por oportuno, da reunião magna da conferência mundial sobre SUSTENTABILIDADE, a denominada RIO+20, um panorama sobre o Brasil e o mundo tem sido realizado. A conclusão geral é que o mundo está melhor e o Brasil também.   A população mundial ganhou 1,5 bilhão de pessoas, agora com 7 bilhões de almas. O consumo cresceu exponencialmente mais do que a população, que cresce a taxas decrescentes. A preocupação com o meio ambiente permanece, mas as ações são insignificantes. Os representantes de 196 países estiveram presentes na RIO+20. Porém, o tom alto se deu com a reunião dos 8 prefeitos das maiores cidades, que se comprometeram a reduzir substancialmente a poluição atmosférica. As sete maiores metrópoles de 1992, em habitantes, eram: Tóquio, 25,8 milhões de habitantes; Nova York, 16,2 milhões; São Paulo, 15,4 milhões; México, 15,3 milhões; Xangai, 14,1 milhões; Mumbai, 13,3 milhões; Los Angeles, 11,9 milhões; em 2012: Tóquio, 36,7 milhões; Nova Delhi, 22,2 milhões; São Paulo, 20,3 mil

20/06/2012 - FÓRUNS MUNDIAIS

Durante este mês de junho, os assuntos econômicos mais convergentes foram os internacionais e globais. A ONU está realizando em duas semanas, depois de muito preparatório, a conferência magna no Rio de Janeiro, conclave chamado de RIO+20, em alusão à conferência sobre SUSTENTABILIDADE realizada 20 anos atrás no mesmo local. Daquela vez todos os grandes países estiveram presentes, plantaram árvores, que hoje estão imensas, prometeram metas de proteção ao meio ambiente, de redução da poluição, de preservação do meio ambiente, de renovação de recursos, enfim, de muitas coisas que não cumpriram. As questões reais foram esquecidas nestas duas décadas. Portanto, muitos representantes daqueles países não compareceram, a começar pelo presidente americano. Na verdade, o dinheiro verde é ruim de sair. Além do mais, os países ricos estão envoltos com uma austeridade de gastos imensa para sair da crise. Não ingressaram em acordo em pelo menos 20 temas, dos quais se destacaram: clima, energia

19/06/2012 - MERCADO DE TRABALHO

Existem três segmentos do mercado de trabalho, definidos em teoria econômica, com respostas bem distintas no Brasil, relativas à comparação com os países ricos, situação peculiar dos países de grande contingente populacional, pobre ou emergente: mão de obra não qualificada, semi qualificada, qualificada. A demanda para pessoas não especializadas se defronta com oferta ilimitada de mão de obra. Portanto, há grande desemprego. Logo, a fixação do salário é em nível baixo. Daí, o estabelecimento do salário mínimo. No mercado intermediário, a demanda já se defronta com condições de pagar salários acima do mínimo. No mercado especializado, a demanda se defronta com amplas situações, nas quais pode haver escassez de mão de obra, a abundância de oferta. Os salários são de mais altos a altíssimos. No geral, a quantidade de mão de obra (oferta) é bem maior do que a demanda, havendo certo nível de desemprego. Abaixo de um dígito é suportável. Próximo de 10 é de difícil situação; próximo de

18/06/2012 - ESFORÇO CONJUNTO

Na última agenda da semana passada, a presidente da república reuniu 23 governadores e conclamou para ampliação de investimentos até o final do ano, elevando de R$10 bilhões, para R$20 bilhões, o saque que poderá ser feito no BNDES, via projetos de investimentos.   Repentina atitude se deu por, pelo menos, dois motivos: o reconhecimento governamental de que a crise europeia já chegou ao Brasil e pela elevação consecutiva dos últimos três meses da inadimplência no sistema bancário. Para fazer o reconhecimento é de que o problema é mais sério do que aparenta, bem como a inadimplência referida mostra que o estímulo ao consumo pode não dar resultados esperados. Muito embora o governo afirme que o emprego industrial está crescendo, não é isto que as estatísticas revelaram na semana passada. Ou, pelo menos, somente aconteceu em maio, mas as estatísticas ainda não foram processadas até a primeira semana de junho. Divulgado pelo IBGE, em São Paulo, neste início de junho, o emprego e

17/06/2012 - TRABALHO INFANTIL

A meta do Brasil perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de extinguir o trabalho infantil até 2020. Em 2000 trabalhavam garotos entre 10 a 14 anos, cerca 3,9 milhões. A população cresceu 20 milhões, assim como o trabalho infantil foi reduzido para 3,4 milhões na década, conforme dados do IBGE, Censo de 2010 e interpretação da OIT, divulgada na semana passada. Apesar da redução do citado trabalho, o Brasil ainda está bastante distante da meta para mais dez anos. Isto é, nos dez anos anteriores (2000-2010) reduziu-se 500 mil do total do contingente, algo como 13%.  As estatísticas em referência apontam para um crescimento das crianças exploradas em Estados tão diferentes, tais como Amazonas, Amapá, Roraima e Distrito Federal. Na faixa etária de até 15 anos, onde o trabalho é ilegal, o número de jovens é de 1,6 milhão trabalhando. Por outro lado, no geral, é crescente o número de trabalhadores entre 10 a 13 anos, passando de 700 mil em 2000, para 710 mil em 2010,