31/03/2012 - DESTRUIÇÃO DE MANGUES
A Mata Atlântica original é de cerca de 10% do que era na época do descobrimento. A Floresta Amazônica e o Pantanal sofrem desmatamento acelerado, secularmente, ocupados de forma desordenada. A depredação dos manguezais, que sofreram bastante até agora, poderão sofrer mais ainda com o novo Código Florestal prestes a ser aprovado. Atualmente, os mangues são áreas de preservação permanente (APP). Os manguezais são o ecossistema de transição entre o mar e o continente. Encontram-se apenas nas áreas mais quentes do planeta, principalmente na faixa entre os dois trópicos. Necessitam de muita irradiação solar, amplas chuvas e muitas marés.
Os mangues estão presentes em 16 Estados da costa atlântica, somente não existem no Rio Grande do Sul. Os demais 10 Estados estão no interior do País e não tem saída para o mar. O novo Código Florestal permitirá desmatar 35% dos mangues, caindo este percentual para 10% das áreas de manguezais nos Estados do Amapá, Pará e Maranhão, onde o desgaste já é muito grande. O que é pior, os desmatamentos ilegais feitos até 22 de julho de 2008, para tais objetivos serão anistiados, bem como para as outras regiões de matagais.
Existem milhares de pessoas dependendo deles para a sua subsistência. O ambiente é rico em matéria orgânica, o que permite vida de micro-organismos e de pequenos animais que fogem dos predadores. São também refúgios de aves migratórias. A espécie que é um símbolo dos manguezais são os caranguejos, iguaria apreciada em todo o País.
O impacto na biodiversidade será grande. Cerca de 70% das espécies pescadas comercialmente no litoral brasileiro dependem dos manguezais em fases da vida. Ademais, a vegetação dos mangues filtra a poluição produzida por centros urbanos e que é depositada nos rios e mares. A faixa dos manguezais mais ameaçada é chamada de apicum, que significa brejo de água salgada em tupi. São terras elevadas onde às marés tem dificuldade alcançar, acumulando muito sal e nutrientes. Os caranguejos passam sua última fase nela. Os camarões são também cultivados no apicum.
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